A História Soviética, convenientemente esquecida!-Parte2

histsov33O único país verdadeiramente marxista no mundo era a URSS. Exterminava estritamente de acordo com os ensinamentos de Marx, os inimigos de classe. Em geral o processo era similar ao usado no extermínio de judeus. Primeiro as vítimoas eram ridicularizadas e humilhadas em público. E então eram mortas. Milhões delas. Se o inimigo não desistir, ele deve ser exterminado. Alexander Guryanov, "Memorial" ...

society, Moscou: "Nos anos 30 a tecnologia de assassinatos e exceuções foi introduzida. Toda região administrativa possuia uma área designada onde os corpos deviam ser enterrados." O fuzilamento em si era executado em prisões. Nos porões havia câmaras especiais de fuzilamento com paredes de concreto e um canal para escoar o sangue.

Alexander Guryanov, "Memorial" society, Moscou: "Uma pessoa era levada lá embaixo por um corredor até o "canto vermelho". Lá ocorria a última verificação de identidade. A vítima tinha que identificar-se. Então era levada até aquela câmara. Quando entrava era fuzilada."

Nicolas Werth, co autor de "O livro negro do comunismo": "Sim, as pessoas eram mortas com um tiro na cabeça. Sabemos que normalmente eram mortas em grupos entre uma centena e várias centenas, todas as noites."

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Depois os corpos eram carregados em caminhões, levados para fora da cidade e enterrados em florestas e parques próximos. Na floresta Bikivna próxima a Kiev. As pessoas nunca esquecerão os caminhões, que passavam aqui durante a noite. Sangue pingava deles pelo caminho. Somente após 50 anos os parentes tiveram permissão de vir na floresta. Eles criaram este memorial (Fotos acima) onde os monumentos são as árvores. Cada árvore dessa floresta está amarrada com um lenço em memória das vítimas inocentes que foram brutalmente mortas e despejadas em valas comuns aqui.

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Bikivna, Butovo, Leningrado, Vinnica, Kharkov. VIlas comuns espalhadas em todo o país. Toda uma geração de crianças perdeu seus pais e ficaram desabrigadas, ou eram chamadas "bezprizorniye" (crianças de rua) Milhões delas imploravam pão nas ruas das cidades soviéticas. Era uma visão embaraçosa, especialmente se amigos estrangeiros vinham visitar Moscou. E Stalin resolveu...esse problema.

Françoise Thom, professora de História Moderna, Sorbone: "Em meados dos anos 30, porque havia esse problema de crianças de rua, Stalin autorizou que crianças fossem fuziladas a partir dos 12 anos!"

As pessoas eram fuziladas dia e noite por toda a parte no maior país do mundo. Stalin chegou ao ponto de matar pessoas aleatoriamente, por cotas. Digamos 100.000 no distrito de Tambov. Qualquer um que apanhassem e matassem ajudaria a preencher a cota. Eles não se importavam com os nomes. Depois de atingir as cotas, as autoridades locais reportavam a Stalin, ao comitê central, e solicitavam cotas adicionais!

Vladimir Karpov, ex coronel Soviético: "Khrushchov pediu para aumentarem sua cota. Ele estava autorizado a matar 7 ou 8 mil "inimigos". Ele pediu: Por favor, aumentem minha cota para 17.000"

E aumetavam as cotas. E depois de completas, eles de novo pediam mais cotas adicionais. Como num círculo vicioso. Era só matar, matar e matar.

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Mikhail Gorbachev, presidente soviético: "Stalin estava mergulhado em sangue. Eu vi as sentenças de morte, quando ele assinou aos montes. Junto com Molotov, Voroshilov, Kaganovich e Zhdanov. Eles eram os cinco mais ativos. Molotov sempre acrescentava: muem de de "10 anos" para "execução", aos montes."

Natalia Lebedeva, historiadora :"Como resultado, entre 1937-1941, 11 milhões de pessoas foram mortas, 11 milhões!!! Você pode imaginar a escala de repressão contra seu próprio povo? "

Havia um homem na Europa que acompanhava de perto a situação na Rússia: Hitler. Matar milhões de pessoas em tão pouco tempo era realmente notável. O Holocausto...era ainda apenas uma idéia na cabeça de Hitler.

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PREPARANDO A NOVA ORDEM MUNDIAL

A visão distorcida de Hitler do mundo começou a tomar forma real. Ele anexou a Áustria, ocupou a Checoeslováquia. Ficou claro para todo mundo: para evitar uma catástrofe global, Hitler precisava ser parado, mas Stalin recusou-se a entrar na coalizão anti-Hitler.

Vladimir Bukovsky, dissidente soviético: "A idéia era destruir a vilha ordem na Europa. Essa era a grande idéia de Stalin, deixar Hitler ser o vilão, que destruira toda ordem na Europa. Não haveria parlamentos, nem uniões comerciais, exércitos ou governos. Então Stalin viria como um libertador. Milhões estariam em campos de concentração, esperando que alguém os libertasse. Stalin e o exército vermelho viriam como os libertadores. Este era o seu plano."

Mas Hitler não tinha nem os recursos nem as fornteiras seguras na retaguarda para lançar uma guerra em grande escala. Então em 23/08/1939, Hitler e Stalin assinaram um pacto, que propiciava a Alemanha uma fronteira segura ao leste e enormes abastecimentos de recursos estratégicos, a serem fornecidos em acordos econômicos futuros. Em 24 de agosto, Ribbentrop, reporta a Hitler a sua visita a Moscou. Hitler regozija-se. Agora ele tem tudo que precisa para iniciar a Guerra Mundial.

1 de setembro de 1939. Hitler ataca a Polônia pelo oeste. A Polônia resiste aos nazistas desesperadamente, mas então em 17 de setembro, o país é inesperadamente atacado pelo leste, pela União Soviética.

Sergey Sluch, historiador: "De acordo com todas as normas das leis internacionais, a decisão do governo soviético de invadir a Polônia era um claro ato de agressão."

Os bombardeiros da Luftwaffe atacavam as cidades polonesas, e o transmissor de rádio soviético em Minsk os guiava até seus alvos. O exército vermelho parecia diferente na época. Ele entrava na Segunda Guerra Mundial lado a lado com a SS. As populações locais as vezes não notavam a diferença entre os dois. Então, para ter certeza, eles falavam com ambos.

Norman Davies, historiador, Universidade de Cambridge: "O exército alemão encontrou-se com o exército vermelho no centro da Polônia. Então os dois monstros totalitários, soviéticos e alemães, dividiram o país entre eles."

A imprensa soviética retratou tudo como uma luta contra o "fascismo" polonês. Os amantes da paz, a Alemanha nazista e a União Soviética, estavam combatendo o "agressivo fascismo" polonês. O que o mundo não sabia era que ambos ditadores tinham um acordo queia além da Polônia. Com um protocolo secreto, assinado uma semana antes da guerra começar, Hitler e Stalin acordaram na divisão de toda Europa!

Inicialmente, a proposta de Ribbentrop não continha este acordo. Por estranho que pareça, o introdutor deste protocolo secreto foi Stalin. Mas nós o negamos, porque era tão agresssivo, que o partido comunista não poderia tê-lo assinado. Então o negamos até o último dia! Por meio desse protocolo secreto, Hitler deu sinal verde para Stalin ocupar um número de paises europeus. O primeiro da lista era a Finlância!

Ari Vatanen, membro do Parlamento Europeu: "Quando os primeiros bombardeiros vieram atacar Helsinque, em novembro de 1939, os finalndeses acharam que os aviões russos estavam perdidos, que estavam bombardeando Helsinque por engano."

Moscou rotulou a Finlância como um regime "facista" e lançou um maciço ataque por terra. Foi um desastre. Os russos tiveram 300 mil mortos, entre cogelados e feridos. A pequena Finlândia milagrosamente resistia ao maior exército do mundo, mas a um custo altíssimo.

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Por sua brutal agressão contra a Finlândia, a União Soviética foi expulsa da Liga das Nações. A retórica do Kremlin sobre o combate contra o facismo finlandês não foi lavada a sério. Apenas 3 paises haviam sido previamente declarados agressores pela Liga: O Japão militarista, a Itália fascista e a Alemanha nazista. agora a União Soviética unia-se ao grupo.

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Na Europa, a URSS tinha apenas um último aliado: Hitler. Ele lançou sua guerra-relâmpago (Blitzrieg) no Ocidente. Os nazistas ocuparam a Dinamarca, a Bélgica, a Holanda e Luxemburgo. A Noruega foi invadida com a ajuda direta da União Soviética. Stalin concedeu aos nazistas uma base naval soviética próxima a Murmansk, de onde Hitler lançou seu ataque à Noruega.

Quando Berlim decidiu parar de utilizar essa base, o almirante Reader, da Alemanha, enviou uma carta ao comandante da marinha soviética, Kuznetsov, expressando grande gratidão pelos serviços prestados à marinha alemã.

Stalin escreveu para Ribbentrop, ministro do exterior nazista:"A amizade entre a Alemanha e a URSS foi selada com sangue". Aparentemente, ele quis dizer o sangue das vítimas dos nazistas e soviéticos. E era uma verdadeira amizade. Os oficiais nazistas e soviéticos reuniam-se e discutiam o progresso da guerra. Isto foi em dezembro de 1939. O progresso era bom e as perspectivas pareciam ainda melhores. Havia razão para celebrar.

A URSS tornou-se o principal fornecdor de recursos à máquina de guerra nazista. Milhares de toneladas de petróleo, minérios, materiais de construção, até trens carregados de grãos soviéticos foram enviados ao exército alemão. Os cidadãos soviéticos passavam fome mas seu governo estava enviando comida a Hitler. A União Soviétia foi mais além. Convenceu os partidos comunistas da Europa a sabotarem a resistência e a apoiarem os nazistas.

É reconfortante ver os trabalhadores parisienses conversando com soldados alemãoes com amigos, na rua ou no botequim da esquina. Bom trabalho camaradas e continuem assim! Mesmo que desagrade a classe média. A irmandade dos homens não será eternamente uma esperança. Será uma realidade viva. Este é o partido comunista francês em julho de 1940.

Pierre Rigoulot, historiador, Instituto de História Social, Paris: "Hoje o partido comunista diz que eles resistiram aos nazistas bem antes de junho de 1941, quando a União Soviética foi atacada. De fato, eles combatiam mais o governo do Marechal Peten que os nazistas."

Em junho de 1940, Hitler esmagou a França. Stalin, entretanto, ocupou a Lituânia, a Letônia e a Estônia. O único pais na Europa que ainda resistia a Hitler era a Grâ-Bretanha.

Presidente Roosevelt: "Se a Grã-Bretanha cair, as potências do eixo controlarão a Europa, a Ásia, a África e a Asutrália, e estarão em uma posição de trazer enormes recursos militares e navais contra este hemisfério...." O presidente dos EUA considerou a URSS como uma Potência do Eixo. Era evidente para o mundo todo: Stalin estava no campo fascista.

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Molotov, o premiê soviético, foi a Berlim para discutir a Ordem Mundial do Pós-Guerra. Ele chegou com um lista de territórios que interessavam a URSS. Enquanto Hitler e Molotov discutiam o assunto, os outros camaradas soviéticos desfrutavam a companhia de Goebbels que deve ter falado sobre as vantagens do nazismo, porque foi Molotov e não Goebbels, quem alertou o Ocidente a não combater a ideologia nazista. Mais do que isso. Em seu discurso ao conselho supremo no Kremlin, Molotov declarou que combater a ideologia nazista era na verdade um crime. Isto foi publicado em todos os grandes jornais soviéticos. Mais tarde, essa página desapareceu das bibliotecas públicas da URSS, junto com muitas outras declarações pró-nazistas do governo soviético.

Mas por que combater o nazismo seria um crime, na visão soviética? Porque assassinatos em massa e campos de concentração eram baseados naquela ideologia.

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"O TRABALHO LIBERTA VOCÊ"-, Campos Nazistas

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"O TRABALHO É UMA HONRA" - Campos Soviéticos

Se alguém quisesse combater a ideologia por trás disso, acabaria combatendo o regime soviético, também. Molotov sabia disso. Ainal, ele monitorou pessoalmente o extermínio de 7 milhões de ucranianos. Abmos concordaram que, para o bem comum, certos grupos simplesmente deviam ser exterminados. Winston Churchill não fez segredo que, para ele, as ideologias nazista e comunista eram bem similares. Na sua visão, o nazismo era uma forma de despotismo comunista. "O odioso despotismo comunista", como Churchill o chamou em 1940, finalmente venceu com a ajuda dos aliados.

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Aqui (foto acima) eles celebravam o 60º aniversário da Grande Vitória. Uma parada histórica. Não menos histórica que a primeira parada soviética na II Guerra Mundial, junto aos...nazistas! Os soviéticos nunca enfatizaram que desfilavam sob a bandeira nazista. Moscou retratou-se oficialmente com um combatente antifacista. Muitas pessoas acreditaram. Muitos judeus fugiram para a URSS para serem protegidos de Hitler.

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E então Stalin fez algo inimiaginável. Ele os juntou e os entregou de volta à Gestapo, como um gesto de amizade.

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Parceria SS - Soviética

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Veja essa imagem de NOVO !!

O oficial soviético saudando seus colegas da SS, com a saudação nazista. A SS nazista e a NKVD soviética, a polícia secreta de Stalin, cooperaram intensamente. Deocumetos de arquivo revelam a enorme escala dessa cooperação. Listas e listas de comunistas alemães e de judeus, que os soviéticos entregavam aos nazistas. Dezembro, de 1937, abril de 1938, maio de 1938, novembro de 1938. A maioria dessas pessoas pereceu em campos de concentração nazistas.

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Mas a parceria SS-NKVD não era limitada à extradição de inimigos comuns. A NKVD treinava a Gestapo. A maquinaria soviética de terror ja poerava por 20 anos. Antes de os nazistas sequer começarem.

Viktor Suvorov, ex-agente secreto soviético: "Uma delegação da Gestapo e da SS veio a União Soviética para aprender a construir campos de concentração."

Os oficiais soviéticos, em retribuição, foram à Cracóvia ocupada nazista para encontrar-se com seus colegas da SS. A "Questão Judaica" estava no topo da pauta do encontro. Os oficiais soviéticos coordenaram a deportação de judeus pessoalmente com o Brigadefuhrer da SS, Otto Wacher, um dos ideólogos do Holocausto. Ele transferiu osjudeus para o gueto de Cracóvia e depois providenciou seu extermínio em câmaras de gás.

PARTE 3