TEMAS INEXPLICADOS

Evento de Tunguska - Parte 1

tung_cometaTunguska é um rio na região da Sibéria Central onde, às 7h15 da manhã de 30 de junho de 1908, houve uma gigantesca explosão após uma bola de fogo ser vista atravessando o céu. Não foram encontrados vestígios de meteorito, mas uma onda de impacto devastou toda a região do lago Baikal, afetando em menor grau todo o norte da Europa. Este evento recebeu o nome desta região, evento de Tunguska. A ausência de uma cratera e de evidências diretas do objeto que teria causado a explosão levou a uma grande quantidade de teorias especulatórias sobre a causa do evento. Apesar de ainda ser assunto de debate, segundo os estudos mais recentes a destruição provavelmente foi causada pelo deslocamento de ar subsequente a uma explosão de um meteoróide ou fragmento de cometa na baixa atmosfera devido ao atrito da reentrada. Diferentes estudos resultaram em estimativas para o tamanho do objeto variando em torno de algumas dezenas de metros.

Estima-se que a energia da explosão está entre 5 megatons e 30 megatons de TNT, com 10–15 megatons sendo o mais provável. Isso é aproximadamente igual a 1000 vezes a bomba lançada em Hiroshima na segunda guerra mundial e aproximadamente um terço da Tsar Bomba, a mais poderosa arma nuclear já detonada. A explosão teria sido suficiente para destruir uma grande área metropolitana. A explosão derrubou cerca de 80 milhões de árvores em uma área e 2150 quilômetros quadrados e estima-se que tenha provocado um terremoto de 5 graus na escala Richter.

Apesar de ser considerado o maior impacto terrestre na história recente da Terra, impactos de intensidade similar em regiões remotas teriam passado despercebidos antes do advento do monitoramento global por satélite nas décadas de 1960 e 70.

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Natureza do objeto


A natureza do objeto que se chocou com a terra, meteoróide ou cometária, foi objeto de pesquisa ao longo do século XX e ainda é assunto de debate. Em 1930, o astrônomo F. J. W. Whipple sugeriu que o impacto teria sido com um pequeno cometa, um objeto composto primariamente de poeira e gelo, que teria sido completamente vaporizado na atmosfera, não deixando traços óbvios. Essa hipótese recebeu suporte a partir da observação de brilhos noturnos no céu da Europa por muitas noites após o evento, que poderiam ser explicados pela luz do sol refletida no gelo e poeira dispersada pela cauda do cometa na alta atmosfera.

Em 1978, o astrônomo Lubor Kresák sugeriu que o corpo fosse um fragmento do cometa Encke, responsável pela chuva de meteoros anual conhecida como beta taurídeos. O evento coincidiu com um pico de atividade dessa chuva de meteoros e a trajetória estimada para o objeto que causou a explosão de Tunguska é consistente com o que seria esperado de um fragmento desse cometa. Sabe-se que objetos dessa natureza explodem com frequência na alta atmosfera. Tais explosões são observadas por satélites militares há decadas.

Em 1983, o astrônomo Zdenek Sekanina publicou artigos criticando a hipótese cometária. Ele apontou que um corpo composto de material cometário seguindo a trajetória observada teria sido desintegrado em grandes altitudes, enquanto é sabido que o objeto de Tunguska atingiu a baixa atmosfera antes de desintegrar. Sekanina argumetnou que as evidências conhecidas apontavam para um objeto denso, feito de rocha, provavelmente um fragmento de asteroide. Essa hipótese foi ainda suportada em 2001, quando Farinella, Foschini, et al. divulgaram seu estudo sugerindo que a trajetória do objeto é consistente com uma origem no cinturão de asteroides.

 

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Proponentes da teoria cometária sugeriram que o objeto poderia ser um cometa extinto com um manto rochoso que o teria protegido até atingir a baixa atmosfera.

A principal dificuldade com a hipótese do asteroide é que um objeto rochoso teria produzido uma grande cratera num impacto tão energético, e nenhuma cratera foi encontrada. Hipóteses foram feitas, e posteriormente corroboradas por modelos de Christopher Chyba e outros pesquisadores, de que é possível que a passagem do asteroide pela atmosfera teria provocado pressões e temperaturas tão altas que ele tenha sido completamente desintegrado, a energia do impacto toda liberada na atmosfera e o material espalhado na alta atmosfera explicaria os brilhos noturnos observados na Europa. Durante os anos 1990, pesquisadores italianos extraíram resina das árvores coletadas na área do impacto e encontraram altas taxas de materiais comumente encontrados em asteroides e raramente encontrados em cometas.


Teorias Alternativas


Antes de um entendimento mais profundo sobre os mecanismos de impacto com meteoróides, diversas teorias alternativas foram criadas para explicar o evento de Tunguska. Nenhuma dessas teorias possui suporte científico hoje em dia e, apesar de algumas delas terem sido criadas por cientistas da área, hoje em dia são sustentadas principalmente por aficcionados fora da comunidade científica.


Antimatéria


Em 1941, Lincoln LaPaz, e depois em 1965, Cowan, Atluri e Libby sugeriram que o evento de Tunguska poderia ser causado pela aniquilação de um pedaço de antimatéria provindo do espaço. Entretanto, isso não explicaria os resíduos minerais encontrados por expedições ao local. Além disso não há evidência astronômica para existência de pedaços de antimatéria em nossa região do universo


Mini buracos negros


Em 1973, Albert A. Jackson e Michael P. Ryan, físicos da Universidade do Texas, propuseram que o evento de Tunguska tivesse sido causado por um pequeno buraco negro de cerca de 1 tonelada atravessando a Terra. A falha dessa hipótese está na ausência de uma explosão de saída - uma segunda explosão do outro lado da Terra provocada pela saída do mini buraco negro. Também não há evidências de perturbações sismicas que a passagem desse objeto teria provocado no manto.


A torre Wardenclyffe


Oliver Nichelson sugeriu que a explosão poderia ter sido resultado de um experimento de Nikola Tesla na torre de Wardenclyffe, realizado durante a expedição de Robert Peary ao polo norte, denominado o "Raio da Morte".


Universos paralelos


Terence McKenna sugeriu em sua palestra “The Magic of Plants (Rites of Spring)” que Jesus Cristo fora a encarnação do demiurgo na Terra, o qual desde então dividiu o universo em duas correntes temporais distintas. Em uma das correntes, o cristianismo não ocorreu e o Império Romano tornou-se uma civilização greco-maia que evoluiu de tal forma que chegou a descobrir a existência da outra corrente temporal, a nossa, por meio da interceptação de sonhos. Segundo McKenna, as fissões nucleares provocada pela explosão de uma bomba atômica nessa corrente paralela aconteceriam também na qual vivemos agora. O Evento de Tunguska teve, portanto, o propósito de comprovar a existência de uma corrente temporal paralela, a qual seria comprovada caso o Evento aparecesse nos sonhos de xamãs siberianos.


Extra-terrestres


O presidente da Fundação de Fenomenologia Espacial, Dr. Yuri Labvin, defende uma teoria de que uma nave espacial teria colidido com um grande meteoro que viajava em rota de colisão com a Terra no ano de 1908. A teoria foi apresentada como uma explicação para o fenômeno que ocorreu em Tunguska, na Sibéria. Lavbin alega que há supostas impressões em pedras de quartzo que não podem ser feitas com a nossa tecnologia.

Outras hipóteses como uma fusão nuclear espontânea e um processo geofísico também foram levantadas. Entretanto as teorias alternativas não encontra nenhum suporte em evidências empíricas. A virtual totalidade dos especialistas atestam uma colisão com um meteoróide ou corpo de origem cometária.


MISTÉRIO DE TUNGUSKA ERA UM OVNI?


Uma expedição científica siberiana afirmou dia 10 ter encontrado provas que confirmariam a teoria de que o meteorito de Tunguska, o maior já caído na Terra, foi, na realidade, uma nave espacial extraterrestre. Um comunicado do governo regional de Evenkia, divulgado por jornais online, diz que exploradores da fundação estatal siberiana Fenômeno Espacial de Tunguska acreditam ter encontrado elementos de um artefato técnico extraterrestre. "Encontramos o que queríamos", declarou o diretor científico da expedição e presidente da fundação, Yuri Labvin. O cientista é fervoroso partidário da teoria de que foi um objeto voador não-identificado (Óvni) que explodiu na Sibéria há 96 anos. Naquele dia 30 de junho de 1908, o fenômeno de Tunguska - assim chamado pelo rio que passa perto do local - causou uma enorme explosão, equivalente a 500 bombas atômicas como a de Hiroxima, arrasando 2,2 mil quilômetros quadrados de florestas. A explosão deu origem a um dos grandes enigmas do século passado que ainda suscita discussões apaixonadas entre cientistas.

Vários fatos demonstram que a explosão aconteceu sobre a superfície terrestre, no ar. Não foi formada nenhuma cratera no epicentro da catástrofe. Nenhuma das mais de 200 expedições ao local encontrou um único fragmento do corpo celeste. As árvores em volta ficaram inclinadas para fora do enorme círculo de 60 quilômetros e as do centro continuaram de pé. Na ocasião, mais de mil especialistas do Observatório de Irkutsk observaram a queda sobre a taiga siberiana. Eles deixaram registro das surpreendentes "manobras" que o objeto realizava ao longo de sua trajetória, como se estivesse sendo pilotado. A teoria particular de Yuri Labvin, que dirigiu esta última expedição, sugere que o fenômeno foi originado por uma nave interplanetária extraterrestre. A nave teria salvo a Terra de uma catástrofe, ao destruir ou desviar um corpo espacial que se dirigia para o planeta.

Segundo o portal NEWSru.com, depois da conferência realizada em 1998 em Krasnoyarsk por ocasião do 90º aniversário do acontecimento, Labvin exibiu duas barras supostamente feitas de um metal desconhecido. Ele teria encontrado os objetos durante uma expedição anterior, perto do povoado de Vanavara, a 65 quilômetros do qual aconteceu a explosão. "Os resultados da expedição, segundo seu diretor, permitem esperar que o mistério do fenômeno cósmico seja revelado sem falta no centenário da queda do meteorito de Tunguska", anunciou a agência Interfax.


Evento Tunguska foi causado por asteróide pequeno que explodiu na atmosfera


2008 - Uma simulação feita em um supercomputador do Laboratório Sandia, nos Estados Unidos, mostrou que um pequeno asteróide que entre na atmosfera terrestre pode fazer um estrago muito maior do que se imaginava até agora.


Evento Tunguska


No dia 30 de Junho de 1908, um evento ainda não completamente explicado destruiu 80 milhões de árvores em uma área de 2.150 quilômetros quadrados na região de Tunguska, na Rússia. Calcula-se que a explosão foi equivalente a 1.000 bombas atômicas iguais à de Hiroshima.

O chamado Evento Tunguska até hoje é motivo de disputas apaixonadas entre aqueles que acreditam que a explosão tenha sido causada por uma experiência do cientista Nikola Tesla, por um buraco negro, antimatéria e até pela queda de um disco voador.

Embora não haja nada do tipo "explicação oficial", a tese mais amplamente aceita pelos cientistas avalia que a devastação do Evento Tunguska foi feita pelo deslocamento de ar causado pela explosão de um cometa ou um meteorito a uma altitude entre 5 e 10 quilômetros.


Asteróide pequeno


Agora o pesquisador Mark Boslough, um dos maiores pesquisadores do assunto, descobriu que um asteróide não precisa ser grande como se imaginava para causar um efeito semelhante ou até maior.

"Nosso entendimento estava super simplificado," diz ele. "Nós não precisamos mais fazer essas considerações simplificadoras porque os supercomputadores atuais nos permitem fazer as coisas com alta resolução em 3-D. Tudo se torna mais claro quando você olha as coisas com ferramentas mais refinadas."


Necessidade de monitoramento


Como, estatisticamente, os asteróides pequenos atingem a Terra com muito mais freqüência do que os maiores, o cientista alerta que observar esses pequenos corpos celestes pode ser tão importante quando monitorar os maiores. "Nós devemos fazer mais esforços para detectar os pequenos do que vimos fazendo até agora," diz ele.


Jato de gás quente


A nova simulação mostra que o centro de massa de um asteróide explodindo acima do solo é transportado para baixo a velocidades superiores à velocidade do som, na forma de um jato de gás de alta temperatura que se expande à medida em que dirige para o solo.

Essa bola de fogo gera grandes ondas de impacto e pulsos de radiação termal na superfície muito maiores do que se imaginava até agora. As simulações existentes levavam em conta apenas o impacto da explosão em cada altura estimada.

A nova simulação mostra que a enorme devastação do Evento Tunguska na verdade foi causada por uma explosão menor do que se imaginava até agora. Ou seja, asteróides pequenos podem fazer grandes estragos.


Bomba espacial


A simulação mostra que a massa do asteróide é comprimida pelo aumento na resistência oferecida pela atmosfera terrestre à medida em que ele se dirige para o solo. Quando ele atinge a parte mais densa, já próximo à superfície, a atmosfera se transforma em um verdadeiro muro de resistência, que faz com que o asteróide exploda, criando um jato de gás quente que atinge a superfície, juntamente com um deslocamento de ar muitas vezes mais poderoso do que os mais violentos tufões.


Tamanho do asteróide


O efeito é tão devastador que os cientistas descobriram que o Evento Tunguska foi produzido por uma explosão entre três e cinco megatons e não 20, como se acreditava até agora.

Não é possível precisar o tamanho do asteróide porque não há informações sobre sua velocidade e sobre as características do material de que era formado - um pequeno asteróide sólido pode ter um efeito explosivo muito maior do que um que seja formado por material poroso, considerando que os dois tenham a mesma velocidade ao atingir a Terra.

PARTE 2