TEMAS INEXPLICADOS

Fantasmas

afssss43"O homem é mortal por seus temores e imortal por seus desejos" - A crença em fantasmas - Fantasmas geralmente são descritos como: translúcidos, em forma de neblina, sombras ou emanando uma cor prateada. Algumas vezes manifestam-se visualmente de forma clara ou através de diferentes fenômenos como movimento de objetos, barulhos etc. que, pressupostamente, não possuem uma explicação natural. No Ocidente, a crença comum diz que são almas que não conseguiram encontrar descanso depois da morte e, conseqüentemente, estão aprisionadas na Terra. A inabilidade de encontrar descanso é geralmente explicada como algumas responsabilidades não resolvidas, como a vítima ...

que busca justiça ou vingança após sua morte. Criminosos geralmente são descritos como almas penadas que querem evitar Purgatório ou Inferno. Acredita-se que fantasmas residem no Limbo, uma região que, de acordo com a doutrina Católica, é localizado entre o Céu e o Inferno onde as almas de crianças que não foram batizadas e as dos pagãos virtuosos encontram-se.

Na China, muitas pessoas acreditam na reencarnação. Fantasmas são almas que recusam 'reciclar-se', porque eles tem negócios não terminados, similar à crença ocidental. E dito que Exorcistas podem auxíliar um fantasma a reencarnar-se ou eliminar completamente sua existência. Nas crenças Chinesas, um fantasma, além de estar desencarnado pode também tornar-se imortal, um semi-Deus, ou pode ir para o inferno e sofrer pela eternidade, ou ainda pode falecer novamente e tornar-se o fantasma de um fantasma.

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Tanto o Ocidente como o Oriente compartilham algumas crenças fundamentais sobre fantasmas. Eles podem vagar por lugares aonde geralmente viviam, ou aonde faleceram. Tais locais geralmente são conhecidos como assombrados (e daí surge o falso sinônimo assombração). Não possuem um corpo físico como os seres humanos, mas geralmente vestem-se com as roupas com que eram vistos enquanto vivos.

 

Existem três tipos de aparições paranormais:


1º Fantasmas que aparecem a uma única pessoa, talvez um familiar ou um amigo íntimo;
2º Imagem que aparece a várias pessoas em simultâneo;
3º Visões de pessoas que ainda estão vivas, que são as aparições de crise.


fantasma2Tem havido muitos casos de aparições do tipo 1, mas não existe qualquer prova de que essas imagens sejam produzidas por um indíviduo morto que tenta deliberadamente comunicar com os vivos, como muita gente afirma. Poderá existir algum mecanismo natural através do qual a energia de um acontecimento ou de uma pessoa possa ser registada no meio ambiente. As aparições simples efectuam geralmente um conjunto básico de movimentos (e ocasionalmente sons). Eles parecem estar ligados de alguma forma a um determinado edifício ou até mesmo uma sala e fazer movimentos repetidos. Um exemplo de um caso destes é o da "Freira da noite de Fim de Ano".


Este fantasma foi visto pela primeira vez na década de 1930 numa escola feminina em Cheltenham onde, na noite de fim de ano, uma enfermeira e a diretora viram uma freira sentada na orla do pátio de recreio da escola. Não hvia qualquer cadeira perto. Na noite de fim de ano seguinte, as duas viram a mesma mulher na mesma posição. A imagem não interagia com o ambiente moderno e parecia não ter consciência do fato de estar a ser observada. A freira estivera sentada numa cadeira em seu proprio tempo, provavelmente numa sala que já não existia, e parecia ter sido uma forma de imagem do passado, um segmento minúsculo de algum acontecimento anterior. Este tipo de fantasmas é semelhante a um "filme" cinematográfico, como se o ambiente tivesse gravado (tirado uma foto) de um acontecimento do passado e em determinadas condições atmosféricas esta imagem fosse reproduzida.

Uma ideia é que os edifícios (ou o material de que são formadas as paredes) contêm produtos químicos que podem receber e guardar a informação necessária para produzir a imagem de um fantasma. Certos edifícios contendo quantidades consideraveis de quartzo são os locais mais comuns para a geração de aparições. Os fantasmas movem-se, logo tem que haver algo no ambiente que reproduza o efeito mecânico. Uma possibilidade é a de a energia ser fornecida pelo indivíduo que vê a aparição, ou ainda a existência de condições atmosféricas invulgares, uma vez que uma característica nas visões de fantasmas é uma descida súbita de temperatura antes da aparição. A energia poderá ser extraída do ambiente para processar e projectar a informação armazenada. Um aspecto interessante dos fantasmas é a ligação com as emoções humanas, principalmente acontecimentos dramáticos e traumáticos. Os seres humanos produzem padrões de ondas cerebrais invulgares em momentos de angústia e trauma emocional.

O "caçador de fantasmas", Andrew Green, que foi notícia de primeira página dos jornais em 1996, quando foi chamado para procurar um fantasma avistado no Royal Albert Hall, afirma que os fantasmas são projeções criadas pelos próprios indivíduos que os vêem. Ele acredita que os fantasmas são formas de energia electromagnética entre 380 e 440 milicrons da zona infravermelha do espectro da luz.

Um género bastante diferente de aparições é o fenómeno da assombração, especialmente a atividade dos poltergeists. As assombrações são geralmente presenciadas por várias pessoas (tipo 2) e abrangem uma vasta gama de actividades aparentemente sobrenaturais - a materialização e desmaterialização de objectos, ruídos e odores,e em raras ocasiões, incidentes violentos ou até mesmo ameaçadores. Quando um grupo de pessoas presencia o mesmo conjunto de experiências é muito difícil explicá-las como alucinações, embuste ou qualquer outro fenómeno natural. Investigando os casos com profundidade, encontram-se explicações bastante terrenas. Por mais surpreendente que pareça é possível a um grupo de indivíduos ver as mesmas imagens provocadas. É a chamada "alucinação em massa", e acontece quando um dos elementos do grupo tem uma personalidade mais forte que os outros e cria uma sugestão convincente que é adquirida pelos restantes.

Pessoas com a capacidade de projetar imagens telepaticamente podem, se estiverem colocadas numa situação de desafio emocional, produzir energia psíquica suficiente para fazer mover a mobília e atirar objectos de um lado para o outro. Muitos poltergeists centram-se com mais frequência à volta de crianças e de adolescentes do que de adultos. As garotas durante a puberdade parecem constituir uma origem forte deste fenômeno. O desequlíbrio hormonal e emocional pode acentuar as capacidades de psicocinésia destas jovens. Ou talvez durante a altura em que a química do corpo se encontra num estado de perturbação, a pessoa podem ser capazes de encorajar alucinações naqueles que os rodeiam. Parece portanto, que os fantasmas têm outras origens. Estas origens são múltiplas e variadas, indo desde a fraude deliberada, à alucinação em massa.

 

Visão espírita

Para o Espiritismo, sempre que efeitos físicos ocorrem sem que se encontre causas físicas para eles, pode estar se dando um caso de mediunidade inconsciente. Um dos efeitos físicos dessa natureza que pode acontecer é a visibilidade do perispírito de um espírito desencarnado. Para que um fantasma apareça é imprescindível que uma ou mais das pessoas presentes seja médium de efeitos físicos, pois tais são os médiuns que cedem o ectoplasma necessário para que o perispírito dos espíritos desencarnados possa ser visível. Como, no entanto, grande parte dos médiuns de efeitos físicos ignora sua mediunidade, geralmente se pensa que os fantasmas podem aparecer a qualquer pessoa, sendo eles que escolhem a quem aparecer, o que não é o caso. Se apenas pessoas sem mediunidade de efeitos físicos estiverem presentes, nenhum fantasma poderá aparecer.

O Espiritismo esclarece que espíritos adiantados jamais assustam ninguém, estando sempre prontos somente para nos auxiliar. Os espíritos que assustam as pessoas, os chamados fantasmas, podem ser espíritos sofredores, levianos ou perversos. Os primeiros tentam fazer contato para relatar suas dores e buscar consolo, os segundos, para se divertir às custas do medo alheio e os últimos, para levar pessoas ao desespero, por vingança ou puro prazer em ver os outros sofrerem. Em qualquer dos casos, orienta o Espiritismo que se ore por tais espíritos e se tente envolvê-los com vibrações de afeto e compreensão.

Por último, é bom lembrar que o Espiritismo também ensina que todo efeito inteligente deve possuir uma causa inteligente. Assim, uma alegada aparição que não interaja com as pessoas presentes e que faça apenas movimentos mecânicos repetitivos, mesmo que complexos, ou não faça movimento algum não é um efeito inteligente, não podendo, portanto, ser um fantasma, que é a aparição de um espírito, um ser inteligente. Impressões psíquicas deixadas nos ambientes por eventos passados, por exemplo, podem ser acessadas por médiuns com a rara habilidade de psicometria, mas, pelo motivo acima exposto, nada têm a ver com fantasmas.

 

O inspetor de espectros


Andrew Green cuidou de numerosos casos de fantasmas, o que o levou a visitar desde simples casas alugadas até castelos, incluindo o Royal Albert e o Old Bailey.Em 1972, decidiu dedicar-se a esta atividade e desde então escreveu quinze livros, editou outros três e realizou um grande número de conferências e cursos. Seu interesse por fantasmas começou em 1944, quando tinha apenas 16 anos, depois de um incidente que quase lhe custou a vida.Enquanto estava em uma conhecida casa mal-assombrada em Ealing, que tinha sido cenário de vinte suicídios e um assassinato, sentiu um incontrolável impulso de atirar-se do alto de uma torre de vinte metros de altura.A presença de seu pai impediu a tragédia.

Andrew Green tem um ponto de vista coerente e racional sobre os fenômenos paranormais.Em sua cômoda casa de campo em Sussex, gentilmente expõe as suas teorias sobre espectros e fantasmas.

O que despertou seu interesse pelos fantasmas?


"Em 1944 visitei uma casa abandonada no número16 da Montpelier Road, em Londres.Fui com o meu pai, que havia solicitado a casa para armazenar móveis de propriedades bombardeadas.A casa foi construída em 1833 e, desde sua construção até 1934, aconteceram 20 suicídios e um assassinato. Todas essas mortes aconteceram no alto de uma torre de vinte metros de altura."


O que o senhor sentiu dentro da casa?

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"No alto da torre senti um forte desejo de sir pela janela e ir para o jardim. Tinha a convicção absoluta de que nada iria me acontecer.Já estava com uma perna para fora quando senti uma mão no meu pescoço e ouvi meu pai dizendo: "Que diabos você está fazendo?".Ao sair, me virei e tirei uma fotografia da casa vazia."

O que havia na fotografia? "Quando fui buscar as cópias, o balconista me perguntou: "Quem é a garota na janela?". Pensei que tratava-se de um engano.Sabia que a casa estava vazia. Posteriormente descobri que, em 1886, uma garota de 12 anos chamada Anne Hinchfield, havia caído da torre.Então pensei: "Ora, então quer dizer que eu tirei uma foto de um fantasma?"

O senhor comprovou tudo isto?

Enviei a cópia, o negativo e a câmera para a Kodak.Recebi uma carta muito atenciosa na qual me comunicaram que a foto era autêntica e que tinha passado nos testes.

Quais são estes testes?

"A câmera não devia ter nada diante da lente e deveria usar-se um filme especial : Verichrome.Eu tinha cumprido tais condições, tanto é que, a emulsão fotográfica pôde registrar uma imagem entre 380 e 480 milimicrômetros da região do espectro eletromagnético.Portanto, pensei que esta era a fórmula para fotografar fantasmas.Enviei todo material para a Ilford para a sua comprovação. Recebi uma resposta parecida, mas com uma nota no final: "Se tivesse sido usado o filme Ilford, a imagem teria sido bem melhor".

Então como são formados os fantasmas?

Se um policial se apresentasse em sua porta e dissesse: "Sinto muito mas acabamos de encontrar sua esposa assassinada, o que passaria em sua mente?

Uma imagem de minha esposa?

Exatamente! E de que seria formada?

Minha imaginação?

Não.É formada por energia eletromagnética compreendida entre os 380 e 440 milimicrômetros da região infravermelha do espectro.Esta imagem se transfere ao último lugar onde foi vista e pode ser reproduzida por pessoas especialmente sensíveis, como os videntes.Os fantasmas podem ser vistos, normalmente, de 25 a 35 segundos, porque este é o tempo em que a mente de uma pessoa fica confusa depois de tomar conhecimento de más notícias.

Isto ocorre toda vez que alguém morre?

Normalmente isto só ocorre quando alguém morre súbita ou inesperadamente.Se fosse de outro jeito, os campos de batalha estariam repletos de fantasmas.Isto não ocorre porque a morte na guerra é normal. Até hoje não encontrei nenhum fanstasma que tenha morrido de forma pacífica e previsível.

Então só existem fantasmas de pessoas?

Também podem existir de animais domésticos.Sabemos de fantasmas de cachorros, gatos e inclusive de um cavalo.As pessoas perguntam se existem fantasmas de automóvies ou ônibus. Seguramente existem, se estes estiverem associados a acidentes.

O que se pode dizer dos barulhos e das coisas que se movem?

Trata-se do fenômeno poltergeist, que é produzido pela energia psicocinética gerada pelo medo ou ansiedade.É bem diferente das imagens de fantasmas, que são totalmente inofensivas.

O que os outros dizem sobre sua teoria?

fanta3Só existiu um professor nos anos 60, que me levou a sério.Realizou várias experiências em laboratório sem obter nehuma resposta.Enviei a ele, as cartas da Kodak e da Ilford, assim como algumas fotografias da NASA com aviões, automóveis e outro veículos que não estavam ali na hora em que a câmera foi disparada. Sugeri que instalassem um equipamento de teste em um lugar considerado assombrado.Desde então não obtive mais respostas. Fora o Albert Hall, quais foram os outros lugares famosos que o senhor já investigou? No Old Bailey, tudo que pude assegurar é que alguns funcionários oviram ruídos e passos inexplicáveis em uma área próxima a um antigo muro romano.Aparentemente, isto ocorria perto da parede em que ficavam alguns criminosos quando recebiam sua sentença de morte.Investiguei também o Theatre Royal, em Drury Lane, no qual uma atriz tinha visto uma apariçaõ que passava por um vestiário.

Como o senhor conduz suas investigações?

Primriro me reuno com as testemunhas e me asseguro de que tipo de pessoas que são.Averiguo os detalhes do incidente pelo qual passaram.Peço permissão para falar com o médico da família, se julgar necessário.

O que ocorre se há evidênciasd de um fantasma?

Vou ao lugar onde ocorreram os fatos.Ás vezes, registro eletricidade estática ou uma queda na temperatura.No Albert Hall, houve um aumento de temperatura que não podia ser explicado por romper todas as regras.Cheguei à conclusõa de que se tratava de um fantasma que me enviava uma menssagem: "Depende de você.O que você quer fazer?".A maioria das pessoas é feliz deixando-o assim.Os fantasmas não fazem nada.

Que tipo de equiopamento o senhor utiliza?

O equipamento de detecção básico:o bom senso e senso de humor. Em outros casos, costumo levar um gravador de alta freqüência, um termômetro digital, um relógio, uma fita métrica para medir a que distância são produzidos os ruídos e uma câmera.Estes aparelhos às vezes falham devido à formação de cargas estáticas.Por isso também carrego um aparelho que mede a eletricidade estática dispersa.

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Análise psicológica do fenômeno


A maior parte dos cientistas diz que o fenômeno dos fantasmas não passa de uma visão psicológica inconsciente, que pode acontecer sem sequer estarmos a pensar nisso, o que é raro, sendo mais freqüente estarmos com um medo incontrolável quando tal ocorre, o que se dá, normalmente, quando visitamos casas assombradas, casas de banho em mau estado e vazias ou jardins e florestas sombrios. Em tais situações, nosso medo é tão grande que, inconscientemente, criamos uma situação psicológica que nos assusta (podemos ver sombras ou pessoas mortas em corpo real). Também acontece, freqüentemente, quando estamos em uma casa dita assombrada onde existe um espelho, de, ao olharmos para o espelho, vermos nele uma pessoa morta que parece real.

Análise cética

Enquanto alguns aceitam fantasmas como uma realidade, muitos outros são céticos com relação a existência de fantasmas.

Céticos buscam explicar a aparição de fantasmas como visões relacionadas ao princípio da navalha de Occam, que argumenta que a única adequada explanação para qualquer evento ou fenômeno é a mais provável explanação (explicação que , entretanto , muitas vezes é considerada simplista).

Isto geralmente significa que a sinceridade e o motivo da pessoa que narra o fato será questionada. Por exemplo, persistência de fantasmas é tipicamente associada a busca de justiça ou vingança. Atribuindo tais motivos e poderes a pessoas mortas pode ser interpretado como uma tática de medo direcionada aqueles que podem ter assassinado alguém.

Segunda, a possibilidade de um hoax ou con será considerada, com a narração da pessoa que é a vítima. Parece possível que, algumas vezes, o conto de histórias de fantasmas pode ter sido uma maneira de isolar comunidades e espantar intrusos. Também é acreditado que tais táticas podem ter sido elaboradas por membros da comunidade que se fingiam de fantasma (no entanto , outra vez a generalização é desaconselhada).

Terceiro, explicações baseadas na fisiologia humana. A aparição de fantasmas geralmente está associada a uma sensação de frio e figuras pálidas ou semi-transparentes. Uma natural reação ao medo é o arrepio que pode ser confundido naturalmente com o frio. O aspecto visual dos fantasmas pode também ser considerado pela fisiologia humana : a visão periférica é muito sensitiva na detecção de moção, mas não contêm muita cor e não oferece também formas concretas; portanto, uma cortina movendo-se ou outro movimento fora do focus de visão pode criar uma forte ilusão de uma figura misteriosa.

A natural ocorrência do infra-som, que são sons abaixo das freqüências auditivas humanas (abaixo 20 hertz), pode provavelmente explicar a noção ou a sensação de uma presença em um ambiente ou inexplicáveis sentimentos de ansiedade e pavor, como certas freqüências infrasônicas são conhecidas por gerar tais efeitos no corpo. A freqüência de 18hz é conhecida por causar vibração no olho humano, o que pode gerar a aparição de formas pálidas na visão periféfica.

Fatores psicológicos são também citados como explanações para a visão de fantasmas: pessoas sucetíveis podem ser sujeitas a exagerar interpretações de percepções quando visitando um determinado local no qual ocorreram desprazeirosos eventos históricos.

Há uma vertente de pensamento que diz que o fantasma não seria necessariamente uma alma ou um ser desincorporado, mas sim uma "impressão psíquica no ambiente (comumente chamado Éter)" em que essa impressão seria de momentos antes da morte ou apenas um momento marcante para determinada pessoa que ficaria gravado na localidade. Assim sendo, um fantasma, de acordo com essa crença, não teria noção das mudanças ocorridas ao seu redor e também não perceberia a presença de terceiros, impossibilitando assim de se comunicar com eles e de ser contatado. Essa seria um diferença em relação aos espíritos, que teriam sim, noção do mundo ao seu redor, afetando-o.

Fantasmas famosos

Histórias de fantasmas são comuns a todos os povos do mundo, mas nenhum demonstrou tanto interesse pelo assunto como os britânicos. Com suas incontáveis lendas sobre espectros que assombram famílias por gerações, lugares e castelos mal-assombrados, as ilhas britânicas tornaram esse assunto uma tradição local tão forte quanto a monarquia ou o chá das cinco. Os fantasmas estão de tal forma incorporados à cultura inglesa que suas irrupções em peças de Shakespeare, como Macbeth ou Hamlet, não causam estranheza a ninguém.

É difícil precisar os motivos que associam tão intimamente a Grã-Bretanha às aparições. A herança cultural deixada por antigos ocupantes, como os celtas (para quem a existência de um mundo pós-morte era ponto pacífico), e a ampla tradição em magia podem ajudar a explicar. Já no século 19, quando o Ocidente respirava o cartesianismo a plenos pulmões, os britânicos eram os principais adeptos do espiritualismo, e o surgimento em Londres da Sociedade de Pesquisas Psíquicas (SPR) – que incluía entre seus membros alguns nomes proeminentes do meio acadêmico da época, como o professor de letras clássicas Frederic Myers e os físicos sir Oliver Lodge e sir William Barrett – permitiu alguns dos mais importantes estudos de caráter científico sobre o tema. Dois livros escritos por membros da SPR a respeito das aparições – Fantasmas dos Vivos e Censo de Alucinações – são obrigatórios para quem deseja estudá-las.

Um dos locais mais famosos pelos seus fantasmas é a Torre de Londres, que é descrita como assombrada pelos seguintes fantasmas:
• O fantasma sem cabeça de Anne Boleyn – segunda esposa do rei Henrieque VIII que ficou muito tempo presa na Torre de Londres e foi executada em 1536, sob a falsa acusação de adultério. Desde então muitas pessoas dizem ter visto um fantasma caminhando pela casa da rainha, onde passou sua última noite na terra antes de ir para a Torre Verde e ser executada. Até uma música antiga sobre ela fala de um fantasma que carrega a cabeça debaixo do braço. Pode ser apenas uma fábula, mas várias sentinelas do lugar dizem ja ter ouvido passos e visto um fantasma sem cabeça. Em 1864, uma das sentinelas desafiou o fantasma e atravessou-o com sua baioneta, mas ele simplesmente continuou andando sem se alterar. O homem desmaiou de medo e foi a julgamento na corte marcial. No entanto, várias outras sentinelas confirmaram ter visto o fantasma e o réu foi finalmente absolvido.

• O fantasma de Thomas Becket, que alegadamente apareceu durante a construção do Portão dos Traidores. Ele foi assassinado por ordem do rei Henrique II em 1170. A primeira aparição dele foi 71 anos depois de sua morte. Em trabalhos de restauração da torre, não é raro que os trabalhos se atrasem devido a acidentes atribuidos a Becket. Thomas era arcebispo de Canterbury, ele teria sido visto batendo seu crucifixo em tijolos durante duas reforma frustradas do complexo.

• Os fantasmas do rei da Inglaterra Eduardo V e Richard, Duque de York, e "Príncipes na torre".

• O fantasma de Lady Jane Grey. Uma lutadora e transgressora que tentou provocar um aborto real para poder usurpar o trono e tornar-se rainha da Inglaterra, o que nao conseguiu e isso lhe custou a vida. Lady Jane encarcerada e torturada na Torre Martin, em 12 de fevereiro de 1554, foi decaptada na esplanada que se encontra que se encontra diante da torre. Ela foi prometida ao rei Eduardo VI, mas ele morreu prematuramente. Entao ela foi casada a força com Guildford Dudley. Mas eles nao reinaram muito tempo,pois 15 dias depois foram levados a prisão. Com apenas 15 anos Lady Jane Grey foi decaptada com Guildford, que foi decaptado depois.

• O fantasma de Sir Walter Raleigh. Ele passeia ao longo das muralhas num percurso ja conhecido como o Passeio de Raleigh.

• Margareth Pole, Condessa de Salisbury. Ela foi decaptada nos seus 70 anos por vingança, por ordem de Henrique VII. No dia de sua execução ela resistiu e fugiu. Encurraralamram-na na Torre Verde e o seu carrasco a derrubou com várias machadadas, que a fizeram morrer com muito sofrimento. Diz-se que seu espírito aparece todos os anos, no dia de sua morte, na torre verde...e a mesma cena horrivel se repete.

• Uma tropa de fantasmas que revivem a execução da Condessa de Salisbury;
É dito que muitos outros fantasmas habitam a Torre de Londres; tropas de fantasmas foram vistas muitas vezes lá, bem como a Dama de luto, sem face.
A Casa Branca em Washington, DC é dita ter sido assombrada pelo fantasma de Abraham Lincoln e por muitos outros espectros.

O fantasma do Imperador Romano Calígula é dito ter assombrado os jardins de Lamian em Roma, aonde seu corpo havia sido precipitadamente e sem cerimoniais enterrado, depois de seu assassinato.

Na descrição bíblica da Bruxa de Endor, o Rei Saul de Israel chama a bruxa para conjurar o fantasma do profeta Samuel e consultá-lo a respeito de uma situação precária. O suposto espírito do profeta não oferece assistência ao rei e, ao invés, blefa, anunciando sua morte. Saul, amedontrado com essas palavras acaba cometendo suicídio.

Como funcionam os Fantasmas

Trace V. Wilson - Há vários anos, fiquei num pequeno apartamento junto de uma cabana. A propriedade ficava longe das luzes da cidade e, em noites claras, as sombras eram um pouco fantasmagóricas. Algumas vezes, principalmente nas noites escuras do outono e do começo do inverno, eu tive a estranha sensação de que não estava sozinho.

Numa noite em que eu estava no apartamento, ouvi uma pancada abafada, que parecia vir de dentro da cabana. Normalmente eu teria desconsiderado o som, em razão de o prédio ser centenário, mas era uma noite assustadora e eu já tinha visto o terreno ao redor da cabana afundar depois de escurecer. Depois de ouvir o som várias vezes, comecei a me perguntar se estava acontecendo algo sobrenatural, mas não tive coragem de ir ver.

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Na manhã seguinte, ouvi o mesmo som enquanto estava do lado de fora e, quando me virei para ver o que era, vi uma maçã rolando pela grama. Para provar a teoria, peguei a maçã e a larguei. O som era idêntico ao que havia me assustado na note anterior.

Durante o dia, vendo as maçãs caídas embaixo da árvore, a idéia de achar que a cabana era assombrada parecia tola, mas noites escuras e prédios velhos podem fazer que mesmo as pessoas mais céticas se questionem sobre a existência de fantasmas. Segundo uma pesquisa Gallup de 2005, mais de um terço dos americanos acreditam que casas podem ser assombradas e aproximadamente 32% acreditam especificamente em fantasmas.

Para os que acreditam, um fantasma é o espírito de uma pessoa morta que pode ainda não ter ido para o "além-vida" ou que tenha voltado de lá. A definição de "espírito" pode variar. Alguns o descrevem como a alma de uma pessoa, ao passo que outros acreditam que seja a impressão energética que uma pessoa deixa no mundo.

Os seres humanos acreditam (ou não) em fantasmas há milhares de anos. Eles são mencionados até na obra literária mais antiga que se conhece, "A Epopéia de Gilgamesh". Histórias de fantasmas fazem parte do folclore da maioria das culturas, embora os detalhes variem muito em cada região.

As pessoas descrevem encontros fantasmagóricos de várias formas diferentes. As pessoas vêem aparições ou luzes estranhas, sentem uma presença no ambiente, ouvem barulhos ou sentem uma queda brusca de temperatura. Elas sentem na cozinha o cheiro da comida preferida de um familiar morto ou ouvem a música favorita tocando com o rádio desligado. Os objetos caem das prateleiras e as portas abrem e fecham sozinhas. A eletricidade fica desordenada, fazendo que as luzes pisquem ou que a TV ligue ou desligue sozinha. Algumas vezes as pessoas não passam por nada que seja anormal, mas reparam em aparições ou formas estranhas quando olham para fotos que tiraram.

Algumas histórias sobre fantasmas envolvem aparições visíveis, restritas a lugares ou famílias específicas. Esses fantasmas normalmente aparecem como um aviso de que alguém irá morrer. Eles não são todos humanos: alguns tomam a forma de animais. Semelhantemente, alguns registros de fantasmas envolvem aparições que informam amigos ou membros da família sobre mortes recentes ou crises iminentes. Alguns pesquisadores da paranormalidade classificam isso como uma forma de telepatia em vez de um fantasma real.

Outros fantasmas foram relatados como sendo os espíritos de pessoas que morreram de forma violenta ou repentina. Eles podem reconstituir suas mortes ou tentar se vingar. Por exemplo: algumas pessoas acreditam que as Luzes Marrons da Montanha da Carolina do Norte (luzes piscantes que aparecem no declive da montanha) sejam os espíritos dos americanos nativos que morreram em guerras. Algumas vezes as reproduções fantasmagóricas de objetos inanimados, como navios naufragados ou carros batidos, reaparecem depois de acidentes ou tragédias.

Finalmente, há os fantasmas que estão por aí porque se negam a ir embora ou não conseguem deixar a Terra. Pesquisadores da paranormalidade normalmente se referem a esses fantasmas como espíritos materiais. Um fantasma material pode assombrar um lugar específico, como a casa onde vivia, o lugar que mais gostava de visitar ou o lugar onde morreu. Ele pode estar tentando passar uma mensagem para amigos ou entes queridos para completar uma tarefa que começou em vida ou para se agarrar a sua casa ou seus pertences. Alguns pesquisadores e médiuns dizem serem capazes de encorajar tais espíritos a se desamarrarem dos nós que os prendem à Terra e irem para o mundo espiritual.

Para muitas pessoas, ver, ouvir ou sentir um fantasma é o suficiente para provar sua existência, mas pesquisadores encontraram várias explicações possíveis para fenômenos comumente atribuídos a fantasmas.

Explicações da ciência

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Richard Wiseman, da Universidade de Hertfordshire, estuda o fenômeno da assombração na Grã-Bretanha. Ele tem estudado lugares considerados assombrados, como a Haunted Gallery, no Hampton Court Palace, a Edinburgh Vaults e o Mary King's Close. Primeiro ele consultou registros escritos e entrevistou funcionários para determinar exatamente onde, em cada lugar, as pessoas registraram ocorrências de fantasmas. Depois ele pediu que os visitantes documentassem suas experiências e registrassem qualquer coisa fora do comum.

Seus resultados têm sido bastante consistentes: as pessoas registram mais experiências estranhas nas áreas onde outros já passaram por fenômenos incomuns no passado. Em outras palavras, as pessoas têm mais experiências fantasmagóricas nos lugares que parecem ser os mais assombrados, o que é verdade, independentemente de as pessoas conhecerem ou não a área previamente ou sua história fantasmagórica. Entretanto, as pessoas que dizem acreditar em fantasmas ou que já souberam de alguma ocorrência sobrenatural num lugar específico relatam acontecimentos estranhos com mais freqüência.

Essas descobertas podem dar base à idéia de que um prédio pode ser assombrado. Os projetos de But Weisman também envolveram a procura pela fonte dos fenômenos aparentemente paranormais. Além de reunir registros de acontecimentos estranhos, ele avaliou as condições físicas de cada lugar assombrado. Ele e sua equipe usaram instrumentos para medir luz, umidade, som e campos magnéticos, e suas medições sugeriram que os sinais de que um prédio é assombrado normalmente têm uma causa racional, física. O site The ghost experiment (em inglês) inclui resumos de várias das experiências de Weisman.

Outros pesquisadores usaram métodos parecidos para tentar determinar as causas de uma ocorrência fantasmagórica. Embora ninguém tenha provado conclusivamente que fantasmas não existem, os pesquisadores propuseram um número de explicações alternativas sobre causas físicas ou psicológicas para as experiências estranhas. Algumas são simples: as pessoas podem ter alucinações ou confundir reflexos, sombras e barulhos indefinidos com fantasmas. Outras teorias são mais complexas. Seguem alguns exemplos.

Campos elétricos e magnéticos

Em alguns lugares assombrados, os pesquisadores mediram campos magnéticos maiores do que o normal ou que tinham flutuações incomuns, que podem ser fenômenos localizados, ocorrendo em razão de equipamentos eletrônicos ou formações geológicas. Podem, ainda, fazer parte do campo magnético da Terra.

Alguns pesquisadores sobre paranormalidade consideram isso como prova de presença sobrenatural: os fantasmas criam o campo. Outros sugerem que esses campos possam interagir com o cérebro humano, causando alucinações, vertigem ou outros sintomas neurológicos. Alguns pesquisadores teorizaram que essa é uma das razões pelas quais as pessoas relatam mais ocorrências fantasmagóricas à noite. Em razão da forma como o vento solar interage com a magnetosfera da Terra, o campo magnético do planeta se expande do lado escuro. Alguns pesquisadores trabalham com a hipótese de que esse campo expandido interage mais ativamente com o cérebro humano.

Pesquisadores médicos também estudaram os efeitos dos campos elétricos no cérebro humano. O estímulo elétrico no giro angular do cérebro, por exemplo, pode causar a sensação de haver alguém atrás de você, imitando seus movimentos. O estímulo elétrico para diferentes partes do cérebro também causou alucinações ou experiências de quase morte.


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Temperatura

As áreas frias são um fenômeno comum em prédios considerados assombrados. As pessoas descrevem quedas bruscas de temperatura ou lugares frios localizados em um ambiente que estava quente. Normalmente os pesquisadores conseguem encontrar uma fonte específica para a área fria, como uma janela resfriada ou chaminé. A sensação de temperatura mais baixa também pode acontecer em razão da baixa umidade. No estudo de Wiseman na Mary King's Close, os lugares considerados assombrados eram significativamente menos úmidos do que os outros.

Ondas sonoras de baixa freq üência


Pesquisas demonstraram que as ondas sonoras de baixa freqüência, conhecidas como infra-som, podem causar fenômenos que as pessoas normalmente associam com fantasmas, o que inclui sensação de nervosismo e desconforto, bem como a sensação de alguma presença no ambiente. As ondas sonoras também podem fazer os olhos dos seres humanos vibrarem, causando a visualização de coisas que não estão lá. Normalmente essas ondas têm freqüências menores de 20 Hz; portanto, são muito baixas para que as pessoas realmente as percebam. Em vez de perceberem o som em si, as pessoas percebem seus efeitos.

Algumas vezes os pesquisadores conseguem localizar a fonte do som. O artigo "The Ghost in the Machine", de Vic Tandy e Tony Lawrence, descreve uma onda imóvel de baixa freqüência produzida por um ventilador. A onda sonora desapareceu depois que os pesquisadores mudaram o ventilador de lugar. Quando a onda se dissipou, o mesmo aconteceu com os sintomas de assombrações no prédio. Você pode aprender mais sobre infra-som no site Infrasonic (em inglês).

Os pesquisadores mais céticos acreditam que o fenômeno fantasmagórico tenha explicações racionais. Entretanto, aqueles que tentam provar a existência de fantasmas dizem que, embora algumas ocorrências tenham explicações racionais, outras só podem ter se originado de forma sobrenatural. Independentemente do fato de os fantasmas serem reais ou não, muitas pessoas os acham fascinantes. Essa fascinação tem um número de causas prováveis, desde a curiosidade sobre o que acontece com as pessoas depois da morte até a idéia reconfortante de que os entes queridos que já morreram estão por perto. Histórias sobre fantasmas, como as lendas urbanas, também podem expressar o medo que as pessoas têm do desconhecido.

Por outro lado, em seu relatório sobre Indicadores de Ciência e Engenharia, a National Science Board (NSB - Junta Nacional de Ciência) declara que a crença na paranormalidade pode ser perigosa. Segundo a NSB (em inglês), acreditar na paranormalidade é um sinal de diminuição na capacidade de pensar em coisas importantes e de tomar decisões diárias. De qualquer forma, uma vez que é virtualmente impossível provar que algo não existe, as pessoas provavelmente continuarão acreditando em fantasmas e em casas assombradas, principalmente pelo fato de ocorrências inexplicáveis poderem acontecer a qualquer momento.

Os Caça-fantasmas

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Provavelmente, você mal leu o título deste artigo e já lembrou da música característica: "There's something weird, and it don't look good. Who you gonna call?..." Muitos conhecem a versão de Hollywood da caça aos fantasmas, que ficou famosa no filme "Os Caça-Fantasmas". Mas para muitas pessoas caçar fantasmas não é motivo de piada. Como são os caça-fantasmas da vida real? Será que eles caçam os fantasmas e os dominam? Será que eles atiram com feixes de prótons, dirigem uma ambulância personalizada ou chegam em casa depois de um dia duro de trabalho cobertos por uma gosma verde? Neste artigo, encontraremos alguns caça-fantasmas da atualidade, descobriremos o que fazem e veremos que ferramentas usam no seu trabalho.

Apresentando os caça-fantasmas

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Randy Liebeck - Policial de dia, caça-fantasmas à noite

Mesmo que a carreira ligada ao cumprimento da lei não o coloque em contato com fantasmas, Randy Liebeck utiliza o interesse pelo sobrenatural na investigação de relatos de assombrações após o horário de trabalho. Ele prestou consultoria a diversos shows de TV e escreveu para as revistas Fate (em inglês) e Unknown (em inglês). Liebeck investigou assombrações em todo território americano usando uma ferramenta de tecnologia crescente para encontrar e captar um fantasma real.

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Joe Nickell - Investigador paranormal profissional

Joe Nickell é pesquisador graduado do CSICOP - Comitê de Investigação Científica de Alegações de Paranormalidade (em inglês), uma organização sem fins lucrativos que aplica métodos científicos às alegações de fenômenos paranormais ou sobrenaturais. Ele investigou centenas, senão milhares, de casas mal assombradas e outros fenômenos paranormais. Trabalhou também como detetive, mágico e jornalista, e atualmente é investigador paranormal assalariado em tempo integral. Ele publicou diversos livros e reportagens e é especialista em detectar documentos falsificados.

O que é um fantasma?

Histórias de fantasmas existem desde que os homens inventaram a linguagem. O Épico de Gilgamesh (em inglês), considerado por muitos estudiosos a mais antiga história escrita, contém referências aos espíritos dos mortos. Esta é a definição mais básica de um fantasma, o espírito de uma pessoa que continua a existir de alguma forma depois da morte do corpo físico. Muitas religiões descrevem a vida após a morte como o local para onde estes espíritos são enviados com o objetivo de serem recompensados ou punidos pelas suas obras feitas nesta vida. As histórias de fantasmas são focadas em espíritos que voltaram após a morte ou nunca chegaram lá e que interagem com as pessoas no mundo físico.

Por que estes espíritos têm tanta dificuldade de alcançar ou permanecer na vida após a morte? Aqueles que acreditam em fantasmas falam em "missão inacabada" da vida do falecido. Uma morte violenta ou traumática é mais uma razão atribuída para as assombrações. Em alguns casos, as pessoas parecem ter estabelecido vínculos tão sólidos com algum lugar específico em vida que o seu espírito retorna para lá após a morte.

Algumas assombrações não parecem envolver um determinado espírito que se movimenta de maneira consciente. Elas se parecem mais com um velho filme que repete um acontecimento do passado, como uma batalha ou assassinato. Há relatos de aparições fantasmagóricas de exércitos romanos marchando para a guerra há muito tempo esquecida ou fantasmas de soldados lutando na Batalha de Gettysburg.

Um dos tipos mais famosos de fantasma parece não envolver os espíritos dos mortos. Especula-se que os poltergeists (palavra alemã que significa "espírito que bate à porta") é o resultado da energia telecinética expelida por pessoas zangadas ou frustradas. Muitas vezes, os adolescentes na fase da puberdade constituem o foco dos ruídos e objetos em movimento, que são a marca da atividade dos poltergeists.

O outro tipo de fantasma pode ser classificado como entidade diabólica. Aqueles que aceitam a religião e mitologia judaico-cristã acreditam que algumas assombrações são provocadas por demônios ou pelo próprio Satã. Às vezes, estes demônios "se apossam" de uma pessoa viva. Uma variante dessa tradição diz que a melhor maneira de se livrar destas assombrações é através do exorcismo, um ritual religioso específico que tem por objetivo banir os demônios.
É claro que esta conversa sobre fantasmas supõe que eles são reais, e suposições não têm espaço em investigações importantes. As investigações sobre caça-fantasmas não são exceção.

Sobre os caça fantasmas

A primeira coisa que você precisa saber sobre os caça-fantasmas da vida real é que eles não gostam da expressão "caça-fantasmas". Para realmente caçar um fantasma, você precisaria de duas coisas:

• um verdadeiro e comprovado fantasma;
• uma maneira testada e aprovada de se livrar daquele fantasma.

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O problema real do caça-fantasma é comprovar os dois aspectos acima citados. Assim sendo, o que existe são ocorrências inexplicáveis que parecem ter origem paranormal. Estas ocorrências podem ser investigadas, e em muitos casos as causas podem ser determinadas. Muitas vezes, os fantasmas são "caçados" quando o investigador descobre que uma janela mal fechada estava causando a corrente de ar ou que o reflexo das luzes dos automóveis eram as luzes estranhas que se moviam em um quarto escuro. Então, ao invés de caça-fantasma, eles preferem ser chamados de "investigadores paranormais".

Trabalhando com o caça-fantasmas

fantaequipamento1Você não encontrará muitos investigadores paranormais na lista telefônica. Então como eles encontram as suas ocorrências? Randy Liebeck possui ocorrências que lhe foram passadas por várias instituições de pesquisa paranormal. Joe Nickell seleciona as assombrações que irá investigar com base no estímulo que o caso irá lhe proporcionar ou se possui características não habituais ou interessantes. Muitos investigadores, incluindo Liebeck e Nickell, conduzem alguns trabalhos à convite de emissoras de TV ou repórteres de jornais. Relatada a existência de uma assombração, o investigador paranormal pesquisa antes o local. Isto assume a forma de uma lista de fenômenos que ocorreram durante a aparição da assombração, mas pode levar também a pesquisas históricas do passado desta assombração. Saber quais fenômenos estão sendo relatados é importante, pois ajuda a determinar quais equipamentos devem ser trazidos. "Se o relato envolve sensações auditivas ou subjetivas, não há porque instalar na casa quinze câmeras de vídeo", disse Liebeck. A pesquisa histórica é vital porque as lendas que cercam locais mal assombrados podem ser meios de desviar do assunto, que não levarão os investigadores a lugar nenhum.

fantaequipamento2O primeiro passo ao se chegar no local da investigação é falar com todas as testemunhas do fenômeno e descobrir exatamente o que elas presenciaram. Muitas vezes, os detalhes relatados por testemunhas oculares são bem diferentes dos contos que cercam uma assombração. Joe Nickell elaborou um questionário sobre fantasmas que ele entrega às testemunhas no início da investigação como tentativa de quantificar as suas experiências. O questionário aborda detalhes como o número de vezes que eles viram uma assombração e em qual hora do dia este fato ocorreu. É também feito um levantamento psicológico que permite a Nickell atribuir à testemunha um "quociente de propensão à fantasia".

Investigação: Mackenzie House

Em 1972, Joe Nickell conduziu sua primeira investigação em uma casa mal assombrada. O vigia de uma velha hospedaria chamada Mackenzie House em Toronto, Ontário, relatou ter ouvido passos pesados na escadaria tarde da noite, misteriosa música de piano e uma aparição que surgiu para a sua mulher enquanto estava deitada na cama. Finalmente, uma fotografia do piano mostrou uma mancha branca inexplicável no primeiro plano.

Após entrevistar todos os funcionários, Nickell encontrou um guia turístico que relatou ter ouvido os passos também durante o dia. Ao examinar a escadaria, Nickell descobriu que ela passava ao longo de uma parede externa. Do lado de fora, ele encontrou um prédio antigo compartilhando aquela parede. Uma rápida entrevista com o vigia do outro prédio revelou a existência de uma escadaria paralela à da Mackenzie House. Uma equipe de limpeza que trabalhava tarde da noite foi a explicação para os passos. A esposa do vigia da outra casa tocando piano foi a explicação para a "misteriosa" música de piano. Mas e a fotografia? E a aparição?

Um fotógrafo profissional analisou a foto e revelou que um flash foi usado. As folhas brancas sobre o piano refletiram o flash, criando a estranha mancha.

Ver uma aparição enquanto se está na cama é uma experiência comum, conhecida como sonho acordado ou transe hipnogógico. A testemunha pode acordar e descobrir que o seu corpo está completamente paralisado. As pessoas que sonham e acordam freqüentemente percebem um ou mais vultos se movendo em volta delas. As obscuras causas psicológicas e fisiológicas destes transes não são bem compreendidas, mas eles foram bastante documentados. No final, Nickell concluiu que, de fato, a casa não estava mal assombrada.

 

Equipamentos para detectar fantasmas


Os caça-fantasmas levam consigo muitas ferramentas em uma investigação. O kit de Randy Liebeck inclui: "máquinas fotográficas analógicas e câmeras de vídeo digitais com infravermelho para visão noturna; filmadoras portáteis e unidades estacionárias que são alimentadas por uma estação de comando central; máquinas fotográficas fixas com filme de 35-mm e câmeras digitais; gravadores de áudio analógicos e digitais; microfones amplificados ou de captação através de parabólicas; monitores atmosféricos; detectores de movimento; contadores Geiger; um sismógrafo e uma câmera sensível ao calor".
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Um dos dispositivos mais usados na caça aos fantasmas é o detector EMF, às vezes conhecido como medidor TriField. Estes dispositivos detectam flutuações nos níveis de energia magnética, elétrica e de rádio/microondas. Alguns investigadores especularam que leituras anômalas nestes campos de energia são sinais de fantasmas.

De acordo com Joe Nickell, o uso destes equipamentos é desnecessário e não científico. "Por que temos que levar os detectores EMF quando nem temos evidência científica de que eles detectam fantasmas?"

Nickell não gasta muito tempo tentando obter fotos de fantasmas ou gravações de áudio de suas vozes. Ao invés disso, ele leva sua máquina fotográfica, os questionários, um notebook e um gravador para as entrevistas. Ele também mantém à mão um kit de evidências forenses caso apareçam evidências físicas de fantasmas. Uma vez ele investigou uma fazenda do Kentucky onde uma porta supostamente gotejava sangue quando chovia. Ele recolheu um pouco da substância na porta, e a análise mostrou se tratar de ferrugem e de outros materiais do telhado que desciam com a água da chuva.

Se as evidências necessitam de esclarecimentos adicionais, Nickell às vezes convoca cientistas ou equipamentos especializados para realizar análises complementares. Nickell não estava presente na "Casa do Sangue" de Atlanta, onde uma testemunha declarou que sangue "esvaiu-se" no chão, mas ele obteve as fotos da cena, onde havia sangue no chão e nas paredes. Nickell consultou um especialista forense em amostras de respingos de sangue que ao olhar para as fotos determinou que o sangue foi esguichado nas paredes, provavelmente de uma seringa.

O método científico

fanta2Os clubes e sociedades de caça aos fantasmas despontaram por todo o mundo. Não há regulamento governamental de caça fantasmas, muito menos algum grupo que fiscalize as suas atividades. Quase todos estes grupos são amadores, e poucos praticam o método científico. "Muitos destes grupos são sérios e se esforçam honestamente para contribuir", disse Liebeck. Entretanto, muitos deles "não estão conduzindo as pesquisas verdadeiras ou avaliando imparcialmente as evidências, mas aparentemente já decidiram qual é a 'verdade' e estão promovendo a sua crença. Oscilar um magnetômetro diante da TV e anunciar 'Eles estão aqui!' ou fotografar um feixe de partículas de poeira iluminadas pelo flash e exclamar que 'As órbitas estão desapontadas com as nossas vibrações negativas' não constitui uma investigação".

Liebeck aponta que muitos caçadores de fantasmas estão andando para trás. Eles conduzem investigações com a idéia fixa e dogmática de que fantasmas existem. Durante o curso de uma investigação, eles irão interpretar quase tudo que encontram como uma evidência de um fantasma real. Leituras eletromagnéticas, pontos frios ou anormalidades fotográficas, tudo isso representa fenômenos fantasmagóricos adicionais, mas os caça-fantasmas nunca consideram outras soluções mais terrenas. Eles começam com a resposta na qual desejam chegar antes de iniciar a investigação.

Por outro lado, o método científico não possui uma solução pré-determinada para os problemas paranormais. Caça-fantasmas como Joe Nickell não objetivam nem a legitimação e nem a ridicularização de cada caso de assombração que encontram. Ao invés disso, um investigador paranormal examina a evidência em si e depois tenta descobrir para onde esta evidência o leva. No caso de Joe Nickell, as evidências nunca o levaram a um fantasma real.

 

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fantasma
http://www.terra.com.br/planetanaweb/355/materias/
http://www.fantasmaseovnis.com/c-fantasma-torra-londres.html
http://pessoas.hsw.uol.com.br/fantasma.htm