Ficar sentado pode te matar de 7 formas diferentes

sete3Muitas pesquisas feitas nos últimos anos apontam que ficar sentado durante muitas horas por dia pode ser prejudicial para sua saúde. Nas palavras de Shaunacy Ferro, “sentar é o novo cigarro”, menos o lobby poderoso em volta do produto. E a pior notícia é que aumentar o tempo de exercícios não compensa o tempo que você fica sentado – as probabilidades são as mesmas para quem se exercita e quem não se exercita.Veja aqui as maneiras com que o sedentarismo, principalmente no local de trabalho, pode te matar:

7. Doenças crônicas

Uma pesquisa feita em fevereiro de 2013 com 63.048 homens australianos de meia idade apontou que quem fica sentado mais de quatro horas por dia tem uma probabilidade significativamente maior de ter uma doença crônica, como hipertensão, doenças cardíacas e câncer. E o estudo apontou que não importa o índice de massa corporal ou a quantidade de exercícios feita. Além disso, quem fica sentado seis horas por dia tem maior probabilidade de ter diabetes, uma descoberta que confirma o resultado de outros estudos.

6. Redução da expectativa de vida

Um estudo publicado em julho de 2012 apontou que reduzir o tempo excessivo sentado para menos de três horas por dia aumentaria a expectativa de vida em dois anos. Além disso, reduzir o tempo em frente à TV para menos de duas horas por dia aumenta a expectativa de vida em 1,4 anos (em comparação, o hábito de fumar diminui a expectativa de vida em 2,5 anos para homens e 1,8 anos para mulheres). O estudo estimou que um adulto típico gasta 55% do seu dia fazendo algo sedentário, mas também aponta que os altos níveis de sedentarismo autorrelatados podem ser conservativos. Não é fácil lembrar todo o tempo que você ficou sentado durante o dia, uma vez que não é uma atividade específica de um comportamento, como assistir TV.

5. Doenças renais

Quem senta por menos tempo tem menos chances de ter alguma doença renal crônica, e isto não se altera se você acrescentar na equação pessoas que controlam seu índice de massa corporal ou atividade física. Foi o que descobriu uma análise publicada em outubro de 2012, que estudou relatos de 6.379 pessoas com idade entre 40 e 75 anos. O efeito foi mais profundo entre as mulheres: ao diminuir o tempo sentadas de um dia inteiro para três horas, elas diminuíram o risco em mais de 30%. Entre os homens, a diminuição do risco de doença renal caiu 15%.

4. Saúde mental prejudicada

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Ficar sentado também é prejudicial para a mente. Um estudo relacionando o comportamento sedentário e o bem-estar mental apontou que ficar sentado por razões não ocupacionais, como assistir TV, dirigir um automóvel ou usar o computador, está associado a problemas de saúde mental entre as mulheres. O estudo que foi publicado em abril de 2012 usando dados de quase 3.500 pessoas também apontou que os homens só eram prejudicados mentalmente pelo tempo gasto em frente do computador.

3. Obesidade e Síndrome Metabólica

Pessoas obesas ficam sentadas mais tempo que pessoas magras. Um estudo publicado em novembro de 2009 apontou que este tempo a mais é de 2,5 horas, em média, e está associado à síndrome metabólica, uma combinação de fatores como obesidade abdominal, baixos níveis do “bom colesterol”, hipertensão, níveis elevados de triglicerídeos ou hiperglicemia, que juntos aumentam os riscos de doenças mais sérias, como doenças cardíacas, derrames e diabetes. Este resultado foi confirmado por outro estudo publicado no ano passado, que mostra que pessoas que são sedentárias por mais tempo tem 73% mais chances de ter síndrome metabólica. Em 2005, um grupo de pesquisadores estimou que a redução do tempo de TV e computador para menos de uma hora por dia poderia reduzir a prevalência de síndrome metabólica entre adultos nos Estados Unidos de 30% a 35%.

2. Morte por câncer colorretal

Mesmo que você seja diagnosticado com câncer, o sedentarismo pode ser sua causa de morte. Um estudo publicado em janeiro de 2013 descobriu que tanto antes quanto depois de ser diagnosticado com câncer colorretal, ficar mais tempo sentado durante os momentos de lazer significa maiores chances de morrer. O estudo monitorou os hábitos de mais de 2.000 pacientes de câncer colorretal por até 16 anos depois do diagnóstico. Os que levavam uma vida mais ativa tinham 28% menos chances de morrer do que os que se exercitavam menos. Os que passavam sentados seis horas tinham 36% mais chances de morrer do que os que ficavam sentados menos de três horas por dia.

1. Morte por todas as causas – e mais cedo

Um estudo monitorou 200.000 australianos com mais de 45 anos, e descobriu que não importa a idade, sexo ou índice corporal, ficar sentado aumenta os riscos de mortalidade por todas as causas. Pessoas que ficam sentadas mais de 11 horas por dia tem risco 40% maior de morrer em 3 anos. O risco de morrer era muito menor para pessoas que faziam exercícios durante cinco horas por semana, ou mais, mas ainda assim era insuficiente para escapar da armadilha fatal da cadeira. Hora de comprar uma mesa para ficar em pé.


Quem fica muito tempo sentado morre mais cedo


Um estudo de enorme alcance, que pesquisou a rotina de mais de 222 mil cidadãos australianos ao longo de três anos, passa uma mensagem bem clara sobre o hábito de passar muito tempo sentado: pessoas que passam mais de quatro horas diárias sobre uma cadeira são até 40% mais propensas a encurtar a própria vida. É claro que este índice médio de 40%, conforme explicam os cientistas, só se aplica àqueles que realmente abusam do ato de sentar, passando mais de 11 horas por dia nesta posição. Entre oito e onze horas, a mesma taxa cai para 15%.

No entanto, ainda que os médicos estejam certos de que é desaconselhável ficar tanto tempo sentado, não se sabe exatamente porque isso é tão ruim. As principais evidências são as mesmas que se verificam no sedentarismo: exercícios físicos regulares têm efeitos positivos quanto aos triglicerídeos e a pressão sanguínea. Ou seja, o principal prejuízo não é o fato de estar sentado em si, mas o de não se mover. Em uma sociedade onde a tecnologia nos facilita a vida, evitando cada vez mais que tenhamos que sair de casa para cumprir nossos afazeres, é cada vez mais complicado tornar o exercício físico algo rotineiro.


Seu trabalho está te deixando doente?

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Segundo um estudo canadense, estresse no local do trabalho não é bom para a saúde; também não é tão bom para a economia. Para chegar a essas conclusões, os cientistas usaram dados nacionalmente representativos da Pesquisa Nacional de Saúde da População Canadense, restritos a adultos com idades entre 18 e 65 anos, a maior parte empregada, e que incluía estatísticas sobre cuidados de saúde, doenças crônicas, estado civil, nível de renda, tabagismo e hábitos de consumo. Os pesquisadores descobriram que um estresse no trabalho cada vez maior faz com que os trabalhadores procurem mais ajuda de profissionais de saúde para doenças físicas, mentais e emocionais.

O número de visitas aos profissionais de saúde aumentou 26% entre os funcionários que trabalham em empregos de alta tensão, e era maior do que os números de empregos de baixa tensão.“Nós acreditamos que um número crescente de trabalhadores está utilizando serviços médicos para lidar com estresse no trabalho”, disse o coautor do estudo, Mesbah Sharaf. Segundo Sharaf, há evidência médica de que o estresse pode afetar adversamente o sistema imunológico de um indivíduo, aumentando assim o risco de doenças.

Vários estudos relacionaram o estresse à dor nas costas, câncer colorretal, doenças infecciosas, problemas cardíacos, dores de cabeça e diabetes. Estresse no trabalho pode também aumentar os comportamentos de risco, como abuso de drogas, tabagismo e álcool, além de desencorajar comportamentos saudáveis, como atividade física, dieta adequada e aumentar o consumo de alimentos gordurosos e doces. O estresse e os custos com cuidados de saúde associados também afetaram a saúde da economia canadense. “Os gastos de saúde no Canadá, como um percentual do produto interno bruto, aumentaram de 7% em 1980 para 10,1%”, disse Sunday Azagba.

O Canadá quer controlar a situação antes que ela se torne tão estressante na sua economia como é nos EUA, onde 70% dos trabalhadores consideram seu trabalho uma fonte significativa de estresse. Estima-se que a utilização de cuidados de saúde induzidos pelo estresse nos EUA custe às empresas mais de um trilhão de reais por ano, reduzindo seus lucros em 10%.


Fonte: http://www.popsci.com/
http://www.webmd.com/
http://www.livescience.com/