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O Polêmico Exorcismo do Papa Francisco

exorfrancisco1O exorcismo do Papa Francisco e uma verdade inconveniente, 22/05/2013 - Um gesto controverso do Papa Francisco tem gerado tumulto nas redes sociais. No último domingo, logo após a Solene Missa de Pentecostes, Sua Santidade impôs as mãos sobre uma pessoa, como que para orar por ela. Acontece que a agitação do indivíduo foi tanta, que os teólogos e jornalistas agora especulam se não se tratava de um exorcismo. Disponibilizamos abaixo o vídeo, com o momento exato em que Francisco faz sua oração. De acordo com alguns exorcistas ...

questionados durante um programa da TV2000, emissora da Conferência Episcopal Italiana, o Santo Padre “teria feito uma oração de libertação do demônio ou um verdadeiro e próprio exorcismo”. Hoje, pela manhã, porém, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, SJ, negou esta possibilidade. “O Santo Padre não pretendia realizar qualquer exorcismo”, disse. “Como ele frequentemente faz com os doentes e sofredores que estão em seu caminho, ele pretendia simplesmente rezar por uma pessoa que sofre e que fora trazida diante dele”, concluiu padre Lombardi.

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Quem não concordou de maneira alguma com a declaração do porta-voz da Santa Sé foi ninguém mais ninguém menos que o famoso exorcista Gabriele Amorth, autor de inúmeros livros e autoridade indiscutível no assunto. Ele disse, durante uma participação num programa de rádio da Itália, que o gesto do Papa Bergoglio “foi um verdadeiro exorcismo e se o Pe. Lombardi o nega, ele claramente não entendeu nada”. “O que ele fez – explicou o exorcista – é qualificado como um exorcismo porque um exorcismo é também realizado ao colocar as mãos sobre a cabeça da pessoa e rezar, sem recorrer a exorcismos escritos”. Pe. Amorth identificou o rapaz por quem o Papa rezou, que o procurou e recebeu um “longo exorcismo”. O fiel, de 43 anos, é mexicano e, segundo o padre Gabriele Amorth, esta possessão “é uma vingança do demônio contra os bispos mexicanos, porque eles não se opuseram ao aborto como deveriam. O rapaz só será libertado se os bispos mexicanos fizerem penitência por não ter intervisto”.

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Em quem acreditar?, perguntamos. Olha, se existe alguém no qual a sociedade deve voltar a acreditar a partir deste episódio, este alguém se chama demônio. Importa pouco se o gesto do Santo Padre, no último domingo, foi mesmo um exorcismo ou uma simples oração. Não sou demonólogo (já assisti alguns filmes de exorcismo e, como católico, já li algumas coisas sobre o assunto), mas não é preciso ser um especialista para perceber que a reação do rapaz à oração do Papa não foi uma reação comum – que me perdoe a teóloga da PUC-Rio, Maria Clara Bingemer. Isto não pode comprovar que a imposição das mãos de Francisco foi um exorcismo, mas parece indicar uma verdadeira possessão diabólica – o testemunho do pe. Gabriele Amorth o atesta.

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Na verdade, todo este debate esconde uma verdade inconveniente: a de que o diabo existe. Ele é real. Não é uma figura de linguagem, um símbolo meramente abstrato, ou uma “superstição medieval”, não. É uma entidade poderosa, viva e atuante. O homem moderno se gaba de não acreditar no diabo, mas este é um grande perigo. “Nada convém mais ao diabo do que esquecermo-nos dele, ou não lhe prestarmos atenção e, principalmente, não acreditarmos nele”, explica o padre Leo Trese1, em sua obra A fé explicada. “Um inimigo de cuja presença não suspeitamos, que pode atacar emboscado, é duplamente perigoso. As possibilidades de vitória de um inimigo aumentam em proporção à cegueira ou inadvertência da vítima”.

O Papa Francisco tem falado muito do diabo, especialmente em suas homilias diárias. Com relação a isto, no entanto a mídia se cala – e, com ela, os teólogos progressistas. Quando um gesto do Sumo Pontífice parece sugerir a realização de um exorcismo, os jornalistas se apressam a buscar um teólogo que confirme seu ateísmo e sua incredulidade. É que não está “na moda” falar sobre fé, graça e pecado (nem mesmo em nossas igrejas, quanto mais fora delas, não é mesmo?); não está “na moda” crer em demônios… E, no entanto, eles existem; e atuam. Independentemente de, ou melhor, inclusive em nossa descrença.


Papa não fez exorcismo, mas doente realmente estava possuído

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27/05/2013 - Entrevista com Pe. Juan Rivas, L.C., sacerdote que levou o enfermo para receber a benção do Papa Francisco depois da missa de Pentecostes na Praça de São Pedro

Brasília, 26 de Maio de 2013 (Zenit.org) Thácio Lincon Soares de Siqueira | Um “suposto exorcismo” realizado pelo Papa Francisco, ao final da missa de Pentecostes, na praça de São Pedro foi notícia mundial em diversos meios de comunicação, especialmente depois do programa “Vade Retro” do canal SAT 2000, da televisão italiana.

Tal notícia foi esclarecida pelo Pe. Federico Lombardi, porta-voz da Santa Sé, em nota do dia 21 de maio. (Cfr. http://www.zenit.org/pt/articles/vaticano-nega-suposto-exorcismo-feito-pelo-papa-francisco). Nessa, Pe. Lombardi explicou que o “Papa Francisco não teve nenhuma intenção de fazer um exorcismo, mas simplesmente de orar por uma pessoa que sofria e que lhe foi apresentada”.

No entanto, na nota da Assessoria de Imprensa da Santa Sé não se afirma e nem se nega que o tal enfermo apresentado numa cadeira de rodas, realmente era ou não era um “demopatólogo”, uma pessoa que padecia de uma possessão diabólica.

Para saber mais detalhes desse caso, ZENIT procurou o sacerdote que levou o enfermo ao Papa, Pe. Juan Rivas, LC, e lhe propomos uma entrevista.

Pe. Juan Rivas Pozas, L.C., é fundador do Centro Multimídia Hombre Nuevo e produtor do programa de rádio e TV que tem o mesmo nome, localizado na cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos.

Apresentamos aos nossos leitores a entrevista a seguir:

ZENIT: O homem que você apresentou ao Papa para ser abençoado depois da missa de Pentecostes, na praça de São Pedro, estava realmente possuído?

Pe. Juan Rivas: Sim. Tinha quatro demônios. O Pe. Gabriel Amorth fez o exorcismo e os quatro disseram o seu nome mas isso nós já sabíamos, porque essa pessoa recebeu 30 exorcismos de 10 sacerdotes.

ZENIT: Como vocês se conheceram? Quem é ele (se você pode dizer).

Pe. Juan Rivas: Eu o conheci em um café na sua cidade natal. Eu tinha ido a essa cidade para dar uma conferência sobre a Divina Misericórdia e ele pediu para falar comigo. Seu problema era que tinha 4 demônios. Os exorcistas diziam que era um caso estranho porque de acordo com os demônios, eles não saiam porque “A Senhora” não permitia, que provavelmente tinha uma missão mas que não sabiam qual era. Quando lhe pedi mais informação sobre os demônios me disse que um era um bruxo que antes do cristianismo oferecia sacrifícios de bebês não nascidos aos demônios. No mesmo instante entendi qual era a missão: como eu há anos já vinha dizendo ao meu auditório na cidade de Los Angeles que a violência no México estava relacionada com o aborto, porque aconteceu no mesmo ano em que se aprovou a lei, cresce em proporção e se parece na sua crueldade lhe disse: “Está claro qual é a tua missão”.

A sua possessão tem relação com o grande crime que cometeu México ao aprovar a lei do aborto.

Mas o crime é duplo porque se aprovou o aborto onde está Maria de Guadalupe, a Virgem grávida. Isso foi um claro “não” a Cristo, dado pelos legisladores.

Mais detalhes sobre isso eu coloquei, já há alguns meses no meu livro: “Lo que está por venir”. “A tua missão é dizer aos bispos mexicanos que denunciem o crime, alertem das consequências canônicas aos católicos que apoiam este crime, reparem Nossa Senhora de Guadalupe pela grave ofensa e consagrem de novo a Nação a Maria e façam a renúncia a Satanás como se faz nas promessas batismais”.

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Ele pressentia que ao começar a fazer o que eu lhe dizia os demônios o atacariam mais e assim aconteceu. Me escrevia mensagens dizendo que sofria muito e sentia que morreria. Ao piorar a sua situação decidiu ver o Papa para que lhe desse a sua benção porque uma senhora (desconheço a história) afirmava que tinha sido liberta do demônio simplesmente vendo a eleição do Papa Francisco. Nossa intenção era pedir ao Papa a sua benção e entregar-lhe os documentos assinados pelos exorcistas onde afirmavam o que se pedia que os bispos mexicanos fizessem e o Pe. Amorth revelou na terça-feira seguinte.

ZENIT: Depois da oração do Papa, ele foi liberto?

Pe. Juan Rivas: Não foi liberto, os demônios dizem que “a Senhora” não os deixa até que os bispos não cumpram a condição, que é o ato de reparação e expiação e a consagração à Maria Imaculada que os bispos mexicanos têm que fazer pelo pecado do povo.

ZENIT: Algum exorcista em concreto deu a sua opinião sobre o caso?

Pe. Juan Rivas: Na opinião do Pe. Gabriel Amorth o Papa fez um verdadeiro exorcismo e o afirmou várias vezes. De acordo com o Pe. Fortea o Papa não fez nenhum exorcismo mas somente deu a sua benção e o demônio se manifestou. Eu sou desta segunda opinião que coincide com a declaração do porta-voz do Vaticano. Mas estou convencido de que essa bênção do Papa será decisiva na sua futura libertação, se os bispos Mexicanos cumprem com o requisito.

Na minha opinião é ridículo quando dizem que este exorcismo criou uma grave confusão no Vaticano. Seria difícil para o Vaticano e para o Papa se o exorcismo fosse um ato de obscurantismo medieval como, infelizmente, muitas pessoas pensam dentro da Igreja. Mas, na realidade, o exorcismo é um dever ordinário dos bispos e uma obra de misericórdia com os acorrentados pelo demônio, e Cristo nos deu o exemplo.

ZENIT: Apesar do Papa não ter querido fazer uma oração de exorcismo, foi o que ele fez?

Pe. Juan Rivas: O Papa não fez exorcismo. O exorcismo foi feito pelo Pe. Amorth e participaram deste exorcismo outros dois sacerdotes espanhóis, um é exorcista de Valência, duas mulheres e dois assistentes do Pe. Amorth. O exorcismo não é um ato de magia, por isso, ainda que o começo da sua libertação, na minha opinião, começou com a benção do Papa, se requer ainda mais exorcismos, disseram os exorcistas.

ZENIT: Qual é o motivo das possessões diabólicas no México e no mundo?

Pe. Juan Rivas:  Não se pode generalizar. Mas os casos de possessão devem-se em primeiro lugar ao pecado mortal, com o pecado mortal expulsamos Deus da nossa alma e a casa, como diz Nosso Salvador, fica vazia. Não podemos viver em pecado mortal. No caso em que estamos falando, o de Angelo, a sua possessão está relacionada com o triunfo do Coração Imaculado de Maria prometido em Fátima. Os demônios não podem falar contra si mesmos se “a Senhora” não lhes obrigasse a fazê-lo ao pisar-lhes a cabeça. Para que este triunfo aconteça, México tem que reconher a sua missão de nação privilegiada e voltar à fé de sempre quando cantávamos: “A Virgem Maria é nossa protetora, nossa defensora, não tememos nada. Somos cristãos e somos mexicanos: Guerra, guerra contra Lucifer! O que pede Nossa Senhora não é nada extraordinário, mas um ato de fé e de reparação.

O demônio não é um deus poderoso, ele já foi vencido e derrotado por Cristo na cruz, mas o neo-paganismo, o apagão da fé no mundo atual, e que os pastores estejam adormecidos, distraídos, favorece a sua ação. Se as autoridades eclesiásticas corrigem a sua atitude e denunciam o aborto (e outras manifestações do mal) e trabalhamos todos por reverter essa lei que promove a violência contra os mais fracos e indefesos, se se renuncia a Satanás (até mesmo com um exorcismo do país) e se consagra o país à Maria, o demônio será acorrentado e chegará o Triundo do Coração Imaculado de Maria. Esclareço que isso não é um ato de magia, mas todo um processo de conversão que começa de baixo, no lar.


Vaticano nega que Papa tenha feito exorcismo na Praça de São Pedro

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21/05/2013 - O Vaticano declarou nesta terça-feira (21) que o Papa Francisco não realizou nenhum exorcismo em uma criança na Praça de São Pedro no domingo, como afirmou o canal TV2000 dos bispos italianos, mas "simplesmente rezou por uma pessoa doente que foi apresentada a ele".

"O Santo Padre não realizou um exorcismo, mas, como faz frequentemente com as pessoas doentes e que sofrem, rezou por uma pessoa que sofre que foi apresentada a ele", afirmou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, em um breve comunicado.

Ontem, o canal TV2000 da Conferência Episcopal Italiana (CEI) divulgou que o Papa Francisco havia realizado no domingo "uma prece de libertação do demônio ou um autêntico exorcismo" em uma criança doente que assistiu à missa de Pentecostes na Praça de São Pedro do Vaticano. O suposto exorcismo foi confirmado à emissora dos bispos, segundo afirmou em seu site, "por vários exorcistas consultados" pelo programa "Vade Retro", que afirmaram que aconteceu no final da missa de Pentecostes, quando o Papa se aproximou para cumprimentar um grupo de doentes.

O Papa, sorridente, se aproximou a um rapaz e o sacerdote que lhe acompanhava se o apresentou, enquanto lhe dizia algumas palavras, que não conseguem ser ouvidas no vídeo transmitido pela TV dos bispos. O programa "Vade Retro" explicou que a expressão do Papa "mudou de forma imprevista" e que Francisco se mostrou "pensativo e concentrado, e estendeu as mãos sobre a cabeça do jovem, rezando intensamente".

Nas imagens vê-se como a criança, embora com o rosto ambaçado pela TV2000, abre a boca, enquanto o papa reza com as mãos apoiadas em sua frente. Segundo os exorcistas consultados pela emissora, esse gesto confirmaria o fato.

"Os exorcistas que viram as imagens não têm dúvidas: se tratou de une prece de libertação do demônio ou de um exorcismo", afirmou a TV2000, que dedicará o programa dessa sexta-feira à "batalha do Papa Francisco contra o diabo e suas seduções".


Canal de bispos diz que papa fez exorcismo; Vaticano nega

 

21/05/2013 - O canal dos bispos italianos TV2000 afirmou que o papa Francisco realizou um ritual de exorcismo em uma criança que assistia no domingo à missa de Pentecostes na Praça de São Pedro do Vaticano. Especialistas consultados pelo programa Vade Retro, do canal da Conferência Episcopal Italiana (CEI), analisaram a cena e confirmaram que a liturgia teria mesmo sido realizada pelo pontífice.

No final da missa, Francisco se aproximou de um grupo de doentes, e o sacerdote que o acompanhava lhe disse algumas palavras que não puderam ser captadas pela gravação. O programa afirmou que a expressão do papa mudou, então, de maneira imprevista: "Francisco se mostrou pensativo, concentrado e estendeu as mãos sobre a cabeça do jovem, rezando intensamente".

Nas imagens é possível ver um dos garotos abrindo a boca e se movimentando de maneira interpretada pelo programa como anormal, enquanto o papa segue rezando com as mãos apoiadas em sua testa. "Os exorcistas que viram as imagens não têm dúvidas: tratou-se de uma prece de expulsão do demônio ou de um exorcismo", garantiu a TV2000, que dedicará um programa na próxima sexta-feira "à batalha do papa Francisco contra o diabo e suas seduções".

A interpretação foi firmemente negada nesta terça-feira pelo porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi. "O papa não quis realizar nenhum exorcismo", afirmou em um breve comunicado em resposta a jornalistas. "Como faz com frequência pelas pessoas doentes, ele simplesmente quis rezar por uma pessoa que sofre", acrescentou. Depois disso, o diretor da TV2000, Dino Boffo, pediu desculpas pelo equívoco e lamentou a confusão.

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Exorcismo - A Igreja adota cautela e ceticismo em relação aos episódios de possessão. A desconfiança não significa relegar o combate ao demônio a um papel secundário. Admitir que o Mal existe e deve ser combatido significa também reconhecer o poder maior de Deus. A doutrina afirma que o demônio não é somente uma abstração filosófica, mas uma entidade que existe de fato e está em constante luta contra os desígnios divinos, ainda que só se manifeste como possessão em casos raríssimos.

O exorcismo, uma prática muito antiga na igreja, é considerada pela Igreja Católica uma espécie de ciência. O padre que o realiza precisa ter atributos especiais. Somente um sacerdote que se destaque pela "piedade, ciência, prudência e integridade de vida" pode realizá-lo, e com autorização expressa do bispo a que responde. Os poucos padres que possuem esse poder particular dentro da instituição, têm o objetivo de expulsar a presença do demônio em uma pessoa, como Jesus fazia, segundo a tradição do Evangelho. A TV 2000 já havia afirmado que João Paulo II e Bento XVI exorcizaram fiéis na Praça São Pedro.

O Papa Francisco, desde que foi eleito em 13 de março, dedica parte de seu tempo aos doentes, conversando e rezando junto a eles. O pontífice, que respeita as formas de devoção popular, regularmente faz referência à presença do demônio no mundo e no homem.


Vaticano reconhece juridicamente Associação Internacional de Exorcistas


02/07/2014 - Cidade do Vaticano - A Congregação para o Clerore conheceu juridicamente à Associação Internacional de Exorcistas (AIE), fundada por um dos exorcistas mais célebres do mundo, padre Gabriele Amorth, informa nesta quarta-feira "L'Osservatore Romano", o jornal da Santa Sé.

Mediante um decreto datado de 13 de junho, esta congregação da Cúria Romana aprovou os estatutos da AIE concedendo personalidad ejurídica de associação internacional de fiéis, com base no artigo 322.1 do Código de Direito Canônico.

A ideia de englobar os exorcistas em uma associação surgiu do padre Amorth na década de 80, com o objetivo de organizar reuniões para compartilhar experiências e reflexões para assim poder ajudar de um modo mais concreto e eficaz às pessoas que recorriam a eles.

Conforme a publicação do Vaticano, naquele período aconteceu um aumento da difusão das "práticas ocultas", por isso um crescente número de fiéis reivindicava a ajuda dos exorcistas. A Associação Italiana de Exorcistas foi fundada em 4 de setembro de 1991. Dois anos mais tarde, em 1993, o padre Amorth e seus colegas italianos participaram de um simpósio organizado pelo exorcista francês René Chenessau e pelo teólogo René Laurentin.

Atualmente, a AIE conta com cerca de 250 exorcistas presentes em 30 países. "L'Osservatore Romano", que possui versão online em Português, lembra que a experiência foi positiva, por isso se repetiu em 1994, encontro no qual se decidiu finalmente dar continuidade a este evento com uma estrutura organizada.

Padre Francesco Bamonte, presidente da associação desde 2012, afirmou ao jornal que a aprovação do AIE pela Santa Sé é "motivo de alegria, não só para os associados, mas também para toda a Igreja". "Deus chama alguns sacerdotes para este precioso ministério do exorcismo e da libertação, com a missão de acompanhar com humildade, fé e caridade", acrescentou.

O exorcismo é uma oração oficial da Igreja Católica que invoca Deus e exige que o diabo libere uma determinada pessoa. Seu ritual foi renovado na época de João Paulo II, em 1998, quando a Igreja Católica decidiu, após quase 400 anos, revisar o texto anterior - de 1614 - devido às mudanças que supôs o Concílio Vaticano II (1962-1965) e aos avanços da ciência no campo da mente.

Em maio de 2013, o canal "TV2000", propriedade dos bispos italianos, retransmitiu um suposto exorcismo ou "oração de libertação" que o papa Francisco realizou em um jovem na Praça de São Pedro do Vaticano, após a Missa de Pentecostes. Nas imagens, um rapaz, prostrado em uma cadeira de rodas, abria a boca no momento em que o pontífice posava as mãos no seu rosto e pronunciava palavras ininteligíveis. A versão oficial da Santa Sé foi que Francisco não realizou qualquer exorcismo, mas simplesmente rezou por uma pessoa doente que lhe foi apresentada.

Fonte: http://beinbetter.wordpress.com/
       http://fratresinunum.com/
       http://g1.globo.com/
       http://veja.abril.com.br/
       http://odia.ig.com.br/