CIÊNCIA E TECNOLOGIA

REFID - Identificação por Radio Frequência Parte 1

refid_pequenoRFID é um acrónimo do nome (Radio-Frequency IDentification) em inglês que, em português, significa Identificação por Rádio Frequência. Trata-se de um método de identificação automática através de sinais de rádio, recuperando e armazenando dados remotamente através de dispositivos chamados de tags RFID. Uma tag ou etiqueta RFID é um transponder, pequeno objeto que pode ser colocado em uma pessoa, animal, equipamento, embalagem ou produto, dentre outros. Ele contém chips de silício e antenas que lhe permite responder aos sinais de rádio enviados por uma base transmissora. Além das tags passivas, que respondem ao sinal enviado pela base transmissora, existem ainda as tags semi-passivas e as ativas, dotadas de bateria, que lhes permite enviar o próprio sinal. São bém mais caras que as ...

tags passivas. Com o advento da globalização, a competitividade no mundo dos negócios e da tecnologia tornou-se cada vez mais competitiva. Outro aspecto das mudanças ocorridas na última década refere-se ao aumento da quantidade dos veículos de comunicação, ...

como por exemplo, o surgimento da TV a cabo, a “invasão” dos PC’s nas residências e, principalmente, a Internet.  Este último revolucionou os hábitos de milhares de pessoas que passaram a utilizá-lo, ora como fonte de pesquisa, ora como comodidade para efetuar compras, entretenimento, etc.

A partir desta reflexão, entendemos que o bem mais valioso na atualidade chama-se “informação”. Quem a detém, tem maiores chances de prosperar e acompanhar as tendências do mercado.

Este trabalho dará ênfase à Identificação por Radiofreqüência (Radio Frequency Identification - RFID) ou comumente chamada de etiquetas inteligentes e que está causando grandes evoluções tecnológicas no setor de logística.

A utilização da tecnologia RFID é bastante ampla, especialmente na área de logística e retaguarda, em carretas ou mesmo caixas de despacho de produtos e, em breve, também na interface com o consumidor, especialmente nas áreas de vendas. Esta tecnologia deverá  conviver por muito tempo com os códigos de barras.

 

 

No segundo capítulo será abordado seu funcionamento, suas características, categorias e sistemas de freqüências em que opera.
Essa tecnologia poderá substituir o código de barras, que necessita que um scanner "veja" o número do código universal de produto (Universal Product Code - UPC) para lê-lo por um dispositivo que não demanda linha de visada e exige pouca intervenção humana.

Quando aplicados a um ambiente controlado, as etiquetas ou tags RFID e os dispositivos que as "lêem" funcionam surpreendentemente bem.

O sistema é formado por dois componentes: as etiquetas que são afixadas às embalagens e estrados (cada uma possui uma antena e um chip embutido que contém uma seqüência exclusiva de números identificando cada produto) e as leitoras que as identificam e transmitem a informação para um computador.

No terceiro capítulo serão destacadas as principais vantagens do uso, ou seja, realizar a leitura sem o contato e sem necessidade de uma visualização direta do leitor na etiqueta de identificação e com tempo de resposta baixíssimo, menor que 100 milisegundos., tornando-a uma boa solução para processos produtivos onde se deseja capturar as informações com o Tag em movimento.

Também serão abordadas as desvantagens que oferecem atualmente e no que elas implicam e será mostrado um comparativo entre as RFIDs e o código de barras explicando suas características.

No quarto capítulo serão apontadas as diversas áreas em que elas podem atuar, desde aplicações nas áreas automotivas, com sistemas antifurto para automóveis, na identificação de animais, na saúde com implantes que possibilitam o monitoramento de pacientes, em controle de correspondências, controle de acesso a condomínios que, na aproximação do veículo abre a porta da garagem ou até mesmo a chancela na portaria, controle de acesso a empresas que, aplicada nas corporações é uma poderosa ferramenta para melhorar o gerenciamento de produtividade, em pedágios, com o pagamento automático tornando a passagem mais rápida, em abastecimentos, em programas de fidelização de clientes, que permitem que as empresas saibam o que o cliente comprou em sua última visita ou pedido, quais são suas preferências, freqüência de compras e como gosta de ser atendido, também agilizando o atendimento, aumentando o número de pessoas atendidas por hora e a rentabilidade, melhorando a segurança aeroportuária com aplicações no controle logístico, manutenção preventiva, controle de tráfego, identificação de bagagens, entre outros, aumentando a segurança dos vôos e a satisfação dos passageiros, nos sistemas de pagamentos via Wireless onde o consumidor não precisará mais carregar dinheiro ou cartão de crédito, podendo fazer compras com maior segurança, conforto e agilidade com um chip com número serial único que pode ser implantado no celular, em um dispositivo na forma de chave ou tag.

No quinto capítulo serão dados alguns exemplos de casos de uso da tecnologia RFID e os benefícios de suas aplicações em empresas no acesso e pesagem automática de caminhões, em fabricantes que implantam chip em seus pneus informando a pressão do ar ao motorista, em bovinos onde garantem o selo de qualidade e dão ao consumidor informações gerais sobre as características do animal (como o sistema de produção pelo qual passou), em hospitais possibilitando a agilidade no atendimento com a identificação de pacientes, prontamente acessando seu prontuário em tempo real. Veremos o exemplo de uma das maiores redes de varejo da Alemanha, a METRO GROUP que implantou a tecnologia em uma loja onde existem balanças inteligentes e promoções direcionadas ao perfil do cartão de fidelidade do cliente.
A utilização em um projeto piloto no porto de Santos pela Unisys para controle do café da importadora Sara Lee cujo objetivo é aumentar a segurança no transporte de produtos por containeres que chegam aos portos do país.
Trataremos da sua aplicação no monitoramento de crianças no Japão para evitar seqüestros que atualmente são a grande preocupação dos pais.
Teremos o caso de uso da TAM empresa aérea que faz uso da tecnologia desenvolvida pela Intermec Technologies Corporation para melhorar o atendimento aos seus clientes no momento do check-in.

E como conclusão, observamos que  a tecnologia de radiofreqüência ou RFID deverá num futuro próximo, atuar paralelamente ao código de barras ou até mesmo substituí-lo, em situações que permitam e justifiquem sua aplicação.
As RFIDs serão capazes de reduzir o desperdício, manter os níveis conservados em estoque ao mínimo, encurtar tempos de ligação e permitirão que alguns varejistas obtenham preços mais baixos, eliminando o custo em todos os níveis.


História do RFID

A tecnologia de RFID tem suas raízes nos sistemas de radares utilizados na Segunda Guerra Mundial. Os alemães, japoneses, americanos e ingleses utilizavam radares – que foram descobertos em 1937 por Sir Robert Alexander Watson-Watt, um físico escocês – para avisá-los com antecedência de aviões enquanto eles ainda estavam bem distantes. O problema era identificar dentre esses aviões qual era inimigo e qual era aliado. Os alemães então descobriram que se os seus pilotos girassem seus aviões quando estivessem retornando à base iriam modificar o sinal de rádio que seria refletido de volta ao radar. Esse método simples alertava os técnicos responsáveis pelo radar que se tratava de aviões alemães (esse foi, essencialmente, considerado o primeiro sistema passivo de RFID).

Sob o comando de Watson-Watt, que liderou um projeto secreto, os ingleses desenvolveram o primeiro identificador activo de amigo ou inimigo (IFF – Identify Friend or Foe). Foi colocado um transmissor em cada avião britânico. Quando esses transmissores recebiam sinais das estações de radar no solo, começavam a transmitir um sinal de resposta, que identificava o aeroplano como Friendly (amigo). Os RFID funcionam no mesmo princípio básico. Um sinal é enviado a um transponder, o qual é activado e reflecte de volta o sinal (sistema passivo) ou transmite seu próprio sinal (sistemas activos).

Avanços na área de radares e de comunicação RF (Radio Frequency) continuaram através das décadas de 50 e 60. Cientistas e acadêmicos dos Estados Unidos, Europa e Japão realizaram pesquisas e apresentaram estudos explicando como a energia RF poderia ser utilizada para identificar objetos remotamente...

Companhias começaram a comercializar sistemas anti-furto que utilizavam ondas de rádio para determinar se um item havia sido roubado ou pago normalmente. Era o advento das tags (etiquetas) denominadas de "etiquetas de vigilância eletrônica" as quais ainda são utilizadas até hoje. Cada etiqueta utiliza um bit. Se a pessoa paga pela mercadoria, o bit é posto em off ou 0. E os sensores não dispararam o alarme. Caso o contrário, o bit continua em on ou 1, e caso a mercadoria saia através dos sensores, um alarme será disparado.

A primeira patente sobre o RFID

Mario W. Cardullo requereu a patente para uma etiqueta activa de RFID com uma memória regravável em 23 de janeiro de 1973. Nesse mesmo ano, Charles Walton, um empreendedor da Califórnia, recebeu a patente por um transponder passivo usado para destravar uma porta sem a utilização de uma chave. Um cartão com um transponder embutido comunicava com um leitor/receptor localizado perto da porta. Quando o receptor detectava um número de identificação válido armazenado na etiqueta RFID, a porta era destravada através de um mecanismo.

O governo dos Estados Unidos também tem voltado atenção para os sistemas RFID. Na década de 1970, o laboratório nacional de Los Alamos teve um pedido do departamento de energia para desenvolver um sistema para rastrear materiais nucleares. Um grupo de cientistas idealizou um projecto onde seria colocado um transponder em cada caminhão transportador, o qual corresponderia com uma identificação e potencialmente outro tipo de informação, como, por exemplo, a identificação do motorista.

No começo da década de 90, engenheiros da IBM desenvolveram e patentearam um sistema de RFID baseado na tecnologia UHF (Ultra High Frequency). O UHF oferece um alcance de leitura muito maior (aproximadamente 6 metros sobre condições boas) e transferência de dados mais velozes. Apesar de realizar testes com a rede de supermercados Wal-Mart, não chegou a comercializar essa tecnologia. Em meados de 1990, a IBM vendeu a patente para a Intermec, um provedor de sistemas de código de barras. Após isso, o sistema de RFID da Intermec tem sido instalado em inúmeras aplicações diferentes, desde armazéns até o cultivo. Mas a tecnologia era muito custosa comparada ao pequeno volume de vendas, e a falta de interesse internacional.

O RFID utilizando UHF teve uma melhora na sua visibilidade em 1999, quando o Uniform Code Concil, o EAN internacional, a Procter & Gamble e a Gillette se uniram e estabeleceram o Auto-ID Center, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Dois professores, David Brock e Sanjay Sarma, têm realizado pesquisas para viabilizar a utilização de etiquetas de RFID de baixo custo em todos os produtos feitos, e rastreá-los. A idéia consiste em colocar apenas um número serial em cada etiqueta para manter o preço baixo (utilizando-se apenas de um micro-chip simples que armazenaria apenas pouca informação). A informação associada ao número serial de cada etiqueta pode ser armazenada em qualquer banco de dados externo, acessível inclusive pela Internet.

Leitores (RFID readers)

O transceptor ou leitor é o componente de comunicação entre o sistema RFID e os sistemas externos de processamento de informações. A complexidade dos leitores depende do tipo de etiqueta (tag) e das funções a serem aplicadas.

Os mais sofisticados apresentam funções de verificação (check) de paridade de erro e correcção de dados.

Uma vez que os sinais do receptor sejam correctamente recebidos e descodificados, são usados algoritmos para decidir se o sinal é uma repetição de transmissão de uma tag.

Cabeça de leitura / escrita (leitora)

Uma cabeça de leitura / escrita (ou apenas leitora) realiza a comunicação dentro do sistema de RFID.

A leitora nada mais é que uma antena que, numa configuração portátil, compõe o dispositivo RFID em conjunto com o transceiver e o descodificador. A antena induz energia ao(s) transponder(s) para comunicação de dados dentro do campo de transmissão, estes dados, depois de lidos, são passados ao controlador do sistema de RFID. A antena emite um sinal de rádio que activa a tag, realizando a leitura ou escrita. Essa emissão de ondas de rádio é difundida em diversas direcções e distâncias, dependendo da potência e da frequência usada. O tempo decorrido nesta operação é inferior a um décimo de segundo, portanto o tempo de exposição necessário da tag é bem pequeno. A função da leitora é ler e descodificar os dados que estão numa tag que passa pelo campo electromagnético gerado pela sua antena. As leitoras são oferecidas em diversas formas e tamanhos conforme a exigência operacional da aplicação.

Controladores (Middleware RFID)

O controlador de RFID é o dispositivo de interface que controla todo o sistema periférico de RFID (antena ou leitora e transponders) além da comunicação com o resto do sistema ou host. O Middleware desenvolvido para a integração de aplicações RFID muitas vezes passa despercebido por rodar em background no sistema, ele é o responsável pela depuração das informações recebidas pelas antenas (eliminando redundâncias, etc) e convertendo essas informações em algo que o sistema do usuário possa interpretar. Entenda-se por sistema um software de WMS, SAP, Microsiga, etc.

O desenvolvimento do middleware exige um alto grau de conhecimento técnico e varia de acordo com o hardware de cada fabricante. A falta de profissionais gabaritados, aliado ao mito do alto custo das Tags contribuem para que a tecnologia não emplaque um movimento vertical de crescimento. Recentes pesquisas realizadas no mercado nacional apontam nova realidade de preços para as Tags (viabilizando a sua implantação), assim como o surgimento de um middleware desenvolvido no Brasil que permite a comunicação com a maioria dos fabricantes de hardware.

Esse middleware permite uma fácil integração com o sistema legado e facilita consideravelmente a implantação de projetos. Toda a inteligêngia em administrar Idepotência, RSSI e outras funcões do RFID já estão inclusas nesse middleware.

Existem vários controladores de RFID disponíveis para vários protocolos de comunicação.

Os sistemas de RFID também podem ser definidos pela faixa de frequência em que operam:

Sistemas de Baixa Frequência (30 a 500 KHz): Para curta distância de leitura e baixos custos. Normalmente utilizado para controle de acesso, localização e identificação.
Sistemas de Alta Frequência (850 a 950 MHz e 2,4 a 2,5 GHz): Para leitura em médias ou longas distâncias e leituras em alta velocidade. Normalmente utilizados para leitura de tags em veículos ou recolha automática de dados numa sequência de objectos em movimento. Um exemplo de aplicação é a via verde, sistema de pagamento electrónico da BRISA, Auto-estradas de Portugal.

Padronização do RFID

Adotando um padrão: existem diversos fóruns de padronização do RFID, relativos tanto à tecnologia como à sua utilização. Alguns dos principais fóruns são: ISO, EPCglobal (www.epcglobalinc.org), Forum-nfc, etc.

Fórum de comunicação de campo-próximo
Um desenvolvimento importante recente abre novas possibilidades para novas aplicações do RFID. Desde 2002 a Philips vem sendo pioneira num padrão aberto através da EMCA Internacional, resultando no Fórum de Comunicação de campo próximo (Forum of Near Field Comunication)(www.nfc-forum.org). Os principais membros deste fórum são: American Express, Anadigm, France Telecom, Innovision, Inside, LG, Logitech, Motorola, RFMD, SK Telecom, Skidata, Vodafone; E seus membros de liderança (padronizadores oficiais) são: MasterCard International, Matsushita Electric Industrial, Microsoft, Nokia, NEC, Renesas Technology, Royal Philips Electronics, Samsung, Sony, Texas Instruments e Visa International.

O fórum explica como integrar sinalização ativa entre dispositivos móveis usando união de campo próximo, e usa uma aproximação que é compatível com a leitura de produtos RFID passivos existentes. Eles tem como objectivo busca de uma maneira mais fácil do usuário se interagir com meio ambiente(meio informatizado), através de formas intuitivas de comunicação, como um simples toque aos objectos inteligentes, estabelecer comunicações só ao aproximar de um outro dispositivo, etc. Eles propõem também protocolos para troca de dados inter-operáveis e entrega de serviços independentes aos dispositivos assim como protocolos para dispositivos que ainda serão descobertas e dispositivos que ainda serão capazes de utilizar NFC (Near Field Comunication). Com isso eles esperam poder incentivar os fornecedores a desenvolver os seus produtos num mesmo conjunto de especificações fornecendo aos usuários possibilidade de integrar produtos de diferentes fornecedores. Estabeleceram também uma certificação para ter certeza da funcionalidade completa dos produtos de acordo com as especificações do NFC Forum.

Já existem vários projetos sendo desenvolvidos no mundo para a utilização do NFC, como por exemplo, seu uso como carteira eletrônica para pagamento de Táxi, gasolina, café, xérox entre outras pequenas despesas e o que se tem visto é sua integração ao telefone celular que hoje pode ser entendido como o equipamento que mais possibilita a convergência digital, conforme citado no livro "Tecnologia: O Futuro do seu negócio passa por aqui", da professora Regiane Relva Romano, escrito em 2009. Na obra, são apresentados diversos usos da tecnologia de RFID, principalmente para a área do varejo e a integração do NFC para pagamentos e CRM.

O novo padrão RFID tenta promover o uso global da tecnologia RFID, fazendo com que os produtores e consumidores tenham conhecimento sobre esta nova tecnologia e clama por oferecer um mecanismo pelo qual dispositivos móveis sem fio podem se comunicar com outros dispositivos na localidade imediata (até 20 cm de distância), preferível do que depender de mecanismos de busca dos padrões de rádio de ondas curtas populares. Esses padrões, como Bluetooth e Wi-Fi, têm características de propagação imprevisíveis e podem formar associações com dispositivos que não são locais.

Os padrões NFC clamam por modernizar o processo de descoberta passando endereços de controle de Acesso de Mídia Sem Fio e chaves de encriptação de canal entre rádios através do canal de uma união de campo-próximo, que, quando limitado a 20 cm, permite que usuários reforcem sua própria segurança física usando troca de chave de encriptação.O fórum deliberadamente projectou o padrão NFC para ser compatível com o tag RFID ISO 15693 que opera na banda de 13.56 MHz. Isto também possibilita que dispositivos móveis leiam esse já popular padrão de tag, e sejam compatíveis com os padrões de smartcard FeliCa e Mifare, amplamente usados no Japão.

Em 2004, a Nokia anunciou o celular 3200 GSM, que incorpora um leitor NFC. Embora a empresa não publicou uma extensiva lista de aplicações potenciais, o telefone pode fazer pagamentos eletrônicos (similar a um smartcard) e fazer chamadas baseado no encontro de tags de RFID. Por exemplo, você poderia colocar seu telefone próximo a uma tag RFID colocada numa placa de ponto de táxi e seu telefone chamaria a companhia de táxi pedindo um táxi naquele local. Este modelo oferece uma ligação entre um representante virtual com uma memória de um computador, e a posição do táxi começa a ser traçada com o disparo do computador, e no mundo físico, com um sinal e pessoas com celulares. Além disso, é uma chave habilitando a implementação da tecnologia, diz Mark Weiser´s. Uma complicação para o padrão NFC é que RFID EPCglobal é baseado em tecnologia de comunicação de campo longo, trabalhando na frequência UHF. Infelizmente, NFC e o padrão EPCglobal são fundamentalmente incompatíveis. O EPCGlobal tem um fórum próprio, assim como NFC, onde ele discute sobre a padronização visando as mesmas praticidade que o NFC fornece, porém com um princípio de tecnologia diferente.

EPC global


A EPCglobal é uma organização sem fins lucrativos que foi criada para administrar e fomentar o desenvolvimento da tecnologia RFID que teve início com a iniciativa do AutoId Center. Entre as inúmeras aplicações desta tecnologia, a proposta EPCglobal é a padronização da tecnologia para aplicações em gerenciamento da cadeia de suprimentos. Neste sentido ela não padroniza o produto em si, mas a interface entre os diversos componentes que viabilizam a Internet dos Objetos. Assim existem padrões para protocolo de comunicações entre a etiqueta e a leitora, entre a leitora e os computadores, entre computadores na internet.

Aplicações

Hospitalares
Pesquisadores da área de saúde sugerem que um dia um pequeno chip RFID implantado embaixo da pele, poderá transmitir seu número e automaticamente acessar um completo registro de sua saúde. Funcionários do hospital, remédios e equipamentos também podem ser etiquetados, criando um potencial de administração automática, reduzindo erros e aumentando a segurança.

Outras aplicações médicas: existem os implantes de tags em humanos que contém toda a informação de um paciente, podendo ser facilmente lida por um médico assim que o paciente chega ao hospital. Uma outra interação com a área médica pode ser no uso de lentes especiais com um transponder implantado no olho de um paciente com glaucoma.

Muitos hospitais têm começado a adotar sistemas RFID ativos com o objetivo de localizar peças de equipamentos quando o pessoal médico os necessita. Esta rastreabilidade serve a dois propósitos. Primeiro, o pessoal médico, especialmente enfermeiros, pode gastar menos tempo “caçando" equipamentos de que precisam, o que faz com que dediquem proporcionalmente mais tempo de atenção direta aos pacientes. Em segundo lugar, os hospitais podem utilizar de forma mais eficiente os equipamentos que têm, gerando menos despesas relativas à locação e aquisição de equipamentos adicionais.

Tais sistemas RFID tem sido chamado de "sistemas de localização interna”. Outros hospitais começaram a adotar RFID ativo para identificar e localizar pacientes e membros da equipe. Por exemplo, dispositivos RFID foram incorporados em pulseiras de identificação de pacientes para que o pessoal médico possa identificá-los eletronicamente antes de cirurgias e transfusões sanguíneas, e antes de administrar medicamentos. Além disso, estes sistemas foram implementados com o objetivo de localizar e acompanhar movimentos e fluxos de pacientes e de materiais através do hospital. Da mesma forma, a equipe médica recebe etiquetas RFID ativas incorporadas em crachás, a fim de recolher dados sobre presença e encontrar ineficiências nas operações hospitalares. Estes últimos tipos de sistemas têm sido implementadas principalmente em prontos socorros e centros cirúrgicos, que são locais onde há grandes volumes de pacientes e os riscos crescentes de erro médico.

Implantes humanos

refid_implantesImplantes de chips RFID usados em animais agora estão sendo usados em humanos também. Uma experiência feita com implantes de RFID foi conduzida pelo professor britânico de cibernética Kevin Warwick, que implantou um chip no seu braço em 1998. A empresa Applied Digital Solutions propôs seus chips "formato único para debaixo da pele" como uma solução para identificar fraude, segurança em acesso a determinados locais, computadores, banco de dados de medicamento, iniciativas anti-sequestro, entre outros. Combinado com sensores para monitorizar as funções do corpo, o dispositivo Digital Angel poderia monitorizar pacientes. O Baja Beach Club, uma casa noturna em Barcelona e em Roterdão usa chips implantados em alguns dos seus frequentadores para identificar os VIPs. Em 2004 um escritório de uma firma mexicana implantou 18 chips em alguns de seus funcionários para controlar o acesso a sala de banco de dados.

Recentemente, a Applied Digital Solutions anunciou o VeriPay, chip com o mesmo propósito do Speedpass, com a diferença de que ele é implantado sob a pele. Nesse caso, quando alguém for a uma caixa electrónica, bastará fornecer sua senha bancária e um scanner varrerá seu corpo para captar os sinais de RD que transmitem os dados de seu cartão de crédito.

Especialistas em segurança estão alertando contra o uso de RFID para autenticação de pessoas devido ao risco de roubo de identidade. Seria possível, por exemplo, alguém roubar a identidade de uma pessoa em tempo real. Devido a alto custo, seria praticamente impossível se proteger contra esses ataques, pois seriam necessários protocolos muito complexos para saber a distância do chip.

Industrial

Leitores de RFID estáticos: a indústria dos meios de transporte é uma, entre muitas, que pode se beneficiar com uma rede de leitores RFID estáticos. Por exemplo, RFIDs fixados nos pára-brisas de carros alugados podem armazenar a identificação do veículo, de tal forma que as locadoras possam obter relatórios automaticamente usando leitores de RFID nos estacionamentos, além de ajudar na localização dos carros.

As empresas aéreas também podem explorar os leitores estáticos. Colocando RFID nas bagagens, pode-se diminuir consideravelmente o número de bagagens perdidas, pois os leitores identificariam o destino das bagagens e as direcionariam de forma mais eficiente.

No setor industrial os sistemas de RFID têm várias aplicações. Uma delas é na identificação de ferramentas, que no caso de grandes indústrias facilita o processo tanto de manutenção, quanto de substituição e administração das mesmas. Mas outro campo que sistemas RFID podem tanto melhorar a rapidez e qualidade do serviço, como também ter um papel de segurança nas indústrias é na identificação de recipientes, embalagens e garrafas, principalmente em produtos químicos e gases, onde um erro na hora de embalar pode causar sérios danos.

Hoje em dia, a maioria dos sistemas que gerencia recipiente é baseada em código de barras, porém no meio industrial o uso deste tipo de sistema não é confiável o suficiente, e os transponders de um sistema RFID pode guardar mais informações úteis posteriormente, como dono do recipiente, conteúdo, volume, preenchimento ou pressão máximos e dados de análise, além dos dados poderem ser mudados e um mecanismo de segurança pode ser implementado, evitando escrita ou leitura não autorizadas. As tags usadas são de acoplamento indutivo, trabalham em uma faixa de freqüência <135 kHz e tem que aceitar condições hostis, como poeira, impactos, radiação, ácidos e temperaturas muito altas ou muito baixas (de -40°C a +120°C ). Dentro desta área, a eliminação de lixo pode fazer uso de sistemas RFID, devido ao custo de despejo e o crescente rigor nas legislações ambientais. Com um melhor gerenciamento do lixo, como calculo automático de quantidade, manutenção dos aterros sanitários e ajuda a distribuir responsabilidades e custos de maneira mais crível. Além de ajudar em sistemas de gerenciamento ambiental, posto que o Brasil, como em outras partes do mundo, a legislação prevê penas a quem de alguma forma danifica o meio, pois como expresso no artigo 225, caput da Constituição Federal, o meio ambiente é bem de uso comum do povo. Sendo o Brasil um país de grande produção rural, a Lei n.º 7.802/89 dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. Em algumas cidades do mundo, já existem sistemas RFID para controle de lixo, onde as tags são colocadas nas latas de lixo e os caminhões de coleta tendo leitores específicos

Comercial

Leitores de RFID móveis: os leitores de RFID podem ser instalados em aparelhos que fazem parte do dia-a-dia das pessoas, como os celulares. Colocando um destes celulares em frente a um produto com RFID obtém-se seu preço, por exemplo, assim como suas especificações. O celular também pode ser usado para compras, através da leitura do RFID de um determinado produto. A companhia de cartão de crédito efetua o pagamento através da autorização do celular.

Exemplo de aplicação para RFID em celulares: check-in em hotéis. Assim que o hóspede faz o check-in, o hotel envia o número do quarto e a "chave" para o celular do hóspede. Este se encaminha para o quarto e usa seu celular para destravar a porta.

E no varejo ?

A Professora Regiane Relva Romano destaca que a tecnologia RFID poderá ajudar o varejo a experimentar vários benefícios com relação o seu uso, tanto no que tange à redução dos custos, à geração de valor quanto ao aumento de segurança e cumprimento de requisitos de mercado.Pode-se dizer que na medida em que a adoção dentro da organização e na cadeia de suprimentos aumentar, os benefícios e as oportunidades ficarão mais evidentes. Lembra que há praticamente um consenso mundial de que a adoção desta tecnologia no varejo se dará em três fases: curto prazo no palete, médio-prazo em caixas e longo-prazo nos itens. Os benefícios poderão ser sentidos já nos primeiros processos, uma vez que conseguirão auxiliar na localização de pallet, no planejamento de operação, na redução de estoques de matérias-primas, na acuracidade do recebimento e na reutilização dos containers. Já em um segundo momento, os benefícios serão ainda mais evidentes, pois a redução dos estoques e o planejamento da demanda serão ainda mais automatizados, bem como o picking será agilizado. Quando chegar no item, os benefícios serão totais, uma vez que haverá agilização do check-out, prevenção de perdas, segurança e autenticidade de produtos, acuracidade de estoque físico x contábil, otimização de promoções, redução da quebra e disponibilidade de produtos constante, devido à visibilidade ao longo de toda a cadeia.

A junção da RFID, da rede WiFi e da telefonia celular estão impondo um novo formato de negócios. Aproveitar a mobilidade dos consumidores com a facilidade da Web e, com os recursos do celular, abrirá novas oportunidades para impulsionar as vendas. Saber os hábitos dos consumidores, suas preferências, seus anseios e ter sua confiança conquistada, proporcionará a venda de produtos por impulso; porém, a privacidade terá que ter foco total para que os consumidores não se sintam invadidos e controlados, o que fará com que a tecnologia seja vista como um problema e não uma solução. Para tanto, a União Européia já criou uma comissão destinada especificamente para tratar deste fórum.

Uso em bibliotecas

Em bibliotecas e centros de informação, a tecnologia RFID é utilizada para identificação do acervo, possibilitando leitura e rastreamento dos exemplares físicos das obras.

Funciona fixando uma etiqueta de RFID (tag) plana (de 1 a 2 mm), adesiva, de dimensões reduzidas (50 x 50 mm em média), contendo no centro um micro-chip e ao redor deste uma antena metálica em espiral, que um conjunto com sensores especiais e dispositivos fixos (portais), de mesa ou portáteis (manuais) possibilitam a codificação e leitura dos dados dos livros na mesma, principalmente seu código identificador - antes registrado em códigos de barras.

A etiqueta é inserida normalmente na contracapa dos livros, perto da lombada, dentro de revistas e sobre materiais multimídia (CD-ROM, DVD) para ser lida à distância.

É possível converter facilmente os códigos identificadores existentes atualmente no código de barras para etiquetas RFID através de equipamentos próprios para esta conversão.

Algumas aplicações em bibliotecas:

Auto-atendimento
Controle de acesso de funcionários e usuários
Devolução
Empréstimo
Estatística de consulta local
Leitura de estante para inventário do acervo
Localização de exemplares indevidamente ordenados no acervo
Localização de exemplares em outras bibliotecas da rede
Re-catalogação
É ainda possível o uso de etiquetas RFID para segurança anti-furto de acervo (algumas etiquetas permitem gravar a informação se está ou não emprestado em um bit de segurança). O metal pode "blindar" ou bloquear os sinais de rádio impossibilitando a leitura da etiqueta. Ao contrário do sistema tradicional de segurança eletromagnético (vulgo EM) adoptado em bibliotecas, facilmente anulado com recurso a um magneto e que exige um par de hastes EAS, um sistema de detecção de furto com recurso a etiquetas RFID apenas necessita de uma haste (na sua configuração mais simples).

Informações baseadas no texto "Gerenciando a Biblioteca do Amanhã: tecnologias para otimização e agilização do serviços de informação" de autoria de Isabel Cristina Nogueira, Bacharel em biblioteconomia.


Caso de Uso Biblioteca da PURCS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)


Sistema de auto-atendimento instalado e em fase de testes no Brasil é o produzido pela ID Systems.
A Biblioteca é a da PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) e o software de circulação é o Aleph, comercializado pela empresa Ex-Libris.

Este sistema de auto-atendimento emprega uma exclusiva tecnologia que o torna compatível para operação com qualquer sistema de segurança eletromagnético ou seja que oferece desativação/reativação das etiquetas protetoras de padrão internacional. Além disso, o equipamento possui design ergométrico, o que facilita sua instalação na biblioteca.

A utilização do sistema é apresentada numa tela de monitor com instruções pormenorizadas, passo a passo. Inicialmente, o usuário deve identificar-se através de um dos seguintes tipos de leitores: magnético, código de barras, proximidade, smart card RFID ou biométrico.
Nesta fase inicial a identificação será feita através do software já utilizado na automação da biblioteca, sendo necessário para isso que o mesmo ofereça uma interface apropriada para auto-atendimento.

Depois de identificado e autorizado o usuário, o item objeto de empréstimo deverá ser posicionado no local designado e um scanner ótico (ou leitor de RFID) lerá o código de barras (ou a etiqueta de RFID), que o identificará .
Para empréstimos de itens de mídia magnética (fitas de vídeo, áudio, disquetes, etc) existem modelos específicos que permitem operar tais mídias sem nenhum risco de danos às mesmas.
Uma vez identificado o item e autorizado o empréstimo, o item terá sua proteção desativada e o empréstimo será efetuado.

O sistema é programável possibilitando à biblioteca definir parâmetros como: limite para itens emprestados, prazo de devolução, critérios para empréstimo e renovação, emissão de multas, dentre outros.
Estes parâmetros são os mesmos normalmente já oferecidos pela biblioteca. Ao concluir o processo de empréstimo, o usuário retirará o item já emprestado e o seu cartão de identificação.
A seguir receberá um comprovante impresso (extrato) com data e hora da operação além de informações como data de devolução, mensagem da própria biblioteca, avisos de quota de empréstimo ultrapassada, dados bibliográficos sobre o item.
Também é oferecida uma opção chamada Status que possibilita ao próprio usuário conferir sua atual situação com a biblioteca. Outra opção é Idioma, onde o usuário pode escolher em qual idioma deseja que estejam as instruções


Aplicações em Identificação Animal

 

refid_animal1

 

transponders tipo cápsulas de vidro para uso animal. As medidas vão de um diâmetro de 2,12mm e comprimento de 8mm até um diâmetro de 4mm e comprimento de 34mm. Esta variedade permite o seu uso em uma série enorme de aplicações na área animal. Construídos em Bio-Glass, são totalmente inertes em contato com organismos vivos, não apresentando riscos à saúde dos animais. Ideais para serem injetados em animais domésticos e selvagens.

 

refid_animal2

 

Voltado para o uso em orelhas de animais, notadamente gados bovinos, suínos e ovinos, o Button Tag é fixado no animal com um macho que o trava na orelha do mesmo. Pode ser lido a distâncias de ao menos 80cm com leitores tipo AcuProx.

 

refid_animal3

O Bolus Tag é a mais segura forma de identificação de Gado, na medida em que ele só pode ser retirado no abate. Entretanto, sua aplicação apresenta certa dificuldade, pois exige muito do animal. Construído em Cerâmica especial que protege um transponder tipo cápsula de vidro, ele é inserido pela boca do animal e fica depositado na retícula, portanto, pode ser usado apenas em animais ruminantes, permitindo leituras da ordem de 80cm ou mais.

 

refid_animal4

Anilhas para aves, mais conhecidas para uso em corrida de pombos, daí o nome de Pigeon Ring Tag. O design da Anilha é ao mesmo tempo prático, ergonômico, confortável para as aves e muito fácil de manipular.

 

Segurança

Além do controle de acesso, um sistema RFID pode prover na área de segurança outros serviços; Um deles são os sistemas de imobilização. No início dos anos 90 o roubo de carros ascendeu, tornando o mercado de segurança para carros, alarmes e sistemas de imobilização, um mercado promissor. Os controles de alarme com alcance de 5 a 20 metros estão no mercado há anos, e são pequenos transmissores de rádio freqüência que operam na freqüência de 433.92 MHz. Neste tipo de sistema de segurança para carros, é somente este controle que pode acionar o destravamento do carro, permitindo que ele seja aberto sem que um ruído seja emitido, o alarme, as portas destravem. Permitir que o carro possa ser ligado é trabalho do sistema de imobilização. O problema é que, se o controle que o destrava for quebrado, o carro ainda assim pode ser aberto através das chaves, por um processo mecânico, mas não há como o sistema reconhecer se a chave inserida é genuína, permitindo que uma ferramenta específica ou uma chave-mestra possa abrir o veículo. A tecnologia dos transponders de RFID podem agir justamente neste ponto, verificando a autenticidade da chave, assim o sistema antigo cuida do alarme e destravamento, e a tag RFID da imobilização. Assim, se uma chave que não for a original do carro tentar liga-lo, o carro é então imobilizado, mesmo que o alarme tenha sido desligado e as portas abertas. Mobilização Eletrônica é o nome dado a este sistema, onde o sistema de ignição é combinado com um transponder, incorporado diretamente no topo da chave.

Os dispositivos de RFID estão sendo utilizados para o controle de acesso em Shoppings, Condomínios Residenciais, Comerciais e Empresariais, bem como para a passagem em pedágios nas estradas, facilitando assim o escoamento do fluxo de veículos.

Identificação Animal

Este tipo de sistema usado na identificação dos animais ajuda no gerenciamento dos mesmos entre as companhias, no controle de epidemias e garantia de qualidade e procedência. A identificação animal por sistemas de RFID pode ser feita de quatro maneiras diferentes: colares, brincos, injetáveis ou ingeríveis (bolus). Os colares são fáceis de serem aplicados e transferidos de um animal para o outro; é usado geralmente apenas dentro de uma companhia. No caso dos brincos, são as tags de menor custo, e podem ser lidas a uma distancia de até um metro. No caso das tags injetáveis, que são usadas há cerca de 10 anos, ela é colocada sob a pele do animal com uma ferramenta especial, um aplicador parecido com uma injeção. A tag ingerível, ou bolus é um grande comprimido revestido geralmente por um material cerâmico resistente a ácido e de forma cilíndrica, e pode ficar no estômago do animal por toda sua vida.

O rastreamento de animais será cada vez mais exigido para a entrada da carne em mercados que prezam pela rastreabilidade de alimentos. Já há vários problemas para a exportação de carnes para países europeus, por conta da falta da tecnologia que permita rastrear desde o nascimento do bezerro até o seu abate.

Manutenção

As principais preocupações em um processo de manutenção de sistemas complexos podem ser sumarizadas em:

informações precisas e atuais sobre os objetos;
transferência em tempo real das informações dos incidentes críticos e
acesso rápido as bases de conhecimento necessárias para a solução do problema.
Um dos aspectos interessantes do RFID é a possibilidade de manter um histórico de manutenção no próprio objeto, melhorando, dessa forma, a sua manutenibilidade.

Outro aspecto é a segurança, pois o RFID encontra-se embarcado no objeto. Desta forma, ações fraudulentas são coibidas de maneira mais eficaz. Como cada objeto possui um único RFID, não clonável, os prestadores de serviços não podem ludibriar os relatórios de manutenção, objetivando maiores ganhos financeiros. Como, por exemplo, relatando a troca de peças que não foram efetivamente trocadas.

O RFID ainda propicia uma melhora na documentação do processo de manutenção, permitindo relatórios mais eficientes, além de uma redução dos custos administrativos em decorrência da diminuição da burocracia.

Devido à grande preocupação com uma manutenção ágil e eficiente nas instalações aeroportuárias, o RFID torna-se uma alternativa assaz proveitosa, já que provê facilidades para identificação, localização e monitoramento de objetos físicos.

O aeroporto de Frankfurt (Franport), o segundo maior da Europa, com movimento superior a 50 milhões de passageiros por ano, iniciou um projeto piloto em 2003 com o objetivo de testar os benefícios do RFID nas suas dependências.

A manutenção no Fraport é deveras exasperante, pois mais de 450 companhias são envolvidas no processo. Com o advento do RFID, o aeroporto começou a se modernizar: os técnicos de manutenção agora usam dispositivos móveis para acessar os planos de manutenção e registrar as ordens de serviço. Todos os 22 mil extintores de incêndio foram equipados com RFID, identificando o histórico de manutenção, incluindo a última data de inspeção.

Diariamente os técnicos percorrem o aeroporto efetuando as tarefas de manutenção necessárias. Para tal, os técnicos se autentificam nos dispositivos móveis (usando também o RFID), recebendo suas atividades do dia. Após o término da checagem de cada equipamento escalonado para sua inspeção, o técnico registra seu RFID uma segunda vez, criando, assim, um registro de manutenção.

Observando o caso de sucesso de Frankfurt, fica evidente que o RFID, de fato, pode otimizar os processos de manutenção. Conseguiu-se um ganho extraordinário de eficiência administrativa ao introduzir tal tecnologia nos extintores, uma tarefa que outrora consumira 88 mil páginas de papel que eram arquivados por ano. Isso passou a ser feito de forma automática e com baixo custo.

Segurança

As modernas etiquetas RFID representam a evolução da tecnologia e do baixo custo da computação embarcada. Além disso, têm o tamanho de um grão de arroz e possuem lógica embutida, elementos acoplados e memória. Entretanto, apesar de apresentar grandes progressos na vida cotidiana das pessoas, tal tecnologia pode trazer grandes problemas aos seus usuários.

As etiquetas RFID possuem um grande problema: não contém nenhuma rotina ou dispositivo para proteger seus dados. Mesmo as etiquetas passivas, que tem raio de ação de poucos metros, podem sofrer interceptação e extravio de suas informações. Pensando em etiquetas activas, o problema torna-se bem mais crítico.

Se a tecnologia RFID realmente tomar as proporções esperadas, todas pessoas terão etiquetas em todos os seus objetos e até no seu próprio corpo. Assim, dados pessoais poderão ser obtidos por qualquer pessoa que tiver em mãos uma leitora RFID. Para que isso não ocorra, soluções já vêm sendo estudadas e testadas(talvez o segredo não esteja em armazenar informações no tag de identificação e sim na leitora ou em um computador).

Ataques, vulnerabilidades e ameaças

O RFID tem como característica básica armazenar dados do material em que está aplicado. Além disso, tal material pode ser facilmente rastreado. Portanto, a implantação desta tecnologia sem um tratamento cuidadoso em segurança pode acarretar em graves problemas aos seus usuários.

PARTE 2