CIÊNCIA E TECNOLOGIA

O fim das lãmpadas incandescentes

incandes1Eric Camara (01/06/2009) - Dizem que tudo tem seu tempo. O das lâmpadas incandescentes parece estar chegando ao fim. Na próxima década, vários países vão retirar definitivamente de uso a genial invenção de Thomas Edison (ou de um dos outros que disputam a autoria). Todo mundo sabe, mas não custa repetir, que o tradicional e baratinho bulbo incandescente desperdiça na forma de calor nada menos que 95% da energia que usa - em outras palavras, só 5% são usados para iluminar. A partir de 1º de setembro, começam a valer proibições de venda as lâmpadas incandescentes aqui na Europa. Nos cálculos da União Europeia, com isso, até 2020 15 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) vão deixar de ser liberadas na atmosfera. A Nova Zelândia, a Austrália, o Estado da Califórnia, nos Estados Unidos, e até os nossos vizinhos argentinos e venezuelanos já têm planos semelhantes. Mas não se trata de proteger a natureza, é economia para o próprio bolso.

O instituto alemão Warentest dedicou recentemente uma edição especial à eficiência energética e ressaltou que "com uma lâmpada econômica, o consumidor pode economizar até 100 euros ao longo de sua vida útil".

Na minha casa, já trocamos todas as lâmpadas faz tempo...

Agora imagine quanto uma cidade pode poupar. Em São Paulo, existem cerca de 7,5 mil sinais de trânsito; no Rio, outros 5 mil. Quantos postes de rua? E no país? Se todos os prédios do governo usassem lâmpadas econômicas (e tivessem as luzes apagadas ao fim do expediente)?

No entanto, no Brasil, até onde sei, só tramitam projetos de lei a respeito, tanto na esfera federal quando nas estaduais. Nada foi aprovado.

Eu me pergunto por quê.


Será o fim das lâmpadas incandescentes?


Alexandre Spatuzza - Revista Sustentabilidade (19/06/2008) - Governo vai banir lâmpadas incandescentes:
O governo brasileiro irá banir gradualmente o uso de lâmpadas incandescentes no país nos próximos anos como parte das medidas para aprofundar programas de eficiência energética, que inclui etiquetagem de novos produtos como aquecedores solares, informou, Laura Porto, diretora do departamento de planejamento energético do Ministério de Minas e Energia durante o 5º Congresso Brasileiro de Eficiência Energética em São Paulo.

"Não podemos banir as lâmpadas incandescentes do dia para a noite porque é uma indústria que emprega muita gente", explicou.

Porto não deu detalhes, mas a medida antecipa um projeto de lei que já está sendo debatido no congresso nacional que dá um prazo até janeiro de 2010 para eliminar as lâmpadas incandescentes das prateleiras das lojas.

O governo deve concluir em breve as normas de etiquetagem de aquecedores de água a gás e já iniciou estudos para etiquetar aquecedores solares e reatores de lâmpadas de sódio e fluorescentes.

Em julho deve estar concluída a etiquetagem de veículos populares e o próximo passo vai ser o início de estudos para criar referências de uso de energia em edifícios, disse Porto.

Segundo Porto, a nova etiquetagem faz parte da ampliação dos programas de eficiência energética como o Conpet, Procel e Programa Nacional da Etiquetagem que já inclui 33 famílias de produtos que usam energia. Apenas o Procel reduziu a demanda em 6.000MW nos últimos anos, informou.

"Vamos ampliar os programas por causa do sucesso", disse ela.

Segundo estimativas do mercado, medidas como estas, aliadas à políticas públicas mais abrangentes, devem ajudar a atingir o seu potencial de economia de energia elétrica estimada em 32,2 TWh por ano, equivalente a um pouco mais de 8% dos 390TWh consumidos anualmente. Isto é o que é economicamente viável no momento.

O governo federal trabalha com um projeção de atingir uma economia de 109TWh por ano até 2030, projeção incluída no Plano Energético Nacional.


Relatório recomenda fim de lâmpadas incandescentes na UE (08/12/2008)


Um relatório da União Europeia recomenda o fim das lâmpadas incandescentes, até 2012. O objectivo é poupar energia e cortar as emissões de gases com efeito de estufa.

«É evidente que esta é uma medida que irá mudar a forma como nós consumimos energia», disse o comissário europeu Andris Piebalgs, responsável pela pasta energética.

Esta é uma decisão que para ser levada avante necessita ainda da aprovação do Parlamento Europeu e dos 27 estados-membros da União.

As lâmpadas de baixo consumo podem representar poupanças entre 25 e 75 por cento, em relação às incandescentes tradicionais.


O Fim das Lampadas Incandescentes


Há mais de um século ela permitiu a troca de velas e lampiões a gás pela luz elétrica. A lâmpada incandescente, invento de Thomas Edison, está com seus dias contados no mercado mundial. Vem caindo em desuso devido a questões econômicas e principalmente ambientais.

Estudos apontam que as lâmpadas incandescentes são responsáveis por cerca de 77% do consumo de energia em uma residência, além disso,   produz  considerável quantidade de calor , que,  em ambientes onde está instalada, incentiva o uso de ar condicionado e ventiladores. Resultado: mais consumo.  Em tempos de conscientização ambiental e esgotamento de fontes de energia, o incentivo ao desuso desse tipo de lâmpada será inevitável.
                      
A Irlanda já proibiu no início deste ano a comercialização de lâmpadas incandescentes e a previsão é que toda a Europa, até o ano de 2012, venha a abolir o uso e comercialização das lâmpadas com filamentos.

Aqui no Brasil a Golden Plus, empresa especializada em iluminação interrompeu a produção das incandescentes em 1998 e lançou no mercado o “Manual de Compra das Lâmpadas Fluorescentes Compactas”, que são apontadas como o melhor custo/benefício em comparação com as incandescentes.  “Uma fluorescente de 15 W pode ser colocada no lugar de uma incandescente de 60 W, modelo mais utilizados nas residências brasileiras atualmente. Com esta simples substituição, a economia ao fim de um ano pode chegar a R$ 19,20”,  comenta Ricardo Cricci, diretor comercial da Golden Plus.
                   
O que Ricardo diz é confirmado pela pesquisa realizada pelo Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC), que revelou que as lâmpadas fluorescentes chegam a ser 80% mais econômicas e produzem 70% menos calor que as incandescentes.
                 
Hoje já existem outros tipos de iluminação que aliam economia a contribuição para o meio ambiente, como os LEDS, iluminação formada por pequenas lâmpadas que já faz parte de muitos projetos arquitetônicos como a casa de eventos Estação Lounge localizada em Cotia / SP, que trocou boa parte da iluminação comum por tecnologia a laser e LEDS, e além disso, adotou um “ar condicionado ecológico” o  que resultou em uma economia real de 90%.

E porque tantas pessoas ainda mantêm o uso das lâmpadas incandescentes?  A resposta mais provável é o preço da lâmpada fluorescente, que chega a ser mais caro em relação às tradicionais. O que muitos não sabem é que os benefícios por pagar mais caro em uma fluorescente aparecem a longo prazo. Veja as vantagens de trocar as lâmpadas incandescentes por fluorescentes: • Consomem 80% menos energia que a incandescente

• Duram cerca de oito anos
• Não produzem calor
• São recicláveis
           
Uma questão que virá a tona será o descarte das lâmpadas, tanto as incandescentes, quanto as fluorescentes.  Apesar de todos os benefícios, as lâmpadas fluorescentes contem resíduos perigosos como o mercúrio e o pó do fósforo, por isso não podem e nem devem ser depositadas em lixo comum, sendo grande o perigo de contaminação do meio ambiente. Por esse motivo se uma lâmpada fluorescente se quebra o mais correto é levá-la para reciclagem.
         
Já as incandescentes não são recicláveis, pois não causam nenhum tipo de dano ao meio ambiente e devem ser depositadas no lixo comum. Mas atenção: deve-se embrulhar bem as lâmpadas ou os restos de vidro em um papelão, jornal, ou plástico, assim você não coloca em risco os catadores que prestam serviço recolhendo materiais recicláveis.             

Pense bem na hora de comprar uma nova lâmpada para sua casa ou escritório. Fique ligado nessas dicas e faça uma escolha: A troca consciente. • Quando for comprar uma lâmpada verifique na caixa se ela possui o selo PROCEL, que é a garantia de que o produto foi testado e aprovado pelo INMETRO.

• Compre sempre lâmpadas adequadas ao ambiente. Lâmpadas mais claras são adequadas para cozinhas, banheiro, escritórios.
• Lâmpadas amareladas são mais adequadas para ambientes mais aconchegantes como quartos e salas.

 


Fonte: BBC Brasil
       http://www.portaldoarquiteto.com/noticias/
       http://diario.iol.pt/ambiente/
       http://www.webmagazine.org.br/webmagazine/Portugues/