12/07/2013 - Ontem a DARPA apresentou ao público o Atlas, um robô de 1,83 m de altura e 150 kg, desenvolvido pela Boston Dynamics. Ao contrário da aparência, sua função é ajudar em desastres. O Atlas é projetado para caminhar e carregar coisas, mas também enfrenta terreno acidentado e é capaz até de pequenas escaladas utilizando mãos e pés. Suas mãos são sensíveis e articuladas, permitindo o uso de ferramentas projetadas para humanos. A cabeça dispõe de câmeras estéreo e um telêmetro (dispositivo que mede distâncias em tempo real). A alimentação é externa, o que é uma certa fraqueza, apesar de nos dar mais tranquilidade quando começar o levante das máquinas. A DARPA Robotics Challenge, ou Desfio de Robótica da DARPA, visa desenvolver máquinas que possam lidar com calamidades e ambientes perigosos, como acidentes em usinas nucleares. As sete equipes participantes do desafio atual vão receber um Atlas e ...
terão até dezembro para programá-lo. Os desafios incluem fazê-lo dirigir um utilitário, caminhar em terreno irregular, atravessar uma parede, fechar uma válvula e remover detritos.
Para trabalhos perigosos e de alto risco
Na verdade, o Atlas foi projetado para assumir eventualmente alguns dos trabalhos mais perigosos e de alto risco que se possa imaginar, como a manutenção de um reator nuclear durante a crise, fechar um derramamento de óleo em águas profundas ou ajudar a apagar um incêndio furioso. E se Atlas se provar em tais tarefas desafiadoras um dia um de seus descendentes poderia ser autorizado a fazer algo tão importante quanto: ajudar a cuidar de idosos e enfermos.
Atlas foi apresentado na quinta-feira na Boston Dynamics, uma empresa sediada em Waltham, Massachusetts, que já desenvolveu um impressionante jardim zoológico de animais robóticos, alguns com financiamento do Departamento de Defesa, incluindo um robô mula sem cabeça chamado LS3, um robô parecido com uma lagartixa que escalada parede chamado RiSE e uma máquina de quatro patas chamada Cheetah capaz de correr a 29 milhas por hora.
Como essas outras máquinas, Atlas tem capacidades incríveis para uma máquina de patas. O robô de seis metros de altura, 330 quilos tem 28 graus de liberdade ativados por juntas poderosas acionadas hidraulicamente que lhe permitem não só carregar objetos pesados, mas ajustar com notável rapidez à perda de equilíbrio. A cabeça do robô inclui um instrumento de alcance a laser chamado LIDAR, que lhe fornece um mapa 3D detalhado de seu entorno. E tem dois pares de mãos robóticas ligeiramente diferentes. O robô atualmente exige uma fontr que o alimenta com água para resfriamento e energia de alta tensão, mas o objetivo é desenvolver uma versão "sem fio" em 2014.
No evento de quinta-feira, Atlas fez ginásticas robóticas destinadas a demonstrar a sua flexibilidade - um pouco ruidoso devido ao movimento de seus músculos hidráulicos. Vídeos mostraram protótipos caminhando sobre um terreno irregular e andando em beirais estreitos nas simulações.
Andando triunfante: A versão do Atlas sem seus braços caminha em uma esteira na Boston Dynamics.
Vários robôs Atlas e diversos outros robôs, estão envolvidos no DARPA Robotics Challenge - um concurso destinado a estimular a criação de um robô capaz de ser operado remotamente, em situações de emergência complexas e traiçoeiras. Equipes da academia e da indústria estão competindo em dois grupos: um envolvido na concepção e construção de robôs para tais missões, outro envolvido no desenvolvimento do software de controle para robôs de resgate. Cada uma das sete equipes que competem na segunda categoria receberão emrpestado um Atlas da DARPA para aperfeiçoar seu código.
As equipes inscritas no desafio vão passar os próximos meses treinando seus robôs para competir em um concurso físico extenuante projetado para avaliar a sua capacidade de realizar tarefas que desafiam muitos seres humanos. Neste mês de dezembro, em um evento que será realizado no Homestead Miami Speedway, os robôs vão tentar navegar em uma pista de obstáculos para robôs que envolve desafios como subir em um veículo em movimento, escalar escombros e ligar e operar uma mangueira.
Apesar do fato de que o Atlas tem uma semelhança mais do que leve com um protótipo inicial do Terminator, DARPA insiste que o robô não é projetado para tarefas militares "contraditórias" e destina-se apenas a missões humanitárias. A agência nota que seu Desafio de Robótica foi inspirado pelo acidente nuclear de Fukushima em 2011, quando trabalhadores humanos lutaram para controlar a usina nuclear gravemente danificada por um terremoto e tsunami. A DARPA, de fato, enviou um punhado de robôs de rodas para a usina de Fukushima, mas estes não foram capazes de lidar com obstáculos, tais como escombros no chão, ou executar as tarefas complexas necessárias. "Nós estávamos arrancando os cabelos tentando ajudar e a verdade é que havia muito pouco que podíamos fazer", o gerente do programa da DARPA, Gill Pratt, disse no lançamento desta quinta-feira.
Por muito tempo um fragmento de ficção científica, robôs humanóides foram chutados de um laboratório de robótica para outro por décadas. Mas eles têm sido tipicamente muito lentos, fracos ou desajeitados para fazer muita coisa. As recentes melhorias em sensores e hardware trouxeram a perspectiva de um humanóide pronto para implantação no mundo real mais perto. "Uma série de tecnologias acabaram de ficar boas o suficiente, ou quase boas o suficiente, para fazer a coisa funcionar", disse Pratt, apontando para os controles hidráulicos, o sistema de navegação LIDAR montado na cabeça do robô e suas mãos intercambiáveis??.
"É uma máquina extraordinária", disse Seth Teller, um professor do MIT que, juntamente com o colega Russ Tedrake, lidera um dos grupos selecionados para receber um Atlas. "Eles fizeram um trabalho fantástico com estas máquinas, tem sido um verdadeiro prazer ver, tocar e usar o hardware real."
As equipes que receberam robôs Atlas terão que desenvolver um software de controle que permitirá aos controladores humanos operar os robôs apesar de significativos tempos de atraso - uma restrição projetada para imitar o desafio de operar através das paredes de uma usina nuclear em ruínas ou de uma distância muito grande. A estratégia adotada pela equipe de Teller envolve fazer um operador humano quebrar cada missão de alto nível em uma série de tarefas menores e guiar o robô através de cada tarefa. "Os sistemas de teleoperação existentes impor carga cognitiva sobre o operador. Um aspecto importante do desafio DARPA é encontrar uma maneira de comandar esses robôs que reduza essa carga", disse Teller.
Questionado sobre que tipos de inovações a Atlas poderia inspirar além do trabalho de emergência, ele disse que robôs humanóides poderiam talvez um dia encontrar um emprego na área da saúde. "Eu sei que este robô parece grande e eu sei que pesa 300 quilos, mas o uso número um para máquinas deste tipo vai ser em home care e cuidados de saúde", disse ele.
O novo robô Atlas é um humanóide que está cada vez mais impressionante
21/01/2015 - Talvez você já tenha ouvido falar do robô ATLAS, da Boston Dynamics. Ele é um projeto de robótica impressionante e extremamente complexo, que já tem seu lugar no panteão da robótica. É o humanóide que se aproxima mais do que vemos em filmes de ficção científica. Mas como se isso não bastasse, o projeto foi modificado em aproximadamente 75% e ficou ainda mais rápido e forte. Além disso o Atlas está menos limitado ao uso de cabos, por causa de uma mochila com potentes baterias.
O novo projeto do robô ATLAS está consideravelmente melhor e muito mais elegante que a versão anterior, com a atualização de muitos componentes. Por exemplo, existe uma nova bomba hidráulica que proporciona um movimento bem mais rápido ao robô. O novo design também deixou o ATLAS, mais esbelto, o que facilita a sua agilidade e faz com que ele possa começar a ser testado naquilo para o qual projetado: realizar tarefas em locais onde não é seguro para o acesso de seres humanos. O robô já pode até se levantar, caso caia.
O upgrade feito pela Boston Dynamics foi tão grande que somente as pernas e pés foram do projeto original foram mantidos. As mudanças representam um grande avanço na capacidade de desenvolvimento da robótica humanóide. O projeto do robô Atlas tem a força financeira do Google, já que a Boston Dynamics foi adquirida pela gigante das buscas em 2013. Por isso mesmo, podemos esperar uma avanço ainda mais impressionante em seu desenvolvimento, em um curto período de tempo à frente.
Nova versão de robô do Google levanta sozinho e carrega objetos
26/02/2016, por RAQUEL FREIRE - A Boston Dynamics, empresa comprada pelo Google há dois anos, acaba de apresentar a mais nova versão do robô Atlas. Diferente da maioria, o androide consegue lidar com situações inesperadas, como levantar sozinho após ser derrubado - por exemplo. Atlas é um humanoide de aproximadamente 1,80 m e 81 kg. Ele caminha ereto, sobre dois pés, e consegue abrir portas, carregar objetos e recuperar algo que lhe foi tirado das mãos abruptamente. O robô é projetado para operar sob estresse, ao contrário dos demais, que realiza apenas tarefas repetitivas.
O novo protótipo é mais elegante, ágil e silencioso que o anterior. A alimentação também melhorou. A última versão ficava presa a uma fonte de energia interna, enquanto a atual usa bateria elétrica interna. O acionamento é feito de forma hidráulica. No vídeo demonstrativo percebe-se que ele consegue manter o equilíbrio mesmo caminhando em terrenos irregulares, como a neve. Isso é possível graças aos sensores LIDAR (tecnologia com nome do inglês "Light Detection And Ranging"), localizados no corpo e pernas. Na cabeça estão sensores estéreo para que o Atlas evite obstáculos, avalie o terreno, ajude com a navegação e manipule objetos.
A Boston Dynamics é uma das primeiras empresas a constituir o conglomerado do Google voltado para robótica. A companhia trabalha essencialmente com a área militar, embora não tenha anunciado nenhuma grande ação desde foi incorporada pela gigante de buscas.
fonte: http://meiobit.com/
http://www.technologyreview.com.br/
http://88mph.com.br/
http://www.techtudo.com.br/