CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Síndrome do Lobisomem

hiperotopo29/06/2017 - Também conhecida por “Síndrome do Lobisomem” e “Síndrome de Ambras”, a hipertricose é uma doença autossômica, em que normalmente o pai ou a mãe do paciente também tem a doença. Esta mutação genética tem como característica o crescimento excessivo de pelos, além se ser extremamente rara (1 para dez milhões). Os pacientes que apresentam esta anomalia tem a pele toda coberta por pelos, com exceção das regiões das mucosas, palmas das mãos e planta dos pés. Ainda não se tem muitas informações acerca desta doença. O dermatologista. Também é possível identificar a presença excessiva dos pelos logo após o nascimento: o pelo, chamado de lanugo, é formado durante a gestação, cobre todo o corpo do feto e, ...

após o nascimento, .a maioria dos bebês não o apresenta mais, apesar de alguns o manterem nas primeiras semanas de vida. O especialista que identificará isso será o obstetra. Deve ser feita a exclusão diagnóstica com o crescimento dos pelos induzido por androgênio (hormônio esteróide).

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Os pacientes com esta anomalia, devido à sua aparência, podem desenvolver problemas psicológicos e sociais. Também podem ter outras doenças como qualquer pessoa, bem como sua expectativa de vida. Devido à quantidade de pelos não serem substituídos e só aumentar, a Hipertricose associa-se a outras doenças congênitas, como problemas dentários. Os indivíduos com a Hipertricose podem ter depressão, devido a sociedade ainda estranhar a aparência destas pessoas. Assim, estes indivíduos se isolam, sentindo-se discriminados e até maltratados (violência física ou psicológica).

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Tipos

Existem dois tipos desta doença:

Hipertricose Lanuginosa Congênita

Quando o cabelo é relativamente fino e felpudo. Pode chegar a 25cm de comprimento.

Síndrome de Abras:
Outra variação do tipo congênita, quando o cabelo é mais grosso, colorido e cresce durante toda a vida.

Hipertricose adquirida

Provocada por anorexia nervosa ou problemas metabólicos, como por exemplo a porfiria cutânea, que comumente surge apenas no rosto e no indivíduo adulto.

Causas

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Por ser uma mutação genética, os indivíduos adquirem a hipertricose devido à herança genética, característica que a faz ser comum em algumas famílias, podendo haver mais de um doente. Ainda especula-se que há 50% de chances do indivíduo ter outra pessoa com a hipertricose na família. Contudo, esta anomalia nem sempre ocorre por genética, mas espontaneamente, que é ainda mais raro. A doença não está relacionada a problemas sérios de saúde e a localização genética da mutação, assim como ela ocorre são desconhecidas.

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Causas mais raras de hirsutismo devem ser suspeitadas na presença dos seguintes critérios: início abrupto e evolução rápida do hirsutismo ou piora repentina; início mais tardio, após a terceira década de vida; presença de sinais ou sintomas de virilização, incluindo clitoromegalia, aumento de massa muscular e engrossamento da voz. No caso de tumores secretores de androgênios, a testosterona sérica costuma ser > 150 ng/dl e os exames de imagem serão necessários para localizar a origem adrenal ou ovariana do tumor28,29(C). O sulfato de dehidroepiandrosterona poderá estar elevado na presença de neoplasia adrenal.

Se houver suspeita clínica para síndrome de Cushing (estrias purpúreas, fascies em lua-cheia, obesidade central, diabete, hipertensão), rastreamento inicial pode ser realizado a partir da determinação da cortisolúria de 24 h (e creatininúria) e/ou teste de supressão com 1 mg VO de dexametasona (às 23 h, e dosagem de cortisol no dia seguinte, às 8 h da manhã). Todos estes casos devem ser encaminhados para serviços de atenção terciária com presteza. É necessário, também, realizar o diagnóstico diferencial do hirsutismo com outras causas, como distúrbios da função tireóide, hiperprolactinemia e uso de drogas.

A Hipertricose tem cura? Qual é o tratamento?

Não. O tratamento ainda é pouco eficaz por ser uma doença pouco conhecida, basicamente é feito para retirar o pelo excessivo e é limitado. São eles:

Cera:

Remove os pelos da raiz, o que permite que o crescimento dos pelos seja mais lento. Porém, é mais doloroso e não pode ser feito no rosto.

Depilação a laser comum:

Deixa os pelos mais finos e eliminam quase que definitivamente os pelos.

Laser Q-switched Nd:YAG:

O mesmo usado em remoção de tatuagens, e responderam relativamente bem ao processo. Neste, os pacientes tiveram uma redução de 40% a 80% da quantidade de pelos.

Uso de barbeadores:

O menos eficaz e não satisfatório, pois os pelos voltam mais rapidamente a crescerem.

O tipo de tratamento será muito variável, pois vai depender do tipo de pelo do indivíduo, da quantidade de crescimento, idade do paciente e preferência do mesmo pelo método.

(Alexandra Bononi) - A “síndrome do lobisomem” não apenas não tem cura como não possui nem ao menos tratamento adequado, visto que pouco se sabe ainda hoje sobre sua origem. “Não existe tratamento específico. A remoção do excesso dos pêlos através dos métodos convencionais e lasers é o único método adotado. É uma doença genética, não tem cura”, explica a dermatologista. Já a hipertricose causada por medicamentos, como a aplicação indevida de cremes para combater a calvície, ou outros fatores ambientais pode ser revertida.

Por ser muito rara, pouco conhecida e deixar o rosto e todo o corpo cobertos de pelos, a hipertricose ainda é vista com muito preconceito dentro da sociedade. Isso acarreta em riscos sérios daqueles que possuem a anomalia desenvolverem problemas psicológicos como depressão, por não serem aceitos devido a sua aparência. Por conta dessa discriminação, estes indivíduos costumam se isolar. (Alexandra Bononi)

Como prevenir? É transmissível?

Não há prevenção nem é transmissível, é uma anomalia de herança genética. Suas causas ainda são desconhecidas.

Grupo de risco

Indivíduos que tenham familiares com a hipertricose; herança genética.

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A maioria das pessoas com a hipertricose tornaram-se “famosas” ao longo da história. Por causa da sua aparência, muitas foram trabalhar em circos e na televisão. Um dos casos mais famosos é o de Pedro Gonçalvez, sua família o colocava para visitação no castelo de Ambras. As pessoas com hipertricose são vítimas da sociedade, que as impedem de ter uma vida normal. Compartilhe e divulgue estas informações para que mais pessoas conheçam a doença!

Referências

http://www.derm.com.br/305/hipertricose/
http://brasilescola.uol.com.br/biologia/hipertricose-lanuginosa-congenita.htm
http://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/758467/sindrome+do+lobisomem+voce+sabe+o+que+e.htm


Fonte: https://minutosaudavel.com.br
           http://cuidadospelavida.com.br
           http://www.scielo.br