CURIOSIDADES

Homem salva a vida de 2,2 milhões de bebês graças ao seu sangue raro

sanraro1E pensar que tudo acontece graças a um gesto simples. James Harrison é um australiano de 74 anos, que inscreveu seu nome no Guinness Book por ter doado 480 litros de sangue (e atenção que isto foi em 2003). Mas Harrison não é um doador qualquer: ele tem um tipo de sangue tão raro que, graças a essas doações, salvou a vida de mais de 2 milhões de crianças.  Após as primeiras doações à Cruz Vermelha australiana, descobriu-se a qualidade especial do sangue de Harrison. Foi quando ele ganhou o apelido de "o homem com o braço de ouro".  De fato, seu braço vale bem mais do que ouro, vale a vida de crianças. Por que? Porque o sangue de Harrison ...

é aplicado na criação de uma vacina administrada a mães ou recém-nascidos para prevenir a doença de Rhesus – que acontece quando o sangue da mãe é Rh-e e o do bebê é Rh+. O sangue de Harrison produz um anticorpo que permitiu aos cientistas criar essa vacina anti-D, como é conhecida.

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A importância deste senhor na vida das crianças, inclusive do próprio neto, que também ajudou a salvar, fez com que lhe fosse oferecido um seguro de vida no valor de um milhão de dólares australianos, cerca de R$ 1,8 milhão. O mais curioso é que o próprio senhor foi ajudado, quando tinha 14 anos e foi submetido a uma cirurgia no peito, à qual só sobreviveu graças à doação e transfusão de 13 litros de sangue. Estima-se que tenha sido por isso que ele desenvolveu esses anticorpos tão importantes para estes 2,2 milhões de crianças.

Doença de Rhesus

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A doença de Rhesus (também chamada de eritroblastose fetal, doença hemolítica por incompatibilidade do Rh ou doença hemolítica do recém-nascido) ocorre quando o sangue de um feto sofre hemólise, ou seja, é aglutinado pelos anticorpos do sangue da mãe. Isso pode acontecer quando o sangue da mãe é Rh-, e o do bebê é Rh+. Depois que a mãe tem contato com sangue Rh+ (transfusão de sangue ou após ter tido um primeiro filho com sangue Rh+), cria anticorpos que passam a atacar o sangue Rh- do bebê. No passado, a doença de Rhesus era responsável pela morte de mães e fetos, além de causar problemas de saúde a longo prazo, como danos cerebrais. A situação era tratada com a transfusão do sangue do bebê logo após seu nascimento.

Nem todos podemos ter um sangue tão bom e raro quanto o deste senhor de 74 anos, mas fica a dica: um pequeno gesto seu pode mesmo salvar a vida de outras pessoas.

Fonte: http://www.redflagmagazine.org/