TERAPIAS COMPLEMENTARES

Homeopatia - Parte 1

shomoyyO Surgimento da Homeopatia  - Em 1775, na cidade de Meissen, Alemanha, nasceu Samuel Friedrich Christian Hahnemann, o fundador da Homeopatia. Menino de origem humilde conseguiu se formar em medicina na cidade de Leipzig, onde alguns autores dizem ter nascido. Dedicou-se ao tratamento ...

de doentes com a certeza de que aquela era a sua vocação. No entanto, por mais que fizesse a coisa certa, por várias vezes Hahnemann sentia o gosto do fracasso, não por incapacidade, mas porque os métodos usados na época eram bastante primitivos e sem embasamento científico. Assim acaba por abandonar a medicina 1787 e passa a viver de traduções de obras científicas.  Então, em 1790, estava traduzindo o livro ...

“Matéria Médica”, de um conceituado médico escocês, Dr. Cullen quando leu que este médico tinha sucesso ao tratar a malária com cascas de quina. Ora, a malária tem como principal característica uma febre alta de “queimação”. O próprio Hahnemann já havia passado por esta situação e o que conseguira fora uma gastrite. Porém, conhecendo a seriedade do Dr. Cullen, Hahnemann quis experimentar novamente a planta e mais uma vez observou a ardência no estômago. Imediatamente concluiu: “substâncias que provocam uma espécie de febre cortam as diversas variedades de febre intermitente” ou seja, “a febre cura a febre”. Esta idéia não era novidade para Hahnemann, pois já havia visto algo parecido citado por Hipócrates, como o Princípio da Similitude, onde se curava “o mal com o mal”.

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Porém foi Samuel Hahnemann que desenvolveu esta idéia na prática, passando a experimentar ele mesmo e alguns de seus amigos e familiares, as mais variadas substâncias das quais foram observados e anotados todos os efeitos produzidos no organismo. Mais tarde, deu início ao seu método aplicando àquelas substâncias em doentes que apresentaram os mesmos sinais estudados. Com enorme sucesso na nova prática médica que chamou de Homeopatia – que significa semelhante a doença.

Paralelamente às experimentações, Hahnemann percebia nas pessoas uma certa resistência, ou ao contrário, muita facilidade em contrair doenças. Escreveu que as pessoas possuíam uma vitalidade, uma força animando o corpo vivo, que quando em perfeito estado de saúde, funcionava em admirável harmonia, como uma orquestra tocada pelos maiores gênios da música. Como aceitar que um médico, ao tentar o caminho da cura, quisesse separar a “orquestra”, ou seja, fragmentar o corpo em fígado, coração, cabeça, etc, achando este o procedimento mais adequado? Hahnemann achava que aquele poder que mantinha o bem estar do indivíduo, era também responsável pelo seu desequilíbrio e ainda o caminho para a cura.

A este “maestro” Hahnemann chamou de energia vital, ou força vital. Sem ela não há vida. É uma força dinâmica, em movimento, que faz com que cada músico toque seu instrumento em perfeita harmonia com o restante da orquestra. Mantém os órgãos em perfeito funcionamento, o que se chama de saúde. E, quando este equilíbrio é abalado por influências negativas de qualquer natureza, fortes o bastante para produzir sintomas mórbidos a nível de corpo ou mente, está estabelecida a Doença. Para reequilibrar-se a força vital necessita de um estímulo apropriado que é o remédio homeopático. Segundo Samuel Hahnemann, são 4 os princípios fundamentais da Homeopatia:

1. Lei dos semelhantes:

Uma idéia bastante antiga, muitos séculos antes de Hahnemann, já se falava desta teoria. Hipócrates, o pai “pai da Medicina”, já tentava a cura dos males com semelhantes. Associava-se o formato, cor, etc., e principalmente a intuição às características da doença, na tentativa de curá-la. Foi Hahnemann, porém, que desenvolveu bases para a utilização da Lei dos Semelhantes com métodos científicos. Como já vimos, ele experimentava as substâncias, anotava os efeitos despertados no organismo e passava a utilizar as mesmas em doentes com sintomas semelhantes aos observados no estudo.

2. Experimentação no homem são:

Aos invés de testar as drogas em animais ou em teste laboratoriais, Hahnemann selecionou voluntários em perfeita saúde (para não haver interferência de outras doenças já existentes) para experimentar as substância e descrever com precisão os sintomas (inclusive os mentais) obtendo assim o “retrato” de cada medicamento.

3. Dose mínima:

Sabendo do perigo do uso de grandes quantidades de plantas tóxicas e venenos, Hahnemann preferiu usar sempre doses bem pequenas de medicamentos, para que somente o efeito benéfico aparecesse durante o tratamento.

4. Remédio único:

Hahnemann e seus voluntários experimentavam uma droga de cada vez, para não mascarar seus efeitos no organismo sadio. Ele não admitia que no processo curativo o médico misturasse duas ou mais substâncias ao mesmo tempo, pois achava que o resultado era imprevisível, uma vez que o doente já estava bastante enfraquecido pela doença em si.

Envolvido pela teoria da Energia Vital, Hahnemann achava que o seu método ainda não estava completo, faltava um componente dinâmico, que combinasse com a sua idéia de movimento. Sempre atento aos detalhes do tratamento dos seus pacientes, notou que, quanto mais afastado ficava o domicílio dos enfermos, mais rápidos e eficazes se mostravam os medicamentos. Qual a ligação entre a distância e a eficácia dos remédios homeopáticos? A única diferença entre o medicamento do doente que residia próximo para o medicamento do doente que residia distante, era o sacolejo que os remédios sofriam devido ao galope do cavalo durante o trajeto. Com sua conhecida inteligência, Hahnemann aperfeiçoou esta teoria e criou a Dinamização, método obrigatório na preparação do medicamento homeopático, pois uma vez que todo o processo de Saúde, Doença e Cura é dinâmico, o remédio homeopático também deveria sê-lo. Assim toda vez que o remédio homeopático é preparado, ele passa pela dinamização, ou seja, diluições seguidas de 100 sucussões (batidas fortes e ritmadas) para despertar a energia contida na substância presente.

Continuando com seu brilhante trabalho até o final de seus dias, Samuel Hahnemann esforçou-se em atender as necessidades dos doentes que o procuravam, e, à medida que seu sucesso se espalhava pelos países próximos, crescia também a ira dos colegas incompetentes. Hahnemann curou muitos doentes até morrer de velhice aos 88 anos, deixando 11 filhos de 2 casamentos, mas deixou esta maravilhosa lição de vida que foi rapidamente difundida para outros continentes e chegou até os dias de hoje comprovando a sua eficácia. Em 1995 a Homeopatia completou 200 anos.

Sobre o Medicamento Homeopático

O Medicamento Homeopático se caracteriza pelas dinamizações (diluições e agitações sucessivas), cujo emprego é ministrado não somente no intuito de curar um sintoma orgânico, mas restabelecer o equilíbrio vital do ser. A indicação e o uso dependem de uma análise profunda da totalidade dos sintomas. Somente o médico homeopata está habilitado a fazê-la.

A ABFH adverte:

A Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas (ABFH) adverte e esclarece que a manipulação de medicamentos homeopáticos obedece às técnicas descritas no Manual de Normas Técnicas para Farmácia Homeopática 2?ed. Farmacopéia Homeopática Brasileira e livros oficiais de Farmacotécnica Homeopática, que correspondem a:

- Método Hahnemanniano:

Escala Centesimal = CH
Escala Decimal   = D
Escala Cinquenta-Milesimal = LM
- Método Korsakoviano: K
- Método do Fluxo Contínuo: FC

Qualquer medicamento cuja manipulação não corresponda a um dos métodos acima referidos, está em desacordo com a técnica homeopática, não constituindo portanto, um medicamento homeopático.  Informações poderão ser obtidas junto à ABFH através do tele-fax: (011) 262-9665 (São Paulo-Brasil) ou na vigilância sanitária de cada Estado.

Como e onde guardar seu medicamento homeopático:

- Guarde-o em lugar fresco e arejado, longe de cheiro forte, umidade e excesso de luz.
- Guarde-o longe de perfumes, inseticidas, remédios alopáticos e cremes dentais, etc.
- Guarde-o longe de aparelhos que emitam radiações (raio x, televisores, microondas, detectores de metais em aeroportos, computadores, etc...).

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Cuidados no uso do medicamento homeopático:

- Mantenha-o longe de crianças. Em caso de ingestão acidental, comunicar imediatamente ao médico.
- Tome o medicamento segundo a posologia. Procure tomá-lo em jejum, senão meia hora antes ou depois de uma refeição.
- Glóbulos e tabletes devem ser retirados na tampa do frasco e colocados diretamente à boca, sem contato manual.
- Nunca reutilize o frasco do medicamento para outros fins.
- Copos, colheres e xícaras quando utilizados para ministrar o medicamento devem ser fervidas quando retornarem ao uso doméstico.
- Pós (papéis) e dose única líquida devem ir direto à boca.

Procure sempre seu médico homeopata:

- Nunca se auto-medique.
- Não aceite indicações de medicamentos em balcão de farmácia.
- Não repita receitas por conta própria.
- Não aceite nem recomende medicamentos a
amigos ou parentes.

Homeopatia e Astrologia

( A "Lei de Correpondência" em Ação )

“Saúde  é a relação adequada entre o microcosmos, que é o homem, e o macrocosmos, que é o universo. Doença é a ruptura dessa relação.” ( Dr. Yeshi Donden, médico do Dalai Lama)

O que teriam em comum personalidades tão distantes no tempo e no espaço como Hipócrates, considerado o pai da medicina ocidental, Paracelso, um médico e alquimista da idade média, e Samuel Hahnemann, o iniciador da medicina homeopática? Estes três homens reconheceram e utilizaram nas mais variadas formas uma lei universal, que é descrita por Paracelso da seguinte forma: “Assim como é em cima, é em baixo”.  Essa lei universal tem sido redefinida nos mais variados campos da ciência. Ela é a base da astrologia moderna. Jung a introduziu no campo da psicologia com o nome de “ princípio da sincronicidade”.

O princípio básico da Homeopatia, a lei da similitude, diz: “Semelhante cura semelhante”. Tal princípio nada mais é do que uma utilização práticia, a nível da saúde, da lei universal descrita por Paracelso. Isso explica a afirmação Hipocrática de que um médico que não conhecesse a astrologia não estava preparado para o exercício de sua profissão.

Na idade média, os médico-astrólogos acompanhavam a saúde dos reis através de suas cartas astrológicas; um exemplo de um famoso médico-astrólogo foi Nostradamus. Na renascença, astrônomos conceituados como Copérnico e Kepler levararam a uma ampliação do crédito na astrologia.

Nos dias atuais, pode parecer bizarro a união entre a medicina e a astrologia. E nem poderia ser de outra forma, já que a medicina tem se tornado uma ciência da especialização e da divisão.

No entanto, a medicina homeopática prioriza o homem como um todo, e nesse sentido continua  sendo fiel aos princípios hipocráticos. Em seu estudo sobre alquimia Paracelso afirmou: “A fim de alcançar o verdadeiro significado da alquimia e da astrologia, é necessário ter uma clara concepção da íntima relação e identidade microcosmo com o macrocosmo, e de sua interação. Todas as forças do universo estão potencialmente presentes no homem e no seu corpo; todos os órgãos humanos nada mais são do que produtos e representantes dos poderes da Natureza.”

E em que a astrologia poderia auxiliar o homeopata em sua busca da totalidade e de uma compreensão mais ampla de seu paciente? Gostaria de enumerar algumas utilizações práticas da astrologia no âmbito da clínica:

* Através mapa astrológico, fica mais fácil a identificação de áreas de vulnerabilidade e de sofrimento, tanto a nível emocional quanto físico.

*Através de uma anamnese mais dirigida, o homeopata pode descobrir “pontos frágeis” que de outra forma poderiam passar desapercebidos.

* Como o mapa astrológico revela características de personalidade, fica mais fácil conhecer em profundidade um paciente que, por exemplo, se limite a seus sintomas físicos, não oferecendo ao médico dados de seu temperamento.

*O  mapa ajuda a enxergar melhor um “quebra-cabeças” aonde faltam algumas peças fundamentais para o homeopata.

*Em se tratando de bebês ou crianças pequenas, muitas vezes o homeopata fica limitado ao relato dos pais. O mapa astrológico auxilia no reconhecimento prévio do potencial daquela personalidade, ajudando na eleição de medicações mais adequadas.

*Através dos trânsitos, ou seja, dos cicIos astrológicos, o médico pode acompanhar o paciente em seus processos de vida, já sabendo com uma certa antecedência em que momentos a energia vital poderá ser alterada pelas inevitáveis mudanças da vida, espelhadas no mapa astrológico.

*Graças à sinastria, ou seja, à comparação entre dois ou mais mapas, o médico pode entender melhor o relacionamento entre pais e filhos, ou entre um casal, já conhecendo de antemão pontos de dificuldade ou de atrito. Dessa forma, ele atuará de forma mais precisa.

Muitas outras utilizações poderiam ser citadas. O casamento entre a astrologia e a homeopatia tende a ter um final feliz, já que ambas utilizam a mesma linguagem, ou seja a visão do todo, e se baseiam no mesmo princípio universal. Na chegada da Era de Aquário, é o momento de se resgatar instrumentos que colaborem para o bem estar do homem enquanto indivíduo e também do coletivo. A astrologia e a homeopatia estarão mapeando importantes caminhos na ânsia do ser humano em se religar com a harmonia do Universo.


A Abordagem Homeopática e o Medode ir ao Consultório Dentário


Analisando o decálogo de orientações publicada pela ADA American Dental Association (dentro de uma visão homeopática aplicada a Odontologia), orientando o cirurgião dentista no manejo da ansiedade e do medo dos pacientes, alguns com receio moderado e outros com quadros típicos de pânico, diante de uma necessidade de um atendimento odontológico, e que nos motivou a apresentar e divulgar a abordagem da Homeopatia, como um recurso terapêutico no atendimento a pacientes.

Para a homeopatia, além das constatações e dos exames realizados a partir de uma anamnese, investigasse detalhadamente o paciente através de suas queixas, para saber precisamente em que situações ele se difere dos outros que possuem o mesmo diagnóstico clínico, mas que faz deste enfermo um indivíduo em particular. Aqui está a grande diferença, entre as terapêuticas, pois, enquanto uma generaliza todos os casos e os classifica em grandes categorias, a homeopatia individualiza cada caso, porque possui meios próprios que lhe permitem isso.

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Para o Homeopata, o mais importante é o interrogatório feito ao enfermo, tanto é que Hahnemann, no Organon da arte de curar (Livro de Filosofia e Doutrina Homeopática) dedica 37 parágrafos a este tema. O interrogatório deve ser metódico, devendo-se evitar perguntas diretas, que forcem respostas como um sim ou um não, deve evitar também a indução de resposta ou perguntas que obriguem escolha entre alternativas, deixando o paciente completamente livre para sua resposta. A linguagem usada pelo profissional deve ser bastante acessível.

O profissional deve também falar o menos possível, apenas o necessário, só para deixar o paciente mais à vontade, procurando entender o seu medo ou qualquer outra manifestação. Deve ainda  cuidar, de não dirigir as perguntas por um caminho que leve a uma determinada resposta, induzindo a eleger um medicamento, e que muitas vezes não apresenta similitude com o indivíduo..

É comum os pacientes questionarem sobre as perguntas que se faz, pois aqueles que estão conhecendo a homeopatia, não estão acostumados com profissionais, em especial cirurgiões dentistas, que façam perguntas como:

-Certas pessoas sofrem quando suas coisas não estão meticulosamente em ordem, e você?
- Como você suporta a espera?
Não é comum o profissional querer saber com tanto interesse, sobre a vida em família, no trabalho, seu comportamento, caráter e etc..

As perguntas que se fazem podem estar como que agrupadas em:

Sintomas Mentais:

Ou seja, perguntas que forneçam como respostas a maneira como reagem às suas emoções, alegrias e tristezas, preocupações, ciúmes, medos, humor, contrariedades e etc...

Sintomas Gerais:

Nos dão conta do indivíduo todo, com suas reações a todas as influências externas: calor, frio, movimento, correntes de ar, etc...

Sintomas Locais :

Importantíssimos por serem manifestações, formas e sensações peculiares do sentir de cada um.

Se as respostas obtidas satisfazem plenamente, caracterizando o indivíduo em questão, se parte então para a repertorização, ou seja, procurar no Repertório, os medicamentos que podem ter estes sintomas.

Repertório significa lista, catálogo, coleção; é portanto um índice de sintomas, organizados para uma consulta rápida, onde todos os medicamentos que possuem os mesmos sintomas se agrupam.

Se  for encontrado um medicamento que se repete com mais freqüência, relacionados aos sintomas fornecidos pelo paciente, este será o medicamento que provavelmente, mais se adequa a ele.

Como já dissemos anteriormente, faz parte de nossa formação vermos o paciente dividido e assim sendo, caminharmos pelo imediatismo, tentando resolver apenas o problema que se apresenta.

Entre nós, cirurgiões dentistas, a prática que mais comumente encontramos é o organicismo. Então acaba-se, por exemplo, usando-se medicamentos com indicação para essa ou aquela patologia, mas se ao invés disso, tivermos a possibilidade de uma consulta com o interrogatório completo, com certeza traremos muito mais benefícios a esta pessoa que pode ter uma melhora geral e não só uma solução paliativa para um problema do momento.

E é por esse motivo que comumente ouvimos: "A homeopatia não trata a doença, mas sim o doente"; acontece que pessoas que passam por um mesmo distúrbio acabam tomando medicações diferentes, ou seja, medicações que se assemelham mais aos quadros apresentados.

Cada um de nós passa por problemas e os vive a sua maneira, é por isso que vemos pessoas sofrerem por coisas que consideramos pequenas e outros passam por problemas considerados bem mais sérios, como se nada estivesse acontecendo. Isso é devido a uma sensibilidade própria de cada um, chamada de Idiossincrasia que encontramos definido no dicionário Aurélio da Língua Portuguesa como sendo "a maneira de ver, sentir e reagir, própria de cada um".

Através das informações elaboradas através do decálogo, se faz um exercício de como pode se modalizar os sintomas dos pacientes diante do medo de ir ao consultório dentário, dentro de uma abordagem homeopática.

1- Quanto ao receio, a ansiedade, a tensão, onde o paciente expressa seus temores e angústias, procura-se compreender esta ansiedade, como se manifesta, em quais períodos do dia, se por transtornos por antecipação antecedendo o atendimento, se a ansiedade é devido a dor, se com medo, por ruído, se por preocupação acerca de sua saúde, se acompanhada de uma expressão facial ansiosa com transpiração na face. Pela angústia, se acompanhada de choro com lamentos e gemidos, com tremores, e também em determinados períodos do dia. Pelo pavor, percebendo sua apreensão e temor com medo de ir ao dentista, de sentir dores, de ser tocado, machucado, de operação, de coisas pontiagudas, de contágio (doenças contagiosas), de doença iminente, de que algo vá acontecer.

2 - Procure não marcar horários de consultas em épocas que você esteja estressado e preferencialmente agende consultas pela manhã, procura-se compreender os sintomas do paciente através de seu cansaço geral, fadiga, em determinados períodos do dia, por trabalhar, cansaço da vida, se seu humor é melhor pela manhã e assim se tornar mais colaborativo com o tratamento.

3 - Poderá também visitar o cirurgião dentista acompanhado de um parente ou de um amigo, para se sentir mais confiante e amparado, demonstrando assim o seu desejo de companhia e medo de ficar sozinho.

4 - Tente identificar a origem de seu medo e de seus receios. Se é trauma de infância ou pavor do barulho. Através deste sintomas, tentará se investigar possíveis situações de transtornos por choque, pela hipersensibilidade a ruídos agudos (alta-rotação) e por medo.

5 - ... procure usar roupas mais confortáveis, evitando a utilização de blusas justas no pescoço e colarinhos apertados, o que demonstraria a melhora do paciente afrouxando as roupas e agravando toda sua sintomatologia com roupas justas e sob pressão das mesmas.

6 - Se possível faça consultas de curta duração, o que poderia também denotar uma certa impaciência do paciente, em determinados períodos do dia, por dor, sentado, com agitação, situações que diferenciam-se de paciente para paciente.

7 - Fique calmo, procure relaxar durante o tratamento. Imagine que esteja frente a uma cena ou paisagem bastante agradável. Lembre-se de situações alegres que ocorreram ou que virão a ocorrer, esta situação se contada pelo paciente, nos mostraria situações onde ilusões ou visões de paisagens bonitas, pensamentos alegres e maravilhosos, apresentaria sensações descritas pelos pacientes de melhora de seu humor ou queixas orgânicas.

8 - Respire de forma profunda e compassadamente, contando suas respirações, aqui estará descrito um sensação de melhora da sintomatologia por uma respiração profunda, ou mesmo em ambientes arejados, ao ar livre, agravando seus sintomas em locais fechados.

9 - O medo do desconhecido aumenta sua tensão emocional. Procure discutir e conversar com o profissional..., situação que descreve a apreensão diante de coisas novas, de sofrer, da desconfiança em relação a um ato operatório a que será submetido, necessitando ser esclarecido e orientado.

10 - Quando terminar a consulta, deverá sentir-se orgulhoso de si mesmo por ter conseguido superar a sua crise de temor e de ter colaborado com o profissional. Orgulhoso e contente consigo mesmo, esquecendo seus males e dores, satisfeito pela conquista.

Toda esta avaliação sintomática, tem o objetivo maior de compreender e entender as diferentes maneiras como cada paciente adoece, tornando-o único e especial, para que se possa oferecer o melhor de nossa técnica, e na necessidade de uma prescrição, eleger o medicamento mais indicado a ele, fazendo do profissional que pratica a Homeopatia a oportunidade de realizar um exercício de relação paciente-profissional diferenciada.


Homeopatia Veterinária Não Existe


O fato de profissionais veterinários estarem sendo reconhecidos como especialistas em homeopatia, é um forte indício de que apesar de toda a crise sócio-econômica e política que estamos vivendo há alguns anos, existe quem acredite que vale a pena investir no conhecimento e no trabalho em busca de um novo momento onde diversos aspectos de nossa vida, qualidade da saúde, do meio ambiente e das relações sociais, da economia, tecnologia e política serão resgatados.

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A homeopatia em nosso país vem sendo desenvolvida, na veterinária há pelo menos 20 anos, com o reconhecimento de criadores de pequenos e grandes animais, num trabalho que conta com o esforço único e exclusivo desses profissionais, sem qualquer apoio de entidades, quer seja da iniciativa pública ou privada. Apesar da homeopatia ser um fato em quase todos os níveis na medicina, na veterinária ainda é tratada algumas vezes de forma casual e grotesca. E nas instituições de ensino não lhe é dado o merecido crédito e importância.

Ao longo desses anos podemos nos conscientizar da importância sócio-econômica que temos como homeopatas na introdução de uma alternativa para o tratamento de animais cujo produto é introduzido diariamente na alimentação de nossa população. Nossa intervenção com a homeopatia, mais a orientação nutricional e de manejo permite uma boa produtividade aliada a não intoxicação do animal e de seu produto, além do baixo custo da medicação. Por outro lado, anabolizantes, antibióticos, quimioterápicos e carrapaticidas das mais diversas bases são largamente utilizados em nossos rebanhos, e além de terem custo elevado, colocam em risco a nossa vida quando nos alimentamos do leite, da carne desses animais, da vida de quem os manipula e do solo que acaba sendo o seu depósito final.

A raiz filosófica da homeopatia remonta aos ensinamentos de Paracelso e Hipócrates, mas o sistema terapêutico formal foi criado no final do século XVIII pelo médico alemão Samuel Hahnemann. Somos homeopatas, acreditamos realizamos uma medicina energética e vitalista. Para entendermos cientificamente o termo “medicina energética” devemos nos concentrar nos conceitos de Flutuação, Fluxo, Vibração, Ritmo, Ressonância, inteiramente compatíveis com a moderna concepção sistêmica do organismo. Não devemos considerar que o conceito “energia sutil ou vital” se refira a substância adjacentes, mas sim, a metáforas que descrevem os padrões dinâmicos de auto-organização. A energia vital da forma e existência a tudo que vive, é o motor da vida. Anima dinâmicamente o “organismo material ”mantendo-o em admirável harmonia de sensações e funções, de maneira que o ser possa dispor deste instrumento livre e são para alcançar sua “meta biológica”. O desequilíbrio se expressa na enfermidade a partir de sintomas mentais, gerais e orgânicos consecutivamente.

Se nos ocuparmos com as alterações anátomo-fisiológicas de nossos pacientes ou ainda com as características de seu intelecto, deveríamos estabelecer rígidas diferenças entre o homem e o resto dos seres vivos. Como homeopatas nos ocupamos da força vital e das alterações do seu dinamismo expressas por sensações e funções e finalmente alterações orgânicas. A homeopatia veterinária não existe, ela é única e universal. É a aplicação dos princípios e da técnica homeopática em seres que ocupam uma distinta situação na escala biológica.

Toda diferença possível consiste em compreender qual é a verdadeira natureza do paciente e ajudá-lo a ser o que deve ser: o gato será um gato, o boi um boi, a cabra uma cabra, o cão um cão, o homem uma pessoa humana destinado como disse Kent, ilustre homeopata americano, "por sensações que assegurem a felicidade, por ações que elevem sua dignidade, por conhecimentos que levem o universo a reconciliar-se com o grande espírito que adora os habitantes de todos os sistemas solares ".


Leite & Cia


A Terra esta doente. Enferma e ameaçada. A Humanidade desaparecerá se não enfrentar com êxito a multiplicação do progresso. O progresso do gênero humano está caracterizado pelo signo da "multiplicação" em todos os setores: multiplicação da população, dos armamentos, da produção industrial, das transações comerciais, dos problemas de poluição e esgotamento de recursos naturais não renováveis......É neste cenário de crescimento, é que vemos aumentar as práticas para que se consiga aumento da produção em tempo curto. Anabolizantes, antibióticos, quimioterápicos e carrapaticidas das mais diversas bases passam a terem uso corrente. "Leite, s. m. Lat. Lac; lactem - líquido geralmente branco, opaco de sabor açucarado, segregado pelas glândulas mamárias da fêmea dos mamíferos, e destinado a alimentar os filhos na época da lactação". Essa descrição que foi encontrada no dicionário do Laudelino Freire, escrita em 1957 na sua terceira edição, hoje sofreria alterações do tipo: "Leite,.... líquido geralmente branco, opaco de sabor açucarado, veículo de hormônios e antibióticos, carrapaticidas e defensivos agrícolas das mais diversas bases segregado pelas glândulas mamárias da fêmea dos mamíferos,"... Isso se da pela forma simplista e imediatista de se tentar resolver os problemas gerados pela necessidade do aumento de produtos de origem animal.........A civilização atual sofre do "complexo de Dinossauro". Este animal extinguiu-se, em épocas remotas, ou melhor, auto-destruiu-se, por sua tendência de crescer desmedidamente. Não é esta a lógica que se segue? - É preciso acumular, crescer. Quanto mais, tanto melhor! Consequentemente os problemas pretender ser resolvidos quantitativamente. Esta lógica é suicida! Todo organismo vivo em seu processo vital, de um lado assimila energia de outro elimina toxinas. Estamos num mundo que não utiliza racionalmente os processos de alimentação nem de eliminação do que não presta. E isso é trágico. O crescimento esta destruindo as condições de vida na terra, de modo que em breve vamos morrer intoxicados embora bem gordinhos!

Se não tomarmos providências imediatas, a ciência nos acaba prisioneiros das estruturas de loucura que estamos criando. E como se isso não bastasse, equipara-se a sanidade mental ao ajustamento. E isso é ideal: ser ajustado! Ajustado ao "status quo". Neste fim de século, fizemo-nos prisioneiros de um demônio que nós mesmos fabricamos: a loucura de "ter", no possuir, no poder e no saber.

Como vitalista, a interpretação do organismo animal como algo divisível ou como uma máquina produtiva não nos serve. Compreendemos o organismo como algo indivisível e interativo. A aceitação do fato de que os animais possuem desejos e sentimentos e que os expressam em uma dinâmica de sintomas comportamentais é essencial para que os respeitemos e os possamos curar através do que a homeopatia tem de melhor.

PARTE 2