TERAPIAS COMPLEMENTARES

Equoterapia

equo2A Equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de Saúde, Educação e Equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiência e/ou de necessidades especiais (ANDE, 1999). Na equoterapia, o cavalo é utilizado como um meio de se alcançar os objetivos terapêuticos. Ela exige a participação do corpo inteiro, de todos os músculos e de todas as articulações. O uso do cavalo como forma de terapia data de 400 A.C. quando Hipócrates utilizou-se do cavalo para "regenerar a saúde" de seus pacientes.  Em 1901 foi fundado o primeiro hospital ortopédico do mundo e em função da guerra dos Boers na África do Sul, o HOSPITAL ORTOPÉDICO DE OSWENTRY ...

(Inglaterra) onde o número de feridos era muito grande. Uma dama inglesa, patronesse daquele hospital, resolveu levar os seus cavalos para o hospital a fim de quebrar a monotonia do tratamento dos mutilados. Este é o primeiro registro de uma atividade eqüestre ligada a um hospital.

LIZ HARTEL (Dinamarca), praticante de equitação foi acometida aos 16 anos por uma forma grave de poliomielite, a ponto de durante muito tempo não ter possibilidade de deslocamento, a não ser em cadeira de rodas e depois, muletas.

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Mesmo assim, contrariando a todos, continuou a praticar equitação. Oito anos depois, nas Olimpíadas de 1952, foi premiada com a medalha de prata em adestramento, competindo com os melhores cavaleiros do mundo, e o público só percebeu seu estado quando ela teve de apear do cavalo para subir ao pódio e teve de se valer de duas bengalas canadenses. Esta façanha foi repetida 4 anos depois, nas Olimpíadas de Melbourne, em 1956.

No Brasil, a partir dos anos 80, quando foi criada a ANDE-Brasil (Associação Nacional de Equoterapia) o tratamento tomou maior impulso, mas somente nos últimos seis anos é que se pode notar o verdadeiro crescimento desta modalidade terapêutica, haja visto o número crescente de centros de equoterapia em todo território nacional.

A Equoterapia foi reconhecida como método terapêutico em 1997 pelo Conselho Federal de Medicina.

A equoterapia é indicada no tratamento dos mais diversos tipos de comprometimentos:

Patologias ortopédicas:

• Problemas Posturais: cifose, lordose, escoliose;
• Doenças do crescimento;
• Má formação da coluna;
• Acidentes com sequela de fraturas e pós-cirúrgicos;
• Amputações;
• Artrite Reumatoide;
• Artroses;
• Espondilite Anquilosante;
• Dismorfismos esqueléticos;
• Subluxações de ombro ou quadril.
Patologias Neuromusculares (Neuropatias):
• Epilepsia Controlada;
• Não Controlada (alguns casos);
• Poliomielite;
• Encefalopatia Crônica da Infânica;
• Seqüelas de TCE;
• Plegias;
• Doença de Parkinson;
• Acidente Vascular Cerebral;
• Mielomeningocele;
• Multiesclerose;
• Espinha Bífida;
• Lesões medulares;
• Hidrocefalia;
• Macrocefalia;
• Microcefalia.

Patologias cardiovasculares e respiratórias:

• Cardiopatias;
• Doentes respiratórios (que desejam principalmente se reabilitar voltando a realizar esforço e prática de exercícios físicos).

Outras patologias:

• Distúrbios Mentais - demência em geral, Síndrome de Down;
• Distúrbios Comportamentais / Sociais - formas psiquiátricas de psicoses infantis e estados marginais, autismo, esquizofrenia, distúrbio da atenção, hiperatividade;
• Distúrbios Sensoriais - deficiência visual, deficiência auditiva;
• Alterações de Escrita - disgrafia, disortografia, dislexia, distúrbio da percepção;
• de Linguagem Oral - alterações de fala, atraso de linguagem;
• de Motricidade Oral;
• de Voz;
• Emocional - insônia, ansiedade, stress;
• Atraso Maturativo - do desenvolvimento psicomotor, instabilidades psicomotoras;
• Seqüelas de queimaduras.
• Doenças sanguíneas;
• Doenças metabólicas

CONTRA INDICAÇÕES

• Excessiva lassidão ligamentar das primeiras vértebras cervicais (atlas - axis) ex. Síndrome de Down Epilepsia não controlada;
• Cardiopatias agudas;
• Instabilidades da coluna vertebral;
• Graves afecções da coluna cervical como hérnia de disco;
• Luxações de ombro ou de quadril;
• Escoliose em evolução, de 30 graus ou mais.
• Hidrocefalia c/ válvula;
• Processos artríticos em fase aguda;
• Úlceras de decúbito na região pélvica ou nos membros inferiores;
• Epífises de crescimento em estágio evolutivo;
• Doenças da medula com o desaparecimento de sensibilidade dos membros inferiores (todavia, são conhecidos vários casos de paraplégicos que continuam a praticar a equoterapia);
• Pacientes com comportamento autodestrutivo ou com medo incoercível;
• Hemofílicos e Leucêmicos (dependo do caso).

O futuro praticante de equoterapia deverá passar por uma avaliação clínica, pelo seu próprio médico ou pelo médico da equipe que irá atendê-lo, com a responsabilidade de indicar ou contra-indicar a prática de Equoterapia.

Alguns desses casos podem praticar a equoterapia, porém com um rigoroso controle. Por esse motivo, cada contra-indicação deverá ser discutida caso a caso. Como não se tem o direito de arriscar e agravar a situação do paciente com o pretexto da reeducação, a equoterapia é desaconselhada em todas as doenças na fase aguda e no caso de deficiências graves.

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O cavalo é utilizado como recurso terapêutico, ou seja, como instrumento de trabalho. O movimento rítmico, preciso e tridimensional do cavalo, que ao caminhar se desloca para frente/trás, para os lados e para cima/baixo, pode ser comparado com a ação da pelve humana no andar, permitindo a todo instante entradas sensoriais em forma de propriocepção profunda, estimulações vestibular, olfativa, visual e auditiva.
A técnica tem como objetivo proporcionar ao portador de necessidades especiais o desenvolvimento de suas potencialidades, respeitando seus limites e visando sua integração na sociedade, proporcionando ao praticante benefícios físicos, psicológicos, educativos e sociais.

A equoterapia é baseada na prática de atividades eqüestres e técnicas de equitação, sendo um tratamento complementar na recuperação e reeducação motora e mental.

Na parte física, o praticante da equoterapia é levado a acompanhar os movimentos do cavalo, tendo que manter o equilíbrio e coordenação para movimentar simultaneamente tronco, braços, ombros, cabeça e o restante do corpo, dentro de seus limites. O movimento tridimensional do cavalo provoca um deslocamento do centro gravitacional do paciente, desenvolvendo o equilíbrio, a normalização do tônus, controle postural, coordenação, redução de espasmos, respiração, e informações proprioceptivas, estimulando não apenas o funcionamento de ângulos articulares, como o de músculos e circulação sangüínea.

Durante toda a sessão as terapeutas também ajudam a estimular a autoconfiança, auto-estima, fala, linguagem, estimulação tátil, lateralidade, cor, organização e orientação espacial e temporal, memória, percepção visual e auditiva, direção, análise e síntese, raciocínio, e vários outros aspectos.

Na esfera social, a equoterapia é capaz de diminuir a agressividade, tornar o paciente mais sociável, melhorar sua auto-estima, diminuir antipatias, construir amizades e treinar padrões de comportamento como: ajudar e ser ajudado, encaixar as exigências do próprio indivíduo com as necessidades do grupo, aceitar as próprias limitações e as limitações do outro, facilitando assim a interação do deficiente físico e mental com a sociedade.

Por definição, Equoterapia é um método terapêutico e educacional, que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiência e/ou com necessidades especiais (ANDE-BRASIL) O cavalo influencia, através do movimento, o desenvolvimento motor, psíquico, cognitivo e social do praticante.

Princípios Básicos da Equoterapia (no aspecto motor)

A andadura do cavalo imprime movimentos tridimensionais frente à força da gravidade, que são poderosos estímulos somatosensoriais, proprioceptivos e vestibulares para o praticante (cavaleiro). Estes movimentos podem (FRANCI, Elisabeth 2003):

• Desenvolver a fixidez do praticante pelo estímulo à via dos substratos do controle motor local.

• Desenvolver o equilíbrio do praticante pelo estímulo aos substratos de controle motor postural, reações de ajuste, defesa e endireitamento corporais.

• Aperfeiçoar o assento do praticante pelo estímulo do controle motor global. Nesta fase o praticante aperfeiçoa e aplica feedback/feedforward adquiridos, que o permitem manter-se equilibrado, fixo à sela unir-se coordenada e harmoniosamente aos movimentos do cavalo, desenvolvendo com o animal um conjunto biomecânico melodioso.

Metas (motoras) a serem atingidas

• A meta terapêutica é chegar ao máximo de função com o mínimo de patologia.

• A meta funcional motora da equoterapia é: desenvolver no praticante, capacidades funcionais que permitam chegar a fases tão altas de desempenho motor como a fase do esporte eqüestre

Programas de Equoterapia (EQUOTERAPIA AGE/RS 1997)

A equoterapia divide-se em quatro programas dispostos em ordem de menor para maior capacidade do praticante: hippoterapia, educação/reeducação, pré-esportiva e esportiva, sendo este último programa não considerado por algumas linhas de tratamento.

Hippoterapia

equo1Trata-se do tratamento com auxílio do cavalo. Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais, como profissionais de maior intervenção deste programa, utilizam-se deste tratamento, para pacientes com disfunção motora, especialidade reconhecida pelo Coffito em 02/04/08 sob o n.º 348 . O cavalo influencia o paciente, ao invés do paciente controlar o cavalo. O paciente é colocado sobre o cavalo e responde ativamente aos seus movimentos. O terapeuta, com o auxílio do auxiliar guia, determina a direção do percurso, a posição da cabeça e a velocidade do cavalo, assim como analisa as respostas do praticante fazendo os ajustes nescessários para cada situação. Os objetivos da hippoterapia são as melhorias no tônus, postura, equilíbrio, mobilidade e consequentemente na função. É essencialmente voltado para a área da Saúde e caracteriza-se pela dependência funcional motora do paciente. Nesta fase, o cavalo atua primariamente como instrumento cinesioterapêutico, mas tem também seu aspecto construtivo na questão psicológica do praticante.


Educação/Reeducação


Aborda uma ou mais áreas de aplicação e baseia-se na autonomia funcional do paciente. Neste programa o cavalo é instrumento de Pedagogos, Psicólogos e Fonoaudiólogos, Prof. de Educação Física, profissionais que intervêm diretamente, atuando enfaticamente no processo de ensino-aprendizagem, socialização e comportamento, fala-respiração-deglutição; e indiretamente influenciando fisicamente o processo, através dos movimentos tridimensionais da andadura do animal.

Pré-esportivo

Enfatiza as áreas da Educação e Social e conta com a independência funcional do paciente que passa a exercer influência direta sobre o cavalo, sob a orientação direta de Psicólogos, Prof. de Educação Física e Instrutores de Equitação, podendo chegar a um estágio de provas eqüestres simples. De acordo com o programa, o cavalo influencia principalmente a inserção e reinserção social do paciente e tem grande participação nos processos psíquicos também.

Esportiva

Aqui o indivíduo é um atleta em potencial, com ou sem a utilização de adaptações, é perfeitamente capaz de competir, tendo o controle total sobre o cavalo. O profissional diretamente atuante neste programa é o Instrutor de Equitação.

É importante ressaltar que toda a equipe atua em todos os programas de forma direta ou indireta. É tarefa dos componentes da equipe:

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• Opinar nos processos de inclusão.
• Detectar estágios ou fases de transição entre um programa e outro.
• Promover e acompanhar o praticante em programas mais adiantados.
• Aconselhar exclusão ou alta do programa terapêutico eqüestre.
• Prestar consultoria nos diversos estágios de adequação aos programas
Aspectos em que se insere

O praticante, para ser incluído no programa equoterapêutico, deve passar por uma bateria de exames médicos e avaliações no aspecto nos aspectos da saúde, educação e social. Entende-se que estão inseridos nos aspectos de (FRANCI Elisabeth 2003):

• Saúde: indivíduos com alterações físicas, psicológicas e/ou mentais.
• Educação: indivíduos com distúrbios de apredizagem de diversas origens.
• Social: indivíduos com dificuldades em quesitos sociais como proteção, promoção, prevenção e inclusão. Problemas nestes quesitos influenciam diretamente na cidadania, através da exclusão social, impossibilidade de escolaridade e inexperiência para o mercado de trabalho. São considerados o contexto familiar e comunitário.
• Esportivo: indivíduos com ou sem distúrbios que desejam fazer da equitação o esporte de sua escolha.
A utilização do cavalo na área de saúde e tão antiga quanto a própria história da medicina. Sua origem data da Grécia Antiga, onde Hipócrates refere à equitação como fator regenerador da saúde em seu livro "Das Dietas".

Na era moderna, um dos primeiros indícios de sua utilização verificaram-se na França, em 1965, quando médicos parisienses interessaram-se em seu estudo. A Primeira Guerra Mundial foi um fator que contribuiu para o desenvolvimento da Equoterapia. Muitos soldados, acometidos com a guerra, foram motivados em sua reabilitação com esse tratamento.

Atualmente, a Equoterapia é considerada uma técnica de auxilio à terapia convencional e é praticada em mais de trinta países.

No Brasil a Associação Nacional de Equoterapia (ANDE) introduziu o trabalho em 1989, em Brasília. A Equoterapia foi reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina em 09/04/1997 sendo incorporada ao arsenal de métodos e técnicas direcionadas aos programas de reabilitação de pessoas com necessidades especiais.

A Equoterapia exige a participação do corpo inteiro do praticante, contribuindo assim para seu desenvolvimento global .Ao deslocar-se durante o passo, o cavalo produz movimentos em seu dorso que são transmitidos ao cavaleiro através do alinhamento dos centros gravitários (praticante e animal), ocorrendo deslocamentos contínuos, tridimen-sionalmente, ou seja, para cima e para baixo, para frente e para trás, para um lado e para o outro. A ação cinética e dinâmica realizada pelo cavalo exige do praticante movimentos de antecipação, orientação e adaptação que envolvem o sistema nervoso a nível neuromotor e neuropsíquico.

A Equoterapia pode ser considerada um conjunto de técnicas reeducativas e reabilitativas que atuam para superar danos sensorio-motores, cognitivos e comportamentais.

Os efeitos da terapia com cavalos

Todos conhecem e admiram o valor do cavalo na vida de uma pessoa e o quanto tem sido útil para a evolução da humanidade. O que muitos não sabem é que o contato com esse animal pode também trazer benefícios às pessoas com deficiência, por meio da eqüoterapia. O cavalo é um animal dócil, de porte e força, que se deixa montar e manusear, transformando-se em um amigo para o praticante, que cria com ele um importante laço afetivo. Essa relação de confiança e cumplicidade é essencial na sua recuperação, proporcionando ganhos não apenas no aspecto físico como também psicológico, possibilitando à pessoa em terapia uma boa dose de motivação e auto-estima para seguir em frente e alcançar a sua reabilitação.

A ANDE-Brasil, Associação Nacional de Eqüoterapia, fundada há 17 anos e sediada em Brasília, é responsável pela capacitação nessa área, reconhecendo e ministrando cursos em todo o Brasil. A associação define a eqüoterapia como um método terapêutico e educacional, que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e quitação, buscando o desenvolvimento biopsicos-social de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

Na eqüoterapia, o animal é o objeto inter-mediador entre o praticante e o terapeuta. O contato com o cavalo propicia melhora na autonomia e independência. Além disso, promove a organização e a consciência do corpo, estimula a força muscular, melhora o equilíbrio, a postura e desenvolve a coordenação motora, entre outros.

Segundo o presidente da ANDE-Brasil, Lélio de Castro Cirillo, os profissionais que atuam na eqüoterapia são especializados em: Fisioterapia, Psicologia, Equitação, Terapia Ocupacional, Pedagogia, Psicopedagogia, Educação Física e Fonoaudiologia, entre outros. Sendo o mínimo para composição de uma equipe: fisioterapeuta, psicólogo e equitador.

INDICAÇÃO

A eqüoterapia é indicada para crianças e adultos, em diversos casos, como paralisia cerebral, acidente vascular cerebral (derrame), trauma crânio encefálico, lesões medulares, síndromes, autismo, psicoses, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), deficiência visual, deficiência auditiva, fobias, estresse, entre outros

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A terapia só pode ser indicada após avaliação médica, psicológica e fisioterapêutica. As sessões podem ser realizadas em grupo, porém o planejamento e o acompanhamento devem ser individuais.

É indispensável que o terapeuta conheça a patologia do paciente, o cavalo, as técnicas específicas a empregar nas áreas de saúde, educação e equitação e entenda as necessidades do praticante. Durante toda a sessão, o terapeuta ajuda a estimular a auto confiança, auto-estima, a fala e a linguagem. Promove, ainda, estimulação tátil, orientação espacial e temporal, memória, percepção visual e auditivas, equilíbrio e direção, entre outros.

Na eqüoterapia são oferecidos quatro programas destinados às diversas necessidades dos praticantes: 1) A Hipoterapia: um programa de reabilitação para pessoa com deficiência física ou intelectual, que não têm condições para se manter sozinha no cavalo. Necessita, potanto, de auxiliar - guia e auxiliar - lateral, que ficam junto e ao lado do praticante, acompanhados pelo terapeuta, que conduz a execução dos exercicios programados. 2) A Reeducação eqüestre: um programa de reabilitação ou educativo para quem tem condição de exerxer alguma atuação sobre o cavalo e conduzi-lo. 3) O Pré-esportivo: um programa de reabilitação ou educativo para quem tem boas condições para atuar e conduzir o cavalo. O praticante pode participar de alguns exercícios de hipismo. 4) Esportivo: aplicado também como reabilitação e educativo para quem tem boas condições para andar à cavalo, já podendo participar de competições hípicas. Todos os programas contam com a orientação dos profissionais.

O CAVALO E A TERAPIA

Cada passo completo do cavalo apresenta padrões semelhantes aos de caminhar humano e impõe um deslocamento da cintura pélvica (quadril) da pessoa quando ela está sobre o animal. A primeira manifestação física quando a pessoa anda à cavalo é o ajuste tônico, que se torna rítmico, com o deslocamento do cavalo em cada passo, ou seja, na medida em que o praticante anda à cavalo, há um ajuste natural do corpo, em que o movimento de seu quadril acompanha o ritmo do andar do cavalo. A adaptação a esse ritmo é uma das peças mestras da eqüoterapia.

O cavalo nunca está totalmente parado. A troca de apoio das patas, o deslocamento da cabeça ao olhar para os lados, as flexões da coluna, o abaixar e alongar do pescoço impõem ao cavaleiro um ajuste no seu comportamento muscular, a fim de responder aos desequilíbrios provocados por esses movimentos. Os deslocamentos da cintura pélvica produzem vibrações que são transmitidas ao cérebro do praticante, via medula, o que já foi apontado ser adequado à saúde, por trazerem reações de “endireitamento” do corpo, ajustando a postura e melhorando seu equilíbrio.

É preciso um animal especial e adestramento para atuar nessa terapia, chamado de “cavalo-tipo”, com andadura correta. O cavalo é trabalhado para aceitar os comandos de uma pessoa com deficiência. Os cuidados dispensados ao animal são os mesmos relativos aos cuidados básicos de um cavalo comum, com diferenças apenas na alimentação. Em geral, consome alfafa, feno e capim (proteínas), além de uma ração específica com nutrientes necessários para seu bem-estar.

A segurança física do praticante deve ser uma preocupação constante de toda a equipe, com atenção especial ao comportamento e atitudes habituais do cavalo e às circunstâncias que podem vir a modifica-los. O local das sessões também merece atenção para evitar ruídos anormais que venham assustar os animais.

Fontes: http://www.equoterapia.com.br http://pt.wikipedia.org/wiki/Equoterapia http://www.equoterapia.org http://www.indianopolis.com.br/si/site/1109