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A Chocante História de Leonarda Cianciulli: A Assassina dos Bolos de Sangue

bolosangue1Leonarda Cianciulli, nascida em 1893 na cidade de Montella, Itália, já em 1930, era casada e administrava uma pequena loja em Correggio. Ela desfrutava de grande popularidade em sua comunidade, sendo descrita por vizinhos como uma mulher afável e de caráter inquestionável. Além disso, Leonarda era uma mãe dedicada a seus quatro filhos. No entanto, ela também possuía peculiaridades supersticiosas notáveis. Segundo a narrativa, um cigano a alertou sobre supostos riscos iminentes à vida de seus filhos. Essa crença supersticiosa ganhou força após experiências pessoais. Relatos revelam que Leonarda engravidou 17 vezes, mas tristemente perdeu 13 de seus filhos, incluindo três abortos espontâneos. Após consultar o cigano, seu temor pelo destino de seus filhos sobreviventes, especialmente seu filho Giuseppe, que havia ingressado no exército italiano, cresceu intensamente.

Os motivos precisos de suas ações não são conhecidos, mas a supersticiosa passou a acreditar que sacrifícios humanos poderiam livrar seus filhos da suposta maldição. Sua personalidade amigável e aparentemente honesta foi eclipsada por uma influência sombria. Tais eventos ocorreram entre 1930 e 1940. Leonarda orquestrou uma armadilha que atraiu três de suas amigas, que também eram suas clientes.

Leonarda as drogou e, posteriormente, as atacou com um machado. Em seguida, optou por submeter os corpos à fervura em soda cáustica. Embora casos semelhantes tenham sido registrados ao longo da história, o que torna as ações de Leonarda ainda mais terríveis é sua decisão de transformar suas vítimas em sabão.

A supersticiosa também escreveu um livro intitulado "Confissões de uma Alma Amargurada", no qual detalhou suas ações em relação às vítimas. Em um dos trechos que descreve sua última vítima, ela menciona:

"Ela terminou na panela, assim como as outras duas [...] sua carne era robusta e alva. Após a fusão, adicionei uma garrafa de água de colônia, e após um longo período de fervura, consegui criar um sabonete cremoso de qualidade. Distribuí para bares e vizinhos conhecidos."

Como se não bastasse, Leonarda também produziu bolos usando o sangue de suas vítimas, explicando que tinha armazenado uma quantidade significativa de sangue em bacias:

"Quanto ao sangue nas bacias, aguardei até que coagulasse, depois sequei no forno, adicionei água e misturei com farinha, açúcar, chocolate, leite, ovos e uma pitada de margarina. Assim, preparei vários bolos crocantes de chá que servia às senhoras que me visitavam, embora Giuseppe e eu também os degustássemos."

A cunhada da última vítima finalmente relatou o desaparecimento à polícia, e as autoridades rastrearam Leonarda, pois ela foi a última pessoa a ter contato com a desaparecida. Leonarda confessou seus atos, mas jamais expressou arrependimento. Foi condenada a 30 anos de prisão e também deveria passar mais três anos em um asilo. Faleceu aos 76 anos em 1970, enquanto ainda cumpria sua pena no asilo.

 

BOLOS E SABONETES MACABROS 

 

Com uma fórmula letal, a mulher ceifou a vida de três senhoras em um ritual impiedoso e meticulosamente planejado que chocou a Itália dos anos 1940. Se a infância desempenha um papel crucial na formação de uma pessoa, a história de vida de Leonarda Cianciulli, nascida em abril de 1894, sem dúvida contribuiu para moldar uma das serial killers mais temidas da Itália. Enfrentou duas tentativas de suicídio na adolescência, um período marcado por circunstâncias desafiadoras.

Filha de pais notoriamente rigorosos, sua decisão de se casar com Raffaele Pansardi em 1917 contrariou a vontade dos pais, levando-a a se mudar com seu marido para a cidade de Pansardi em 1921. Aos 33 anos, já bem estabelecida e respeitada na cidade, Leonarda enfrentou um período de prisão em 1927 devido a uma acusação de fraude. Após sua libertação, mudou-se diversas vezes antes de finalmente se estabelecer em Reggio Emilia, onde abriu uma loja.

Uma Vida em um Ambiente Rural

Do casamento com Raffaele, Leonarda enfrentou um total de 17 gravidezes, sofrendo três abortos espontâneos e a perda de dez bebês em tenra idade. Como resultado, tornou-se uma mãe extremamente protetora de seus quatro filhos sobreviventes. Durante a juventude de seus filhos, Leonarda consultou uma cartomante que agravou seus temores. De acordo com a cartomante, todos os filhos estavam fadados a morrer, independentemente de sua idade ou sexo. O alistamento de seu filho mais velho, Giuseppe, no exército italiano em 1939, durante a Segunda Guerra Mundial, causou-lhe grande angústia. Determinada a protegê-lo, Leonarda, cega pelo medo, tomou medidas extremas para garantir sua segurança, incluindo a realização de sacrifícios humanos.

A Ascensão de uma Assassina

Durante um período de tempo, Leonarda observou cuidadosamente as pessoas ao seu redor e escolheu suas vítimas: três mulheres de meia-idade, solteiras, vizinhas, desprovidas de parentes próximos e possuidoras de recursos financeiros. A primeira vítima foi Faustina Setti, atraída à casa de Leonarda sob pretexto de um pretendente. Lá, Faustina bebeu um copo de vinho adulterado e desmaiou. Seu corpo foi dividido em nove partes, e Leonarda dissolveu os restos da mulher em soda cáustica, misturando o sangue seco resultante em massas de bolo que eram servidas a seu marido e visitantes, incluindo ela mesma. Da mesma forma, em setembro de 1940, a segunda vítima, Francesca Soavi, foi morta e descartada de maneira semelhante.

As Vítimas de uma Assassina

Apesar do modus operandi idêntico na terceira vítima, Virginia Cacioppo, Leonarda escolheu um método diferente para eliminar seus restos, transformando carne, sangue e essência em uma sinistra receita de sabão. "Distribuí barras a vizinhos e conhecidos. Os bolos ficaram ainda melhores: aquela mulher era verdadeiramente doce", disse Leonarda em seu depoimento oficial. Após o desaparecimento das mulheres, Leonarda roubou seus pertences e vendeu-os na cidade. Seu plano bizarro estava prestes a ser concluído com sucesso, se não fosse pela visita da irmã da última vítima.

O fim de um plano obscuro

Uma jovem, desconfiada diante do desaparecimento de sua irmã, dirigiu-se ao superintendente de Reggio Emilia e iniciou uma investigação. O processo investigativo teve início e, sem maiores complicações, Leonarda foi acusada. A criminosa não admitiu os crimes horríveis até que seu filho, Giuseppe, fosse mencionado como suspeito. Com o intuito de proteger seu filho, ela confessou todos os assassinatos durante longas sessões de testemunho. "Bem, eu consumo as desaparecidas, se elas também desejam ser consumidas, estou disposta a ingeri-las", relatou às autoridades. "Eu consumi as vítimas, uma após ter sido assada, outra estufada e outra cozida". Em seu julgamento, que ocorreu em junho de 1946, Leonarda alegou que havia cometido os crimes sob a influência de sua mãe, falecida anos antes. Segundo a criminosa, a mãe havia exigido sangue inocente em troca da vida de seus filhos queridos.

No mês de julho de 1946, Leonarda foi condenada a três anos de hospitalização em um asilo criminal, juntamente com uma pena de 30 anos de prisão. Ela veio a falecer aos 76 anos, devido a uma apoplexia cerebral, em outubro de 1970. Vários dos instrumentos utilizados pela assassina em série estão em exposição no Museu Criminológico de Roma desde 1949.

REFERENCIAS: WIKIPÉDIA

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