TEMAS INEXPLICADOS

Significado Esotérico da Rosa

sigrosa topoPor Daniél Fidélisem 30/11/2019 - De todas as flores, a Rosa é a que apresenta o significado mais esotérico. A vemos refletida ao longo da história em inúmeras obras de arte: na pintura, na escultura, na literatura e, até, na religião. A Rosa é utilizada de forma simbólica para expressar sentimentos e estados de ânimo. Seu significado é tão abrangente que é considerada como a rainha das flores. De fato, em muitas receitas de incenso e outros preparados mágicos, a Rosa é a substituta universal de outras flores. Mas, apesar de estarmos habituados a ver Rosas de grande beleza, nem sempre foi assim. As Rosas atuais são produto de vários cruzamentos de certas variedades importadas da China no século XVIII com a ...

muito mais simples Rosa Silvestre europeia (a primeira da figura abaixo), que tinha somente 5 pétalas. Com estes cruzamentos, originaram-se a grande variedade de Rosas de jardim nos últimos séculos. Veja, na imagem abaixo, uma seleção de Rosas com as mais variadas cores:

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Significado simbólico de cada uma das nove cores das Rosas representadas acima:

Rosa Vermelha – símbolo do amor e da beleza;
Rosa Branca – símbolo da pureza e da inocência;
Rosa Amarela – geralmente, presenteado a um adolescente;
Roa Laranja – denota entusiasmo e desejo passional;
Roa Azul – significa confiança, reserva, harmonia e afeto;
Rosa Verde – significa esperança, equilíbrio e cura;
Rosa Violeta – evoca calma, autocontrole, dignidade e nobreza;
Rosa Negra – separação, morte, fim de ciclo;
Rosa Rosada – carinho, apreço pelas pessoas, coração elevado.
O significado das Rosas é muito antigo.
Ao que parece, já eram cultivadas nos Jardins d Babilônia (2845 a.C.).

E temos uma representação de uma espécie de Rosa na ilha de Cnossos, Grécia, que data do século XVI a.C. A Mitologia diz que no princípio a Rosa era branca, mas quando Adonis, protegido de Afrodite (Vênus), despertou ciúmes de Ares, ao assistir o primeiro sendo ferido de morte em uma caçada, e a deusa, indo até ele, se espeta com um espinho e seu sangue tinge as Rosas que lhe estavam consagradas. Os gregos e os romanos a utilizaram como símbolo do silêncio e do segredo.

Pois, segundo a mitologia, Afrodite, deusa do amor, deu a seu filho Eros uma Rosa para se assegurar que os segredos desta deusa se manteriam ocultos. Eros, por sua vez, a entregou a Harpócrates (deus do silêncio). A mesma significação que teve na Idade Média. Pois, em alguns Conselhos se utilizava uma Rosa para indicar aos presentes o compromisso com o silêncio a respeito de tudo o que seria tratado na ocasião. Também na Idade Média, tanto os Germanos como os Cavaleiros da Távola Redonda, colocavam uma coroa na mesa e, no centro, uma Rosa, significando o silêncio. No mundo cristão, é representada de múltiplas maneiras. A Rosa Silvestre já foi relacionada com as cinco chagas de Cristo. Os espinhos, símbolo do tormento ocorrido na cruz. Temos outro exemplo da Rosa de cinco pétalas nas Rosas que representam as casas de York e de Lancaster.

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Ambas as casas pretendiam o trono da Inglaterra, o qual desencadeou uma guerra civil entre 1455 e 1487. Esta guerra recebeu o nome de guerra das duas Rosas em alusão aos emblemas de ambas as famílias, que ostentavam uma Rosa Branca (os York) e uma Rosa Vermelha (os Lancaster). A união das duas famílias por meio do casamento entre Henrique VII e Margarida Beufort deu como resultado a união dos dois símbolos, transformando-se na Rosa da casa Tudor, conforme ilustrado acima na terceira Rosa.

O Tarot de Waite Rider.

Também vemos uma curiosa representação da Rosa de Cinco Pétalas no tarô de Waite Rider ou Smith-Waite.

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Este tarô foi desenhado por Edward Waite, um ocultista, em 1903. O primeiro baralho foi editado e comercializado em Londres, em 1911, pelo impressor Rider. Por este motivo, o nome das cartas é composto pelo nome de ambos. Na carta de número XIII, que representa a Morte, vemos uma bandeira negra onde aparece uma Rosa dupla de cinco pétalas. Com o símbolo da Rosa, esta carta evoca a ideia de destruição seguida de renovação, transformação e mudança. Para progredir na vida, deve morrer nossa antiga forma para dar lugar a outra, mais refinada, mais elevada. Rosa, a flor preferida dos alquimistas.

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A Rosa tornou-se um símbolo do amor e mais ainda do dom do amor, do amor puro… Não importa a cor, ela é uma das flores preferidas dos alquimistas, cujos tratados se intitulam frequentemente Roseiras dos Filósofos (Rosarium Philosophorum). A Rosa Branca, como o lírio, foi ligada à pedra em branco, objetivo da pequena obra ou pequena transmutação (em prata). Enquanto a Rosa Vermelha foi associada à pedra em vermelho, objetivo da grande obra ou grande transmutação (em ouro). A maior parte dessas Rosas tem sete pétalas, e cada uma dessas pétalas evoca um metal ou uma operação da obra. A Rosa, na forma de um preparado espagírico ou de um incenso é útil como suporte à possíveis processos de cura. Pois, ela trabalha no nível do coração, dinamizando o processo terapêutico.

Fonte: https://alquimiaoperativa.com/