RELIGIÃO, CULTOS E OUTROS

Igreja Universal lança seu cartão de crédito Visa. Exploração abusiva da fé. Extorsão em nome de Deus

crente-card17/09/2012 - A Igreja Universal acaba de lançar o seu cartão de crédito. O cartão – pasmem – tem bandeira Visa. E a fatura pode ser liquidada em 12 vezes (não informam a taxa de juros). E ainda: os Dízimos também poderão ser pagos no crediário, em nome de Jesus. Agora, ninguém mais segura. Agora, além de solicitar “ofertas” para continuar a “obra de Deus”, a Igreja Universal pede contribuições para financiar o Templo de Salomão – versão brasileira de um histórico templo em Israel. Em um culto recente da igreja em São Paulo, o pastor exibia aos fiéis um vídeo sobre o templo, que está sendo erguido na Zona Leste da cidade e custará R$ 350 milhões. “Os (doadores) terão seus nomes colocados nas 640 colunas do templo”, diz o pastor, pouco antes de serem entregues ...

envelopes para doações. “O bispo disse que um homem doou R$ 200 mil. Se você não pode R$ 200 mil, pode mil, pode R$ 500. Doe de acordo com a sua fé”, destaca um blog evangélico.

Os especialistas ressaltam que há traços de profissionalização e mercantilização também em outras religiões – só que eles estão mais evidentes nas pentecostais e neopentecostais por conta de sua exposição midiática e do próprio crescimento dos evangélicos no Brasil. Segundo o estudo Novo Mapa das Religiões, da FGV, os evangélicos representavam 20,2% da população brasileira em 2009, contra 9% em 1991. Boa parte se concentra na emergente classe C. Os pentecostais são por volta de 12% da população, mas, segundo estudo prévio da FGV, respondem por 44% das doações feitas às igrejas.

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O mais claro exemplo pentecostal de estratégia de negócios vem da Igreja Universal do Reino de Deus, que diz ter presença em mais de cem países – mais do que qualquer multinacional brasileira. A IURD montou uma estrutura empresarial que faz de seus pastores “profissionais da religião, com metas de atração e conversão de fiéis, de arrecadação (de dízimo) e de ampliação de recursos”, afirma Ricardo Mariano, professor da PUC-RS e autor de um livro sobre a Universal.

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”A igreja é um local de ritos, mas hoje também um espaço de trocas e bens simbólicos”, diz Leonildo Silveira Campos, do departamento de Ciências Sociais e Religião da Universidade Metodista. “É voltada a pessoas cada vez menos preocupadas com questões transcendentais, e sim com o aqui e o agora. Para o novo pentecostal, o dinheiro não é para ser acumulado como previa a ética protestante, mas para comprar o carro e o apartamento novo. Para se inserir no mercado de consumo.”

Igrejas e empresas respondem a isso com produtos, que incluem cartões de crédito (emitidos pelas igrejas, Internacional do Reino de Deus, Internacional da Graça de Deus e Assembleia de Deus) e lançamentos constantes. A rua Conde de Sarzedas, no Centro de São Paulo, se especializou em atender consumidores cristãos. Ali, é possível comprar de bíblias segmentadas a CDs, jogos de tabuleiro com temas bíblicos e pacotes de turismo para Egito e Israel.

Para os pastores, diz Mariano, “existe quase um plano de carreira, que permite que eles passem para congregações maiores, vão para outros países e participem de programas de TV” se baterem as metas. A IURD e outras seguem “os principais preceitos do marketing: preço, publicidade, praça (localização de templos) e produto”, opina Mario René, professor de Ciências do Consumo na ESPM e doutor em teologia prática.

A IURD se transformou numa grande corporação multinacional made in Brazil especializada em mercantilizar a fé em Jesus Cristo, agora até mesmo com cartão de crédito. Usando da malícia, seus líderes aproveitam-se da ignorância da população pobre e de suas ambições materialistas para extorqui-la até o último centavo, vendendo sua "teologia da prosperidade", prometendo um paraíso aqui mesmo na terra em troca de dízimos. Faz isso sem a menor sensibilidade, aproveitando-se do permissivo arcabouço jurídico de nosso país, que confunde liberdade com libertinagem, expandindo sua rede de negócios, que inclui até mesmo uma grande emissora de televisão. São esses alguns dos visíveis males da chamada "igualdade perante a lei", que iguala verdade à mentira e seriedade à sacanagem.

nada

NUNCA UM TÍTULO FOI TÃO SUGESTIVO....

NADA A PERDER..........................MESMO !!!!!

ALELUIA !!!!!!!!!!!!!!!!

Fontes: Jornal do Brasil e Blog do Lino
           http://roberto-cavalcanti.blogspot.com.br