RELIGIÃO, CULTOS E OUTROS

Por dentro da Maçonaria - Parte 3

mac1eA reação - Alguns maçons estão se cansando das acusações. Na Inglaterra, eles reagem com um eloquente cerimônia pública. Seu patrono e autoridade simbólica é o primo da rainha, sua alteza o duque de Kent, gráo mestre da ordem. Na cerimonia ele diz: "Se, ocasionalmente, diagmos a cada 25 anos mais ou menos, as pessoas conseguissem perceber que nossos assuntos normais são como os descrevemos, poderão ser persuadidas a abandonar preocupações irracionais ...

 

que ainda tenham sobre algo que é, na verdade, apenas uma tendencia a privacidade. "Os maçons estão também literalmente abrindo suas portas para o público, na tentativa de provar que nada tem a esconder. John Hamill: " Eis um bom exemplo de como somos misterioros: em nossa sede em Londres recebemos cerca de 30 mil visitantes por ano. Qualquer um que estiver na rua pode entrar no prédio, passear pela biblioteca e pelo museu, participar de uma visita guiada em que se falara sobre o local. Então o que ha de misterioso? "

 

Duque_de_Kent

 

Em Halifax, no Canadá, alguns maçons deram um passo além: deram=nos permissão exclusiva para entrar e filmar o interior da loja. O mestre maçom Vic Lewis guiou-nos por uma típica sala de loja.

O Mestre da loja senta-se na Cadeira de Salomão. Esses homens nas imagens abaixo não são atores, são maçons de verdade. A reunião mostrada é para receber um novo iniciado. Ao inicio de toda a reunião, o mestre maçõm pede a cada membro que declare sua função e propósito na loja. A frente da cadeira de Salomão temos duas pedras, uma de cada lado. Uma rugosa e outra lisa. A rugosa é como um homem comum entra na maçonaria e a lisa representa o homem após se tornar um mestre maçom.

O Tesoureiro também é um dos oficiais graduados de uma loja, o que ele faz é óbvio, cuida do dinheiro. E pode entender também, com um pouco de sotre, de contabilidade e afins. Do outro lado do venerável mestre, senta-se o secretário. O secretário da loja cuida de todos os assuntos da loja. Na maioria das lojas, ele é o braço direito do venerável mestre nas questóes práticas.

Se o grão-mestre ou outro oficial graduado vem visitar a loja, é costume o grão mestre oferecer o malhete ao oficial visitante, de maneira que ele possa assumir a loja, se quiser.

Vejam abaixo as imagens da loja:

 

Halifax_1_-_Oriente

Halifax_2_-_Cadeira_de_Salomo

Halifax_3_-_Sala

Halifax_4

Halifax_5

Halifax_6

Halifax_7

 

 

Transparência


Uma das razões dessa nova transparência é ganhar a confiança do público. Mas esforços desse tipo foram por água abaixo em 2004, com o assassinato do maçom William James em Nova York. Os jornais afirmaram que, antes de ser morto com um tiro, ele estava vendado sentado numa cadeira, cercado de latas, no porão de uma loja maçônica.

 

Steven_Bullock

 

Steven Bullock é historiador americano e escreve sobre maçonaria. Ele comentou a morte do maçom William James. Bullock náo é maçom. "O clube de maçons companheiros em que William James estava ingressando naquela noite de março de 2004 é um tipo de organização que tem conexão com a loja, formada por membros da loja, mas que não chega a fazer parte da loja. James passara pela maior parte do processo de inciação e havia chegado ao ponto em que se simulam disparos, quando um membro do clube ia sacar uma arma, dar tiros de festim, e depois alguém derrubaria algumas latas perto do iniciado. Tragiacamente, aconteceu de a pessoa que iria atirar puxar do bolso uma arma carregada, em vez da que continha balas de festim. Ele atirou e matou William James. "


A morte de William James


Essa morte poe ainda mais lenha na fogueira da conspiração maçônica. Mas foi um ritual maçônico que deu errado? Ou simplesmente um trágico acidente? A nota oficial da Grande Loja da Inglaterra é bem clara: John Hamill - "Infelizmente, houve um acidente fatal, mas ele não aconteceu numa reunião da loja. Deram um tiro achando que a arma tivesse balas de festim, mas infelizmente, não tinha, a munição era real. A noticia que correu o mundo foi "maçom morto durante inciação". Como tantas barbaridades ja foram ditas a respeito da franco maçonaria, a tendencia foi acreditar que alguem foi morto numa cerimonia de iniciação. "

 

Albert_Eid

 

O chefe da loja nova iorquina apressou-se em declarar que o incidente "não envolveu uma reunião de loja maçônica, nemo uso de uma sala de uma loja, nem nenhum ritual maçônico nova-iorquino." E lembrou também a seus membros que armas de fogo não tem, nem nunca tiveram, nenhuma função em nenhum ritual maçônico.

Steven Bullock: "O homem que atirou em William James não tinha idéia do que estava fazendo. Ele não desejava matar William James. Não consigo ver nessa morte nada além de uma tragédia pavorosa. O Homem em questão, Albert Eid, ficou arrasado, segundo relatos. Ele se declarou culpado, foi acusado de homicídio culposo e recebeu sursis. Mas, como passou a ter ficha criminal, foi expulso da maçonaria.

John Hamill: "Se a pessoa infringir a lei e for declarada culpada, ela sera suspensa ou, mais comumente, será conmpletamente desligada, sem possibilidade de volta, por causa do que, para nós, a maçonaria representa.Todas as verdadeiras lojas maçônicas, por maiores e independentes que sejam, seguem um código de honra em que o homicídio é intolerável. Portanto, logicamente, no caso Roberto Calvi, não se podem culpar maçons verdadeiros por sua morte. "


Calvi, membro da P2

 

Roberto_Calvi_2


Calvi era membro da sociedade secreta chamada P2. A P2 tinha mais de 900 integrantes poderosos, desde os chefes do serviço secreto italiano, a banqueiros, políticos e generais. Como presidente do Banco Ambrosiano, Roberto Calvi era uma excelente aquisição para o líder da P2, Lucio Gelli.

Conrad Goeringer: "Lucio Gelli fez uma lista de centenas de pessoas que ele visava. Havia provas de que estava envolvido em chantagem, usando arquivos roubados do serviço secreto italiano. Seu plano era fundamentalmente refazer o governo italiano com bases mais autoritárias."

David Southwell: "A P2 foi fundada em 1877 e era uma loja bem tradicional na Itália. Porém, nos anos 60, Gelli a assumiu e, quando Gelli infiltrou a organização, ela se transformou numa loja maçônica com segundas intenções."

O que motivou a P2 a trazer Calvi a bordo é muito claro: ele tinha mais planos sinistros que precisariam de muito dinheiro. Mas porque razão Roberto Calvi, homem de familia e católico devoto ingressaria num grupo como a P2?

Carlo Calvi: "Meu pai não participaria dessas coisas por livre escolha. Acontece que o banco cresceu e se tornou um alvo para aquisições. Eles precisavam sobreviver entre outros grupos da área financeira, tanto laicos, como católicos. Para isso, eles precisaram ter contato com políticos e a P2 era uma espécie de intermediária para esses políticos. Assim, foi mais por pressão do que por livre arbítrio."

David Southwell: "Desconfio que Calvi tenha sido atraido para a P2, porque ela lhe ofereceu oportunidades de negócio, porque ela satisfazia seu interesse na idéia de poder oculto. Ele provavelmente não estava ciente disso quando ingressou, certamente nos primeiros degraus da organização, de que ele não estava entrando numa simples sociedade secreta, e sim numa sociedade secreta com um plano conspirativo bem real de assumir o controle do Estado Italiano. "

Conrad Goeringer: "Acho que havia provas de que o Banco Ambrosiano estava emprestando dinheiro a P2 e atuando como pagador para algumas das pessoas ligadas a Gelli."

Essas alegações, verdadeiras ou não, acabaram gerando suspeitas entre as autoridades e o escândalo intalou-se. A P2 foi oficialmente fechada em meados de 1981, depois que a polícia invadiu a casa de Gelli e encontrou uma lista de integrantes da P2. Isso teve consequencias drásticas para Roberto Calvi e acabaria convergindo para sua queda.

Rupert Cornwell: "A prova mais direta de que ele pertencia a organização P2 foi seu nome constar da lista encontrada na casa de Lucio Gelli, o grão mestre da loja, na Toscana, quando foi invadida pela policia. Mas Calvi nunca negou, ele admitiu sua filiação. E muitos bons amigod dele também participavam, ou talvez muitas das pessoas com quem ele lidava."

o então primeiro ministro da Itália, Arnaldo Forlani, teve de renunciar diante das revelações de que vários políticos de destaque estavam na lista de integrantes da P2 encontrada na casa de Gelli.

 

Jim_Marrs


Jim Marrs é teórico da conspiração e autor do livro Governado pelo segredo. "Meu nome é Jim Marrs, jornalista, escritor, e não sou maçom. Em suma, foi uma tentativa de uma loja maçônica de assumir o controle de um pais e estabelecer uma ditadura de direita. Era esse o plano dela. Assim, não pense que todo mundo que questiona o que esta acontecendo com a maçonaria é teórico da conspiração, Aquilo foi uma conspiração e muito bem documentada."

Conrad Goeringer: "A franco-maçonaria, como movimento, não se beneficiou com nenhuma das indecências financeiras. A maçonaria nunca esteve envolvida, exceto pelo grupo P2, que era uma loja irregular."

Ian Markham: "A P2, é claro, ja tinha sido fechada antes disso, ela foi fechada em meados da década de 1970. E os maçons ja haviam se distanciado completamente dela. Era vista como um loja irregular e desonesta, e isso levou a expulsão de seu gráo-mestre."

Embora os membros da P2 não seguissem o código de conduta maçônico, o simples fato de autodenominarem-se membros de uma loja e reunirem-se secretamente foi prejudicial aos maçons.

David Southwell: "Em muitos aspectos, o caso P2 foi o pior para os maçons, pois, embora ela fosse uma loja maçônica, ela havia sido infiltrada e tomada por interesses externos que passaram a usar a máquina da maçonaria para seus própósitos. É claro, que, quando o escândalo estourou, o grande e absoluto bode expiatório foram os maçons.

Conrad Goeringer: "A conexão maçõnica, na minha opinião, perdeu o valor. Gente ruim pode se apoderar de idéias boas, de movimentos bons, e subverte-los, usando-os para propósitos maus, isso porque somos seres humanos. Lucio Gelli poderia ter criado outro grupo qualquer. Ele podia ter assumido o controle de um clube de xadrez e ter feito a mesma coisa. Mas talvez ele fosse mais pretencioso e tivesse um senso teatral e resolveu que podia usar os elementos da maçonaria em causa própria."

PARTE 4