VERDADES INCONVENIENTES

Medicamentos Letais e Crime Organizado - Parte 1

mediletal topo1Drogas de prescrição são a terceira maior causa de morte, depois de doenças cardíacas e câncer. No seu último livro pioneiro, Dr. Peter C. Gøtzsche expõe a indústria farmacêutica e a suas condutas fraudulentas, tanto na pesquisa como na comercialização, onde tornou-se comum o completo descaso com a vida humana, apesar das aparências do contrário. O autor faz paralelos convincentes com a indústria do tabaco e revela a verdade chocante por trás dos estratagemas para confundir e distrair os consumidores e a classe política. O livro descreve, com detalhes cuidadosamente pesquisados e corroborados, o estado precário de um sistema ...

comprometido por corrupção, formação de cartéis, propinas e regulamentação ineficiente, e convida o leitor a refletir sobre como o sistema pode ser reformado.A presente palestra foi filmada por ocasião da apresentação do livro.


Transcrição da palestra


Peter Gotzsche (PG) - "Tenho estado muito presente no Parlamento Europeu nos últimos 3 anos, tentando influenciaar a legislação sobre estudos clínicos. Fui até bem sucedido, o que me surpreendeu, porque nunca tive sucesso com os políticos dinamarqueses."

Allan Holmgren (AH) - "Peter Gotzsche é diretor do Centro Cochrane Nórdico. É pesquisador. E, se a memória não me falha, Cochraneé o nome de uma cidadezinha na Escócia."

PG - "Archibald Leman Cochrane foi um epidemiologista escocês."

AH - "A colabroação de Cochrane apoia o trabalho que Peter está fazendo aqui na Dinamarca. Peter Gotzsche acabou de lançar dois libros: um em inglês e outro em dinamarquês. Os livros falam sobre os métodos criminosos adotadospela indústria farmacêutica. É uma grande honra receber esse pesquisador de renome mundial aqui em Helsingor. Vamos dar a Peter uma salva de palmas!"

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PG - "Vamos encenar uma peça emque eu faço o papel do clínico geral, enquanto Olga Runciman (OR) faz o papel de uma jovem gestante. Olga chega ao consultório:

Médico (MD) pergunta: Com vai a gravidez?

OR responde: Vai bem. Não sinto incômodo algum.

MD - Você ainda não está preocupada com os cuidados do bebê quando nascer?

OR - De jeito nenhum. Petendo ficar em casa, assim tenho bastante tempo para cuidar.

MD - Sim, mas você sabia que pode ter depressão sem o saber?

OR - Não sabia. Mas eu me sinto muito bem.

MD - Sim, mas entenda bem, é importante descobrir se você tem depressão.

OR - Sim, mas me sinto perfeitamente bem!

MD - Ainda acho que vocÊ deveria fazer um teste para depressão. Aqui eu aplico esse teste.

OR - Tudo bem, mas o que acontece se o resultado for positivo?

MD - Então vamos procurar uma medicação que possa lhe ajudar.

OR - Não tem nada de errado comigo. Por que tenho que fazer esse teste?

MD - É recomendado pelo Ministério da Saúde.

OR - Então por que você não cancela sua afiliação com o Ministério da Saúde? Desculpe... eu estava só brincando!

MD - A lei não permite isso. Nós médicos temos que seguir as recomendações do Ministério da Saúde.

OR - Mas por que o Ministério da Saúde recomenda exames de prevenção para gestantes como eu? Estou com saúde perfeita!

MD - Também não entendo, mas os psiquiatras do Ministério da Saúde acham que é uma boa idéia.

OR - Certo, mas fazendo esse teste, quantas pessoas saudáveis recebem um dignóstico de depressão?

MD - Cerca de um terço das gestantes saudáveis recebem um resultado falso-positivo.

OR - Certo, Mas como é que funciona o medicamento?

MD - Quimicamente falando é parecido com anfetamina. É dificil parar de tomar, com acontece com as anfetaminas e narcóticos.

OR - Quais os efeitos adversos mais comuns?

MD - Infelizmente são problemas sexuais. Acometem cerca da metade dos pacientes. Falta de interesse sexual, impotência, dificuldade para ter orgasmo. Afetam até os homens, se eles tomarem essa medicação.

OR - Meu Deus! E suicídio? O risco nã seria maior para pessoas deprimidas? Suponho que a medicação ajuda a diminuir esse risco.

MD - Para jovens, com você, a medicação na verdade aumenta o risco de suicídio. E pode causar danos ao feto. Eu tenho que lhe informar sobre isso. O risco é pequen, embora, o aumento seja estatisticamente significante.

OR - Meu Deus ! Obrigada pela informação. Não vou querer fazer o teste. Não quero correr o risco de um resultado falso-positivo, seguido de um tratamento errado! Meu marido e eu gostamos bastante de sexo. Não estou a fim de tomar narcóticos por prescrição, nem de me suicidar, nem de ter um bebê deformado! To fora !

MD - Está bem, então. Até logo.

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PG - " É difícil dialogar com a classe dos psiquiatras. Novembro passado eu estava dando uma palestra a 100 psiquiatras dinamarqueses. Comecei exibindo um excelente filme feito por uns amigos meus. O filme é sobre transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). Esta no youtube. Ray Moynihan é um jornalista australiano. No vídeo, ele está deitado na praia, dizendo: Sempre me disseram que eu era preguiçoso, mas agora seique tenho um transtorno. O nome disso é TDAH. Depois ele faz uma grande sátira sobre o assunto. Naturalmente, existe uma medicação par TDAH. E assim por diante.

Os psiquiatras cairam na risada, porque o filme é realmente bem feito. Eu lhes disse: Podem achar engraçado, mas não é muito diferente do que vocês fazem. A platéia caiu no silêncio. Em seguida falei sobre as coisas que vou abordar na palestra de hoje. Mas eu fico feliz porque os psiquiatras ainda me convidam e me aturam, porque minhas palestras são sempre bastante provocadoras. Muitas vezes mostram interesse no início, através de longas trocas de e-mails. Depois, as vezes, a relação esfria. Um psiquiatra se ofendeu porque eu disse que diagnosticar depressão não é como contar elefantes na África, ninguém inclui algumas girafas por engano. A diferença entre elefantes e girafas é óbvia. Mas os critérios para diagnosticar depressão foram relaxados, repetidamente, nos últimos anos.

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Muitos anos atrás, antes do advento dos remédios para depressão, havia mil vezes menos pessoas com esse diagnóstico. De acordo com o DSM III, o luto só era considerado depressão depois de um ano. Quando saiu o DSM IV, o tempo tinha caido para 2 meses. Na versão atual, a DSM V, são apenas 2 semanas. Quem estiver de luto por mais de 2 semanas pode receber o diagnóstico de depressão. São poucos os casamentos tão ruins que o luto só dura 14 dias ! (riso...) Embora o casamento não seja dos desafios mais fáceis, desta vez foram longe demais.

Na psiquiatria existem muitos mitos que são aceitos por certos psiquiatras renomados. Isso é realmente preocupante porque esses mitos são fundamentados no erro. Um dos piores desses mitos é o da eficácia dos medicamentos. De acordo com a indústria farmacêutica, o efeito adverso é de apenas 5%. Somente 5% sofrem de distúrbios sexuais. Mas quando pesquidadores não patrocinados pela indústria administram antidepressivos para pacientes sexualmente normais e funcionais, adivinhem quantos ficam com problemas sexuais? 50% !!!

Ou seja, a indústria devulgaga somente 1/10 do efeito real. Deveriam comercializar o medicamento como "o comprimido que destrói sua vida sexual"! Porque o efeito adverso virou o efeito principal. Assim fica difícil vender a chamada "droga da felicidade." Deveria ser: "droga da infelicidade"! Usei até essa expressão na TV. Mas vamos falar sobre os supostos efeitos anti-depressivos. Também foram muito exagerados, inclusive nas orientações e recomendações emitidas pelo Ministério da Saúde. Os psiquiatras que prestam consultoria ao Ministério da Saúde também são remunerados pela indústria farmacêutica. Há seis meses, denunciei o Ministério da Saúde para o ombusdsman. Ainda não decidiram se vão investigar a denúncia. Então resolvi falar em público. É uma situação inaceitável.

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Vamos falar um pouco sobre os psiquiatras que são remunerados pela indústria farmacêutica. Depois vou mostrar com o efeito desses medicamentos é pequeno. Falo sobre isso no meu livro "A Psiquiatria e a profissão nos EUA", que mais recebe dinheiro da indústria farmacêutica. Os psiquiatras remunerados pela indústria prescrevem mais anti-psicóticos a crianças do que psiquiatras sem vínculo. Os anti-psicóticos são mortalmente perigosos, Calculei que só a Zyprexa provavelmente custou a vida de 200 mil pessoas. Coloquei isso no meu livro. 200 MIL PESSOAS !!! o médico deve pensar muito bem antes de prescrever anti-psicóticos, especialmente para um paciente pediátrico.

Quando critico a remuneração dos médicos pela indústria, respondem que a indústria só emprega os melhores médicos, como consultores e conselheiros, etc. Também é natural que o Ministério da Saúde contrate os melhores médicos para orient-a-los na formulação de recomendações de saúde. Mas não é verdade. As pesquisas mostram que os médicos remunerados pela indústria são mais inclinados a prescrever drogas no lugar de outros tratamentos. Isso é relevante para vocês. Preferem medicamentos caros, embora existam outros mais baratos e igualmente eficazes, cujos efeitos colaterais são bem mais conhecidos, porque ja são comercializados ha muitos anos. E assim por diante.

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Na verdade, os médicos remunerados pela indústria são piores. Quero deixar isso bem claro. Esse médicos são influenciados pelo convívio com pessoas muto "simpáticas", que lhes proporcionam muitos dólars, euros, coroas. Não é estranho. Eu até compreendo. Mas a prática não beneficia os pacientes. Chegamos ao ponto emque a literatura científica não é mais confiável. A indústria não permite publicar resultados negativos e manipulam a análise dos dados nos estudos que autorizam publicar. Por isso nã podemos confiar em suas publicações. Os resultados publicados são muito exagerados. No meu livro eu ilustro bem esse problema. Se considerarmos exclusivamente os resultados dessas publicações, então, como mostra a Cochrane Review, uma pessoa tomando ISRS tem 60% de chance de se sentir melhor dentro de algumas semanas. Com placebo, são 50%. Um diferença de apenas 10%. Isto significa que 9 em 10 pacientes não são benificiados com o tratamento. E isso sob condições ideais, com a indústria influenciando a análise dos dados. Na realidade, os números são muito maiores. Isso esta muito bem documentado no meu livro.

Quando falo sobre isso na mídia, a indústria rebate que "a eficácia pode não ser grande coisa, mas os pacientes se beneficiam com o efeito placebo, que chega a 70%". Não sei de onde tiraram esse 70%, mas é mentira. Mas fica pior ainda! Em estudos comparando ISRS com placebo, não se pode tirar conclusões sobre a eficácia do placebo. Com certeza, não chega a 50%. Sabem por que? Porque se o estudo incluísse um terceiro grupo, sem tratamento algum, nem placebo, cerca de metade dos pacientes se recuperaria da mesma forma! Isto significa que não é o efeito placebo, mas o processo de cura espontânea, que em grande parte é responsável pelos 50% no grupo placebo que sentem melhoras.

Há 12 anos, junto com outro pesquisador, publiquei um Review sobre o efeito placebo. O efeito é tão pequeno que podemos desconsiderá-lo. Portanto, a idéia de um efeito placebo significativo também é falsa. Bem, conseguimos enxergar o efeito placebo em suas verdadeiras proporções, que são muito pequenas. Acontce que tanto os paciente quanto os médicos se deixam iludir pela chamada experiência clínica. Algo é feito para tratar, e "poxa, nã é que funciona!". "Cin apenas 3 a 4 semanas, eumelhorei!". Mas, na maioria dos casos, o paciente melhora mesmo sem tomar nada! É dificil o médico não ser influenciado pela experiência clínica. Os médicos se convencem que o medicamento é bom de verdade. Mas não é!

É preocupante constatar que os efeitos são semelhantes aos efeitos das anfetaminas, porque, nesse caso, são apenas narcóticos com prescrição médica. É preciso ter muito cuidado com os narcóticos. Para algumas pessoas podem trazer benefícios, mas devem ser usados pelo menor tempo possível. Mas ão é o que acontece. Fico muito indignado com isso.

Uma amiga minha, estudante de medicina, tinha problemas com os estudos e com o namorado. Ela procurou um psiquiatra que lhe disse:"Você esta com depressão!". É como quando dizem "você é esquizofrênico!". Recebeu uma prescrição de "pílulas da felicidade". É quase inacreditável. mas tem pisquiatras que informam aos seus pacientes que tem que tomar esses comprimidos pelo resto da vida. Logo na primeira consulta, e tratando de um problema passageiro na vida. Para mim, isso é quase um crime! A experiência clínica também ilude os psiquiatras. Percebem, assim com os clínicos, que depois de 3 a 6 meses, é muito difícil os pacientes pararem de tomar os antidepressivos. Os médicos interpretam isso como se o paciente continuasse necessitando do medicamento.

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Realmente, quando suspendem a droga, alguns pacientes voltam a ficar deprimidos. Mas não sabemos como se sentiriam se nunca tivessem tomado o medicamento. Muitos se sentiriam perfeitamente bem !!! Ao tomar ISRS, que é uma espécie de narcótico, os pacientes ficaram dependentes. Os psiquiatras não gostam de admitir isso. Uma das minhas alunas acbou de defender sua tese. Ela compara ISRS a benzodiazepinas. Na música dos Rolling Stones são chamadas "o pequeno ajudante da mamãe". Para nossa surpresa, ela descobriu que dos 42 sitomas de abstinência das benzodiazepinas, 37 também ocorrem com os ISRS. Pode até sentir cãimbras se parar de tomar ISRS, com para as benzodiazepinas. Talve o desmame das benzodiazepinas seja pior, não sei. Não foi pesquisado o suficiente. Mas os psiquiatras pensam que é a doença que esta voltando.

Então me explique porque alguém com transtorno de ansiedade, ou com transtorno obsessivo-compulsivo, sem relação alguma com depressão, tem OS MESMOS sitomas de abstinência? Estudantes saudáveis participando de pesquisas para poder pagar seus estudos também acham difícil parar depois de algumas semanas tomando ISRS. Não é a doença que está "voltando"! Como podem ser tão cegos? Eu falei isso para uma platéia de psiquiatras no castelo de Holckenhavn, em Nyborg. Fui recebido com uma enorme resistência. Um dos participantes, por sinal bem simpático (não citarei nomes), um professor de psiquiatria, disse "é facil retirar o ISRS dos pacientes." Felizmente havia dois estrangeiros na sala, David Healy e Giovanni Fava (da Itália). Corraboraram o que eu tinha dito sobre abstinências. Dr. Fava fez pesquisas mostrando como é difícil a retirada da medicação. Mesmo fazendo um desmame bem lento, por vários meses, foi muito difícil parar.

É por isso que vendem tanto. Vendem o suficiente para manter cada um de nós medicado por 6 anos ! Um absurdo ! Como podem os psiquiatras alegar que o problema é subtratamento e não sobretratamento?

Isso me lembra outro mito que resiste ao tempo, e que me deixa indignado. Ja devem ter ouvido isso, porque Poul Videbech falou em público, que "prescrever ISRS é tão necessário quanto prescrever insulina para um diabético, e não queremos parar de fazer isso." Essas foram mais ou menos suas palavras. Isso simplesmente não é verdade! A hipótese de que a depressão é causada por falta de serotonina no cérebro não tem o menor cabimento. Foi descartada a anos. Na verdade os psiquiatras dinamarqueses ja sabem disso. Sabem que a teoria está furada. Sempre teve estudos de má qualidade, mostrando somente o que a indústria quer. É um bom argumento de venda: "Precisa de serotonina? Este comprimido resolve." Mas os estudos sérios nunca confirmaram essa teoria. Simplesmente não é verdade. Pesa contra essa teoria que enquanto o ISRS aumenta o nível de serotonina, há medicamentos eficazes contra a depressão que baixam o nível de serotonina.

É apenas uma jogada de vendas: "Seu cérebro está quimicamente desequilibrado." É como ir ao supermercado. Esta tudo errado! Nunca se provou a existência desse desequilíbrio químico. Ao contrário, o que acontece é que o ISRS cria um desequilíbrio químico. Como sabemos disso? Bem, quando o cérebro recebe uma alta dose de serotonina, os receptores são desativados. Eles desaparecem. O organismo como um todo é um mecanismo homeostático muito delicado. Quando o equilíbrio é deslocado, o organismo reage em sentido contrário. É pórque o equilíbrio está sendo perturbado.

Os receptores desaparecem. Mas o qu eacontece quando suspendemos o ISRS? De repente, faltam receptores. Isso gera sitomas terríveis. Isso inclui sitomas de depressão. Pode ter a sensação da cabeça ser atravessada por choques elétricos, e outras coisas terríveis. Coisas que o paciente nunca sentiu antes, e que pode levá-lo ao SUICÍDIO. Portanto, o período da retirada pode também ser perigoso. Toda interferência nesses mecanismos é perigosa. O risco de SUICÍDIO aumenta ao tomar ISRS, e também ao aumentar a dose, e quando alterarmos qualquer coisa, e até mesmo quando suspendemos a droga. Portanto, somos nós que criamos esse desequilíbrio químico. Nesse aspecto, o livro de Robert Whitaker é fantástico. Está sendo traduzido para o dinamarquês. É um livro realmente impressionante. Whitaker escreve sobre temas científicos. Assiti a uma palestra sua no ano passado. Ele é muito meticuloso e trabalha com psiquiatras competentes para não fugir aos princípios e práticas consagradas da psiquiatria, e para não se acusado de "anti-psiquiátrico", com R.D. Lang nos anos 1960. Aprendi muito com o livro dele. Os fatos apresentados são assustadores.

Primeiro discute a comparação que fazem com insulina. Se fosse verdade que desenvolveram medicamentos fantásticos que podem "corrigir" os "desequilíbrios", então, depois de tomá-los, haveria menos pessoas vivendo de salário desemprego. Mas aconteceu o oposto: O número de jovens de 18 anos que se tornaram dependentes da assitência social depois da introdução dos ISRS aumentou 3400%. Não 200%, não 500%, mas 3 4 0 0 % !!!!!!!!!!!!

Em casos islados, e se usados por pouco tempo, esses medicamentos podem produzir efeitos positivos, mas com o tempo criam doenças crônicas. Segundo Witaker, 10% das crianças que recebem medicação para TDAH convertem para transtorno bipolar, antigamente chamado transtorno maníaco-depressivo. 10% das pessoas tomando ISRS convertem para transtorno bipolar. Assim vamos de mal a pior! É bem pior porque transtorno bipolar precisa ser tratado com anti-psicóticos potencialmente LETAIS. O número de dignósticos de transtorno bipolar multiplicou depois que esses medicamentos foram introduzidos. Veja a gravidade da situação? também aumentou 35 vezes !!!

A OMS fez um levantamento sobre esquizofrênicos em países pobres para ver com estavam se saindo as pessoas que não tem condições de comprar o remédio. Foi difícil aceitar!! Segundo Whitaker, a OMS repetiu o estudo, mas os resultados foram os mesmos. Hoje se sabe que qualquer que seja o psicotrópico, deve-se usar o mínimo possível. Ao longo prazo, os resultados são melhores quando evitamos esses medicamentos. Isso também se aplica à esquizofrenia. É muito estranho chegar a essa conclusão, mas essa é a realidade, se analisarmos os fatos científicos com imparcialidade e não nos preocuparmos em defender os interesses da classe. Achando que finalmente se livraram da psicanálise anti-científica de Freud, muitos se lançam nos braços da psiquiatria biológica. Mas a solução também não é essa. Está sendo uma derrota paa os psiquiatras, mas eles tem que encarar os fatos, embora não gostem.

PARTE 2