VERDADES INCONVENIENTES

A Farra (legal) da Agiotagem Bancária....uma sangria que nao tem mais fim....

bancos1Muitas pessoas estão preocupadas se, com a crise financeira internacional, os bancos brasileiros podem quebrar. Fiquem tranqülos. isto dificilmente acontecerá. Na verdade quem poderá quebrar são os pagadores de juros e não os bancos. O sistema bancário brasileiro é totalmente diferente do resto do mundo. Os empréstimos feitos ao mercado imobiliário são pequenos e não chegam a 4% das carteiras ...

de crédito. Por que isto acontece? - Porque nenhum banco é louco de emprestar dinheiro a, digamos 10% ao ano para financiar a compra de bens duráveis se ele pode emprestar no famigerado "cheque especial" a 163,7% ao ano como ocorreu no mês de julho de 2008. - Isto é ou não é AGIOTAGEM?

A mídia está sempre voltada para os juros pagos pelo Governo Federal - a famosa Taxa SELIC, atualmente em 13,75% ao ano - enquanto isto os encargos financeiros cobrados dos consumidores pelas instituições financeiras LEGALIZADAS, passam despercebidos.

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Minha gente, os juros de 163,7 divididos por 12 meses dão o resultado assustador de 13,64% ao mes. Isto não é apenas um absurdo e sim uma vergonha para o povo brasileiro que pecientemente aceita esta agiotagem. O Banco Central finge que não vê; o nosso presidente diz que está tudo bem e que não pode faltar crédito ao povo. - É mentira! Tudo está péssimo. A crise está apenas começando.

Se qualquer um de nós emprestar R$ 100.000,00 para receber R$ 13.640 ,00 de juros por mes será preso como agiota. Somente as instituições legalmente constituidas podem cometer este crime contra a economia popular.

E o governo brasileiro, o que faz? - Na verdade nada. - Ele finge que faz e nós fingimos que acreditamos porque somos todos hipócritas.
No dia 06.04.1999 - foi publcada no Diário Oficial da União a Medida Provisória n. 1.820 de 05.04.1999 que se dizia ser instrumento legal para dar combate a agiotagem. E o que adiantou? - Nada.

Na verdade, fabricar leis para não serem cumpridas é a especialidade dos nossos governantes. (falo governantes porque o nosso legislativo não legisla mais).

Já nos idos de 07 de abril de 1933 saiu um decreto de n. 22.626 que trata da usura; Tamém a lei n. 1.521 de 26.12.1951 dos Crimes Contra a Economia Popular, trata do assunto.

A nossa Constituição Federal define como sendo ilegal a cobrança de juros acima de 12% ao ano ou a cobrança exorbitante que ponha em perigo o patrimônio pessoal, a estabilidade econômica e a sobrevivência pessoal do tomador de empréstimo. Neste caso o emprestador é denominado AGIOTA. Desde 1933 está em vigor na forma do decreto n. 22.626, de 7 de abril, que define punições e preceitos legais a respeito. A lei em questão se aplica a negócios civis e a instituições financeiras. Os juros cobrados pelos bancos, sob as bênçãos do Banco Central e, portanto, do Governo Federal, levariam qualquer agiota para o fundo da cadeia. Aqui nada acontece e nós continuamos pagando como se tudo estivesse normal. Depois ficamos lamentando as absurdas transferências de renda dos cidadãos para os bancos. É preciso observar,também, que além dos juros existem as outras famosas taxas de serviços que todos conhecem.

São incontáveis as pessoas de boa fé que tiveram seu patrimônio destruido pelo perverso sitema bancário brasileiro.

A lei federal n. 8.884/04 diz que o aumento arbitrário dos juros constitui infração da ordem econômica, independentemente de culpa. Hoje, a surrada tese defendida pelas instituições financeiras de que o Código de Defesa do Consumidor não poderia ser aplicado aos bancos, por suposta violação do seu artigo 192, como se faz com o ajuizamento de Ação Direta de Insconstitucionalidade n. 2591, pela CONSIF - Confederação Nacional do Sistema Financeiro, questionando a aplicação do Código de Proteção ao Consumidor às atividades de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária. Ora, o artigo 192, da Emenda Constitucional n. 40 de 2003, manteve patente que a lei complementar nela referida terá por finalidade organizar o sistema financeiro, formulando regras que dêem solidez ao sistema, definindo atividades permitidas as instituições financeiras que operam como bancos. Isto existe. É real, mas não adianta de nada.

Agora com acrise mundial da economia teremos a oportunidade de levantar estas questões no seio da sociedade e exigir que os poderes, legalmente constituidos - Legislativo, Executivo e Judiciário - cumpram seu dever e, finalmente, defendam os brasileiros da usura dos agiotas legalizados. Este é o momento de repensar o nosso sistema bancário.

Embora o nosso presidente não acredite, a crise financeira mundial já chegou ao Brasil e, infelizmente o tomador de empréstimo está vulnerável, para não dizer sem saída. Paga o preço dos juros ou perde o bem adquirido e o dinheiro já pago.

O Governo que incentivou o crédito para ampliar artificialmente as vendas e arrecadar mais impostos assistirá de camarote a retomada dos bens financiados. É mais uma vez a indústria da inadimplência mostrando sua força sem que nada seja feito.

Nicéas Romeo Zanchett - artista plástico (2008)

A Nefasta Agiotagem Legalizada

A agiotagem legalizada do Brasil tem mais de trinta anos . Nos anos 70 os bancos e outras instituições financiavam o comércio e a indústria. Era muito comum o deconto de duplicatas e outros títulos para fazer caixa e os juros eram civilizados.

Quando a conta corrente entrava no vermelho o gerente imediatamente negociava com o cliente e juntos encontravam uma solução rápida.

Ainda nos anos 70, não me lembro bem a data, eis que alguem teve a brilhante ideia de criar o cheque especial. Os bancos passaram a incentivar seu uso aos clientes, mas os juros ainda eram civilizados. Estava criada a mais nefasta armadilha financeira do mundo.

O alvo principal era a classe média que hoje está profundamente endividada, tanto no cheque especial como nos cartões de crédito e emprestimos consignados.

Ultimanete as instituições estão direcionando sua metralhadora para as classes menos favorecidas. Descobriram que o pobre é bom pagador porque seu único patrimônio é o nome. O produto mais oferecido é o cartão de crédito. Como era de se prever, as pessoas estão utilizando cartão de crédito para financiar alimentos. Muita gente já está deixando de comer para pagar juros. Para onde isto nos levará só Deus sabe. É uma armadilha vergonhosa e desumana. Quando o cliente não consegue pagar, o banco simplesmente aumenta o limite e continua debitando taxas e juros extorsivos. Cria uma bola de neve. O governo brasileiro assiste tudo de camarote e ainda incentiva o uso de crédito.

A máfia italiana cobra "módicos" juros de 10% ao mes de suas vítimas. Este percentual no Brasil seria uma bênção. O nossos bancos cobram tanto que até podriam pegar dinheiro com aquela máfia e emprestá-lo às suas vítimas brasileiras com grande lucro.

Se no Brasil alguém emprestar dinheiro com juros de 10% vai preso por agiotagem. Este tipo de crime só é permitido a instituições legalizadas que pagam a parte do governo em forma de imposto. É por essa razão que muitos agiotas tradicionais fundaram seu próprio banquinho financiador.

Os juros são simplesmente estratosféricos e, somado com diversas taxas, chegam a mil por cento ao ano. Isto tem que acabar.

A máfia italiana utiliza os conhecidos "leões de chacra" para suas cobranças coercitivas. As instituições legalizadas do Brasil estão muito mais bem organizadas. Posuem entidades que se autodenominam protetoras de crédito e fazem uso da própria justiça brasileira para coagir e receber o produto dos seus suspeitos rendimentos. O Ministério Público e a própria OAB que poderiam ser a esperança de um basta, parece que também estão cegos a este respeito. Ninguém se atreve mexer nesta caixa preta e as desesperadas vítimas ficam sem saber a quem recorrer.

Onde está o governo brasileiro que foi eleito pelo povo e para o povo? Ninguém, absolutamente ninguém se manifesta a respeito. Os lobistas estão sempre de plantão nas dependências palacianas e no Congresso. Não vemos nenhum parlamentar subir à tribuna para falar a respeito, denunciar e defender seus eleitores. Todos fingem que não sabem de nada.

São milhões de famílias brasileiras que estão sofrendo com esta criminosa escravidão monetária que tem garantido altos lucros e absurda transferência de renda do povo para os ricos bancos. Muitas pequenas empresas familiares, que também utilizam este tipo de financiamento acabam falindo e levando famílias e funcionários à desgraça. São igualmente incontáveis as pessoas de boa fé que tiveram seu patrimônio destruido pelo perverso sistema bancário brasileiro.

Diante da crise mundial vemos que os unicos bancos que não estão sentindo são os brasileiros. Aqui está tudo uma maravilha. É o país da impunidade e do lucro fácil. O governo ainda fala em ajudar os bancos que tiverem dificuldade. Naturalmente são aqueles cujos diretores enviaram dinheiro para paraisos fiscais e agora precisam da ajuda do governo.

Até quando teremos de assistir pacientemente este absurdo? - Até que consigamos eleger um governo sério que tenha coragem de abrir esta caixa preta.

Tudo acontece na mais absoluta tranquilidade. E não é por falta de lei. A lei existe apenas para quem pode pagar. Ja se disse que a lei é para todos, mas a justiça é cega.

O decreto numero 22.626 que trata da USURA é de 07 de abril de 1933. Também a lei numero 1.521 dos crimes contra a economia popular, trata do assunto e é de 26/12/1951.

A nossa constituição Brasileira define como sendo ilegal a cobrança de juros acima de 12% ao ano ou a cobrança exorbitante que PONHA EM PERIGO o patrimônio pessoal, a estabilidade econômica e a sobrevivência pessoal do tomador de emprestimo. Neste caso o emprestador é denominado AGIOTA.

Desde 1933 está em vigor, na forma do decreto numero 22.626 de 07/12/1933, a lei que define punições e preceitos legais a respeito. A lei em questão se aplica a negócios civis e a instituições financeiras.

A lei federal numero 8.884/04 diz que o aumento arbitrário dos juros constitui infração de ordem econômica, independente de culpa.

Como podem ver, a lei, no Brasil, só se aplica aos pobres

Estamos no início de uma gravíssima crise financeira mundial. Este é o momento para se repensar e reestruturar o sistema bancário brasileiro que é uma vergonha nacional. É preciso que os bancos também cumpram a lei que, apesar de tão antiga, sempre foi solenemente ignorada sob a omissão do governo, do Banco Central e da própria justiça.

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O governo brasileiro fica dizendo que os bancos devem facilitar o crédito de financiamento. Isto não vai acontecer porque eles preferem emprestar no cheque especial e no cartão de crédito, onde podem praticar impunemente os seus juros extorsivos.

É urgente e impressindível que o famigerado "cheque especial" seja definitivamente banido do sistema financeiro nacional. Além de ilegal é imoral e desumano. As dividas existentes precisam ser negociadas e transferidas para empréstimos com juros civilizados.

Nicéas Romeo Zanchett - artista plástico (2009)

Banqueiros x Povo

Banqueiros como antigamente, nunca mais - honestos, idôneos e conhecedores das leis normas da usura. Hoje só encontramos (banqueiros) ou melhor agiotas, protegidos por normais (que não são leis) do Banco Central que, nem independente do governo ainda não é.

Comecemos com a CPMF - dinheiro sem destino determinado, que tira de circulação uma fabulosa quantia mensal, sem explicações e regulamentada por medida provisória (antigo decreto lei) extinto com as ditaduras que, continuam disfarçadas, apoiadas por membros corruptos do Congresso Nacional. Agora até o PT quer sua continuidade para também, mamar nas têtas quase esgotadas do povo brasileiro.

Além da CPMF, tem o tal de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) também, sem fim determinado. Se a legislação de arak (norma não é lei nem imposto) dos mais fortes sobre os mais fracos, para tirar-lhes as migalhas e apresentarem, descaradamente, lucros poderosos todos os semestres num verdadeiro insulto as pequenas e micros empresas, para não falar dos aposentados, dos trabalhadores e das donas de casa. Cada banco está liberado para cobrar os juros que quizer e as taxas que desejar, que até consideram mais do que justas!!! Mandam embora seus funcionários porque o lucro é mais importante do que o Homem.

bancos4Usam máquinas que não têm um soft perfeito e assaltam até os centavos. O Procom recebe o maior número de denúncias contra os bancos e não podem fazer nada, como alegam, porque a legislação é diferenciada. A justiça com raras exceções, recebem subsídios bancários, para não dizer, mas já dizendo, "Propinas" para manter o cidadão longe dos banqueiros.

Antigamente e eu sou daquele tempo, os bancos pagavam juros de 0,5% ao mês para que você depositasse ou desse preferência para este ou aquele banco, que emprestava a uma taxa até modesta para ter seu lucro.

Não me venham dizer que foi a globalização que determinou este procedimento porque não foi, antes que ela existisse, os bancos já estavam assaltando os correntistas com o apoio dos políticos que nunca pagaram seus empréstimos. Todas as religiões do mundo falam na usura como coisa abobinável e até mandavam devolver depois de alguns anos os juros cobrados, considerando sempre que o empréstimo já havia sido pago, com muitas vantagens.

Até então se tinha a consciência de que os juros aplicados, já haviam rendido mais de 7 vezes, o capital emprestado.

Hoje não acontece mais isso, se o cliente caiu na ingenuidade de ser considerado um bom devedor, os banqueiros procuram mantê-los algemados em seus bancos sugando-os até não poderem tirar-lhes mais nada e então, o executam judicialmente e levam tudo que podem.

O pior de tudo, é que os banqueiros não aplicam, mais seus exorbitantes lucros em benefício dos seus acionistas (compradores de títulos bancários em bolsa).

Com muito disfarce e manhosamente, usam grande parte do lucro no interesse próprio, aumentando o patrimônio de Deus diretores e apresentando perdas para não pagarem imposto de renda e o governo é sempre conivente com isso, chegando a criar o tal do Proer, para salvar os bancos cujos diretores (correligionários) saíam das dificuldades, com a bufunfa no Bolso.

Os correntistas que se a fudessem

Há dois mil anos, prevendo que esse fato seria uma realidade o Cristo já afirmava:
"Aquele que tem, mais lhe será dado. Aquele que não tem, o pouco que tiver lhe será tirado". Foi uma profecia? Ou teria outro significado aquelas palavras, que até hoje, não compreendemos. Sabemos que Cristo não era amigo de banqueiros ele a também o abobinava a usura.

A Constituição Brasileira de 1998 estabeleceu que os juros seriam de 12% ao ano, isto é, 1% ao mês, até hoje o congresso não regulamentou esse artigo da constituição argumentando que os bancos iriam a falência.

Guardar dinheiro em banco é uma questão de confiança, apenas a confiança é o avalista do Banco, de qualquer banco! Eles não tem outro aval.

Sem nossos depósitos, os bancos não podem negociar, porque só se negocia o dinheiro dos depósitos populares e nunca o capital próprio, este já não está mais no caixa do banco, a não ser no papel dos balanços. Os patrimônios dos banqueiros, são muitas vezes superiores ao volume dos depósitos, mas são deles, dos agiotas, que sempre se salvam quando roubam de mais, com a ajuda dos governos.

Vamos acordar povo brasileiro!

Fiquemos atentos as mudanças das moedas que é uma constância dos nossos governos incompetentes: é cruzeiro, cruzeiro novo, cruzado, cruzado novo, real e daqui a pouco real novo, e sempre com depreciação nominal de cada unidade monetária, se você tinha milhões em suas economias, elas se reduzem a milhares e sempre somos roubados pelo sistema. Com as crises internacionais que vêm ocorrendo no mundo inteiro estamos próximos de novas mudanças.

Antes que isso venha acontecer guardem seu dinheiro em casa, tirem o poder tanto do governo como dos bancos, para que não possam dar novos calotes e assim que surgir outra moeda, corram para troca-las pelas novas, mas mantenham o poder em suas mãos. Não comprem dólar que é uma moeda em franca desmoralização mundial. Guardem o dinheiro em casa e paguem à vista suas contas de luz, água e telefone, IPVA, IPTU e outras taxas e impostos aprendam a manipular dinheiro sem que seja possível aos bancos compensar suas perdas com as pessoas incautas que ainda tem conta bancárias. Hoje eles cobram o que querem sem qualquer idoneidade ou critério.

Não vamos levar o Brasil à falência com esse comportamento, ao contrário, nós o povo vamos ter o domínio da situação e se necessário salvar o Brasil no momento certo.

Tenhamos a nossa soberania nacional de podermos emitir para pagar os compromissos sociais e seviços essenciais que são responsabilidade do governo. Mas não vamos por dinheiro em bancos para não sermos assaltados. Todavia, fiquemos sempre atentos porque os pseudos economistas têm sempre uma idéia louca contra o povo.

Termino afirmando que no mundo inteiro, não existe nenhum economista de verdade, todos eles só sabem que 2 + 2 = 4, e que os 4 fazem 8, fazem 16, 32, 64, etc. Só para eles mesmos.

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Desde que o governo criou o PROER, para dar sustentação aos erros e à corrupção dos banqueiros protegendo brasileiros expertos na usura e impunes em suas falcatruas, os bancos internacionais, correram para comprar os bancos estatais do Brasil. Com uma legislação frouxa e criminosa, vieram ganhar aqui o que nunca ganharam nos seus países de origem.

Continuo batendo na mesma Tônica, mantenham o dinheiro em seu poder povo brasileiro! Você não terá de pagar a famigerada CPMF - IOF - Tarifas e ainda contar com os riscos dos computadores programados contra você.

Os bancos no Brasil não merecem credibilidade. Guardem o dinheiro em casa, o índice de assalto é menor do que os próprios bancos praticam. Manter o dinheiro é manter o poder, contra o sistema corrupto político e contra a ganância dos profissionais da usura que nem nos tempos históricos era tão grande.

Enquanto não temos uma legislação justa, o melhor a fazer é esvaziar os bancos. De vagar e sempre vamos deixar de ser clientes de qualquer categoria, dos bancos nacionais e estrangeiros. Nossa política financeira ensinou os estrangeiros o que eles não sabiam, mas aprenderam muito rapidamente. Só os brasileiros ante patriotas especulam com moedas estrangeiras e são laranjas dos grupos nacionais e estrangeiros.

Na pior das hipóteses gastem o dinheiro em coisas úteis para que as indústrias possam produzir mais barato e ainda exportar mais.

Pensem nisso.
Edson David

Banqueiros continuam sangrando a sociedade

Nunca os bancos tiveram tantos lucros como agora e são eles que ditam a política econômica do governo Lula. O setor financeiro conseguiu um ganho de mais de duas vezes o que era arrecadado com a CPMF a cada ano. Além de cobrar as tarifas mais caras junto aos seus clientes, os bancos arrocham cada vez mais a categoria dos bancários com menores salários e maior desemprego com a informatização do setor.

Vivemos num Brasil onde impera o liberalismo econômico, a abertura total do território nacional, a especulação e sonegação financeira, a concentração e centralização de capitais etc, um país com o destino traçado pelos senhores do capital financeiro. Estes oligarcas do capital-dinheiro concentram tanto capital e riquezas que podem ter em sua folha de pagamentos jornalistas, comentaristas, economistas, especialistas e redação de jornais, rádios e telejornais. Além destes, os oligarcas das finanças ainda têm em sua folha de pagamentos a diretoria do Banco Central, inclusive seu presidente, o sr. Henrique Meireles. Toda esta gente a serviço dos donos da grana proclamam diuturnamente e em verso e prosa que o mundo neoliberal, o mundo da especulação, onde deitam e rolam, é o melhor dos mundos.

Para manter a estabilidade da moeda e preservar os fundamentos da economia, os senhores do capital financeiro colocam suas tietes do governo e imprensa para convencer a massa trabalhadora da necessidade de criar “reservas” cada vez maiores. Estas reservas, isto é, caixa à disposição da banca financeira para sacar em qualquer das crises cíclicas do capital global, hoje somam a fabulosa quantia de 330 bilhões de reais (US$ 180 bi). Dos recursos do FAT (Fundo do Amparo ao Trabalhador), que deveriam ir para a Previdência Social, foram retirados mais de 125 bilhões de reais, segundo a Unafisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da União), o que representa aproximadamente a metade. Para engordar as reservas da banca financeira, todo novo governo faz uma Reforma da Previdência e arrocha o Salário Mínimo.

Outra forma dos banqueiros se resguardarem da crise cíclica é o superávit primário, isto é, saldo positivo no caixa do governo entre a arrecadação de impostos da sociedade e as despesas com o pagamento do funcionalismo, gastos sociais (saúde, educação, moradia, infra-estrutura, pagamento das dívidas etc.) e a corrupção. No ano passado, o governo federal fechou com superávit de mais de 4,2% do PIB, cerca de 130 bilhões, o que dá mais de 3 CPMFs. O montante ficou acima da meta dos próprios banqueiros, que era de 3,8%. Mesmo com o imposto criado para a saúde pública, a CPMF, por exemplo, o governo deixou de aplicar no setor, nos últimos 10 anos, mais de 35 bilhões de reais. O dinheiro, que poderia ter salvado a vida de milhares de operários, foi desviado para gerar o tal superávit primário à disposição dos banqueiros.

bancos3Os banqueiros são, de longe, os maiores expropriadores da carga de impostos que recaem sobre a massa trabalhadora. Mas são, ao contrário, os maiores caloteiros ou sonegadores de impostos no país. A política fiscal no Brasil já privilegia os grandes proprietários por princípio da política neoliberal. Ela isenta de tributação das grandes riquezas e heranças, enquanto que um trabalhador que recebe dois salários mínimo é obrigado a entregar um para pagamento de impostos. A Receita Federal, depois de concluir a análise de 313 processos no ano passado, autuou em 3,3 bilhões de reais as instituições financeiras no Estado de São Paulo. As fraudes encontradas tinham como objetivo a manipulação de entradas de recursos e despesas para fraudar o pagamento do Imposto de Renda. Nos últimos 10 anos, a Delegacia Especial de Instituições Financeiras (Deinf) identificou um calote de mais de 32 bilhões de reais no pagamento de Imposto de Renda.

Outra grande farsa dos donos do capital financeiro e suas marionetes da grande imprensa e governo é o discurso de que a privatização dos bancos estaduais e a fusão dos grupos privados aumentam a concorrência e a competitividade no setor, o que desencadeia a redução das tarifas e dos juros e melhoram o atendimento. A compra do ABN Amro Real pelo Santander significará a este último uma economia, ou “sinergia geográfica e de negócios”, isto é, com demissões e fechamento de agências, de mais de US$ 1 bi. Hoje, com apenas 4 bancos controlando o setor, as tarifas já representam a segunda fonte de receita, perdendo apenas para a ciranda financeira. Com a farsa da competitividade, os banqueiros extorquiram a sociedade em cerca de 55 bilhões de reais com tarifas, o equivalente a uma e meia CPMF. Por outro lado, o atendimento ao público em geral, isto é, à massa trabalhadora, é realizado fora dos bancos, por meio dos caixas eletrônicos.

Na base da produção de toda essa imensa massa de riqueza estão os bancários. Como os demais trabalhadores, a sua situação está inversamente ligada ao lucro dos banqueiros. Quanto mais concentração bancária e mais tecnologia empregada, mais substituição de mão-de-obra qualificada por menos qualificada com menor salário, mais desemprego e maior a extensão da jornada de trabalho e intensificação do trabalho. Com a “flexibilização” das relações do trabalho, os bancários se tornaram multifuncionais e submetidos a metas cada vez mais absurdas e inatingíveis. Os banqueiros são os campeões em reclamação trabalhista por “straining”, isto é, segundo a juíza Márcia Novaes Guedes, da Associação Juízes para Democracia, quando “um grupo de trabalhadores é obrigado a trabalhar exaustivamente, produzir e obter resultados sob grave pressão psicológica e ameaças de sofrer castigos humilhantes, como ser despedido”.

Jose Tafarel

O Lucro dos Bancos

Qualquer pessoa que observa o resultado do balanço referente ao ultimo trimestre divulgado pelos bancos privados Bradesco e  Itaú se admira ao ver o quanto essas instituições financeiras obtêm de ganho. O Itaú informou um lucro de R$ 1,8 bilhões nos três meses passados com um acúmulo de 5,9 bilhões de janeiro a setembro; e o Bradesco apresentou a cifra de R$ 1,9 bilhões totalizando um saldo de 6 bilhões no ano.

De fato um lucro astronômico para essas instituições que fazem parte do setor financeiro, onde não sendo o único no país, não deveria concentrar tanto acúmulo dessa maneira, podendo existir então uma certa “distribuição de lucros, contando que haja outras atividades econômicas como indústria, comércio e agricultura.

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Mas como um banco consegue lucrar tanto assim? Vale antes lembrar que o Brasil privilegia as empresas privadas, principalmente os bancos, desde os tempos da administração de FHC, que inclusive criou um programa de recuperação dos bancos que se encontravam em situação crítica, o PROER (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional), o qual o governo dava toda a ajuda necessária a eles com a justificativa que a preservação de seu funcionamento era necessário à estabilidade econômica do país. Interessante é ver o Estado dar ajuda somente a um setor da economia colocando-o como responsável pela saúde econômica do país. E os outros setores não representam nada então para o país? Não teriam eles o mesmo direito de receber ajuda do governo?

Na mesma época de FHC muitos bancos foram privatizados sob a alegação de estarem sendo um prejuízo aos cofres públicos e por isso o Estado deveria se livrar deles, além de que as vendas de empresas estatais é parte dos programas de governo das administrações tucanas. O interessante é que esses mesmos bancos que tanto oneravam o Estado, após serem entregues a preço de banana ao capital estrangeiro começaram a apresentar uma alta lucratividade, demonstrando que, ou não havia uma boa administração deles pelo governo ou seus prejuízos eram uma farsa, usada como estratégia para justificar a suas vendas.

Já lucros obtidos por eles vêm da cobrança de taxas aos correntistas das mais variadas possíveis como manutenção de contas, transferências, talões de cheques, emissão de extratos, renovação de contratos, etc. aproveitando-se principalmente daqueles que estão usando os “benefícios” oferecidos pelos bancos como empréstimos ou limites de cheque especial. Aliás, é nessas negociações que os bancos ganham muito dinheiro, pois aqueles que utilizam os créditos ou dos empréstimos oferecidos pelos bancos, vão pagar altas taxas de juros, como o limite do cheque especial que chega a ser de 8 a 15% ao mês, enquanto a taxa paga por eles a uma aplicação como a caderneta de poupança é bem inferior, ficando na casa dos 0,6% mensais.

Fica fácil entender então por que cada vez mais a rede bancária, principalmente a privada, no Brasil se expande e aumenta seus lucros. Ela tem todas as condições que lhe garanta bons resultados.
Marcelo Augusto da Silva (2009)

O lucro dos bancos e a desigualdade social

Enquanto cerca de 43 milhões de brasileiros padecem com o miserável salário mínimo de R$ 465,00, como já analisamos na semana passada, os bancos no Brasil lucram cifras astronômicas com a manutenção da taxa de juros mais alta do mundo. Em 2005, o lucro dos cinco maiores bancos brasileiros - Bradesco, Itaú, Unibanco, Banco do Brasil e Caixa - atingiu o volume recorde de R$ 18,4 bilhões, o melhor resultado da história do sistema bancário brasileiro, de acordo com a consultoria Economática. Em 2007, quatro bancos privados lucraram R$ 21,7 bilhões: Itaú, R$ 8,4 bilhões; Bradesco, R$ 8 bilhões; Unibanco, R$ 3,4 bilhões; e Santander, R$ 1,8 bilhão. Em breve veremos novos resultados fantásticos quando forem divulgados os balanços dos bancos de 2008.

Arrisca a cabeça dos simples mortais esquentar e entrar em curto, com tantos bilhões e bilhões. Mas por trás dos números há uma realidade que as elites econômicas querem deixar quieta. Nós, não. Queremos contribuir para arrancar a casca da ferida, desvendar o véu. Lênin já dizia que o trabalhador, se quiser se livrar da exploração em que vive, precisa compreender a realidade, entender até de economia. Atualmente, a taxa Selic está fixada em absurdos 12,75% ao ano. Ela é chamada de taxa básica de juros da economia e dela derivam as demais taxas cobradas pelos bancos aos seus clientes, como se divulga de maneira superficial e marota.

Mas o que poucos sabem é que o seu nome de batismo é Sistema Especial de Liquidação e Custódia - Selic-, e se destina precipuamente a fixar a remuneração para os títulos da dívida pública emitidos pela União. Aqui é que está o pulo do gato, a verdadeira razão de ser mantida nas alturas. O Banco Central vem mantendo a maior taxa de juros do planeta para que os investidores do mundo inteiro apliquem seus capitais nos títulos federais brasileiros, os que pagam mais. E para remunerar regiamente os donos do capital financeiro nacional e transnacional, o governo federal, além de pagar juros altíssimos, tem que economizar boa parte do que arrecada para garantir o chamado superávit primário, que em 2008 superou 4% do orçamento federal.

Essa é a lógica do capital financeiro, e o governo Lula ainda está refém desse mecanismo herdado, de transferência de renda para o bolso dos mais ricos, que ficam ainda mais ricos a cada ano. Enquanto isso, os demais setores da economia - agropecuária, indústria, comércio e serviços - penam para manter e ampliar a produção, empregos, os negócios enfim, castigados pela extorsão dos bancos a quem são obrigados a recorrer para capital de giro e investimentos.

“O pior impacto da Selic é sobre as contas públicas e sobre o câmbio. Quando as taxas internas estão muito mais elevadas que as externas, há um aumento do ingresso de dólares apreciando o real e tornando as exportações mais caras e as importações mais baratas”, explica Luís Nassif em artigo publicado no sítio Vermelho. E para melhorar a compreensão do gigantismo dos lucros dos bancos, valem algumas comparações: só o lucro dos quatro maiores bancos privados em 2007 daria para cobrir o orçamento municipal de uma cidade como Goiânia, com 1,3 milhão de habitantes, por doze anos.

Ou então: em 2007 o governo federal gastou R$ 21 bilhões com 11 milhões de famílias beneficiárias da Bolsa-Família, e nesse mesmo ano as quatro “famílias” financeiras lucraram R$ 21,7 bilhões, com já divulgou a Folha de S.o Paulo. Por isso a taxa continua a mais alto do mundo! Para garantir exorbitantes lucros aos banqueiros e à agiotagem institucionalizada, que pouco imposto paga. Se banco pagasse imposto como a classe média, o Brasil seria o paraíso.

São disparidades como essas que ajudam a manter o nosso País como um dos campeões mundiais da desigualdade de distribuição de renda, que mantêm o abismo social quem vem desde os tempos da escravidão. Em nosso País 1% dos brasileiros mais ricos (1,7 milhão de pessoas) detém renda equivalente aos 50% mais pobres (86,5 milhões de pessoas). Tais níveis de desigualdade nos colocam no patamar de Serra Leoa e Zâmbia, pequenos países da África.

Esse triste retrato precisa mudar, e mudar mais rápido. Tem ganhado novas cores com as políticas de distribuição de renda da era Lula (valorização dos salários, Bolsa-Família, Fome Zero, etc), mas ainda cores tímidas, insuficientes. Embora o País tenha conseguido melhorar alguns de seus principais indicadores sociais, a distribuição de renda ainda é um dos piores problemas do país, como reconhece o próprio Ministério do Planejamento (Radar Social).

Esse fosso social gera a desesperança para milhões de excluídos, e as consequências estão aí, batendo na nossa cara: aumento constante da violência urbana e da criminalidade. Embora haja gente pomposa da direita espalhando armadilhas diversionistas por aí, vamos nos concentrar no debate de alto nível, procurando ir ao cerne dos problemas e apresentando propostas e soluções. Os juros precisam baixar para os níveis internacionais, já.

Por Luiz Carlos Orro, membro e presidente estadual do Comitê Central do PCdoB e secretário de Esporte e Lazer de Goiânia, no jornal Diário da Manhã