CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Lockheed Martin F-35 Lightning II

avif35eLockheed Martin F-35 Lightning II ou F-35 Joint Strike Fighter é um caça multifunção supersônico furtivo (stealth) de quinta geração, que fora desenvolvido para satisfazer as necessidades dos governos de Estados Unidos, Reino Unido, Holanda, Austrália, Canadá, Itália, Dinamarca, Noruega, Turquia e de outros compradores, como Israel. O F-35 foi concebido como projeto de três caças de quinta geração, CTOL F-35A JSF, STOVL F-35B JSF, CV F-35C JSF, de relativo baixo custo, para a Marinha, Força Aérea e Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, pois englobar três aeronaves em um mesmo projeto atenuou os elevados custos de desenvolvimento comparado aos três separados. No entanto, devido a sucessivos problemas de desenvolvimento, o objetivo de baixo custo não foi atingido. As principais armas são transportadas ...

em compartimentos internos, para um elevado grau de discrição. Mas armas adicionais podem ser transportadas externamente, em missões em que a furtividade não é necessária. Desde que foi concebido, o F-35 tem se envolvido em controvérsias. Atrasos, aumento nos custos de desenvolvimento (projetados inicialmente em 59 bilhões de dólares) e problemas no projeto em geral mancharam a reputação do caça, que deveria ser uma alternativa mais barata ao caríssimo F-22. O custo de desenvolvimento, construção e manutenção girou em torno de US$ 400 bilhões de dólares, sendo o projeto de armamento mais caro da história. Em 2015, após quinze anos de desenvolvimentos, o primeiro esquadrão de F-35 foi liberado para o serviço ativo na Força Aérea dos Estados Unidos.

Programa JSF

O programa JSF é consequência da diminuição da procura por aviões tácticos no pós-Guerra Fria, aumentando a procura por aviões multifuncionais, ou seja, que realizam vários tipos de serviços. Nesta perspectiva e com o objectivo de substituir diversos modelos de aviões tácticos da Marinha e da Força aérea, por um que fosse capaz de sobreviver no campo de batalha do século XXI. Os programas de desenvolvimento de novos caças, em andamento na Marinha e na Força Aérea dos Estados Unidos uniram-se em um único programa que foi denominado JSF - caça de ataque conjunto (Joint Strike Fighter).

Leia também - Cabana contra o apocalipse zumbi

Desenvolvimento

Um engenheiro com uma miniatura da aeronave durante seu projeto de desenvolvimento. A 16 de novembro de 1996 o Departamento de Defesa dos Estados Unidos anuncia que a Boeing e a Lockheed Martin são os escolhidos, para competir na fase de concepção e desenvolvimento (CDP), com a Pratt and Whitney a fornecer apoio na propulsão. Boeing e Lockheed, recebem um contrato para a construção de dois Protótipos que em voos de teste, competirão para demonstrar os respectivos conceitos para as três variantes do programa.

Em outubro de 2002 o Departamento de Defesa selecionou o projeto da Lockheed como vencedor da competição, que entra de imediato na fase de desenvolvimento e demonstração (SDD). A Lockheed para a aeronave, a Pratt and Whitney para o motor do avião, recebem contratos como principais empreiteiros para a fase de produção. A General Electric também recebe fundos para a continuação dos seus esforços técnicos no desenvolvimento de um motor alternativo.

avif35c

Primeiro voo do Modelo F-35A (AA-1) em 15 de dezembro de 2006
Primeiro voo do Modelo F-35B (BF-1) em 11 de junho de 2008
Primeiro voo do Modelo F-35C (CF-1) em 6 de junho de 2010

O F-35A, F-35B e F-35C têm previsto atingir capacidade operacional (IOC) em março de 2013, março de 2012 e setembro de 2014, respectivamente, de notar que o F-35B será operacionalmente capaz um ano mais cedo que o F-35A.

Custo

F-35 durante um reabastecimento aéreo. Em 31 de dezembro de 2007 o total estimado de custos de aquisição do programa F-35, foi de aproximadamente 250 bilhões de dólares, incluindo cerca de 47,1 bilhões de dólares em custos de investigação e desenvolvimento, cerca de 198,4 bilhões de dólares em custos de aquisição, e aproximadamente US$ 4.96 bilhões em custos de construção militar. Desde 2002 o total estimado dos custos de aquisição, aumentou aproximadamente 100 bilhões de dólares, devido principalmente à extensão por um ano da fase de desenvolvimento e demonstração (SDD), atraso de um ano no início dos contratos, passando do ano fiscal de 2006, para o ano fiscal de 2007, fazendo com que os custos da derrapagem financeira se refletissem no desempenho do desenvolvimento do programa F-35. Nestes valores não estão incluídos os custos de aquisição, referentes às várias centenas de aviões que serão comprados pelos restantes parceiros internacionais do programa. No ano fiscal de 2009 o programa recebeu um total de 44 bilhões de dólares, distribuídos por, pesquisa e desenvolvimento 37 bilhões de dólares, custos de aquisição 6,9 bilhões de dólares e 150 milhões de dólares para construção militar.

Comparativa entre o preço por unidade do F-35A/B/C e o preço final dos modelos que vão ser substituídos, comparativo também com o primeiro caça-bombardeiro furtivo o F-117 Nighthawk. Os valores apresentados são em milhões e os valores dos três modelos do F-35 são estimativas assumidas no orçamento do ano fiscal de 2008. Comparação entre a estimativa de custos prevista para o ano fiscal de 2011 e o custo estimado originalmente em 2001 para o desenvolvimento do projecto e respectivos atrasos no seu cronograma. Referência comparativa também com os anos de 2007 e 2008:

avif35a

Em 2015, o custo total do projeto e desenvolvimento do F-35 figurou em pelo menos US$ 400 bilhões de dólares.

Participação Internacional

Os Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Holanda, Canadá, Turquia, Austrália, Noruega e Dinamarca são as nove nações que formam a parceria para o desenvolvimento e construção do F-35. Adicionalmente Israel e Singapura foram admitidos no (SDD) esforço de Desenvolvimento e Demonstração, com o estatuto de (SCP) Participante de Segurança Cooperativa. Existem três níveis de participação internacional, que refletem na generalidade, o nível de empenhamento financeiro no programa, a quantidade e qualidade da transferência tecnológica, que companhias nacionais podem ser convidadas a participar no projeto e finalmente quais os países que podem obter a construção de aeronaves.

→ O Reino Unido é o único parceiro de nível 1
→ Itália e Holanda são ambos parceiros de nível 2
→ No nível 3 os parceiros são Canada, Turquia, Austrália, Noruega e Dinamarca.

Motores

O motor F-135, fabricado pela Pratt & Whitney e o F-136, fabricado pela Fighter Engine Team um consórcio composto pela General Electric e Rolls-Royce, são os motores que as aeronaves F-35 podem utilizar. Os motores utilizam partes comuns e são intercambiáveis. Um motor adicional, cujo desenvolvimento e produção está a cargo da Rolls-Royce, é presente na versão STOVL para habilitar o Lift System. O sistema de propulsão dos F-35 é o mais potente dentre os turbofans.

F-135

F-35B Joint Strike Fighter (thrust vectoring nozzle and lift fan). O F-135 é uma evolução do bem sucedido F-119 que propulsiona o F-22 Raptor (mas não está habilitado para supercruise, como o F-119) acumulando já mais de 1 milhão de horas de voo em apoio da entrada em serviço operacional prevista para 2012. Utiliza um ventilador de três estágios, um compressor de seis fases, um combustor anular, uma turbina de alta pressão de estágio único e uma turbina de baixa pressão de 2 estágios. O primeiro teste para a versão convencional do F-35 aconteceu em outubro de 2003, em 10 de abril de 2004 aconteceu o primeiro teste para a versão STVOL.

F-136

General Electric e Rolls-Royce são a equipa construtora do F-136, que se encontra em pré fase de desenvolvimento e demonstração, um ano de atraso em relação ao seu concorrente, trata-se de um desenvolvimento a partir de motores previstos para anteriores programas. O motor consiste num ventilador de três estágios, uma turbina de baixa pressão com três estágios, compressor com três estágios e uma turbina de alta pressão com um único estágio. O primeiro teste para a versão CTOL ocorreu em 22 de julho de 2004, e o primeiro teste para a versão STOVL em 10 de Fevereiro de 2010.

Desde 2002, ano em que começou o programa de desenvolvimento do motor F-135 que têm havido aumento de custos. No ano fiscal de 2002 era esperado um custo global de desenvolvimento, no valor de US$ 4.8 mil milhões. Em 2008 o responsável pelo programa do F-35 anunciou que os custos tinham crescido para um valor equivalente a US$ 6.7 mil milhões um aumento de cerca de 38%. Reciprocamente, no programa concorrente F-136 os custos têm se mantido estáveis desde o início, não indiciando qualquer aumento. Contudo desde que no ano fiscal de 2005 recebeu a verba de 2,5 bilhões, nunca mais recebeu fundos do orçamento de estado para desenvolvimento. No entanto e desde então o congresso tem assegurado anualmente fundos para a continuação do desenvolvimento, bem como para não defraudar as expectativas dos parceiros internacionais.

Leia também - Não fale na frente da TV: ela pode estar ouvindo

Armamento

O armamento usado pelo F-35 resulta da combinação de vários vectores que podem ser transportados internamente, para o que estão disponíveis dois porões, ou externamente onde existem quatro pontos de sustentação sob as asas, asas essas que possuem mais dois pontos de sustentação ligeiros e apenas dedicados a mísseis ar-ar (AIM). O armamento é comum às três versões, quase na sua totalidade e pode ser combinado da seguinte forma:

avif35b

Caça norte-americano F-35 ganha novos armamentos

avif35g

29/11/2019 - Upgrades de software e hardware irão dar às aeronaves novas possibilidades de ataque. As Forças Armadas dos EUA estão se preparando para integrar novos sistemas de armamentos ao seu caça multifunção, o F-35. A iniciativa é parte essencial da variante “Bloco 4” do F-35 Joint Strike Fighter, uma atualização de hardware e software, destinada a dar às aeronaves novas possibilidades de ataque, segundo oficiais.

O Bloco 4 torna possível o uso de armas adicionais como as bombas GBU-53 StromBreaker e a GBU-54 Laser Joint Direct Attack Munition (LJDAM, uma munição guiada a laser). Outro upgrade é o GAU-22/A, um canhão de 25 mm com 4 canos, projetado para cobrir um inimigo com tiros e destruir alvos rapidamente. A arma pode disparar 3,300 projéteis por minuto, de acordo com uma declaração da General Dynamics.

A GBU-53 StormBreaker é descrita como um elemento-chave do Bloco 4. Trata-se de uma nova arma lançada pelo ar, capaz de destruir alvos em movimento em todas as condições climáticas em distâncias superiores a 64 quilômetros, disseram oficiais da Força Aérea e da Raytheon, responsável pela sua produção. Cada bomba tem um link de dados bidirecional, que permite alterar alvos ou se ajustar a diferentes locais de destino durante o vôo, segundo a Raytheon. Cada uma pesa apenas 94 quilos e oito delas cabem no compartimento interno de um F-35. Com isso a aeronave mantém suas propriedades furtivas, porque as formas ou contornos das armas não serão visíveis ao radar inimigo.

A iniciativa do Bloco 4 faz parte de uma trajetória de longo prazo planejada para o F-35 e descrita pelo Pentágono como C2D2 (Continuous Capacity Development and Delivery, Desenvolvimento e Entrega Contínua de Capacidades). Segundo autoridades, a ideia é posicionar o caça de forma que ele possa acomodar consistentemente novas armas, materiais furtivos, sensores e tecnologia de orientação assim que estiverem disponíveis.

A integração de armas é consistente com a atual estratégia da Força Aérea dos EUA para acelerar as atualizações de software para a aeronave, acompanhando o ritmo das mudanças tecnológicas atuais. Em vez de depender de upgrades pré-determinados a serem adicionados em pontos fixos no tempo, com intervalo de vários anos, os desenvolvedores do F-35 veem a necessidade de integração consistente a curto prazo das melhorias de software à medida que surgem.

 

Caça F-35 dos EUA fica 'suspenso no ar' durante show aéreo em Singapura

avif35h

Leia também - Três animais supreendentes

15/02/2020 - Durante uma demonstração aérea na exposição Singapore Airshow 2020, um caça dos EUA F-35B Lightning II executou uma manobra impressionante – a aeronave ficou suspensa no ar praticamente sem se mover. A realização deste truque aéreo surpreendeu os participantes da exposição. O caça F-35B Lightning II é uma aeronave de 5ª geração com decolagem curta e aterrissagem vertical. Um caça F-35B do Corpo de Fuzileiros dos EUA deixa a multidão em Singapura impressionada ao demonstrar suas capacidades STOVL desta versão do F-35. Em meados de dezembro de 2019, o mais novo porta-aviões da Marinha Real britânica, o HMS Queen Elizabeth, lançou o seu primeiro caça britânico F-35B no porto de Portsmouth, no sul do Reino Unido.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/
           National Interest
           https://br.sputniknews.com/