CURIOSIDADES

Remédio Radiotivo desintegrou a mandíbula e os ossos de atleta

remeradio105/03/2021, por Andre Luis Dias Custodio - Com a promessa de aliviar os problemas causados pela nicotina, os remédios radioativos foram uma verdadeira febre na primeira metade do século XX, especialmente para os excêntricos que levavam ...

um estilo de vida repleto de extravagâncias. Porém, seus efeitos a longo prazo podem ser catastróficos, e o que aconteceu com o rico socialite americano Eben Byers foi a prova de até onde o vício e o potencial de um medicamento bizarro podem alcançar. Ebenezer McBurney Byers foi uma notável personalidade norte-americana vista com bons olhos pela comunidade dos atletas, especialmente após vencer o campeonato nacional amador de golfe em 1906. O rapaz levava uma vida movimentada e era conhecido por ter uma libido excessivamente alta, regada pelo lucro e fama obtida como resultado da herança da empresa familiar Girard Iron Company, da qual se tornou presidente. Quando um acidente em uma locomotiva resultou no deslocamento de seu braço e na brusca interrupção em seu estilo de vida, algo que comprometeu de vez sua carreira como atleta, Byers foi encaminhado a um médico para realizar uma avaliação completa, e foi aí que conheceu o remédio Radithor, produzido pelo farmacêutico William J.A. Bailey, que prometia pagamentos em dinheiro para cada clínica que receitasse o medicamento.

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Rapidamente, Eben entrou em um estado de dependência absurdo, comprando Radithor para todos os seus conhecidos e recomendando prontamente a bebida. Totalmente obcecado e convencido sobre os efeitos "benéficos" do remédio, o playboy tomou sozinho cerca de 1400 frascos, e não demoraria a sentir os efeitos da radiação em seu corpo.

O triste fim de Eben Byers

Em 31 de março de 1932, Eben Byers foi oficialmente declarado morto, diagnosticado com múltiplos cânceres induzidos por radiação. Aos 51 anos, o ex-atleta sofria com a perda de peso, dores de cabeça e queda dos dentes, resultando na decomposição quase total de sua mandíbula inferior, deteriorada pelo excesso de rádio líquido. Por fim, seu advogado relatou que "todo o tecido ósseo restante do corpo estava se desintegrando e buracos estavam se formando em seu crânio", e Eben Byers foi enterrado com apenas seis dentes restantes. Já em 1949, o inventor da bebida foi encontrado morto por câncer na bexiga, e 20 anos depois seu corpo ainda permanecia quente, como resultado da contaminação pela substância radioativa.

 

O homem que bebeu suco radioativo até que seus ossos se desintegrassem e sua mandíbula caísse

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17/02/2021, por Brenno Quadros - Em 1896, o físico Henri Becquerel descobriu as propriedades radioativas do urânio. Em seguida, o casal de físicos Marie e Pierre Curie descobriram que outros elementos químicos como o polônio, o tório e o rádio também emitem radiação. Segundo o IFLS, não tardou até que as pessoas, empolgadas com a descoberta, começassem a criar produtos como a pasta de dente radioativa (veja a foto abaixo).

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Em 1927, o playboy esportista Eben Byersm caiu da cama de um trem e machucou o braço, o que teria prejudicado o seu desempenho nos esportes e no sexo. Para aliviar a dor, um médico receitou a ele uma bebida chamada ‘Radithor’ (possivelmente porque seu inventor oferecia dinheiro aos médicos por cada bebida prescrita). Por coincidência ou placebo, a dor de Byers desapareceu e ele a atribuiu a cura milagrosa ao Radithor, que era essencialmente rádio diluído em água. A partir de então, ele se convenceu dos benefícios da bebida e passou a enviar caixas do produto a colegas de trabalho e namoradas. O playboy deu Radithor até mesmo aos seus cavalos. Ele próprio afirmou ter bebido 1.400 frascos de 15 ml da bebida (que era cara).

Após alguns anos, ele começou a perder peso, ter dores de cabeça e muitos de seus dentes começaram a cair: «Toda a mandíbula superior de Byers, exceto dois dentes da frente, e a maior parte da mandíbula inferior foi removida. Todo o tecido ósseo remanescente de seu corpo estava se desintegrando e buracos estavam se formando em seu crânio.» – Declarou o seu advogado, na ocasião.

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Ele só soube que seu caso era terminal algumas semanas antes de morrer, aos 51 anos, quando apenas seis de seus dentes de cima ainda permaneciam em seu corpo. Após a sua morte, muitos outros médicos testemunharam sobre os efeitos nocivos da radiação, dando adeus à indústria do charlatanismo radioativo. Para minimizar os riscos à saúde de outras pessoas, ele teve que ser enterrado em um caixão de chumbo.

O inventor da Radithor, entretanto, insistiu que sua bebida era segura até morrer de câncer de bexiga, em 1949. Quando os pesquisadores médicos exumaram seu cadáver 20 anos depois, descobriram que suas entranhas foram devastadas pela radiação e que seus restos mortais ainda estavam quentes.

Fonte: https://www.metroworldnews.com.br/
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