PESSOAS ESPECIAIS

Benefícios e propriedades encontradas na casca do ovo

ovot cascaDurante muito tempo, o ovo foi considerado um vilão, pois diziam que ele aumentava o colesterol e os riscos de problemas cardiovasculares. Entretanto, especialistas afirmam que alguns estudos já comprovaram que ele não aumenta o colesterol a ponto de causar doenças cardiovasculares. O ovo é muito benéfico à nossa saúde, inclusive uma parte sua que é sempre descartada: a casca. O ovo é considerado um alimento protéico completo, e o corpo aproveita todos os seus nutrientes, conseguindo formar e dar manutenção às células, aos músculos e, inclusive, aos nossos anticorpos. 

É rico em vários nutrientes, como cálcio, ferro, as vitaminas do complexo B, A (importante para visão) e D e antioxidantes como a luteína e a xantina, que protegem a visão. O ovo também é rico em uma substância denominada colina, que é excelente para o sistema nervoso central, para a transmissão dos impulsos nervosos e para toda parte da membrana da célula.

A casca do ovo

A casca do ovo é uma rica fonte de cálcio, mineral essencial para a saúde, já que tem função estrutural no nosso corpo. Este mineral auxilia na formação dos ossos e dos dentes e, junto a outros elementos reguladores, garante a manutenção do equilíbrio no organismo. Embora seja essencial para a nossa saúde, é necessário ingerir o cálcio com cuidado, pois, em excesso, sobrecarrega o sistema digestivo e o excretor.

Após ser estudada e testada, a casca de ovo virou uma farinha que pode ser utilizada em vários pratos, como sanduíches, vitaminas, sucos etc. A casca também pode ser seca, triturada e acrescentada a preparos como feijão e salada. De acordo com especialistas, uma colher de café da casca do ovo ao dia já traz uma dose considerável de cálcio para a saúde. Além de ser indicado para a nossa alimentação, o pó da casca de ovo também pode usado na horta, vaso de plantas ou na alimentação dos animais.


10 jeitos de usar casca de ovo

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Por Mariana Viktor, 2012 - Composta basicamente de cálcio, a "embalagem" desse alimento serve para proteger a parte interna, onde se desenvolve o embrião. Em vez de jogar a casquinha fora depois de preparar o ovo, guarde-a para utilizá-la no jardim, na limpeza, na cozinha e até na decoração.

CONFIRA A SEGUIR DEZ DICAS INUSITADAS DESSA MARAVILHA DA NATUREZA!

1. Mosaico diferente

Se você gosta de fazer arte em casa, esmague cascas de ovos - antes lave-as e seque-as no forno - em pedacinhos pequenos e cole-os na tampa de uma caixa de madeira, formando um grande mosaico. Depois, é só colorir tudo com tinta plástica.

2. Decoração de festa

Que tal pintar ovos e recheá-los com confete de chocolate para dar como lembrança de Páscoa, aniversário, chá de bebê...? Fure uma das extremidades da casca com agulha e, com cuidado, abra uma pequena tampa na outra ponta. Assopre pelo buraco menor para que a clara e a gema saiam pela abertura do outro lado. Higienize o interior com água e sabão e seque a casca no forno. Daí é só preencher com os confetes, fechar a abertura com papel de seda e decorar com canetinha colorida, tinta, glitter...

3. Controle de pragas

Para impedir que lesmas e lagartas ataquem seus vasos, espalhe cascas de ovos esmagadas na terra, ao redor das plantinhas. O cálcio do invólucro do ovo mudará rapidamente o pH (índice de acidez) do solo, tornando-o menos ácido e afastando os bichinhos. Assim você evita o uso de pesticidas químicos!

4. Café menos ácido

Duas substâncias presentes nos grãos - o ácido clorogênico lactonas e o fenil indane - provocam acidez, que muitas vezes ataca estômagos mais sensíveis. Para neutralizá-la, use o pH alcalino da casca do ovo. Basta colocar uma casca (limpa) no filtro da cafeteira. A bebida não perde o sabor.

5. Abrasivo ecológico

Pense em quantas palhas de aço vão para o lixo diariamente e poluem o planeta. Pois cascas de ovos limpas e esmagadas substituem com eficiência esse produto na hora de limpar panelas e frigideiras. Basta colocar um punhado na esponja já ensaboada.

6. Sementeiras práticas

Se você gosta de ter à mão temperos frescos, experimente usar a casca de ovo como sementeira no seu jardim. Preencha metade de várias cascas com terra, coloque dentro a semente desejada e plante-as. Como as cascas são biodegradáveis (ao contrário dos potes plásticos), a muda fica em contato direto com o solo depois para crescer.

7. Terra superfértil!

A compostagem (decomposição de resíduos orgânicos, como restos de vegetais e legumes crus, que depois são transformados em nutrientes para a terra) é o método mais eficiente para reduzir o lixo doméstico. As cascas de ovos degeneram-se rapidamente numa pilha de compostagem, contribuindo com cálcio e outros minerais valiosos para o solo. Suas plantinhas ficarão mais fortes e bonitas!

8. Moldes para gelatina

Torne mágica a hora da sobremesa. Fure uma das extremidades da casca do ovo com agulha e, cuidadosamente, abra uma pequena abertura na outra ponta. Assopre o buraquinho menor para que a clara e a gema saiam do outro lado. Limpe o interior com água e sabão e seque a casca no forno. Agora preencha-a com o líquido da gelatina e feche o furinho menor com esparadrapo. Coloque o "recipiente" em pé na caixa de ovo e leve à geladeira para a gelatina endurecer. Retire o esparadrapo antes de servir (as crianças devem quebrar o "ovo" na hora de comer).

9. Lâminas afiadas

De tempos em tempos, triture algumas cascas de ovo (lave-as e coloque-as no forno para secar) no liquidificador. O atrito delas com as lâminas deixa o metal afiado. E não jogue fora o pó que se formou - guarde-o num vidro em temperatura ambiente. Rico em cálcio, ele pode ser misturado na farinha de bolos e pães (basta uma pitada) para complementar a necessidade do mineral na alimentação.

10. Alívio para picadas

Se você ou alguém da família passa o verão sofrendo com a alergia causada por picadas de mosquito, tenha sempre à mão esta receitinha natural, que alivia a vermelhidão e a coceira. Lave, seque e esmague a casca de ovo e deixe-a de molho por 2 dias num pequeno frasco de vinagre de maçã. Passe a solução na área afetada três ou mais vezes ao dia. Durante o molho no vinagre, forma-se o sal acetato de cálcio que, ao cristalizar, esquenta a pele trazendo sensação de conforto.


Pó da casca de ovo como fonte de cálcio: qualidade nutricional e contribuição para o aporte adequado de cálcio


Por Maria Margareth Veloso Naves - O pó da casca de ovo tem sido usado como fonte alternativa de cálcio, apesar da carência de dados sobre a qualidade nutricional desse produto. A presente investigação teve por objetivos: avaliar, em animais experimentais, a utiliização biológica do cálcio da casca de ovo. Pesquisar a qualidade mcrobiológica de amostras do produto distribuídas à população carente de Goiânia, e estimar a contribuição dessa fonte de cálcio adicionada a pratos de baixo custo para o aporate diário de cálcio. Constatou-se que o cálcio do ó da casca de ovo é tão biodisponível quanto o cálcio usado como padrão. O conteúdo de cálcio por porção de alimento preparado atingiu cerca de 25% das recomendações de ingestão do nutriente. Conclui-se que o pó da casca de ovo constitui uma fonte de cálcio de alto valor biológico e que pode contribuir de forma significativa para o aporte diário de cálcio, sobretudo das populações de baixa renda.

INTRODUÇÃO

A alimentação diária deve conter quantidades relativamente elevadas de cálcio (1.000-1.500 mg) para que as demandas fisiológicas de adolescentes, adultos ou idosos sejam supridas (Food...,1997; National...,1994). Uma alimentação deficiente em cálcio compromete a formação do tecido ósseo e induz à perda da densidade óssea, levando à osteoporose. Essa enfermidade não está restrita aos idosos, mas é também comum entre adolescentes com amenorréia, e representa um grave problema de saúde pública quer pela incapacidade física dos pacientes quer pelo tratamento prolongado das fraturas decorrentes da doença (West, 1998; Gurr, 1999).

Está bem documentado na literatura o fato de que a dieta de populações de diferentes países é deficiente em cálcio, fornecendo quantidades de cálcio que em geral não ultrapassam 50 % das quotas recomendadas de ingestão do mineral (Fleming & Heimbach, 1994; Lerner et al., 2000; Monge-Rojas & Nuñez, 2001). Isso ocorre porque o consumo de leite e produtos derivados (principais fontes alimentares de cálcio) não é, na maioria das vezes, suficiente para atingir o aporte adequado de cálcio, especialmente no caso de adolescentes e idosos (Lerner et al.,2000; National..., 1994; Gurr, 1999).

Sendo assim, têm-se proposto várias estratégias para aumentar o consumo de cálcio de indivíduos, grupos ou populações, tais como o incentivo à ingestão de alimentos-fonte e de alimentos fortificados e o uso regular de suplementos de cálcio (National...,1994). Todavia, a população de baixa renda não tem acesso a esses produtos. Assim, preconiza-se o uso de fontes alternativas de cálcio, como é o caso do pó da casca de ovo, comumente utilizado em programas sociais destinados à melhoria das condições de saúde das populações de baixa renda.

O cálcio está presente na casca de ovo na forma de carbonato de cálcio e na proporção de cerca de 40% do produto em pó. Além do aspecto econômico, o cálcio da casca de ovo apresenta vantagens nutricionais, pois não está associado a elevadas quantidades de proteína e sódio (como acontece, por exemplo, nos queijos), que podem induzir a um aumento da excreção renal de cálcio (Food..., 1997; Weinsier & Krumdieck, 2000).

Entretanto, os estudos sobre o valor nutritivo do cálcio da casca de ovo, incluindo a biodisponibilidade e qualidade microbiológica do produto, são escassos e pouco conclusivos. Assim, a presente investigação teve por objetivos: avaliar, em animais experimentais, a utilização biológica do cálcio do pó da casca de ovo; avaliar a qualidade microbiológica de amostras do pó distribuídas a populações carentes de Goiânia; e estimar a contribuição nutricional do produto adicionado em preparações de baixo custo, como fonte de cálcio.

MATERIAL E MÉTODOS

Esta investigação foi desenvolvida em três etapas, conforme descrito a seguir.

Avaliação da utilização biológica do cálcio do pó da casca de ovo

Realizou-se um ensaio biológico com 48 ratos Wistar, machos, recém-desmamados, procedentes do biotério de criação da BIOAGRI (Planaltina-DF). Os animais foram distribuídos aleatoriamente em seis grupos de oito ratos, sendo um grupo sacrificado ao início do experimento para determinação do cálcio ósseo basal (Grupo zero - G0). Os demais grupos foram mantidos, durante 28 dias, em gaiolas individuais no Laboratório de Nutrição Experimental/Faculdade de Nutrição/UFG, sob condições ambientais padronizadas, e recebendo rações formuladas segundo Reeves et al. (1993), contendo: 0% de cálcio (ração basal - RB); 50% das recomendações de cálcio para ratos (carbonato de cálcio [CaCO3] como cálcio-padrão [P50] e cálcio do pó da casca de ovo [C50, à base de caseína, e AF50, à base de arroz e feijão]) e 100% das recomendações de cálcio como cálcio-padrão (P100). Os pesos dos ratos e a ingestão de ração foram controlados, e ao final do experimento colheram-se os fêmures esquerdos dos animais.

As análises de cálcio nos ingredientes (pó da casca de ovo, caseína, arroz, feijão), nas rações e nos ossos dos animais foram realizadas no Laboratório de Análises Químicas da Agência Goiana de Desenvolvimento Industrial e Mineral- AGIM/GO, conforme Instituto..., (1985).

A utilização biológica do cálcio (UBCa%) foi estimada calculando-se a proporção do cálcio retido (teor de cálcio no fêmur ao final do experimento menos o cálcio ósseo basal do grupo G0) em função do cálcio ingerido (Ca retido/Ca ingerido x 100).

Pesquisa de microorganismos em amostras do pó da casca de ovo e padronização do modo de preparo

Foram colhidas onze amostras de diferentes lotes do produto formulados durante os meses de setembro a dezembro de 2001, em dois locais de produção de responsabilidade de voluntárias da Pastoral da Criança da Igreja Católica, na cidade de Goiânia. As análises microbiológicas foram realizadas no Laboratório de Microbiologia de Alimentos e Ambientes, do Departamento de Microbiologia do IPTSP/UFG, sendo pesquisados os seguintes microorganismos conforme American... (1992): mesófilos aeróbios e/ou facultativos viáveis, Staphylococcus aureus, coliformes totais e fecais, fungos e leveduras, Bacillus cereus e Salmonella.

Identificou-se o modo usual de preparo do pó da casca de ovo e elaborou-se um procedimento mais viável e seguro em termos higiênico-sanitários.

Estimativa da contribuição nutricional do pó da casca de ovo em pratos de baixo custo

Selecionaram-se oito pratos de baixo custo e de consumo usual na comunidade carente, que foram enriquecidos com o pó da casca de ovo como fonte de cálcio. As receitas foram testadas, padronizadas e preparadas no Laboratório de Técnica Dietética da Faculdade de Nutrição/UFG.

Estimou-se o conteúdo de cálcio das preparações e a contribuição de cada porção média para o aporte total de cálcio segundo a recomendação de ingestão de cálcio para indivíduos adultos saudáveis (Food..., 1997).

RESULTADOS

Na Tabela 1 estão apresentados os resultados dos teores médios de cálcio encontrados nos fêmures analisados, bem como os valores médios de utilização biológica do cálcio. Observa-se que a quantidade de cálcio presente nos fêmures dos animais que receberam cálcio da fonte-teste (C50 e AF50) foi semelhante àquela encontrada nos ratos que consumiram o cálcio-padrão (P50), o mesmo ocorrendo com a utilização biológica do cálcio (UBCa relativas ao padrão foram de 106% para C50 e de 97% para AF50). Esses dados comprovam que o cálcio na casca de ovo está tão biodisponível quanto o cálcio no CaCO3 usado como padrão, e que a natureza da ração (à base de caseína ou de arroz e feijão) não interferiu na biodisponibilidade (ou utilização biológica) do cálcio. Conforme esperado, constatou-se maior conteúdo de cálcio nos fêmures dos animais que consumiram a ração com maior concentração de cálcio (P100), o que determinou menor eficácia de utilização do mineral nesse grupo (UBCa = 2,16 %) em relação aos grupos P50, C50 e AF50 (diferenças significativas, p < 0,01).

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De acordo com as análises microbiológicas, não foram encontrados Bacillus cereus, Staphylococcus aureus, Salmonella e coliformes fecais nas amostras de pó da casca de ovo analisadas. Entretanto, a maioria das amostras estava contaminada com mesófilos aeróbios (73%), coliformes totais (55%) e fungos e leveduras (64%). Diante desses resultados, propôs-se o seguinte modo de preparo do pó da casca de ovo, visando assegurar a qualidade microbiológica do produto final: lavar bem as cascas de ovo em água corrente, mergulhá-las por cinco minutos em solução clorada a 1% (água sanitária - 10 mL/L), enxaguá-las bem e fervê-las por sete minutos em seguida secar as cascas à temperatura ambiente e triturá-las (moer em moinho tipo moedor de café) evitando contaminação do ambiente, do manipulador e de utensílios.

A adição do pó da casca de ovo às receitas de baixo custo não alterou a aparência nem o sabor das preparações, e resultou em teores significativos de cálcio nos alimentos preparados, conforme pode ser observado na Tabela 2. Esses teores são comparáveis aos de alimentos-fonte, como o leite, que contém cerca de 120 mg de cálcio/100 mL. Cada porção desses alimentos pode contribuir de forma relevante para o aporte diário de cálcio, sendo que a ingestão de duas porções diárias é capaz de cobrir cerca de 50% das recomendações de ingestão do mineral (Food..., 1997).

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DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

Sabe-se que as recomendações atuais de ingestão de cálcio para adultos e idosos são difíceis de serem alcançadas através da dieta, pois o consumo de produtos lácteos não é, em geral, suficiente para atingir essas recomendações (Food..., 1997; Gurr, 1999; National..., 1994; Weinsier & Krumdieck, 2000). No caso de adolescentes, a situação ainda é mais problemática pois necessita-se de uma ingestão mínima de 1.200 a 1.300 mg/dia para se alcançar a retenção máxima de cálcio no osso (Jackman et al., 1997; National...,1994).

Sendo assim, recomenda-se para adolescentes, e também para mulheres após a menopausa, o uso de suplementos de cálcio em doses de até 500 mg para complementar o cálcio da alimentação e assim assegurar uma melhor densidade óssea (Gurr, 1999; National...,1994).

Além disso, o baixo poder aquisitivo constitui um fator limitante para o consumo de leite e seus derivados. Assim, por ser a casca de ovo de fácil aquisição e o modo de preparo do pó, bastante simples, o produto pode representar uma fonte acessível de cálcio para as populações de baixa renda e contribuir de forma significativa para o aporte adequado do mineral.

Vale acrescentar que, para indivíduos que necessitam de um maior aporte de cálcio (adolescentes e mulheres após a menopausa), a complementação do cálcio da dieta com o pó da casca de ovo, ou com suplementos de cálcio em geral, é mais vantajosa do que a ingestão do mineral somente através de produtos lácteos. Isso porque os excessos de proteína e de sódio advindos da grande ingestão desses alimentos induzem a um aumento das perdas urinárias de cálcio (Food..., 1997; Weinsier & Krumdieck, 2000).

Conclui-se que o pó da casca de ovo, quando preparado de forma adequada, constitui uma fonte de cálcio de alto valor nutritivo e que pode contribuir de forma significativa para o aporte diário de cálcio, sobretudo das populações de baixa renda.

AGRADECIMENTOS

A autora agradece aos professores e alunos que colaboraram nos projetos de pesquisa mencionados no início do artigo, ao químico Luiz Sávio, da Agência Goiana de Desenvolvimento Industrial e Mineral (AGIM/GO), pelo apoio técnico e orientações concedidos durante as análises de cálcio, e ao CNPq pela concessão de três bolsas de iniciação científica (Pibic).

As informações divulgadas neste artigo são relativas a dois projetos de pesquisa desenvolvidos na UFG sob coordenação da autora: "Biodisponibilidade do cálcio da casca de ovo em rações à base de caseína e da mistura arroz-feijão" (nº cadastro PRPPG 30000000 32) e "Pó da casca de ovo como fonte alternativa de cálcio: qualidade microbiológica, suplementação em preparações de baixo custo e contribuição nutricional" (nº cadastro PRPPG 30000000 39). No primeiro projeto, participaram como colaboradores a Profª Drª Maria Sebastiana Silva (Fanut/UFG) e as acadêmicas Iana C. Cunha e Ilvana A. de Sousa (bolsistas Pibic/CNPq), e no segundo, a Profª Drª Maria Sebastiana Silva (Fanut/UFG), o Prof. Dr. Álvaro Bisol Serafini (IPTSP/UFG) e a acadêmica Carla Marques Maia (bolsista Pibic/CNPq). Os resultados dessas pesquisas foram apresentados no VI Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (Florianópolis, Livro de Resumos, p.121, 2001) e no XVII Congresso Brasileiro de Nutrição (Porto Alegre, Anais, p.157, 2002).

1Doutora em Ciência dos Alimentos (FCF/USP), professora da Faculdade de Nutrição/UFG e coordenadora do Laboratório de Nutrição Experimental(Lanute)/Fanut/UFG. E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

REFERÊNCIAS

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JACKMAN, L. et al. Calcium retention in relation to calcium intake and postmenarcheal age in adolescent females. Am. J. Clin. Nutr., v. 66, p. 327-333, 1997.
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WEST, R. V. The female athlete. The triad of disordered eating, amenohrrea and osteoporosis. Sports Med., v. 26, n. 2, p. 63-71, 1998.


Reutilize a casca de ovo de forma original

 

Talvez você já saiba que a casca de ovo pode fazer maravilhas para a sua compostagem, mas ela também é ótima para afastar pragas de plantas e limpar panelas e frigideiras, entre outras coisas. Isso por ser rica em cálcio, potássio e magnésio. Dê uma olhada abaixo em outras facilidades que a casca de ovo pode proporcionar:

1. Fazer velas

Para fazer velas caseiras, você vai precisar apenas de ovos, cera de abelha ou parafina (dica: reutilize a parafina de velas usadas, já que trata-se de um derivado de petróleo) e 20 cm de pavio. Modo de fazer: Quebre o ovo ao meio. Lave a casca e seque-a. Depois, faça uma abertura no centro da casca, para mais tarde ser inserido o pavio, e coloque a casca na caixa vazia de ovo, a fim facilitar na hora de colocar a parafina.

Derreta a cera de abelha ou a parafina reutilizada em banho-maria e, em seguida, coloque a ponta do pavio nela. Depois, coloque o pavio na abertura da casca. Em seguida, coloque cerca de 50 gramas de cera de abelha ou parafina derretida em cada casca com a ajuda de um funil e aguarde a secagem para poder acender a sua vela.

Se você quiser, é possível pintar o ovo antes de ele ser partido ou depois de a vela ser colocada em seu interior;

2. Afaste lesmas e lagartas

Proteja suas plantas de lesmas e lagartas com o auxílio das cascas de ovo. As lesmas odeiam rastejar em superfícies ásperas! Para isso, espalhe cascas de ovos esmagadas na terra, ao redor das plantas. O cálcio do invólucro do ovo mudará rapidamente o pH (índice de acidez) do solo, tornando-o menos ácido e afastando esses bichos. Desse modo, você evita também o uso de pesticidas químicos;

3. Limpe potes e panos

Na próxima vez que for limpar uma panela engordurada, acrescente alguns pedaços de cascas de ovo trituradas ao sabão que você usa normalmente. Esses pedaços da casca do ovo vão quebrar as partículas do alimento e ajudar a remover a gordura;

4. Vaso de planta

As cascas de ovo podem ser tornar lindos vasos para suas plantas pequenas. Quando você quebrar seus ovos, tente manter um pouco mais da metade da casca intacta. Faça um pequeno furo na parte inferior da casca, pois é por aí que a água vai escorrer, impedindo, assim, que acumule muita água na casca, o que não é bom para a planta.

Adicione um pouco de terra na casca e uma ou duas sementes (veja mais). Dica: Molhe suas mudas cedo e muitas vezes, além de colocá-las em um espaço acolhedor e bem iluminado com luz natural até que comecem a brotar;

5. Fertilize o solo

Por ser rica em cálcio, magnésio e potássio, a casca de ovo ajuda a evitar a podridão apical (que é um problema comum em tomates e outros vegetais de frutificação). Quanto mais contato das cascas com a terra, mais disponíveis esses nutrientes estarão para as plantas. Uma maneira simples de propiciar isso é transformando as cascas em pó. O primeiro passo na produção da farinha de cascas de ovos é colocar as cascas para secar na sombra, pois, quando expostas ao sol, elas perdem nitrogênio. Também não é aconselhável guardá-las para secar depois, pois a decomposição das partes orgânicas ainda úmidas poderá provocar cheiro desagradável e atrair animais indesejados, como moscas.

Algumas plantas, porém, podem não apreciar a leve alcalinização do solo que as cascas podem provocar, como é o caso de azaleias, prímulas, gardênias, plantas carnívoras etc. Nesse caso, coloque uma quantidade menor de farinha de cascas de ovos, a fim de evitar alterações no pH do solo;

6. Preparar o melhor café

Para evitar que seu café fique com sabor amargo, adicione casca de ovo triturada ao café moído que é colocado no filtro. O cálcio existente na casca do ovo reduz a acidez natural do café, fazendo com que ele fique mais suave. A casca também ajuda a retirar qualquer borra solta que vai para o fundo do copo. Com isso, você consegue tomar seu café despreocupadamente;

7. Melhorar a compostagem

As cascas do ovo são compostas principalmente por carbonato de cálcio, que é conhecido como "cal” no meio agrícola. Essa “cal” se decompõe rapidamente na sua pilha de compostagem, melhorando a fertilização do seu composto. Para fazer isso, você deve esperar até que as cascas de ovo se sequem e, em seguida, colocá-las em um saco plástico e apertá-las com a palma da sua mão até que sejam esmagadas. Feito isso, é só colocar as cascas na sua composteira;

8. Limpar ralos entupidos

Se os ralos da sua cozinha estão entupidos, algumas cascas de ovo podem ajudar a limpar as tubulações ao longo do caminho até o ralo, melhorando sua drenagem. É recomendável que você mantenha algumas cascas de ovo trituradas no filtro da pia de sua cozinha sempre que for possível.

Fonte: http://www.remedio-caseiro.com/
http://planetasustentavel.abril.com.br/
http://www.proec.ufg.br/
http://www.ecycle.com.br/