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Dímero-D: o que é, para que serve e o que significa o resultado

dimeroexame112/2021 - O dímero-D, também conhecido como D-dímero, é um dos produtos da degradação de fibrina, que é uma proteína que está envolvida com a formação do coágulo. Assim, quando existem alterações no processo de coagulação, é possível que exista uma maior quantidade de dímero-D circulante. O valor de referência de dímero-D no sangue é de até 0,500 µd/mL ou 500 ng/mL, sendo importante investigar a causa de valores aumentados desse marcador, o que pode ser feito por meio de exames de sangue como hemograma, exames que avaliam o fígado e dosagem de proteína C reativa, por exemplo.

Para que serve

A dosagem de dímero-D é normalmente indicada pelo clínico geral ou cardiologista com o objetivo de descartar a possibilidade de trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar, já que esse marcador está aumentado nessas situações. No entanto, por se tratar de um marcador da coagulação, o D-dímero pode também ser solicitado com o objetivo de avaliar o funcionamento da cascata de coagulação, já que após a ativação da fibrina para compor o tampão plaquetário, é ativada a via de degradação da fibrina, levando à liberação de produtos de degradação no sangue. No entanto, quando há alteração na coagulação, é possível verificar quantidade anormal dos produtos de degradação da fibrina, incluindo o dímero-D. Entenda melhor como acontece a coagulação. Dessa forma, além de servir para descartar a ocorrência de trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar, a dosagem do dímero-D também pode ser útil na investigação de situações que podem interferir na coagulação, como problemas cardíacos e inflamações, por exemplo.

O que significa dímero-D aumentado

A alteração dos níveis de dímero-D acontecem em situações em que há formação e degradação de coágulos, resultando no aumento anormal dos níveis no sangue dos produtos de degradação da fibrina, que é o principal componente dos coágulos. Assim, o aumento dos níveis de dímero-D está principalmente relacionado com o risco aumentado de trombose venosa profunda (TVP) e tromboembolismo pulmonar (TEP). No entanto, outras situações que podem levar ao aumento do D-dímero são:

Coagulação intravascular disseminada;
Após grandes cirurgias;
Grandes traumas;
Durante a gravidez;
Doenças cardíacas, renais ou hepáticas;
Inflamações;
Uso de anticoagulantes;
Alguns tipos de câncer;
COVID-19, em alguns casos.

Além da avaliação do dímero-D, é importante que sejam realizados outros exames que ajudem a identificar a causa do aumento desse marcador. Assim, de acordo com o histórico de saúde da pessoa e presença de sintomas, pode ser recomendado pelo médico a realização do hemograma, exames para avaliar a função do fígado, rins e coração e dosagem da lactato desidrogenase e proteína C reativa. Outros exames que podem ser solicitados juntamente com o D-dímero são tempo de protrombina, tempo de trombina, tempo de sangramento e tempo de tromboplastina parcial, que são exames que fazem parte do coagulograma e que permitem avaliar se o processo de coagulação está acontecendo normalmente. Saiba mais sobre os exames do coagulograma.

Dímero-D e COVID-19

O aumento do dímero-D é um achado laboratorial comum em casos de COVID-19, isso porque na tentativa do organismo de combater o vírus responsável pela doença, há liberação de grande quantidade de citocinas, o que provoca lesão nos vasos sanguíneos e ativa a cascata de coagulação. Dessa forma, há ativação de grande quantidade de fibrina e, consequentemente, da via responsável por degradar essa proteína, aumentando os níveis de D-dímero circulantes. Dessa forma, o aumento dos níveis desse marcador no sangue podem ser indicativos de infecção e, dependendo dos valores, podem ser sugestivos de maior gravidade de COVID-19 e do risco de coagulação intravascular e trombose, sendo nesses casos necessário internamento. No entanto, é importante também que sejam avaliados os níveis de fibrina, quantidade de plaquetas e tempo de protrombina e os sintomas apresentados pela pessoa.

 

Dímero-D alto: entenda o que significa esse resultado

 

24/02/2021 - Quando há uma lesão ao corpo, ou vaso sanguíneo, um coágulo se forma no organismo. Ocorre produção e deposição de fibrina para que ele seja formado. A fibrina forma uma malha para que as plaquetas amontoem-se e deem início ao processo de coagulação. Quando a injúria ao tecido é curada, o coágulo é degradado. Esta quebra dá origem a fragmentos denominados produtos da degradação da fibrina, e o Dímero-D é um destes produtos. O exame de Dímero-D possui uma alto valor preditivo negativo (VPN), cerca de 99%, ou seja, se o resultado do exame for negativo, a chance do paciente possuir qualquer uma das situações é descartada. Entretanto, este VPN diminui de acordo com a idade do paciente chegando a aproximadamente 30% aos 80 anos.

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O que causa o aumento do Dímero-D?

Diversas são as situações que podem causar a elevação deste produto, as principais são a trombose venosa profunda (TVP) e o tromboembolismo pulmonar (TEP). A TVP é a formação e impactação de um coágulo em alguma veia das pernas, normalmente após uma viagem longa, na qual o paciente fica sentado por muito tempo. O TEP ocorre quando há obstrução de algum dos vasos pulmonares por um trombo (coágulo) proveniente de uma TVP anterior ou uma arritmia cardíaca. Outras situações podem ocasionar o aumento do Dímero-D, como a coagulação intravascular disseminada, gestação, alguns casos de câncer, idade avançada, estados inflamatórios, grandes traumas, pós-operatórios, entre outras.

O que causa a TVP e o TEP?

A TVP ocorre, geralmente, em pacientes que passam muito tempo sentados, não andando por várias horas. Para que o sangue retorne das veias das pernas para o coração, é necessário que o paciente ande. Desta forma, os músculos contraem funcionando como uma bomba, que impulsiona a circulação contra a gravidade. Quando o sangue fica parado por muito tempo, existe a probabilidade que ocorra coagulação dentro dos vasos sanguíneos, interrompendo esta volta ao coração. Quando o coágulo proveniente de uma TVP é quebrado, pedaços menores podem se deslocar pelos vasos e chegarem até o coração. As câmaras cardíacas são relativamente grandes, quando comparadas ao trombo, e esse coágulo passará diretamente por elas indo em direção à circulação pulmonar. O calibre dos vasos pulmonares diminui progressivamente, o que ocasionará a parada do trombo ocluindo a artéria e promovendo a sintomatologia da TEP.

Quais são os sintomas de TVP e TEP?

Na TVP a sintomatologia será, principalmente, limitadza à perna afetada. Os sinais desta situação incluem: dor no membro com vaso ocluído, aumento da temperatura da perna afetada, inchaço, além de rigidez. No caso da TEP, os sintomas serão mais severos e o paciente poderá apresentar: dificuldade para respirar, dor no peito, hipóxia (diminuição da concentração de oxigênio no sangue). Também podem estar presentes, no tromboembolismo pulmonar, mas menos frequentes, sinais como: tontura, desmaios, tosse produtiva, crises convulsivas, febre, rebaixamento do nível de consciência, entre outros.

Fonte: https://www.tuasaude.com/
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