CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Cientistas supercarregam células musculares humanas ingetando-as com "soro de urso"

serumurso118/07/2022 - Parece premissa para um filme de super-herói! Em notícias que parecem levar a um novo super-herói estranho, cientistas japoneses dizem que células musculares humanas cultivadas podem ficar inchadas com uma injeção de soro de urso. O segredo, de acordo com um comunicado de imprensa da Universidade de Hiroshima, é a capacidade dos ursos de hibernar por longos períodos de tempo sem perder massa muscular.

Os humanos vivem com uma regra de "use ou perca" quando se trata de ganho muscular e atividade física, mas os ursos não têm o mesmo problema. Os ursos hibernantes ficam meses sem comer ou beber, mas não perdem massa muscular ou força significativa quando acordam. Os seres humanos começam a perder massa muscular após três semanas de inatividade, e períodos prolongados de ficar parado sem comer ou beber podem levar a sérios problemas de saúde ou até a morte. Uma equipe de pesquisadores da universidade publicou um estudo sobre suas descobertas na revista PLoS ONE no início deste ano.

“Os animais em hibernação são provavelmente mais bem descritos sob o fenômeno ‘sem uso, mas sem perda’, pois há resistência potencial à atrofia muscular durante condições contínuas de desuso”, disse o autor do estudo, Mitsunori Miyazaki, no comunicado à imprensa. Os cientistas ainda não sabem exatamente o que faz com que as proteínas e compostos nos músculos dos ursos reajam à hibernação da maneira que reagem, mas a resposta pode ser a chave para melhorar a qualidade de vida dos humanos.

"Ao identificar esse 'fator' na hibernação do soro do urso e esclarecer o mecanismo inexplorado por trás dos 'músculos que não enfraquecem mesmo sem uso' em animais hibernantes, é possível desenvolver estratégias eficazes de reabilitação em humanos e evitar ficar acamado no futuro". Claro, ser levantado e levantar uma tonelada de pesos é legal. Mas talvez um dia possamos sobrecarregar nossos músculos de uma maneira totalmente nova.

Fonte: https://futurism.com/