2023 - Pela primeira vez na história, foi estabelecida uma conexão eletrônica entre o cérebro, o corpo e a medula espinhal de um indivíduo paralisado. Avançando na tecnologia controlada pela mente, implantes cerebrais possibilitaram a recuperação dos movimentos dos braços e das mãos de um homem previamente paralisado do pescoço para baixo. Keith Thomas, vítima de paralisia após um acidente de mergulho, participou de uma pesquisa clínica inovadora voltada para a restauração duradoura do movimento físico e da sensibilidade tátil em pacientes. Aos 45 anos, Thomas tornou-se o pioneiro no uso desta tecnologia, sendo o primeiro humano a se beneficiar desse avanço. Além dos implantes cerebrais, a equipe multidisciplinar ...
composta por pesquisadores, engenheiros e cirurgiões especializados em medicina bioeletrônica desenvolveu algoritmos de inteligência artificial (IA) para reconectar o cérebro à estrutura corporal e à medula espinhal.
Este "duplo desvio neural" estabelece uma ponte eletrônica, permitindo que a informação flua novamente entre o corpo e o cérebro do Sr. Thomas. Isso resulta na restauração de movimentos e sensações em sua mão, mesmo em ambientes externos ao laboratório. Este feito histórico representa um marco significativo no desenvolvimento da medicina e na aplicação bem-sucedida de tecnologias avançadas para melhorar a qualidade de vida de indivíduos com limitações motoras.
O homem de 45 anos é o primeiro ser humano a usar a tecnologia
"Pela primeira vez na história, houve a integração eletrônica do cérebro, corpo e medula espinhal em um indivíduo paralisado, visando restaurar movimentos e sensações duradouras", declarou Chad Bouton, o principal pesquisador do estudo. A equipe de pesquisa compartilhou os notáveis avanços observados em Thomas após uma cirurgia cerebral aberta que durou 15 horas, realizada em março.
Bouton explicou: "Quando o participante do estudo pensa em movimentar o braço ou a mão, sobrecarregamos a medula espinhal, estimulando o cérebro e os músculos para reconstruir conexões, proporcionar feedback sensorial e promover a recuperação." Ele destacou que essa abordagem terapêutica baseada no pensamento representa uma mudança significativa. Bouton também observou que algumas sensações persistem mesmo quando o computador está desligado.
Durante o auge da pandemia em 2020, um acidente de mergulho resultou em lesões na coluna vertebral para o Sr. Thomas, deixando-o incapaz de mover-se e sentir do peito para baixo. Enfrentando mais de seis meses de solidão no hospital, encontrou nova esperança ao participar do ensaio clínico conduzido pelo Professor Bouton.
"Já houve um período em que nem mesmo sabia se continuaria a viver, ou se isso era algo que realmente desejava. Agora, posso perceber o toque de alguém segurando minha mão. É verdadeiramente notável", expressou o Sr. Thomas.
"A única aspiração que tenho é auxiliar os outros. Sempre foi minha habilidade mais destacada. Se isso puder beneficiar alguém da mesma maneira que me beneficiou em algum momento, considero que vale a pena."
Atualmente, mais de cem milhões de pessoas ao redor do mundo enfrentam desafios relacionados a deficiências motoras ou paralisia. Os pesquisadores almejam que, em algum momento no futuro, essa tecnologia proporcione a essas pessoas a capacidade de viver vidas mais plenas e independentes.
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