QUALIDADE DE VIDA

Dinitrofenol: risco à saúde!

ditrim topoO 2,4-dinitrofenol (DNP'), é um composto orgânico, nitroderivado, de fórmula C6H4N2O5. Trata-se de um sólido inodoro e de cor amarela. É utilizado no fabrico de tintas, conservantes de madeira, herbicidas,pesticidas e explosivos. Os dinitrofenóis são uma classe de compostos, dos quais existem seis membros, isômeros de posição, que não ocorrem naturalmente e são todos sintéticos.

Não deve ser confundido com o radical 2,4-dinitrofenil da farmacologia e bioquímica, utilizado para a produção de vacinas e análises bioquímicas, também abreviado como DNP. Durante os anos 30, o 2,4-DNP foi amplamente prescrito nos EUA como um fármaco para tratamento da obesidade. No entanto, no documento Federal Food, Drug and Cosmetic Act (EUA) de 1938, o 2,4-DNP foi descrito como uma substância "extremamente perigosa e imprópria para consumo humano" e o seu uso como fármaco foi proibido. Esta proibição surge no seguimento de relatos de efeitos adversos graves, como o aparecimento de cataratas e hipertermia, que pode levar à morte.

O 2,4-DNP é, atualmente, vendido através da Internet sob diferentes designações. Os produtos que se encontram disponíveis online estão maioritariamente direcionados para praticantes de culturismo, já que o 2,4-DNP favorece a perda de gordura mas mantém a massa muscular. É possível, através da Internet, adquirir grandes quantidades da substância, quer sob a forma de pó, comprimidos ou cápsulas.

Leia também - Os 10 alimentos mais saudáveis do mundo

É de salientar que, apesar de o 2,4-DNP ser publicitado como uma substância segura, os riscos da sua administração ultrapassam largamente os benefícios. O 2,4-DNP possui uma janela terapêutica muito estreita; isto é, o intervalo entre a dose “segura” e a dose tóxica é muito pequeno, sendo assim extremamente fácil entrar num estado de overdose.

 

Dinitrofenol é remédio perigoso que acelera metabolismo e pode levar à morte

 ditrim1

Por Mariana Bueno - O Dinitrofenol (ou DNP) é um remédio para emagrecer comercializado na internet que promete acelerar o metabolismo e fazer perder peso muito rápido. Esse efeito, contudo, é perigosíssimo e pode levar à morte, segundo alerta da Interpol. A Polícia Internacional classifica o medicamento como "droga ilícita e potencialmente letal" e recomenda que ninguém faça uso da substância.

Riscos do Dinitrofenol (DNP)

A pílula de DNP aumenta consideravelmente a temperatura corporal e a taxa metabólica, fazendo com que haja, realmente, uma diminuição de peso rápida. Mas esse suposto benefício é exatamente o que pode fazer mal e levar à morte, como aconteceu com a estudante inglesa Eloise Aimee Parry, que faleceu após ingerir oito cápsulas do remédio e ficar com o corpo "queimado" por dentro.

Leia também - Amaranto

Em entrevista ao jornal The Independent, a mãe de Eloise desabafou. "A maioria de nós não acredita que os comprimidos para emagrecer podem matar. Mas o DNP não é pílula de emagrecimento, é uma toxina letal", disse.

Como o DNP funciona no organismo

O potencial emagrecedor dessa substância, segundo matéria do Jornal O Globo, foi descoberto durante a Primeira Guerra Mundial, quando ela era empregada na fabricação de explosivos. Os operários expostos ao dinitrofenol perderam muito peso e isso chamou atenção para o potencial do produto. O que acontece é que, ao ser ingerido, ele aumenta a temperatura corporal e pode causar um efeito perigoso, fazendo o corpo "cozinhar". Apesar de seu consumo ter sido proibido na década de 30, ainda hoje há muitos usuários do produto, já que ele é facilmente encontrado para vender na Internet, muitas vezes com o nome de herbicida agrícola.

 

Substância usada em explosivos há um século virou mania nas academias para perder peso

 ditrim2

07/02/2014 - Quatro mortes no Reino Unido e até 60 outras no mundo foram atribuídas à substância 2,4-dinitrofenol (DNP), composto químico popular entre bodybuilders e pessoas com transtornos alimentares. Mas o DNP não é novo e seus efeitos letais são conhecidos por um século: o primeiro uso deste princípio ativo em escala industrial aconteceu na França, durante a Primeira Guerra Mundial, na produção de explosivos. Os trabalhadores expostos ao DNP apresentaram perda de peso, fadiga, suor excessivo e alta temperatura corporal. Muitas mortes ocorreram antes que medidas de segurança fossem tomadas, segundo o jornal “The Guardian”.

Tais observações levaram os pesquisadores Maurice Tainter e Windsor Cutting, da Universidade de Stanford, a estudar os efeitos do DNP; em 1933 eles relataram que o metabolismo era estimulado em 50% com o uso da substância. Estoques de gordura e carboidratos desapareciam, levando a uma perda de 1,5kg por semana sem que fosse necessária qualquer restrição alimentar. Os pesquisadores viram o potencial do DNP no tratamento para perda de peso, mas alertaram sobre os perigos desconhecidos do uso prolongado e do potencial de superaquecimento fatal com a administração de altas doses.

Como a perda de peso sem dieta é um sonho, as observações dos pesquisadores ficaram para trás e, em um ano cerca de cem mil pessoas tinham tomado DNP nos EUA, através de vendas sem prescrição ou supervisão. De início a droga parecia segura, mas conforme o número de pacientes aumentava ou usava por longos períodos, vários efeitos colaterais foram relatados, como lesões de pele e uma epidemia de catarata decorrente do DNP. Um homem literalmente cozinhou até morrer com a temperatura corporal de 43,3ºC. Em 1938 o DNP foi considerado extremamente perigoso e não adequado para consumo humano.

Leia também - Colesterol ou triglicérides: qual pesa mais na sua saúde?

Em 1948, os bioquímicos W F Loomis e Fritz Lipmann, da Universidade de Harvard, mostraram que o DNP interrompe a geração de energia nas células, por isso ajuda a emagrecer. Em 1960, o médico russo Nicholas Bachynsky conheceu os efeitos do DNP ao traduzir jornais médicos russos para o governo americano. Os russos tinham usado DNP para manter os soldados aquecidos durante o inverno, tendo como principal efeito colateral a perda de peso. Nos anos 1980 Bachynsky usou esse conhecimento criando clínicas de emagrecimento com a promessa de perda de peso de até 7 kg por semana. Cerca de 14 mil pacientes fizeram seu programa e Bachynsky ficou rico.

Reclamações sobre os efeitos colaterais da droga se acumularam na FDA e surgiram ações legais contra Bachynsky, baseadas no uso de uma droga não aprovada, mas só em 1986 uma liminar preventiva foi emitida contra o uso de DNP. Mesmo assim ele continuou tratando pacientes com DNP até ser condenado por fraude de seguros e acabar na prisão. Na prisão Bachynsky conheceu Dan Duchaine, conhecido como “guru dos esteroides”, preso por vender ilegalmente estas drogas. Nos anos 1990, já fora da prisão, Duchaine promoveu o DNP no meio do bodybuilding e a substância foi ressuscitada mais uma vez.

 

 

Fonte: https://pt.wikipedia.org
           https://www.vix.com
           https://oglobo.globo.com