PESSOAS ESPECIAIS

Nikola Tesla - Parte 3

tesla5O SDI e a Bobina Tesla  - O mês passado falamos a respeito de um espantoso feito hack que Nikola Tesla tinha realizado – refletindo uma onda elétrica através do planeta, em 1899, e fazendo o maior raio artificial já feito. Este mês, deixem-me dar uma pequena fundamentação política. Em outubro último fui ao Hackercon 2.0, uma reunião de hackers de computador, os quais vêm de todo lugar. Foi um fim-de-semana informal em um acampamento nas ...

colinas a oeste de Santa Clara. Uma das mais interessantes recordações do Hackers 2.0 foram as numerosas diatribes contra o Strategic Defense Initiative [Iniciativa de Defesa Estratégica, mais conhecido por Guerra nas Estrelas - N.T.]. A maioria dos locutores afirmava que ele era impossível, mencionando problemas técnicos. Assim, muitas pessoas sentiram-se obrigadas a queixar-se contra o SDI, referindo-se jocosamente à conferência como "SDIcon 2.0". Provavelmente, o ponto alto (?) da conferência foi Jerry Pournelle e Timothy Leary no palco debatendo sobre o SDI.

Deixarei a descrição à sua imaginação – foi tudo que vocês podem pensar, e muito mais. Pessoalmente, eu estava perturbado de ver tantos talentosos hackers adotando a atitude de "não vamos nem mesmo tentar". Não foi assim que os micros surgiram. Mencionei a um jornalista da revista Time que, se alguém podia fazer o SDI funcionar, eram os hackers que estavam ali. Eu também acreditava que o maior de todos os hackers, Nikola Tesla, tinha resolvido o problema técnico do SDI já em 1899. O fato ocorreu há muito tempo atrás, e foi tão espantoso, que é bem capaz de ter sido esquecido; descrevi-o no último número [artigo anterior - N.T.]. Deixem-me apresentar meu caso sobre a Bobina de Tesla e o SDI.

O Uso Pelos Soviéticos da Bobina Tesla

Você se lembrará que eu disse que Tesla tinha nascido na Iugoslávia (na época, a "Servo-Croácia"). Ele não é desconhecido lá; ele é lembrado como um herói nacional. Vejam o museu Nikola Tesla em Belgrado, por exemplo. Tem sido captadas interferências deste lado do planeta, as quais estão causando problemas nas faixas de radioamadores. Equipamentos radiogoniômetros tem rastreado uma interferência na faixa de SW [ Single Wave - Onda Contínua, geralmente usada para comunicações em Código Morse - N.T.], de duas fontes na União Soviética, as quais são aparentemente duas Bobinas de Tesla de alta potência. Por que estariam os soviéticos mexendo com Bobinas de Tesla? Há uma estranha teoria de que eles estão sujeitando o Canadá a uma interferência elétrica de baixo nível, para causar mudanças de atitude [comportamento]. (Suspiro). Em direção contrária, há uma outra teoria, bem mais crível, que eles estão conduzindo pesquisas em radares "além do horizonte", usando as idéias de Tesla (os soviéticos certamente não irão dizer o que eles estão fazendo). Quando li sobre estes testes, fiquei preocupado. Não acho que eles estão mexendo com controle de atitude ou com radar. Acho que eles estão fazendo exatamente o que Tesla fez em Colorado Springs.

Computadores e Aterramento

É tempo de outra discussão sobre aterramento. Considere o seu computador. Você sem dúvida já foi avisado sobre eletricidade estática, e de sempre ligar-se à terra (descarregando a estática para a terra, um escoadouro elétrico) antes de tocar o seu computador. Empresas fabricam spray anti-estática para os tapetes. A [eletricidade] estática tem uma faixa de 20.000 a 50.000 volts. Chips de computador funcionam com cinco a doze volts. A isolação interna é feita para aquela voltagem máxima. Quando eles são atingidos por [eletricidade] estática em um escala de milhares de volts, a isolação é perfurada, e o chip é arruinado. Incontáveis computadores tem sido danificados desta forma.

Leia qualquer manual de chips de memória do PC, e você verá avisos sobre [eletricidade] estática; é um grande problema. Mas Tesla estava trabalhando com faixas de milhões de volts. E sua idéia especial – de que o solo em si mesmo podia ser o condutor – adquire agora relevância, aproximadamente um século após a sua dramática demonstração em Colorado Springs. Então, você vê, em nossa sabedoria nós temos aterrado nossos computadores, para protegê-los da [eletricidade] estática.

Nós sempre assumimos que o solo é um escoadouro de eletricidade. Então, com nosso plugues de três pinos, nós aterramos qualquer coisa – os dois pinos redondos na tomada da parede vão para a fiação de energia elétrica (vivo e neutro); o terceiro, o pino redondo, vai direto para a terra. Aquele terceiro pino é comumente ligado através de um fio grosso para um cano de água [metálico], que efetivamente o aterra.

Tesla provou que você pode aplicar ao chão uma carga terrível, de milhões de volts de eletricidade em alta freqüência (Tesla fez sua enorme bobina funcionar em 33 KHz). Lembrem-se, os relâmpagos que saíam de sua Bobina estavam vindo da onda refletindo-se acima e abaixo pelo planeta. Em resumo, ele estava modificando o potencial elétrico do solo, transformando-o de um escoadouro elétrico para uma fonte elétrica.

Tesla fez sua experiência em 1899. Lá não haviam, à época, computadores pessoais com chips delicados ligados à terra. Se houvessem, ele teria fritado cada um deles, em Colorado Springs. Havia, contudo, um equipamento elétrico ligado, à época da experiência, à terra: o gerador da cidade. Ele podia queimar e dar fim à experiência de Tesla. A causa desta falha também é interessante. Ele queimou por causa do "high frequency kickback", uma coisa que muitos engenheiros eletricistas conhecem. Tesla esqueceu que um gerador alimenta-se de potência, e ele estava energizando-o com alta freqüência de sua Bobina. Alta freqüência rapidamente aquece o isolamento; um forno de microondas funciona pelo mesmo princípio. Em poucos minutos, a isolação dentro do gerador aqueceu tanto que ele queimou. Quando as luzes se apagaram em Colorado Springs, esta foi a primeira prova de que a idéia de Tesla tinha possibilidades estratégicas.

É assustador. Imaginem uma Bobina de Tesla, ocupada bombeando uma onda elétrica na Terra. Deste lado do planeta, ele estava conseguindo raios de 39 metros, os quais possuem um diabo de um monte de voltagem e de corrente. E uma simples teoria de ondas mostrará a vocês que aquela espécie de potencial existe também do outro lado do planeta. Lembrem-se, a onda estava se refletindo para lá e para cá, sendo reforçada de cada vez. A grande questão é: quão concentrado o pólo elétrico oposto será. Ninguém sabe. Mas parece provável que a área alvo no solo do lado mais distante poderia ser sujeita a uma considerável interferência elétrica. E se um equipamento computadorizado é ligado à terra, esperançosamente assumindo que a terra jamais será uma fonte de eletricidade, isso será muito ruim para esse equipamento.

Esta espécie de interferência elétrica torna a estática insignificante, por comparação. E não é preciso muita diferença em potencial de terra para destruir um computador ligado a ela. Descargas de raios causam uma cintilação temporária na voltagem de terra; lembro-me de trocar chips de driver em uma rede de computadores que tinha sido atingida por um raio, quando eu morava em Austin. Imaginem o efeito em relativamente delicados [circuitos] eletrônicos, se alguém liga uma Bobina de Tesla no outro lado do planeta, e submete o solo a abruptas mudanças elétricas. As aplicações militares são bastante óbvias – aqueles ICBM [Inter-Continental Ballistic Missile – Mísseis Balísticos Inter-Continentais - N.T.] no Dakota do Norte, por exemplo. É possível que eles possam ser danificados em seus silos, e a partir de uma distância de milhares de quilômetros. Fazendo funcionar duas ou mais Bobinas, você não tem de estar, tampouco, exatamente do outro lado do planeta. Efeitos de interferência podem dar-lhe os pontos remotos que precisar, com sintonias variadas. Pode ser, apenas pode ser, que os soviéticos não estejam fazendo radares "além do horizonte". Pode ser que eles só estejam se ocupando na leitura das anotações de Tesla. E pode ser que eles estejam sintonizando uma grande e real surpresa com as suas bobinas gêmeas.

“Guerra nas Estrelas” e a Bobina Tesla

Vocês já ouviram sobre a Strategic Defense Initiative [SDI], ou "Guerra nas Estrelas". Nós estamos procurando por uma maneira de parar um ataque nuclear. Exatamente agora, estamos tendo toda espécie de projetos de pesquisa em alta potência, com ênfase em "nova tecnologia". Laser Excimer [excimer - uma molécula diatômica em um nível acima do menor estado energético possível – N.T.], técnicas de destruição cinéticas, e mesmo idéias mais exóticas. Como sabem muitos de vocês que têm escrito programas para computadores, é danado de difícil fazer alguma coisa "nova" funcionar. Pode ser um erro, apegar-se exclusivamente ao "novo". Não seria alguma coisa, se a solução para o SDI estivesse cem anos no passado, no brilho esquecido de Nikola Tesla? Por certo agora nós podemos imobilizar [o equipamento] eletrônico de instalações de metade do planeta. A tecnologia para fazer isto foi conseguida em 1899, e prontamente esquecida. Lembrem-se, não estamos falando aqui de algo vago, ou de teorias não provadas. Estamos falando do recorde mundial de raios, e do inventor daqueles sistemas de energia que acendem as luzes de sua casa à noite.

A Bobina Tesla Funciona

Tudo que temos que fazer é construí-la. Você pode não acreditar na história sobre Tesla em Colorado Springs, e no ele fez. É realmente espantosa. Por causa dela, ele foi esquecido. E não tenho certeza se você quer ouvir sobre a conexão SDI. Mas, quando você trabalhar em um computador, deve lembrar dele. Sua bobina de Tesla fornece a alta voltagem para o tubo de imagem [monitor] que você usa. A eletricidade para o seu computador vem de um gerador de C.A. de Tesla, enviada através de um transformador, e chega à sua casa através de um transformador de força de três fases de Tesla. As invenções de Tesla... elas ainda estão por aí...

Nosso Mundo atual seria MUITO diferente….

Aquele celeiro com uma torre de 27 metros de altura guardava segredos incríveis. Pouco se sabia sobre o que estava acontecendo lá, mas uma coisa era certa: era algo que beirava o sobrenatural.

Estamos em Colorado Springs, estado do Colorado, Estados Unidos. O ano é 1899. A população de Colorado está curiosa sobre o que este grande inventor está tramando, mas respeita os sinais ao redor do perímetro onde está escrito: "MANTENHA A DISTÂNCIA - GRANDE PERIGO". Mesmo assim, eles logo sentem os efeitos da experiência. Faíscas saem do chão conforme eles andam pelas ruas, penetrando em seus pés pelos sapatos. A grama ao redor do prédio de brilha com uma pálida luz azul. Objetos de metal segurados próximos a hidrantes descarregam raios elétricos em miniatura á vários centímetros de distância. Lâmpadas acendem espontaneamente a quinze metros de sua torre sem nenhum contato com fios e mesmo com interruptores desligados. É uma cena esquisitíssima!

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Seus assistentes montaram um laboratório único nos arredores da cidade, que parecia mais com um grande celeiro embaixo de uma torre. Este era o "Transformador Amplificador", que dizem ser a maior de suas invenções. Naquele momento estavam apenas sintonizando o equipamento. Estes eram os efeitos colaterais do ajuste do transformador amplificador à Terra. Uma vez que ele estava adequadamente calibrado, o cientista estava pronto para conduzir a maior obra de sua carreira, usando todo o planeta como cenário.

Numa noite de 1899, o cientista aciona sua máquina em força total na esperança de produzir um fenômeno que ele chamará de "crescente ressonante". Sua torre descarrega na Terra dez milhões de volts. A corrente atravessa o planeta na velocidade da luz, forte o bastante para não morrer antes do final. Quando ela chega ao lado oposto do planeta, ela é rebatida de volta, como círculos de água voltando à sua origem. Ao voltarem, a corrente está bem fraca, mas o cientista emite uma série de pulsos que se reforçavam um ao outro, resultando em um forte efeito cumulativo.

No ponto de observação, de onde o cientista e seus assistentes assistem, a crescente ressonante manifesta-se como uma demonstração alienígena de raios que ainda estão até hoje catalogados como a maior descarga elétrica da história. A corrente de retorno forma um arco voltaico que eleva-se até o céu por dezenove metros. Trovões apocalípticos são ouvidos a trinta e três quilômetros de distância. O cientista, antes, preocupado com a possibilidade de haver um limite para a geração de descargas ressonantes, descobre, naquele evento, que o potencial é ilimitado. A experiência faz com que o gerador de força de Colorado Springs incendeie e isso faz com que o fornecimento de energia, antes gratuito para as suas experiências, venha a ser interrompido.

O cientista dessa história é Nikola Tesla, nascido em 9 de julho de 1856, na vila de Smiljan, na Croácia, exatamente à meia noite. Desde o início de sua infância, ficou claro que Tesla era uma mente extraordinária. Seu pai, Milutin Tesla, o ajudou a fortalecer sua memória e raciocínio através de uma grande variedade de constantes exercícios mentais. Sua mãe, Djouka Tesla, vinha de uma longa linhagem de inventores. Tesla tornou-se famoso por suas palestras ao demonstrar invenções e conceitos como mágica. Os leigos ficavam encantados pelos raios elétricos que saíam de suas bobinas brilhantes, e lâmpadas sem fio que se acendiam ao entrarem em contato com sua mão. Isso fez com que Tesla ficasse conhecido como um ilusionista, tamanho o espanto que provocava.

A transmissão sem fio de energia elétrica torna-se a maior pesquisa de sua carreira. Descobre que um tubo de vácuo colocado em proximidade com uma bobina Tesla instantaneamente começa a brilhar, sem fios e nem sequer um filamento dentro do tubo brilhante. Ressonância elétrica era a base da descoberta. Ao determinar a frequência da corrente elétrica necessária, Tesla era capaz de ligar e desligar séries de lâmpadas diferentes à metros de distância.

Ele tornou-se um cidadão americano em 1891, e sua nova tecnologia seria seu presente de agradecimento para seu país adotivo: Um meio de transmitir energia instantâneamente, através de qualquer distância, pelo ar. Energia grátis para todos. Aqui Tesla comete o seu primeiro e o pior de todos os seus erros. Ser um humanista na terra onde o capitalismo fez sua morada. Os americanos queriam a inteligência de Tesla para ganhar dinheiro, não para fazer solidariedade. J.P. Morgan e Westinghouse detestavam ouvir falar na palavra "grátis".

O Efeito Dane

Tesla considerava Dane, seu irmão mais velho, superior em todas as coisas. Tesla era proibido de montar o cavalo branco de DANE por ser muito pequeno. Certo dia, Tesla usou uma zarabatana para atirar uma semente no cavalo enquanto seu irmão montava. Dane caiu e morreu em seguida. O remorso o perseguiu por toda a sua vida, e não importa o tamanho de suas descobertas, ele sempre acreditou que Dane faria melhor.

Tesla sofria particularmente de um mal no qual flashes de luz apareciam diante de seus olhos, acompanhados de alucinações. Na maioria dos casos, as visões estão ligadas a uma palavra ou item que ele poderia vir a encontrar no futuro, simplesmente ao ouvir o nome do item, ele involuntariamente o visualisava em perfeitos detalhes. Quando ele atingiu sua adolescência, aprendeu a reprimi-los. Quando eles ocorriam, tinham uma natureza que poderia ser descrita como psicótica.

Uma vez Tesla tentou nadar por debaixo de uma estrutura que se estendia além do que ele havia imaginado. Viu-se preso debaixo d'água, sem sinal da superfície, um flash apareceu e com ele Tesla viu uma pequena abertura que levava a um bolsão de ar. Sua visão estava correta, e sua doença o salva de uma morte certa. Quando seus pais morreram, Tesla afirmou ter tido uma premonição detalhada do que aconteceria. Tem o dom da telepatia e consegue transmitir mentalmente imagem a outra pessoa situada em outra sala.

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Acometido de cólera, Tesla ocupa sua mente lendo tudo o que era capaz. Nessa época lê "Innocents Abroad", de Mark Twain. Tesla fica cativado pelo humor e humanidade descritos no livro. Anos mais tarde, nos Estados Unidos, Tesla encontra Samuel Clemens e agradece por salvar sua vida. Clemens torna-se um dos poucos amigos pessoais de Tesla.

Os sentidos físicos de Tesla tornam-se hipersensíveis. O tic-tac de um relógio de pulso o ensurdecia, mesmo a vários quartos de distância. Ele usava almofadas de borracha nos pés de sua cama para aliviar as vibrações das pessoas que passavam fora do quarto. Para ele parecia um terremoto. A exposição à luz era dolorosa, não somente à seus olhos, mas também a sua pele. Tempos depois a hipersensibilidade volta ao normal e isso permite inventar o motor de corrente alternada.

As dificuldades fisiológicas e emocionais de Tesla o fizeram um homem de mente brilhante e excêntrico. Detestava contato físico com outras pessoas e tinha raiva quando tocavam seu cabelo. Para evitar um aperto de mãos, ele mentia dizendo que havia se acidentado. Ele nunca teve uma relação amorosa de qualquer tipo. Uma mulher certa vez tentou beijá-lo e ele saiu correndo. Ainda assim, Tesla exibia uma clara apreciação por mulheres e exigia que suas secretárias se vestissem bem. Suas empregadas mulheres não podiam usar pérolas, pois ele, por algum motivo desconhecido, as achava repugnantes.

Tesla parecia ter T.O.C. (Transtorno-Obsessivo-Compulsivo). Tudo ele fazia em três partes ou etapas. Quantidades de vinte e sete eram as suas prediletas, pois é três ao cubo. Tesla calculava o peso da comida antes de ingerí-la. Media as porções com uma régua e mergulhava pedaços na água para determinar quantos centímetros cúbicos eles tinham. Gostava de bolachas de sal por causa da uniformidade de volume que elas apresentam. Tesla esquecia de comer e trabalhava por dias sem dormir. A certa altura, sua devoção ao laboratório lhe causou tal stress que ele esqueceu quem era ele.

Tesla assumia que só tornaria-se um inventor ao atingir a maturidade. E ela havia chegado.

O Tesla Aluno

Tesla iniciou sua educação superior no instituto politécnico de Graz, perseguindo o estudo no tópico que mais o fascinava: eletricidade. Ele estudava muito, quase durante todo o dia, em uma rotina que ia das 3:00 da manhã às 11:00 da noite todos os dias. Sonhava em ir para a América e conhecer Thomas Edison.

Aluno extraordinário irritava seus professores, questionando o status quo tecnológico com um insight que por muito superava o de seus instrutores. Ele era contra a idéia que a corrente contínua era o único meio de distribuir energia elétrica. A corrente contínua era ineficiente e incapaz de transmitir energia a longas distâncias. Deveria haver um outro método. A idéia da corrente alternada era vista pela comunidade científica com descaso, em muitos aspectos tal como a fusão a frio é hoje.

Durante o curso superior, seu pai morre. Tesla nunca mais retornou à escola politécnica. Sem dinheiro para financiar sua instrução, Tesla tornou-se um operador de telégrafo. Tesla continuou com seu sonho de ir à América e tornar-se um pioneiro em energia elétrica. Em meio a essa crise Tesla teve mais uma de suas visões: Duas bobinas, posicionadas em ângulo reto e alimentadas com uma corrente alternada à noventa graus de fase entre si poderiam fazer um campo magnético girar, sem a necessidade do comutador utilizado em motores de corrente contínua. Tesla sabia que isto iria funcionar.

Este era o método de Tesla para desenvolver invenções através de toda a sua carreira: sem cadernos, diários ou protótipos. Sua capacidade de transformar idéias em visualizações concretas que o haviam transtornado durante a juventude, havia finalmente voltado a seu favor. "No momento em que uma pessoa constrói um aparelho para levar a cabo uma idéia crua, ela se encontra inevitavelmente envolvida com os detalhes deste aparelho", disse Tesla em sua autobiografia. "Conforme ele procede em tentar melhorar e reconstruir o aparelho, sua força de concentração diminui e ele perde de vista o Grande Propósito".
O Encontro com Thomas Edison, o Homem que iria ajudar a Destruí-lo !!

Em 1882, ele arrumou um emprego na Companhia Continental Edison em Paris, distinguindo-se como um bom engenheiro. Dois anos mais tarde, viajou à Nova York para conhecer o presidente da companhia: o próprio Thomas Edison.

Este encontro não foi bom como havia sonhado. Edison o observou com desprezo e certamente não tinha intenção em colaborar com qualquer esquema AC. Edison via AC como uma ameaça a seu império DC. Tesla prometeu aumentar a eficiência de dínamos em 25% em dois meses. Edison disse a ele que se assim conseguisse, ele lhe pagaria cinqüenta mil dólares. Conseguiu cumprir com a promessa, melhorando os dínamos por uma margem maior do que a prometida a Edison. Mas, quando pediu por seu pagamento, Edison recusou-se a honrar o acordo, dizendo que estava apenas ‘brincando’. Tesla demitiu-se e nunca mais trabalhou com Edison.

Tesla foi contatado por um grupo de investidores que desejavam vender a lâmpada de arco que ele havia inventado e assim, nasceu a Companhia Elétrica Tesla. Tesla estava ansioso por esta oportunidade de trazer a corrente alternada ao mundo, mas seus investidores nada queriam com ela. Assim, Tesla foi rejeitado pela companhia que tinha seu próprio nome.

Salvo por Brown

Na bancarrota, uma das mentes mais brilhantes do mundo estava reduzida a trabalhos braçais faturando um dólar por dia. Planejou cometer suicídio no seu trigésimo aniversário, à meia noite em ponto, hora do seu nascimento. Antes que isso ocorresse, porém, A. K. Brown da Western Union soube da situação de Tesla. Brown, determinado a devolver o gênio a seu lugar no mundo, ofereceu-lhe um laboratório próprio, e a chance de pesquisar a corrente alternada.

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Salvo, Tesla imediatamente começou a trabalhar em seu dínamo AC. O dínamo funcionou exatamente como previu todos estes anos dentro de sua mente. Tesla demonstrou sua invenção ao público, e logo tornou-se a sensação da comunidade de engenheiros. Dentre os convertidos por suas palestras à corrente alternada, estava George Westinghouse, quem negociou com Tesla a fabricação dos dínamos. A primeira aplicação desta tecnologia: As cataratas do Niagara. Westinghouse venceu a concorrência para a utilização do Niagara, oferecendo metade do que Edison ofereceu para a instalação de um sistema DC. Em 1895, O sistema de energia AC de Niagara foi inaugurado sem uma única falha, transmitindo energia até Buffalo, a aproximadamente trinta e três quilômetros de distância, uma total impossibilidade com corrente contínua. Não mais uma comodidade luxuosa reservada aos ricos, a energia elétrica agora era para todos.

Pela primeira vez em sua vida, Nikola Tesla era imbatível.

A primeira invenção de Tesla com propósito militar utilizava uma espécie de automação tecnológica, com a qual o trabalho de seres humanos poderia ser substituído por máquinas. Tesla produzia barcos e submarinos controlados remotamente. O governo nunca aceitou a oferta de Tesla, mas conseguiu um contrato militar com a marinha alemã. O produto eram as turbinas sofisticadas que o almirante Von Tirpits usou com grande sucesso em sua armada de navios de guerra. Quando começou a Primeira Guerra Mundial, cancelou o contrato com os alemães. Não queria ser acusado de traição.

O Raio da Morte

Quase falido e vendo os Estados Unidos à beira da guerra, idealiza o "Raio da Morte", aparentemente uma espécie de acelerador de partículas. Não há certeza se usou seu Raio da Morte, ou se ele sequer chegou a construí-lo. Mas existe uma história relatada do que aconteceu naquela noite em 1908, quando Tesla testou sua arma.

Naquela época, Robert Peary estava fazendo sua segunda tentativa em se chegar ao polo norte. Tesla notificou a expedição que eles estariam tentando entrar em contato com eles de alguma forma, e eles deveriam relatar qualquer coisa incomum que eles observassem. Na noite de 30 de junho, acompanhado por seu associado, George Scherff, na torre de Wardenclyffe, Tesla apontou seu raio através do atlântico, para o ártico, a um ponto calculado como estando a oeste da expedição de Peary. Tesla ligou o equipamento. Uma coruja que voou de seu ninho no topo da torre em direção ao raio foi desintegrada instantaneamente. Isso concluiu o teste. Tesla observou os jornais e enviou telegramas para Peary na esperança de confirmar o raio da morte. Nada foi respondido. Já disposto a admitir derrota, recebe notícias de um estranho evento ocorrido na Sibéria.
 
Em 30 de junho, uma enorme explosão havia devastado Tunguska, uma área remota na floresta da Sibéria. Quinhentos mil acres quadrados de terra foram destruídos por algo com força equivalente a quinze megatons de TNT. Tunguska é a mais poderosa explosão ocorrida na história, nem mesmo as explosões termonucleares ultrapassaram sua força. A explosão foi audível a 930 quilômetros de distância. Os cientistas falaram de um meteorito ou fragmento de um cometa, mas nenhum impacto ou restos minerais de tal objeto foram encontrados.

Estava claro para ele que seu raio da morte tinha ultrapassado seu alvo calculado e atingido Tunguska. Tesla desmontou o Raio da Morte imediatamente, tamanho o perigo que ele poderia representar em mãos erradas.

Seis anos mais tarde, o fim da Primeira Guerra fez com que Tesla escrevesse ao presidente Wilson, revelando o segredo do teste do Raio da Morte. A única resposta de Tesla à sua proposta foi uma carta formal de apreciação da secretária do presidente. Tesla fez mais uma tentativa de ajudar seu país na guerra em 1917. Ele concebeu uma estação emissora de ondas exploratórias de energia, permitindo que seus operadores determinassem com precisão a localização de veículos inimigos distantes. O departamento de guerra riu e rejeitou o "raio explorador" de Tesla. Por trás dessa ironia e reprovação estava ninguém menos que Thomas Edison e a inveja que tinha de Tesla.

Uma geração mais tarde a invenção ajudaria os aliados a vencerem a Segunda Guerra Mundial. Era o radar.

Em uma de suas experiências com tecnologia ressonante em Nova York, seu laboratório foi invadido por um esquadrão de policiais, exigindo que Tesla parasse com seus experimentos. A ilha de Manhattan estava vibrando por quilômetros de distância. Tesla não sabia que ondas ressonantes tornam-se mais fortes quanto mais elas viajam. Estava criada a "Máquina de Terremotos de Tesla".

Em seus últimos dias, Tesla ficou fascinado com a idéia da Luz como sendo tanto partícula como onda - a proposição fundamental do que se tornaria a física quântica. Foi este campo de investigação o levou à criação do Raio da Morte. Tesla também tinha a idéia de criar uma "parede de luz". Esta misteriosa parede de luz permitiria que o tempo, espaço, matéria e até gravidade fossem manipuladas à vontade do operador, e concebeu uma grande variedade de propostas que parecem hoje sair diretamente da ficção científica, incluindo naves anti-gravidade, tele transporte e viagens no tempo.

Tesla afirmava que todo o pensamento criado pela Mente Humana cria uma imagem correspondente na retina, e a informação elétrica desta transmissão neural poderia ser lida e gravada em uma máquina e visualizada como padrões visuais em uma tela.
Em 7 de janeiro de 1943, Nikola Tesla morreu em Nova York aos 87 anos. Ele estava literalmente quebrado, vivendo no hotel New Yorker, em uma sala que dividia com um bando de pássaros, quem ele considerava seus únicos amigos.

A Conspiração Anti-Tesla: Superman Luta contra o Raio da Morte

As indústrias haviam virado suas costas a ele. A comunidade científica ignorava suas idéias. O público o conhecia como um lunático cujas teorias eram apenas úteis para tablóides sensacionalistas. Os quadrinhos do "Superman", de Max Fleischer, em 1940, desenhavam o herói lutando contra raios da morte e terrores eletromagnéticos criados por um cientista louco chamado Tesla.

Grandes empresários e o governo dos Estados Unidos conspiraram para suprimir seu gênio inventivo. No topo da lista de suspeitos, está Thomas Edison, que temia o sucesso de seu antigo empregado com a corrente alternada, e efetivamente liderou uma campanha para destruir o nome de Tesla. Ele organizou demonstrações nas quais animais eram eletrocutados letalmente com equipamentos AC. Edison também fez parte da mesa de conselheiros do departamento de guerra que rejeitou as propostas de Tesla para o Raio da Morte e seu radar.

J. P. Morgan também está implicado na Teoria da conspiração anti-Tesla. Morgan efetivamente ampliou sua já monumental fortuna explorando as idéias do inventor, até que ele descobriu que sua idéia era a criação de livre energia, uma idéia assustadora a qualquer capitalista respeitável.

O FBI ordenou que o escritório de propriedades estrangeiras se apoderasse de todos os documentos de Tesla. Tesla era cidadão americano desde 1891, não era estrangeiro. Considerado inofensivo para a segurança nacional seu arquivo foi encerrado em 1943 e reaberto em 1957, após saberem que os russos estariam realizando experiências com sua tecnologia. Muitos estão convencidos que o Pentágono realizou várias experiências baseadas na tecnologia de Tesla.

Uma última teoria é a de que Tesla arruinou sua própria reputação com suas invenções e propostas fora de época. Tesla nunca aceitou o trabalho de Albert Einstein. Em termos práticos, estes argumentos estão provavelmente corretos. Um sistema de energia livre, hoje, ainda não seria aceita.

Superman explode o Laboratório do “Cientista Maluco” !!

Como numa história em quadrinhos, o laboratório de Tesla em Wardenclyffe também teria que ter um fim. Em 1917, ele foi condenado à demolição. O dinheiro de Tesla para sua manutenção havia acabado, e acreditava-se que ele estivesse sendo espionado por alemães. Como um movimento inicial, ele foi dinamitado, mas a torre se manteve intacta. A equipe de demolição detonou o local repetidamente, mas a torre não caiu. Voltaram dias depois e a dinamitaram novamente. Dessa vez ela caiu, mas não explodiu, nem se quebrou.

Muito se relaciona a destruição da imagem de Tesla às ações e atitudes de Thomas Edison, J.P.Morgan e Westhinghouse. Todos teceram através de suas influências uma imagem tosca de um grande gênio. Essa mancha não macula a genialidade de Thomas como inventor, mas coloca dúvidas sobre seu caráter como empresário.

O verdadeiro legado de Tesla está sendo reconhecido. A Corte Suprema dos Estados Unidos declarou pouco após sua morte que Tesla era o verdadeiro inventor do rádio e não Guglielmo Marconi. Tesla foi reconhecido como o inventor da lâmpada fluorescente, o tubo amplificador a vácuo e a máquina de raios X. Os livros de história começam a reparar tamanha injustiça. As pessoas bem sucedidas podem não ser as mais brilhantes, mas sim aquelas que sabem lidar com as regras do jogo da fama e da riqueza. Tesla era um discípulo da ciência pura e não da ciência aplicada e não sabia como lucrar com suas idéias. Seus parceiros (parceiros?) de negócios frequentemente não agiam com lisura e Tesla contribuía tomando desastradas decisões financeiras.

A história de Tesla trás grandes lições que puxam a uma reflexão individual por vezes dolorosa. Tesla chegou a ser indicado ao Prêmio Nobel de Física, juntamente com Edison, mas Tesla recusou-se a recebê-lo.

O que sabemos é que quanto mais avançamos na tecnologia mais escutamos falar de Tesla. Como um fantasma cuja energia nunca acaba, Tesla retorna a zombar da nossa pobre capacidade de lidar com o novo e aliado a ele o que chamamos de moderno ou tecnológico.

É pra pensar.. Nikola Tesla ainda é um homem à frente do nosso tempo. O Superman morreu. Tesla continua cada vez mais vivo!

Fontes: http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_2827.html
             http://pt.wikipedia.org/wiki/Nikola_Tesla
             http://www.exatas.com/fisica/tesla.html
             http://www.ceticismoaberto.com/ciencia/tesla.htm
             http://www.umanovaera.com/conspiracoes/tesla.htm
             http://www.saindodamatrix.com.br/archives/2008/05/nikola_tesla.html