CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Imortalidade disponível até 2045

avatar109/08/2012 - Por Alyssa Danigelis. Um magnata russo quer tornar possível a imortalidade cibernética para humanos num prazo de 33 anos. A ideia é criar avatares holográficos de homens e mulheres, totalmente funcionais, que suportem cérebros artificiais. Ele está pedindo que bilionários o ajudem a bancar os avanços do projeto. O homem por trás da Iniciativa 2045 (http://2045.com/), descrita como uma organização sem fins lucrativos, é Dmitry Itskov. O cronograma ambicioso que ele disponibilizou envolve a criação de diferentes avatares. Primeiro, uma cópia robótica remotamente controlada por uma interface cerebral. Depois, um avatar que abrigaria o cérebro humano transplantado após a morte. Um terceiro avatar receberia um cérebro humano artificial e, por fim, teríamos avatares holográficos que conteriam nossa inteligência, como no filme “Substitutos”. Dario Borghino, da Gizmag, sabiamente alertou que “as pessoas devem tomar cuidado e não acreditar que avanços tecnológicos improváveis possam automaticamente parecer simples só porque supostamente aconteceriam em um futuro mais distante”. E o ano de 2045 nem está tão distante assim. Então, como esse projeto poderia ser bem-sucedido?

 

 

imortal

Recentemente, Itskov mandou uma carta aberta para os bilionários da lista da Forbes anunciando que poderiam financiar a própria imortalidade. Na carta, ele diz que pode provar a viabilidade do conceito para qualquer cético e que irá coordenar os projetos pessoais de imortalidade de graça. Clay Dillow, da revista Pop Science, descreveu Itskov como um magnata midiático de 31 anos. Mas não encontrei uma biografia detalhada do russo.

O grande objetivo do projeto é impedir que pessoas sofram e morram. Apesar do envolvimento de grandes especialistas, não há garantia de que a imortalidade humana seja um objetivo que valha a pena alcançar. Tenho certeza de que qualquer um que conheça histórias de vampiros, que enchem o imaginário popular, já se perguntou se, caso fosse possível, valeria mesmo a pena viver para sempre.

Para mim, há um abismo entre criar um esqueleto movido por um cérebro para ajudar paraplégicos a reassumirem o controle de seus corpos, e tentar literalmente fazer um upload de um cérebro humano em um corpo artificial. Já li um romance de ficção científica que envolvia cérebros que se mantinham vivos sem corpos. A história não acabou bem.

Fonte: http://blogs.discoverybrasil.uol.com.br