12/09/2020 - As Forças Armadas francesas receberam autorização para iniciar pesquisas sobre o desenvolvimento de "soldados aprimorados". Um relatório estabeleceu as condições sob as quais o trabalho com implantes e outras tecnologias projetadas para melhorar o desempenho no campo de batalha deve ser realizado no futuro. O relatório enfatiza que outras nações estão explorando essas possibilidades e que a França deve acompanhar. A ministra da Defesa, Florence Parly, enfatizou a necessidade de olhar para frente.
Em um discurso na semana passada, ela disse que a França não tinha planos imediatos de desenvolver tecnologia "invasiva" para soldados. “Mas devemos enfrentar os fatos”, acrescentou. "Nem todos compartilham nossos escrúpulos e devemos estar preparados para o que quer que o futuro nos reserve." Ela disse que "maneiras de manter nossa superioridade operacional sem virar as costas aos nossos valores" devem ser exploradas.
Detalhes do relatório do comitê de ética militar foram divulgados na terça-feira. “Os seres humanos há muito buscam maneiras de aumentar suas habilidades físicas ou cognitivas para lutar na guerra”, alertou.
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“Possíveis avanços podem levar a melhorias de capacidade introduzidas nos corpos dos soldados”. O relatório mencionou pesquisas sobre implantes que poderiam "melhorar a capacidade cerebral" ou ajudar os soldados a distinguir o inimigo do aliado. Isso também pode permitir que os comandantes os localizem ou leiam seus sinais vitais à distância.
Traçar linhas éticas claras, observou o documento, era "portanto essencial". Afirmou que as práticas eugênicas ou genéticas devem ser banidas, assim como qualquer coisa "que possa comprometer a integração do soldado à sociedade ou o retorno à vida civil". Em seu discurso, a Sra. Parly observou que em campos civis, o trabalho com implantes neurais para humanos estava ocorrendo rapidamente. Este ano Elon Musk revelou um porco chamado Gertrude com um chip de computador do tamanho de uma moeda em seu cérebro, para demonstrar seus planos ambiciosos de criar uma interface cérebro-máquina funcional.
Fonte: https://www.bbc.com/