CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Paracetamol e PESTE19

peste19 1Dr Régis Dewes, 05/07/2022 - Vamos avaliar a principal reomendação do tratamento da PESTE19, cujo ponto central é o uso do medicamento abaixo e ficar em casa por conta própria. Afinal, se avaliam a nossa orientação e nos acusam de charlatanismo, temos o direito de avaliar a recomendação deles. Somente coloquei a ponta do icerberg. Existem sérias questões, sobre a utilidade e segurança do paracetamol no contexto da PESTE2019.

A política de utilizar o paracetamol á vontade e ficar em casa é uma frase simples sem referência científica. Em meio a uma pandemia devastadora, é importante apresentar argumentos satisfatórios que justifiquem a prescrição do paracetamol. Não há revisão sistemática de artigos e ensaios clínicos sobre a questão da segurança do medicamento na PESTE19.

O Paracetamol é o analgésico mais vendido nomundo e tem sua origem na indústria de corantes do século XIX. Sob sua aparente segurança, este derivado da anilina esconde um funcionamento complexo, cujos mecanismos inteiros ainda precisam ser confirmados. Seu uso não é desprovido de efeitos adversos com consequências as vezes dramáticas. Apresenta uma toxidade reconhecida há pelo menos 50 anos mesmo sem overdose e em doses terapêuticas. Direferentes estudos sugerem que seu uso pode agravar a doença da PESTE19 e aumentar as chancer de hospitalização ou até mesmo morte.

O seu efeito mais prejudicial e perigoso é a redução da glutationa (GSH). A glutationa é um tripeptídio (3 aminoácidos) composto por ácido glutâmico, cisteina e glicina. É o antioxidante mais importante produzido em nosso organismo. O seu principal mecanismo é a defesa contra infecções. Pacientes com a PESTE19 e outras doenças apresentam menor quantidade de glutationa. Níveis de GSH adequados regulam o estado oxidativo em todas as células do corpo em muitas patologias. Retarda a replicação de vários vírus como a influenza e outros vírus respiratórios. A glutatona apresenta um papel crucial para evitar a progressão da COVID19 para uma forma grave e morte.

O paracetamol produz estresse oxidativo e radicais livres (peroxinitrítos) dentro das mitocõndrias. Os linfócitos T precisam de GSH para funcionar de forma eficaz. A diminuição do GSH pelo paracetamol promovo a redução da eficácia dos glóbulos brancos, especialmente os linfóticos T, que são importantes para combater a PESTE19.

A SARS-COV2 causa menores níveis do interferon tipo I (IFN-I). O (IFN-I) é essencial para fornecer uma proteção eficaz contra infecções virais. O aparecimento tardio do IFN-I esta associado ao aumento da replicação viral e complicações graves, coma inflamação severa ou tempestade de citocinas. Sabe-se que a coagulação é uma consequência séria da PESTE19, especialmente em formas muito graves e terminais. Apresenta a capacidade de ativar mecanismos que podem promover a coagulação.

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O paracetamol tem sido descrito por vários estudos como um ativador dessa via inflamatória, o que é preocupante e nunca mencionado. A progressão do dano induzido pelo paracetamol esta associada a ativação da cascata de coagulação sanguínea. A overdose aguda de paracetamol induz a geração da trombina (enzina que converte fibriogênio em fibrina, uma protéina que participa da formação de coágulos sanguíneos).

O derivado do paracetamo, NAPQI, é altamente tóxico, devido a sua capacidade de ligação às células do fígado isso pode causar apoptose (morte celular), necrose dessas células ou hepatite citolítica. Também é nefrotóxico. Cerca de 50% dos casos de insuficiêcia hepática aguda e 20% dos transplantes de fígado estão relacionados ao uso elevado de paracetamol. Existem vários fators de risco para a hepatotoxidade do paracetamol, com uso crõnico de álccol, tabaco, opiáceos, desnutrição, desnutrição induzida por doenças, status do HIV e hepatite C.

Diferente publicações sugerem que o paracetamol pode agravar a doença da Peste e aumentar as chances de hospitalização ou até mesmo morte. Portanto, seu uso é contraproducente em termos de saúde e custos: apresenta 11 vezes maior risco de hospitalização e 10 vezes mais caro para o contribuinte.

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