Apelidada de Satã-2, essa arma nuclear russa tem a capacidade de atingir praticamente qualquer ponto no planeta e corresponde a até 53 explosões equivalentes às bombas de Hiroshima. Nesta sexta-feira (1º), a Rússia confirmou o início das operações do míssil RS-28 Sarmat, considerado o míssil intercontinental mais letal do mundo. Embora haja poucos dados oficiais divulgados, a agência espacial russa confirmou que um regimento desse míssil está disponível para os militares na Sibéria, mantendo a localização oficial em sigilo.
Características do míssil RS-28 Sarmat (Satã-2):
O Sarmat representa uma versão aprimorada do RS-36M, conhecido como SS-18 Satã no Ocidente (daí o apelido Satã-2).
Este novo míssil é o mais potente em atividade, apresentando dimensões de 35,5 metros de comprimento e 3 metros de diâmetro.
Cada unidade pode transportar até 14 ogivas nucleares, e a Rússia estaria equipada com 16 deles em seu arsenal.
Sua capacidade máxima de explosão é equivalente a até 53 vezes a potência das bombas de Hiroshima (ou 800 quilotons), conforme revelado pelo governo russo em 2019.
Alcance do míssil nuclear mais poderoso do mundo:
De acordo com as informações do governo russo, esse armamento pode atingir alvos a uma distância de 18 mil quilômetros, abrangendo virtualmente todos os territórios, conferindo ao Satã-2 uma amplitude significativa. Em comparação, o míssil nuclear intercontinental americano Minuteman-3 tem um alcance máximo de 13 mil quilômetros.
Perspectivas de especialistas:
O anúncio, conforme detalhes da Folha, é percebido por muitos como uma estratégia de propaganda em meio ao conflito na Ucrânia, que persiste sem previsão de resolução após aproximadamente 18 meses. Especialistas em armas nucleares, como Hans Kristensen, da Federação dos Cientistas Americanos (FAS), não acreditam que a Rússia esteja inclinada a utilizar esse armamento em operações no país vizinho, devido ao risco de desencadear uma nova Guerra Mundial. Atualmente, a Rússia detém o arsenal nuclear mais robusto do mundo, seguida pelos EUA como segunda potência. Juntas, elas respondem por 90% das ogivas nucleares globais, totalizando cerca de 12.500, conforme informações da Federação dos Cientistas Americanos.
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