Os fantásticos aparecimentos de objetos voadores de procedência desconhecida, que aumentaram ao longo de 1947, abriram portas às ondas sucessivas e aumentaram o interesse pela Ufologia. A dúvida sobre a real natureza daqueles objetos acelerou bruscamente os estudos sobre o tema. Alguns cientistas e praticamente todos os governos, perplexos, começaram a ocultar as provas. Projetos de acobertamento em massa foram aplicados principalmente nos Estados Unidos e Rússia. Especula-se que, atualmente, tais projetos estendem-se por diversas regiões do mundo. A maioria dos casos relatados sofreram um intenso processo de arquivamento em departamentos secretos.
Não foi diferente com o Caso Higgins, ocorrido a 23 de julho de 1947. O topógrafo José Higgins estava reunido com vários operários em Bauru, interior de São Paulo, quando ouviu um silvo extremamente agudo. Passados alguns segundos viu um objeto de grandes proporções aterrizar bem próximo ao grupo. Seu diâmetro era de aproximadamente 45 metros, tinha um aspecto metálico, com coloração cinza esbranquiçada e se mantinha em terra sobre pés curvos igualmente metálicos.
Os colegas de Higgins aterrorizaram-se e logo trataram de ir embora, deixando-o completamente sozinho. Do artefato desceram três seres com cerca de dois metros e quinze centímetros de altura. Segundo depoimentos, vestiam roupas transparentes que lhe cobriam todo o corpo. Sob esta vestimenta, tinham trajes de cores vivas e intensas. Carregavam uma espécie de caixa metálica nas costas. Tinham um físico esbelto, entretanto suas pernas eram desproporcionais. Não tinham cabelos, a cabeça era volumosa, sem sobrancelhas e com grandes olhos amendoados.
Os estranhos seres tentaram colocar Higgins na nave. Não obtendo sucesso, lhe apontaram uma arma que se parecia com um tubo. Resistindo cada vez mais ao ataque, Higgins percebeu que as misteriosas criaturas eram sensíveis à luz solar, então, passou a se proteger sob o sol. Lançou pedras, esquivou-se por diversas vezes mostrando sua agilidade.
Os supostos alienígenas deram a entender que desistiram do seqüestro traçando no solo oito orifícios. Em uma linguagem atropelada, porém perfeitamente clara, um dos seres lhe disse que a figura central era “Alamo” e a sétima “Orque”, este último o local de onde vinham. Isto fez com que alguns pesquisadores pensassem que seu lugar de origem fosse o planeta Urano. Em seguida, os extraterrestres subiram na nave e partiram.
O pesquisador do caso, Gordon Greighton, analisando a aparência do objeto, comentou que este possuia bastante similaridade com o artefato visto na Ilha de Trindade, em janeiro de 1958. Em ambos, a nave era envolta por um anel em seu equador, a típica forma "Saturno".
Outro relato que contém nave semelhante encontra-se no Caso Montequinto, ocorrido também no ano de 1947. O informante, um médico do Exército de Terra Espanhol, estava estudando num local conhecido por Barriada de Montequinto. Ouviu um ruído agudo observando em seguida um objeto esférico circundado por um anel. Tinha aparência metálica e girava no sentido anti-horário. Sem dúvida, uma descrição bem semelhante à de Higgins e à da Ilha de Trindade.
Seja o que foi que aconteceu naquele dia, o mistério perdura até os dias de hoje num dos casos de contato extraterrestre mais antigos da Ufologia Moderna brasileira.
Fonte: Vigilia