Imagine estar a bordo de um trem luxuoso, deslizando pelos cenários gelados da Europa dos anos 1930, onde cada cabine esconde um segredo e cada passageiro é uma peça de um quebra-cabeça mortal.
Assim começa "Assassinato no Expresso do Oriente" (2017), uma obra-prima do suspense dirigida por Kenneth Branagh, baseada no icônico romance de Agatha Christie. Mas cuidado: o brilho das jóias e o luxo das refeições à luz de velas escondem algo sombrio – um assassinato que desafia até as mentes mais brilhantes. Logo de cara, somos apresentados ao excêntrico e genial detetive Hercule Poirot, interpretado pelo próprio Branagh. Com seu bigode marcante – praticamente um personagem à parte – Poirot embarca no lendário trem para o que deveria ser uma viagem tranquila. No entanto, o que parecia uma pausa em sua agenda de investigações se transforma em uma corrida contra o tempo quando Samuel Ratchett (Johnny Depp), um passageiro misterioso e detestável, é encontrado morto.
Um Elenco de Peso e Personagens Cativantes
Se o mistério não for suficiente pra te fisgar, o elenco certamente será. Michelle Pfeiffer rouba a cena com sua presença magnética, enquanto Judi Dench, Willem Dafoe, Penélope Cruz e Daisy Ridley adicionam camadas de complexidade à história. Cada um traz uma bagagem – e não estamos falando só das malas Louis Vuitton. São segredos, traumas e possíveis motivos que fazem de cada personagem um suspeito plausível. É como um jogo de xadrez, onde cada movimento pode levar à solução... ou ao completo caos.
Cenário e Atmosfera: Um Luxo Claustrofóbico
"Assassinato no Expresso do Oriente" não é apenas um filme; é uma experiência visual. O design de produção nos transporta diretamente para o glamour e a sofisticação da década de 1930. O trem, com seus detalhes opulentos e corredores estreitos, se torna um personagem à parte. A claustrofobia cresce a cada reviravolta, e você sente como se estivesse ali, preso entre os assentos de veludo e os olhares suspeitos. Cada cena é uma pintura, um deleite para os olhos – mas também um lembrete de que, em um espaço tão fechado, ninguém escapa do olhar atento de Poirot.
Intriga, Mentiras e Revelações de Tirar o Fôlego
O que realmente faz este filme brilhar é a complexidade do enredo. As reviravoltas são tantas que você provavelmente ficará grudado na cadeira, tentando montar o quebra-cabeça antes do detetive. Poirot entrevista os passageiros, e cada conversa revela uma camada nova de intriga. É quase como descascar uma cebola – cada pedaço traz lágrimas e uma nova surpresa.
E quando você acha que tem todas as respostas, o filme lança outra bomba. A conclusão é tão inesperada quanto genial, honrando o espírito de Agatha Christie e provando que, às vezes, a verdade pode ser mais estranha que a ficção.
Curiosidades Que Tornam a Experiência Ainda Mais Rica
Bigode de Poirot: Você sabia que o bigode de Poirot gerou debates acalorados entre fãs? Branagh escolheu um estilo exagerado para dar personalidade ao personagem, dividindo opiniões, mas certamente marcando presença.
Filmagens no Trem: Grande parte do filme foi gravada em sets fechados para simular a atmosfera opressiva do trem real. Os atores tiveram que lidar com espaços apertados, o que intensificou a tensão nas cenas.
Legado de Agatha Christie: O romance original foi inspirado por um incidente real – o sequestro e assassinato de Charles Lindbergh Jr., que chocou o mundo nos anos 1930.
Por Que Assistir?
Se você é fã de histórias que te fazem pensar, revirar possibilidades e questionar tudo, este filme é um prato cheio. Ele entrega suspense de qualidade, diálogos inteligentes e uma trama que vai muito além do simples "quem matou?". É um lembrete de que o verdadeiro mistério da vida está nos segredos que escolhemos guardar – e nas verdades que temos medo de revelar. Então, prepare a pipoca, pegue sua lupa imaginária e embarque nessa viagem inesquecível. Só cuidado: no Expresso do Oriente, nada é o que parece, e qualquer parada pode ser sua última.