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Cisterna da Basílica em Istambul: notável estrutura com milênios de história

cister1Istambul é uma cidade repleta de surpresas, apresentando inúmeras atrações. Uma delas é a notável Cisterna da Basílica (Yerebatan Sarnici). O município ostenta uma história extraordinária, tendo testemunhado diversos impérios e domínios ao longo dos tempos: romano, turco, cristão, muçulmano, entre outros. Hoje em dia, é uma das metrópoles mais populosas do mundo, com uma população superior a 13 milhões de habitantes na sua área metropolitana, sendo a maioria de confissão muçulmana. No passado, a cidade recebeu os nomes de Bizâncio (até 330 d.C.) e Constantinopla (até 1453). O termo "Istambul" foi oficializado em 1930, embora os turcos já se referissem a ela assim desde o período otomano.

Dada a multiplicidade de influências que moldaram sua cultura e a preservação de seus monumentos ao longo de séculos, Istambul é, indiscutivelmente, uma das cidades mais fascinantes para se explorar, tanto na Europa como na Ásia. Sim, isso mesmo, na Europa e na Ásia, uma vez que Istambul é uma cidade que se estende por ambos os continentes, dividida pelo Estreito de Bósforo.

 

 

 

O que é a Cisterna da Basílica?

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Trata-se de uma vasta cisterna que remonta à era bizantina, edificada sob a égide de Justiniano no ano de 532. Esta cisterna, a maior dentre as dezenas (ou até mesmo centenas) construídas à época, ainda perdura em condições imaculadas. Encontra-se em proximidade da Basílica de Santa Sofia e desempenhou o papel de reservatório de água até o final do século XIV, quando os otomanos a abandonaram após estabelecerem sistemas de abastecimento de água corrente.

Devido à sua magnitude, é possível caminhar sobre ela sem perceber sua presença. Afinal, as estatísticas são impressionantes: ocupa uma área abrangente de aproximadamente 10.000 metros quadrados, estendendo-se por 140 metros de comprimento, 70 metros de largura e 9 metros de altura. Internamente, chegou a armazenar quase 90 milhões de litros de água, o que equivale a quase 90.000 metros cúbicos, desempenhando um papel essencial na subsistência da sociedade daquela época, especialmente no abastecimento dos palácios imperiais e dos edifícios de maior relevância para o império.

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A água era transportada por meio de aquedutos igualmente construídos por Justiniano, provindos de reservatórios situados a quase 20 quilômetros da cidade, localizados na Floresta de Belgrado, que já foi uma vital fonte de abastecimento hídrico na antiguidade e ainda fornece uma quantidade reduzida de água nos dias atuais, embora consideravelmente menos do que no passado. Para sustentar toda essa vasta estrutura, foram empregadas nada menos do que 336 colunas romanas originárias de templos saqueados. Essas colunas formam 12 fileiras, compostas por 28 colunas, com intervalos simétricos de 4,80 metros entre elas.

Após ser desativada como cisterna, a estrutura permaneceu deserta e esquecida por séculos, até que, em 1987, passou por um processo de restauração e foi reaberta ao público para visitação. Hoje, constitui uma das principais atrações de Istambul, ao lado da Hagia Sophia e da Mesquita Azul.

Como visitar a Cisterna da Basílica?

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Explorar a cisterna é uma experiência emocionante. A entrada se encontra próxima à Basílica de Santa Sofia, onde você desce uma escadaria e permite que seus olhos se acostumem à penumbra, uma vez que, apesar da iluminação interna, o ambiente é notavelmente mais escuro do que na superfície, naturalmente. Ainda existe água na cisterna, porém, em uma profundidade reduzida. Os visitantes percorrem um caminho de passarelas entre as colunas, cobrindo praticamente toda a extensão da cisterna. O local é tranquilo, ligeiramente úmido e mais fresco do que o lado de fora, considerando o clima quente de Istambul. As passarelas costumam estar úmidas devido a gotejamentos ocasionais; portanto, é importante tomar cuidado ao caminhar, pois algumas áreas podem ser escorregadias. A atmosfera da cisterna é notavelmente singular e enigmática. Não é sem importância mencionar que esse local serviu de cenário para o filme "From Russia with Love" (1963), da série James Bond.

Se houver uma aglomeração de visitantes mais adiante na cisterna, eles provavelmente estarão observando as duas cabeças de Medusa que sustentam duas colunas. A razão pela qual essas cabeças estão localizadas ali permanece um mistério. Elas podem ter sido reaproveitadas de construções romanas para servirem como bases para as colunas ou, possivelmente, desempenham um papel na proteção do local. Quanto ao fato de uma delas estar de lado e a outra de cabeça para baixo, talvez seja uma forma de evitar que os visitantes se transformem em pedra ao olhar para elas...

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Contudo, é inegável que atualmente, essas cabeças de Medusa são uma das atrações mais populares na cisterna, sendo fácil encontrá-las. Próximo a elas, encontra-se uma Fonte dos Desejos, onde os visitantes lançam moedas com a esperança de que seus desejos se realizem. Aliás, é possível notar essas moedas também na água ao redor das cabeças de Medusa. Mesmo que eu pessoalmente não compartilhe dessa crença, quem sabe? Não há dano em tentar, afinal, talvez funcione!

Informações úteis

Cisterna da Basílica – Istambul

Endereço: Yerebatan Cad. Alemdar Mah. 1/3 34410 Sultanahmet-Fatih/İSTANBUL
Funcionamento: aberto todos os dias da semana, das 9h às 17:30h (inverno) ou 18:30h (verão). Nos dias de feriados religiosos e no dia 1º de janeiro, abre às 13h.
Custo: 30,00 TL
Site: http://yerebatan.com/

 

Cisterna da Basílica: O subterrâneo cheio de história de Istambul

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Sob a superfície do bairro de Sultanahmet, situado no centro de Istambul, Turquia, encontram-se galerias e túneis que serviram como reservatórios de água durante o período do Império Bizantino e que se tornaram uma das atrações mais reconhecidas da cidade. A Cisterna da Basílica, erigida por Justiniano em 532, mantém sua integridade praticamente inalterada até os dias atuais. Em um ambiente penumbroso e úmido, acompanhado pela melodia da música turca e pelo som das gotas d'água que pingam do teto, a cisterna oferece um refúgio agradável do calor intenso do verão turco.

Com suas dimensões impressionantes de 140 metros de comprimento e 70 metros de largura, o local é verdadeiramente marcante, embora a água já não ocupe toda a sua extensão. Atualmente, passarelas permitem aos visitantes caminhar entre as colunas de mármore que, em um passado distante, abrigaram mais de 100 milhões de litros de água, trazidos por aquedutos ao longo de 20 quilômetros, desde um reservatório próximo ao Mar Negro. Vale destacar que, aos pés de algumas colunas, encontram-se esculturas de estilo romano, como as famosas Medusas, que deram origem a várias lendas. Uma dessas lendas sugere que essas figuras femininas com serpentes na cabeça estavam ali para afugentar os monstros que habitavam o subterrâneo.

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A existência de um espaço tão monumental como este pode ser explicada. A Cisterna da Basílica foi construída para fornecer água aos palácios imperiais bizantinos e a outros edifícios na região. Após a conquista de Constantinopla (hoje conhecida como Istambul) pelos Otomanos em 1453, eles também fizeram uso dela. No entanto, quando desenvolveram seu próprio sistema de abastecimento de água corrente, os Otomanos deixaram de utilizar a água armazenada na cisterna, que caiu em esquecimento. Somente mais de um século depois, quando um viajante holandês chegou à cidade com o propósito de investigar o que ainda restava da arte bizantina, é que a Cisterna da Basílica foi redescoberta e introduzida ao conhecimento ocidental.

A duração da visita depende do ritmo do visitante. Lá, encontra-se uma "fonte dos desejos" repleta de moedas, bem como uma pequena lanchonete. No entanto, é aconselhável evitar a lanchonete, pois os preços são excessivamente elevados. As frutas à venda na lanchonete chegam a custar até US$5.

REFERENCIAS: WIKIPEDIA

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