PESSOAS ESPECIAIS

Spartacus

spartacus1(Imortalizado nas telas pelo Ator Kirk Douglas)Escravo latino nascido na Trácia, Originalmente pastor e depois soldado romano, desertor do exército e chefe de uma quadrilha até ser preso e vendido para uma escola de gladiadores (73 a. C)  em Cápua, sul da Itália, ...

pertencente ao lanista Lêntulo Baciato, ex-legionário e ex-gladiador. Segundo Plutarco, auxiliado pelos gauleses Crixo e Enómao, ele e vários companheiros conseguiram fugir da escola (73 a.C.) e uniram-se progressivamente a vários outros escravos dos latifúndios vizinhos formando um exército de gladiadores rebeldes, que se refugiaram nos montes escarpados do Vesúvio. Crasso, como provavelmente todo romano daquele tempo, não conseguia levar a sério a revolta de escravos, considerados uma espécie de criança grande, umas almas sem autonomia ou força para se tornarem inimigos efetivos da grande potência e designou não mais que uma centúria para a região de Nápoles a fim de eliminar os insubordinados. Os 100 soldados foram facilmente dominados e passados na espada pelos revoltosos. Usando táticas de guerrilhas, derrotou as tropas de cerca de 3 mil homens, do pretor enviado de Roma, Cláudio Glaber. Com essa vitória, pequenos proprietários arruinados, desempregados e escravos engrossaram as fileiras dos rebeldes. Um novo pretor foi enviado, Públio Varino, mas também foi derrotado. Quando Roma finalmente se conscientizou do tamanho do problema, teve de enfrentar um exército de 60 mil escravos fugitivos, das mais variadas nacionalidades, que atacavam em turba. Foi preciso reunir dez legiões inteiras, algumas chegadas da Espanha, para resolver acabar com a ameaça. O exército rebelde foi dividido, com uma parte, cerca de 20 mil rebeldes, permanecendo no sul sob o comando de Crixo, enquanto a outra sob o comando do chefe maior se dirigiu ao norte com o objetivo de atravessar os Alpes e chegar à Gália e depois, a sua terra natal, a Trácia.

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Cena do filme "SPARTACUS", com Kirk Douglas, de 1960


Após ser surpreendido pelas tropas do cônsul romano Gélio Publícola, Crixo morreu durante a batalha, no Monte Gargano, na Apúlia. Após aniquilar os rebeldes do sul, Gélio e seus comandados uniram-se com as tropas de Lêntulo Clodiano e dirigiram-se para o norte, porém ambos foram derrotados pelos rebeldes. Aproximando-se de Roma seus comandados foram atacados pelo exército de 10 mil homens do governador da Gália Cisalpina, Cássio, mas também saiu vitorioso. Com mais essa derrota, o Senado romano enviou o general Crasso para enfrentar os rebeldes que venceram mais uma vez, porém a luta fez com que o ex-escravo e chefe supremo dos rebeldes desistisse definitivamente de atacar Roma e voltar para o sul da Península Itálica, atravessando toda a Lucânia até alcançar o Mar de Brútio. Traídos pelos piratas da Cilícia, subornados pelos espiões de Crasso, e isolados pelo exército do general romano, os rebeldes que começam a passar fome. Desesperadas e famintas suas tropas atacaram o exército romano e apenas cerca de 1/3 conseguiu escapar, mas foram destroçadas pelas tropas de Pompeu, que dava cobertura a Crasso. Em sua última batalha, cercado por muitos inimigos, continuou a lutar até que caiu sob as espadas dos centuriões. Apenas 6 mil rebeldes sobreviveram, mas por poucos dias: todos foram crucificados numa interminável e tenebrosa fila ao longo dos 200 quilômetros da Via Ápia, de Cápua a Roma.


Revolta de escravos

Espártaco, em latim Spartacus, (ca. 120 a.C. – ca. 70 a.C.) foi um gladiador de origem trácia, líder da mais célebre revolta de escravos na Roma Antiga, conhecida como "Terceira Guerra Servil", "Guerra dos Escravos" ou "Guerra dos Gladiadores". Espártaco liderou, durante a revolta, um exercito rebelde que contou com quase 100 mil ex-escravos.

A origem de Espártaco e a Revolta dos Escravos
De acordo com vagas referências de autores romanos (Apiano, Floro e Plutarco), Espártaco era de origem trácia  e, por ter desertado de uma tropa auxiliar do exército romano, foi capturado e reduzido à escravidão. Devido à sua força física, foi comprado por um mercador a serviço do lanista [3], Lêntulo Batiato, e levado para a escola de gladiadores de Cápua, na Campânia (Itália).

Sobre ele, dizem os autores antigos:

• Plutarco: "Era um homem inteligente e culto, mais helênico do que bárbaro"
• Floro: "... mercenário da Trácia, admitido em nosso exército, soldado desertor, bandido promovido a gladiador por sua força"

Em 73 a.C., cerca de duzentos escravos da escola de Batiato revoltaram-se, devido (segundo Plutarco) aos maus-tratos que recebiam do lanista, e armados apenas com facas de cozinha, atacaram os guardas da escola. Ainda segundo Plutarco, setenta e oito deles (ou apenas trinta, segundo Floro) conseguiram fugir. No caminho, depararam-se com umas carretas carregadas de armas usadas pelos gladiadores, apoderando-se delas. Com esse armamento, repeliram a guarnição de Cápua, enviada para capturá-los.

Roma manda uma expedição contra Espártaco

Roma então organizou a primeira expedição contra os revoltosos. À frente de três mil homens, o pretor romano Clódio sitia-os em seu forte, um outeiro de subida penosa e estreita rodeado de altos rochedos talhados a pique, tendo no cimo grande quantidade de videiras selvagens. Sendo a subida guardada por Clódio, os sitiados cortaram os rebentos mais longos e fortes de tais videiras, fizeram com eles compridas escadas que roçavam a planície, e, amarrando-as no alto, por elas desceram todos sossegadamente. Apenas um deles ficou em cima, para jogar-lhes as armas, findo o que também se pôs a salvo. Os romanos não suspeitaram da operação; rodeado o outeiro, os sitiados atacaram-nos pela retaguarda, afugentando-os e tomando-lhes o acampamento. Muitos boiadeiros e pastores que guardavam seus rebanhos juntaram-se aos fugitivos, sendo uns armados por eles e outros mandados a espionar.

Outra expedição contra Espártaco

Nessa ocasião, foi mandado de Roma outro comandante, Públio Varínio, para desbaratá-los, do qual primeiramente derrotaram em combate um tenente denominado Fúrio, com dois mil homens e 3 ursos, e a seguir um outro, denominado Cossino, que lhe haviam impingido como conselheiro e companheiro, e com grande poder. Vendo Espártaco que ele se banhava num lugar chamado Salinas, tentou aprisioná-lo, mas o comandante, custosamente, conseguiu salvar-se. Não obstante, Espártaco apoderou-se de toda a sua bagagem, e, perseguindo-o tenazmente apoderou-se também de seu acampamento, tendo-lhe custado a vida de muitos dos seus homens, entre os quais Cossímo.

Tendo também vencido em muitos encontros o próprio pretor-chefe, e aprisionado os sargentos que conduziam os machados à sua frente, bem como seu próprio cavalo, Espártaco adquiriu tal valor que todos passaram a temê-lo. Todavia, calculando cuidadosamente suas forças e dotes, e vendo que elas não podiam superar as dos romanos, levou seu exército para os Alpes, sendo de parecer que, uma vez transpostos os montes, cada qual voltasse para sua terra, isto é, para a Gália e para a Trácia. Seus homens, porém, fiados em seu número, e prometendo grandes realizações, não o quiseram atender, e recomeçaram a percorrer e a saquear toda a península Itálica.

Roma encarrega os cônsules de derrotar Espártaco

Achando-se o senado inquieto, não só pela vergonha e afronta de serem seus homens vencidos por escravos sublevados, como pela apreensão e pelo perigo em que se achava toda a península Itálica, mandou para ali os dois cônsules, como se se tratasse de uma das mais árduas e perigosas guerras que deveriam enfrentar. Gélio, um dos cônsules, atacando de surpresa uma tropa de alemães, que por altivez e desprezo, se havia separado e afastado do acampamento de Espártaco, submeteu-a toda ao fio de espada; Lêntulo, seu companheiro, com numerosas forças sitiou Espártaco e todos os que o seguiam, atacou-os, venceu-os, e apoderou-se de toda a sua bagagem.

Razão por que, avançando para os Alpes, Cássio, pretor e governador da Gália do subúrbio do rio Pó, enfrentou-o com um exército de dez mil homens. Travou-se um grande combate, no qual ele foi derrotado, tendo perdido muitos soldados e conseguido salvar-se a muito custo e às pressas. Ciente disto, o senado declarou-se bastante descontente de seus cônsules; ordenando-lhes que não mais se envolvessem nesta luta, atribuiu todo o encargo a Marco Licínio Crasso em 71 a.C., que foi seguido por numerosos moços nobres, graças à sua elevada reputação e à grande estima que lhe votavam.

Crasso é encarregado de acabar com Espártaco

Crasso foi assentar seu acampamento na Romanha, para esperar a pé firme Espártaco, que se dirigia para ali, e mandou Múmio, um dos seus tenentes, com duas legiões, envolver o inimigo pela retaguarda, ordenando segui-lo sempre no encalço, e proibindo-lhe expressamente atacá-lo e escaramuçá-lo de qualquer modo. Não obstante todas estas determinações, logo que Múmio se viu na possibilidade de fazer alguma coisa, atacou-o, sendo derrotado, com perda de muitos dos seus homens. Os que conseguiram salvar-se na fuga, apenas perderam suas armas. Crasso irritou-se bastante com ele; e, recolhendo os fugitivos, deu-lhes outras armas, exigindo-lhes fiadores que garantissem seu melhor serviço dali por diante, coisa que nunca fora feito antes. E, os quinhentos que estiveram nas primeiras filas, e que foram os primeiros a iniciar a fuga, ele dividiu-os em cinquenta dezenas, em cada uma das quais sorteou um, sujeito à pena de morte. Reviveu assim o antigo modo dos romanos castigarem os soldados covardes, coisa que de há muito havia sido abandonada, por ser ignominiosa, e produzir horror e espanto à assistência, quando realizada publicamente.

Castigando assim seus soldados, Crasso lançou-os diretamente contra Espártaco, que recuou sempre e tanto que, pela região dos lucanianos, chegou à costa, encontrando alguns navios de corsários cilícios no estreito de Messina. Isto animou-o a ir à Sicília; e, para enviar para lá dois mil homens, para sublevar escravos de lá. Mas Crasso tomou medidas para o impedir de enviar homens para a para a Sicília para amotinar os escravos da ilha. Razão por que, lançando-se inesperadamente longe da praia, ele foi assentar seu acampamento na península dos régios, onde Crasso foi encontrá-lo; e, vendo que a natureza do lugar mostrava-lhe como devia agir, decidiu cercar de muralhas o istmo da península, dando assim ocupação aos seus homens e impedindo que os inimigos recebessem víveres. Trabalho demorado e difícil, que ele executou em bem pouco tempo, contra a opinião de todo o mundo, e fez abrir uma trincheira através da península, de quinze léguas de comprimento, quinze pés de largura e quinze pés de profundidade. Sobre a trincheira fez construir uma muralha muito alta e forte, da qual Espártaco a princípio zombou. Quando, porém, sua pilhagem começou a falhar, e se viu na impossibilidade de obter víveres em toda a península, devido àquela muralha, numa noite bastante áspera, de neve espessa e vento impetuoso, ele mandou encher de terra, pedras e galhos de árvores um trecho não muito extenso da trincheira, por onde fez passar um terço do seu exército.

A princípio, Crasso receou que Espártaco tomasse a resolução de seguir para Roma; logo, porém, tranquilizou-se, pois soube haver sério desentendimento , entre eles, e que uma grande tropa, amotinada contra Espártaco, separara-se dele e fora acampar junto a um lago da Lucânia, cuja água de tempos a tempos torna-se doce, e a seguir tão salgada que não pode ser bebida. Tendo-os atacado, Crasso expulsou-os dali, mas não conseguiu matar grande número, nem afastá-los para muito longe, porque Espártaco apareceu de repente com seu exército, e fez cessar a perseguição.

Crasso, que havia escrito ao Senado ser necessário chamar Lúculo da Trácia e Pompeu da Hispânia, arrependido de havê-lo feito, esforçava-se o mais possível de dar fim a esta guerra antes que eles chegassem, por saber que atribuiriam toda a glória da sua conclusão ao recém-chegado que lhe fosse em auxílio, e não a ele. Por isso ele resolveu primeiramente atacar os que se haviam revoltado e entrincheirado à parte, às ordens dos capitães Caio Canício e Casto. Para tal, fez seguir seis mil soldados de infantaria, para assenhorear-se de uma eminência, ordenando-lhes que tudo fizessem para não serem vistos nem descobertos pelos inimigos. O que eles procuraram realizar o melhor possível, cobrindo seus morriões e elmos. Não obstante, eles foram percebidos por duas mulheres que às escondidas faziam sacrifícios em favor dos inimigos, e estiveram em risco de ficar todos perdidos. Crasso, porém, socorreu-os a tempo, dando aos inimigos o combate mais áspero de quantos se realizaram naquela guerra. Na luta, pereceram doze mil e trezentos homens, lutando valorosamente frente a frente, sendo encontrados unicamente dois mortos pelas costas.

Depois desta derrota, Espártaco retirou-se para as montanhas de Petélia, perseguido e escaramuçado sem trégua, pela retaguarda, por Quinto, um dos tenentes de Crasso, e seu tesoureiro Escroía. No fim do dia, porém, tudo mudou de repente, e Espártaco derrotou os romanos, sendo o tesoureiro gravemente ferido e salvo a custo. Esta vantagem obtida sobre os romanos deu origem à ruína final de Espártaco, porque seus guerreiros, quase todos escravos fugitivos, encheram-se de tamanho orgulho e audácia que não quiseram deixar de combater, nem obedeceram mais seu comandante. Pelo contrário, como se achavam a caminho, cercaram-nos e disseram-lhes que, quisessem ou não, era preciso que voltassem depressa e os conduzissem pela Lucânia contra os romanos, que era o que Crasso pedia, pois sabia que Pompeu se aproximava, à que muitos em Roma discutiam e brigavam por sua causa, dizendo que a vitória final desta guerra lhe era devida, e que logo que ele ali chegasse tudo seria decidido com um único combate.

O fim de Espártaco

Por isso, procurando combater, e aproximando-se o mais possível dos inimigos, Crasso mandou um dia abrir uma trincheira, que os fugitivos procuraram impedir, carregando furiosamente sobre os que se ocupavam de tal tarefa. A luta tornou-se violenta. E, como, a todo momento, chegassem reforços de parte a parte, Espártaco viu-se obrigado a lançar mão de todos os recursos. Sendo-lhe levado o cavalo em que devia combater, ele desembainhou a espada, e, matando-o à vista de todos, disse: "Se eu for vencido neste combate, ele de nada me servirá. E, se eu for vitorioso, muitos deles, belíssimos e excelentes, terei dos inimigos à minha disposição". Isto feito, lançou-se através da pressão dos romanos, procurando aproximar-se de Crasso, sem o conseguir, e matou dois centuriões romanos que o enfrentaram. Por fim todos os que o rodeavam fugiram, e ele permaneceu firme em seu posto, completamente cercado, lutando valentemente, sendo retalhado.

Embora Crasso fosse muito feliz e satisfizesse todos os seus deveres de bom comandante e de homem valente, expondo-se a todos os perigos, não pôde impedir que a honra do termo daquela guerra fosse atribuída a Pompeu, porque os que escaparam deste último combate cairam-lhe às mãos e ele aniquilou-os, escrevendo ao Senado que Crasso vencera os fugitivos em combate regular, mas ele destruíra todas as raízes desta guerra! Pompeu teve assim entrada triunfal em Roma, por haver vencido Sertório e reconquistado a Hispânia. Crasso não só exigiu o grande triunfo como também o pequeno, que os latinos denominam Oüatio, por fazerem-no vencer, indigna e desumanamente, escravos fugitivos.

Crasso, como velho patrício de antigas linhagens romanas, puniu à boa maneira de Roma os que sobreviveram à sua investida contra Espártaco, mandando crucificar 6 000 revoltosos ao longo da Via Ápia (de Cápua até Roma], para servir de exemplo aos vindouros.

A Conclusão sobre Espártaco é que além de escravo,foi um estrategista inteligentíssimo e de coragem inigualável.Podemos compará-lo a Hércules por sua força e coragem,um verdadeiro herói para quem acredita que onde houver opressão haverá o espírito de liberdade.

 


Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/Espartac.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A1rtaco