O autor romano Julius Obsequens, talvez merecedor da distinção de ser o pesquisador inicial dos "Forteanos", abordou o assunto dos desaparecimentos inexplicáveis em sua obra, "Liber Prodigiorum", com uma história que é muito bem conhecida de seus fãs: "Um dia, quando Romulus, fundador de Roma, deslocava suas tropas nas vizinhanças do pântano Capreano, lá irrompeu uma súbita e barulhente tempestade de trovões ...
durante a qual Romulus foi envolvido por uma nuvem tão densa que ficou fora de visão e nunca mais foi visto novamente pelos homens mortais. Ele então foi elevado ao nível divino e venerado sob o nome de Quirinus".As pessoas ainda desaparecem, talvez não tão espetacularmente quanto Romulus (nem são elevadas a divindade), mas que elas desaparecem é um fato inegável.
É necessário separar o que pode ser melhor descrito como o lugar comum dos desaparecimentos - aqueles envolvendo pessoas que fogem da lei, de pais que os espancam, pais que raptam seus filhos para viverem na obscuridade em outros lugares, e um mundo de outras razões mundanas - dos casos que de fato confundem a mente e desafiam o senso comum: casos onde as pessoas desaparecem sem deixar pistas de aviões que viajam a 30.000 pés, ou desaparecem de salas onde foram trancadas por fora. Talvez até mesmo mais do que os OVNIs, o enigma do desaparecimento súbito tenha desafiado os investigadores por uma centena de anos e um silêncio macabro cerca a pequena e silenciosa pergunta ao fim de cada um destes casos: "onde estariam e o que aconteceu com essas pessoas que desapareceram como se tivessem evaporado no ar?"
A habilidade de "virar pó" na antiguidade foi considerada de domínio exclusivo de feiticeiros e bruxas. O notório Apollonius de Tyana desapareceu da vista do Imperador Domiciano e sua corte, como a tradição tem contado, causando uma grande consternação. O autor mexicano Artemio del Valle Arizpe nos conta a lenda da "Mulata de Córdoba", uma bruxa dos tempos coloniais que foi aprisionada por sua desconcertante habilidade de encontrar itens perdidos e tesouros ocultos: quando seu carcereiro parou na cela dela para uma verificação, ele ficou aturdido de ver a mulher a bordo de um pequeno navio velejante que ela tinha desenhado na parede, e velejou embora, acenando para seu captor. Os vampiros da Europa oriental reputadamente eram capazes de desaparecer e reaparecer à vontade graças aos poderes malignos a sua disposição.
Mesmo se estes casos supramencionados sejam verdadeiros, eles não começariam a resolver o nosso dilema: os casos contemporâneos que envolvem desaparecimentos misteriosos que, em regra, não envolvem pessoas que desejem desaparecer por uma razão ou outra. Seu desaparecimento é frequentemente súbito e inesperado, ocorrendo de dia ou de noite, sozinhos ou acompanhados, e algumas vezes envolvendo a evaporação do veículo no qual elas viajavam. Em 1941, uma equipe suíça de resgate foi chamada para realizar buscas de um grupo de alpinistas que não tinha retornado a sua base de campo.Depois de alguns dias, os resgatadores conseguiram encontrar pegadas dos montanhistas, as quais paravam abruptamente no meio de um glacial, não prosseguindo, como se as pessoas que fizeram aquelas pegadas tivessem "evaporado".. Neste caso, as autoridades determinaram que "foi um desaparecimento sob circunstâncias que não podem ser claramente determinadas, pela avaliação dos fatos."
A polícia estadual da Flórida seria a próxima na linha da perplexidade, desta vez resultante do desaparecimento em 1952 de Tom Brook, sua esposa e seu filho de 11 anos. Segundo o relatório, os Brooks tinham visitado um amigo a umas 30 milhas de Miami, e pegaram seu carro para voltar para sua casa às 23:40'. Eles nunca completaram a viagem; a polícia local encontrou o carro deles vazio, faróis acesos e as portas abertas a exatamente 7 milhas da casa de seu amigo. A bolsa de Mrs. Brooke foi encontrada no banco de trás, contendo uma quantidade considerável de dinheiro. Os registros da polícia indicam que as pegadas da família levavam a um campo plantado na beira da estrada, parando abruptamente e desaparecendo depois de uma dúzia de passos, como no caso dos montanhistas suíços de 11 anos antes.
Um destino similar teve uma família francesa em 1972: depois de passar uma tarde com amigos, e se dirigir de volta a sua casa nas primeiras horas da manhã, eles nunca chegaram ao seu destino, a escassas duas milhas de distância. Nenhuma explicação satisfatória foi até mesmo fornecida. É bastante difícil encontrar conjecturas que dêem conta dos destinos destes indivíduos infelizes. A tarefa se torna esmagadora quando o desaparecimento é de centenas ou de milhares que devem ser respondidos.
Durante a Guerra de Sucessão espanhola de 1707, quatro mil homens de uma força de invasão sob o Arquiduque de Habsburg, Charles, acampou ao pé dos Pirineus, a caminho da Espanha, atravessando o campo na manhã seguinte e marchando através de uma passagem da montanha. Esta força bem armada e equipada nunca alcançou seu objetivo, nem jamais foi encontrada. Durante a invasão francesa da Indochina nos meados do século XIX, uma coluna de 650 fuzileiros marchou para Saigon, desaparecendo sem nem mesmo ter encontrado o inimigo. A possibilidade de que os fuzileiros pudessem ter sido emboscados pelas forças vietnamitas foi descartada já que um outro grupo seguia de perto os fuzileiros e não ouviu os sons de um encontro armado, nem encontrou armas espalhadas, equipamentos ou corpos.
As precedentes histórias de casos são bem conhecidas de pesquisadores forteanos e paranormais. Elas são os "casos clássicos" que servem como uma introdução aos casos mais recentes, que permanecem igualmente inexplicáveis - um lembrete ao investigador determinado que outros percorreram o caminho antes e não foram capazes de encontrar as respostas. Os casos mais recentes que se seguem não são menos intrigantes. Quando o sensitivo holandês Gerard Croiset foi empregado pela polícia porto-riquenha em meados dos anos de 1970 para encontrar duas crianças, filhas de um milionário local, ele concluiu, aterradoramente, que as crianças não estavam em lugar algum deste plano físico. Não disposta a ser cegada pelo que eles encaravam como misticismo, os policiais agradeceram a Croiset e reassumiram suas investigações pelos meios convencionais: as crianças permanecem desaparecidas até hoje.
José Maria Carnero, um estudante de medicina de 26 anos, desapareceu da face da terra em abril de 1987 enquanto realizava manobras em sua unidade militar na base militar de Montelareina, em Zamora, Espanha. Relatos indicam que José Maria se perdeu de seu esquadrão em meio a uma tempestade de raios, enquanto outros soldados tentavam encontrar abrigo sob as árvores. O jovem homem nunca mais foi visto, mesmo depois da maciça busca do exército espanhol, que até hoje o lista como um desertor. O autor Salvador Freixedo, que olha estes assunto de desaparecimentos bizarros como parte de seu livro "La Granja Humana", cita o caso curioso de um acidente de veículos em Burgos, Espanha, que causou a morte de várias pessoas e o desaparecimento de um menino de 10 anos de um dos caminhões envolvidos no acidente. Ele não foi encontrado entre as vítimas do acidente e nunca mais foi visto. A polícia iniciamente acreditou que o menino estivese vagando em um estado amnésico e fez uma busca completa na área, no que também teve a participação de civis, e nada foi descoberto. Para poder encerrar o caso, as autoridades sugeriram que o garoto havia se desintegrado, porque de fato o caminhão onde ele era passageiro tinha uma carga de ácido sulfúrico.
Alguns dos casos lembram ficção científica (tenha em mente que Isaac Asimov usou um desaparecimento misterioso para transportar um de seus protagonistas ao futuro em A Pebble in the Sky). Em 1950, um jornal da cidade de New York trouxe uma notícia de quatro linhas sobre a morte de um pedestre atingido por um carro perto do Times Square. Aparentemente o carro não tinha sido capaz de parar e uma multidadão de pessoas correu para prestar assistência a desafortunada vítima, um tal de Rudolf Fenz, que foi declarado morto. Havia detalhes desta triste história que eram impossíveis de se desprezar: o falecido Rudolf Fenz estava usando roupas decididamente da década de 20 - um casaco típico, calças justas, sapatos tipo buckle e um chapéu combinando. Seus bolsos tinham vários cartões de visita com seu nome, um convite a respeito de alojamento cavalos e carruagem, uma carta enviada em 1876. Uma busca na lista telefônica de New York revelou o número de um Rudolf Fenz, Jr., qua tinha falecido alguns anos antes. Não obstante, sua viúva foi capaz de dizer ao investigador Hubert V. Rihn da Divisão de Pessoas Desaparecidas que o pai de seu falecido marido havia desaparecido misteriosamente em 1876 quando ia a uma tabacaria local e nunca voltou para casa. Rihn olhou os registros daquele ano e encontrou um Rudolf Fenz, 29 anos, que tinha desaparecido na mesma noite, a última vez que foi visto estava usando casaco da época negro, calças justas e sapatos tipo buckle, idênticos ao do homem atropelado próximo à Times Square.
O Desapareciemnto que surgiu no futuro
Segundo relatos, no início de junho de 1950, em uma determinada noite aproximadamente às 23:15', um estranho homem, vestido em roupas muito antiquadas para a época, aparentando vestimentos de décadas atrás, foi visto por populares em Times Square, na cidade de Nova Iorque - EUA. Parecia perdido e muito assustado com a movimentação intensa dos automóveis e com os intensos brilhos dos faróis dos carros que circulavam na rua, parecendo que aquilo o deixava em pânico. Atordoado e desnorteado com tudo aquilo, o homem subitamente foi atropelado e veio a falecer quando inadvertidamente foi colhido por um desses veículos. Na ocasião em que a Polícia examinou seu corpo nas dependências do IML, encontrou junto a ele alguns itens curiosos:
- uma moeda do Século XIX, e que já estava fora de circulação, uma carta com carimbo postal datada de Junho de 1876 e também velhas cédulas de dinheiro datadas do mesmo ano.
- Um vale para compra de cerveja no valor de 5 centavos com o nome de um bar, o qual era desconhecido, mesmo para os moradores mais antigos da área;
- Um projeto de lei para o atendimento de um cavalo e da lavagem de uma carruagem, com endereço de um estábulo situado na Avenida Lexington que não estava listado em qualquer livro de endereços da época;
- Cerca de 70 dólares em notas antigas;
- Cartões de visita com o nome de Rudolph Fentz e um endereço na Quinta Avenida;
- Uma carta enviada para este endereço da Filadélfia, com data de Junho de 1876.
O curioso é que nenhum desses objetos mostrava quaisquer sinais de envelhecimento. Ao verificarem o nome do cartão de visitas (Rudolph Fentz), não encontraram registro algum oficial com aquele nome, e nem tão pouco outras informações, mesmo utilizando as impressões digitais que foram colhidas no corpo do falecido.Nada. Nenhuma informação sobre aquele misterioso homem foi encontrada. Como as autoridades não conseguiram obter indentificação e nem tão pouco informações com os pertences do falecido, inciaram outro tipo de investigação, sendo que após pesquisas diversas, as autoridades chegaram até uma mulher, indicada como à viúva de um tal Rudolph Fentz Júnior.
A viúva quando interrogada sobre o misterioso homem que fôra atropelado, declarou que por coincidências o pai do seu marido, chamado Rudolph Fentz, desaparecera sem deixar qualquer traço exatamente no ano de 1876! Vasculhando-se ainda mais profundamente o caso , comprovou-se que o endereço encontrado em um cartão comercial junto ao corpo do misterioso homem atropelado era o mesmo onde residia o desaparecido Rudolph Fentz em 1876! Atônitos, os policias constataram que de alguma forma esse cidadão simplesmente desapareceu em 1876 e surgiu misterosamente 74 anos depois em Time Square no ano de 1950.
O teria ocorrido com Rudolph Fentz? Teria ele entrado em um Portal Interdimensional, o que o fez ser transportado no tempo e no espaço até Time Square no ano de 1950? Qual outra explicação fantástica haveria para esse bizarro desaparecimento e reencontro? Sem dúvida, esse caso está registrado como mais um dos grandes mistérios que envolvem nosso planeta, sendo algo "Além da Imaginação".
Em 08/06/1985 o escoteiro Marco Aurélio Simon saiu para acampar com seu grupo de escotismo em uma montanha na cidade de Piquete (Estado de São Paulo - Brasil). Quando o grupo subia o morro, um dos garotos torceu o pé e o guia decidiu mandar Marco Aurélio de volta na trilha, em busca de socorro. Marco Aurélio partiu conforme solicitado, mas a partir desse momento, o garoto nunca mais foi visto. Durante 28 dias, policiais civis e militares vasculharam o pico a pé e com helicópteros.
Nenhum corpo, nenhum pedaço de roupa ou rastro na terra foram achados. Foi como se Marco Aurélio tivesse "evaporado". A polícia procurou tão bem e de forma tão minunciosa, que um soldado perdeu uma faca no meio do mata e, na busca do dia seguinte, ela foi encontrada. Até os dias atuais, Marco Aurélio nunca mais foi visto, e nem tão pouco pistas sobre o seu misterioso desparecimento surgiram após os inúmeros anos do caso, tornando esse fato um dos maiores mistérios do Brasil de que se tem notícia.
O Misterioro desaparecimento do escoteiro Marco Aurélio Simon
N"o dia 08/06/1985, um grupo de 5 pessoas, sendo 4 garotos do grupamento de Escoteiros Olivetanos, cujo número de designação era "240", mais o seu instrutor e líder, subiram rumo ao Pico dos Marins próximo à cidade de Piquete no estado de São Paulo, mas somente 4 dos participantes dessa trilha retornaram. Um deles, o escoteiro Marco Aurélio desapareceu de uma forma misteriosa e de certa forma "Sobrenatural", sem deixar qualquer tipo de pista ou rastro. Iniciava-se nesse momento um dos maiores mistérios indecifráveis conhecidos no Brasil, o "Desaparecimento do Escoteiro Marco Aurélio Simon."
O pai de Marco Aurélio Simon, Ivo Simon, conta que seu filho tinha 15 anos quando desapareceu. Marco Aurélio estava em uma excursão no *Pico dos Marins, junto a seu grupo de escotismo, quando um dos escoteiros se machucou. Marco Aurélio, como monitor da equipe, se ofereceu para ir à frente do grupo abrindo caminho e em busca de socorro. O escoteiro partiu para sua missão, e desapareceu por completo, sem deixar qualquer vestígio. Até os dias de hoje, com mais de 25 anos do seu desaparecimento, a família ainda sofre com a incerteza sobre o destino de Marco Aurélio, embora mantenha viva a esperança de reencontrá-lo.
[*O Pico dos Marins fica situado no município de Piquete, no estado de São Paulo, localizado na Serra da Mantiqueira, possui 2.420,7 metros de altitude a nível do mar, e é considerado o 2º maior pico do estado de São Paulo.Para ser atingido é necessario subir encostas rochosas íngremes, porém é possível sua ascensão sem a utilização de equipamentos especiais.]
O jornalista Ivo e sua esposa não acreditam na morte do filho desaparecido. "Em nenhum momento eu considerei meu filho morto", diz Neuma. Foi em 8 de junho de 1985 que Marco Aurélio, acompanhado de mais quatro escoteiros e do guia, saiu de casa para uma excursão ao Pico dos Marins [Coordenadas GPS: Latitude / Longitude: 22°30'1.51"S, 45° 7'17.63"W]. A viagem seria um teste para graduação dos escoteiros como "Sênior", caso conseguissem completar satisfatóriamente a missão.
O grupo era formado pelas seguintes pessoas:
- Marco Aurélio Bezerra Bosaja Simon ==> Escoteiro;
- Ricardo Salvione ==> Escoteiro;
- Osvaldo Lobeiro ==> Escoteiro;
- Ramatis Rohm ==> Escoteiro;
- Juan Bernabeu Céspedes ==> Instrutor e Líder do Grupo.
Quando o grupo subia em uma das trilhas íngremes que existem na região, em direção ao Pico dos Marins, um dos garotos, Osvaldo Lobeiro, sofreu uma luxação no joelho, impedindo o grupo de prosseguir o trajeto. Com o objetivo de ajudar, o escoteiro Marco Aurélio Simon se ofereceu para ir na frente do grupo, abrindo caminho para passagem do amigo acidentado, e também para ver se encontraria alguma ajuda o mais rápido possível.
Com o consentimento do líder do grupo, Juan Bernabeu Céspedes, Marco Aurélio partiu na trilha em direção ao acampamento onde haviam se instalado, mas a partir desse momento, o garoto nunca mais foi visto, desapareceu por completo. Durante 28 dias, policiais civis e militares vasculharam o pico a pé e com helicópteros. Nenhum corpo, nenhum pedaço de roupa ou rastro na terra foram achados. Foi como se Marco Aurélio tivesse "evaporado". A polícia procurou tão bem e de forma tão minunciosa, que um soldado perdeu uma faca no meio do mata e, na busca do dia seguinte, ela foi encontrada. Mas não houve pistas do meu filho, diz a mãe. Abaixo está exposta a imagem de satélite do "Pico dos Marins", onde nas proximidades, ocorreu o desaparecimento de Marco Aurélio:
A família desesperada percorreu o País em busca de todo tipo de notícia que chegava de Marco Aurélio. Certa vez, um delegado perguntou se os pais acreditavam em discos voadores e sugeriu que fossem a Brasília e falassem com um general da Aeronáutica, conhecedor de fenômenos extraterrestres. O general disse que podia comunicar-se com ET's por telepatia. Desesperados e fazendo qualquer coisa para ter seu filho de volta, os pais disseram a ele que pedisse aos ET's a devolução do filho. Nunca houve resposta por parte do General. A seguir está exposta a imagem de satélite da cidade de "Piquete", local onde o grupo de escoteiros chegou para fazer a trilha até o "Pico dos Marins":
A tragédia que abalou a família de Ivo também comoveu o país, que acompanhou pela imprensa e pela televisão a busca desesperada por Marco Aurélio. Durante 28 dias, mais de 300 pessoas entre voluntários, bombeiros e equipes especializadas em salvamento e busca na selva vasculharam a região do Pico dos Marins, sem sucesso. O desaparecimento misterioso de Marco Aurélio e o fato de não conseguirem encontrar nenhum tipo de vestígio do escoteiro deixou perplexos os homens que participaram das buscas, bem como as autoridades envolvidas. Nâo foram encontrados rastros, marcas, (roupas ou pertences como faca, cantil ou canivete. Nada foi encontrado. Foi como se ele nunca estivesse estado naquele local. Seu desaparecimento transformou-se em um enigma até os dias de hoje. O grupo chegou à cidade de Piquete [Coordenadas GPS: Latitude / Longitude: 22°36'50.99"S, 45°10'41.09"W] no dia 06 de junho de 1985, uma quinta-feira.. Os escoteiros do grupo Olivetano então se dirigiram à propriedade do Sr. Afonso Xavier, um conhecido guia local com mais de 50 anos de experiência em guiar tuirstas ao Pico dos Marins, onde montaram acampamento e realizaram diversas atividades próprias do escotismo. O acampamento se tornou a "Base" dos escoteiros para sua missão.
Daquele local, onde estavam acampados, partiriam para a trilha em direção ao "Pico dos Marins". A viagem não trazia nenhum desafio excepcional, pelo contrário: o Pico dos Marins já era um destino bastante procurado por turistas e aventureiros. Nem escalada estava incluída no passeio. Para chegar ao topo do morro, bastava fôlego para subir uma trilha aberta na década de 30. No dia 07/06/1985 (Sexta-Feira), os escoteiros, liderados por Juan Bernabeu Céspedes, iniciaram os preparativos para a subida ao cume, que só ocorreria na manhã seguinte. Certo da facilidade do trajeto, Juan Bernabeu dispensou o guia (Sr. Afonso) que seguiria a trilha com o grupo. No dia seguinte (08/06/1985), os escoteiros começaram a caminhada em direção ao cume do Pico dos Marins. Quando o grupo estava entre o "Morro do Careca e o Pico dos Marins", um dos escoteiros, Osvaldo Lobeiro, sofreu uma luxação no joelho. Devido à esse problema, todos desistiram da subida e decidiram retornar ao acampamento.
Então foi improvisada uma maca para transporte do escoteiro Osvaldo Lobeiro, mas ela não ficou adequada, então todos resolveram levá-lo de volta apoiado nos ombros de seus amigos, e começaram a descida de volta. Antes da descida, Marco Aurélio, o qual tinha mais experiência entre os integrantes do grupo, e também era o monitor da equipe, pediu para ir na frente com o objetivo de abrir o caminho para que os companheiros conseguissem passar com mais facilidade, tendo em vista que até aquele momento havia previsão de que o escoteiro ferido seria transportando em uma maca. O líder do grupo, Juan Bernabeu, autorizou a descida de Marco Aurélio, mas orientou que ele livasse um giz para marcar durante seu trajeto, o número "240", que era o número do Grupo de Escoteiros Olivetanos ao qual eles pertenciam. Marco Aurélio partiu então para a descida. Era 14:30' do sábado, 08 de Junho de 1985, último momento em que o escoteiro Marco Aurélio Simon foi visto. Algum tempo depois, o restante do grupo transportando o ferido também parte para a descida.
O grupo então passa por três pedras, e encontra as marcas "240", feitas por Marco Aurélio, mas após a terceira pedra, surge uma bifurcação, com trilhas à esquerda e a direita. O grupo então percebeu que Marco Aurélio havia ido pela trilha da esquerda, mas nesse trajeto haviam obstáculos, fazendo com que não fosse possível passar com o ferido, pois estavam levando Osvaldo Lobeiro apoiado nos ombros. Nesse momento o líder do grupo, Juan Bernabeu, decide pegar então a trilha da direita, sendo que todos o questionam, pois Marco Aurélio havia pego a trilha da esquerda. Como resposta, Juan diz que não havia problema, pois eles se cruzariam mais à frente, e seguem a trilha determinada (da direita).
Devido à essa decisão, o caminho se tornou mais longo, fazendo com que todos só chegassem de volta ao acampamento à 05:30' da manhã do dia seguinte, levando aproximadamente 15 horas para cumprir o trajeto. Todos imaginavam que encontrariam Marco Aurélio talvez dormindo na barraca do acampamento, mas ao chegarem encontraram a barraca vazia com os pertences do amigo perdido intactos. Todos estranharam e ficaram preocupados e assustado, pois caminho que ele deveria ter feito, já seria tempo de ter chegado ao acampamento.
Na manhã seguinte, o líder decidiu voltar às trilhas percorridas, com o objetivo de encontrar Marco Aurélio, mas retornou 5 horas depois, sem suceso. Nenhum vestígio do garoto foi encontrado. Com o comunicado do desaparecimento de Marco Aurélio Simon, uma grande busca foi realizada incessantemente durante os trinta dias seguintes ao fato, contando com mais de 300 pessoas, entre soldados e oficiais da Polícia Militar, Batalhão de Infantaria do Exército sediado em Lorena, bombeiros, cães farejadores, alpinistas, mateiros, guias, voluntários e equipes especializadas em salvamento e busca na selva; parapsicólogos, sensitivos, videntes e cartomantes chegaram a participar dos esforços.Também foram utilizados helicópteros e até um avião da força aérea, o qual sobrevoou a região tirando fotos com o objetivo de conseguir alguma pista sobre Marco Aurélio.A região foi completamente vasculhada e sobrevoada por helicópteros e aviões, mas sem sucesso.Nada, nem uma única marca ou minúscula pista foi encontrada. Marco Aurélio havia "evaporado".
O desespero da família Simon, principalmente da mãe de Marco Aurélio, Thereza Neuma Bezerra Simon, comoveu a população de Piquete, onde foi montada a base de busca, a ponto de a prefeitura cancelar as festividades de aniversário. Atéw os dias de hoje, Ivo Simon diz acreditar que seu filho não foi morto. O jornalista reclama também da falta de apoio da União dos Escoteiros do Brasil e agradece a solidariedade que recebeu de todos os cantos do país. "Isso é reconfortante e ajuda a nossa família a ter esperanças de encontrar Marco Aurélio vivo um dia." Marco Aurélio Simon era um garoto curioso. Tudo o que fugia do convencional despertava seu interesse. Na adolescência, além de se dedicar ao escotismo, chegou a fazer um curso de detetive por correspondência, tamanho era o seu interesse pelos mistérios do mundo. Mas foi a sua própria história que acabou se tornando um dos mais intrigantes enigmas ocorridos em terras brasileiras.
Durante quase um mês, cerca de 300 policiais participaram da busca pelo escoteiro no Pico dos Marins. “Foi uma das maiores buscas já realizadas no país, mas nada foi encontrado. Nenhuma faca, nenhuma peça do vestuário do Marco Aurélio. Nada”, diz Ivo Simon, pai do escoteiro. O inquérito policial foi arquivado em 1990, sem ter chegado a nenhuma conclusão. Algumas das hipóteses levantadas na época para o mistgerioso desaparecimento foram as seguintes: ele teria sido assassinado pelo líder (esta foi a primeira possibilidade levantada pela polícia, que depois a descartou porque Juan não tinha instrumentos capazes de matar o garoto e sumir com o corpo).
Outra teoria é de que Marco Aurélio teria caído em algum buraco (se isso tivesse ocorrido, o cheiro do corpo em putrefação teria chamado a atenção dos cães farejadores que participaram da busca, o que não ocorreu) ou simplesmente fugido (nenhum morador da cidade ou dos arredores viu o escoteiro). A quarta hipótese é de que ele poderia ter sido "abduzido" (levado por extraterrestres). O Pico dos Marins é considerado uma região com muito poder magnético, o que, segundo místicos, atrairiam naves extraterrestres. Por isso, a família até procurou ufólogos, que também não souberam explicar o que havia acontecido. Com o fracasso das investigações, a família passou a contar com o apoio de místicos, religiosos e ufólogos. “Fomos a umbandistas, parapsicólogos, espíritas. A maioria diz que ele está vivo”, conta Ivo.
Quando procuraram o famoso médium Chico Xavier, o qual morreu no ano de 2002, tiveram a seguinte resposta: “Só me comunico com pessoas que desencarnaram, e não com os vivos”. Por conta disso tudo, a família Simon acredita que o rapaz ainda está vivo, e acompanha como seria a fisionomia do filho pelas transformações no rosto de Marco Antonio, irmão gêmeo univitelino de Marco Aurélio. A gente não tem mais onde buscar, mas se alguém me disser algo, der alguma pista, nós vamos atrás, não entregamos os pontos. O que me tortura é esse mistério, é não saber o que aconteceu com meu filho”, desabafa Ivo Simon. Marco Aurélio tem um irmão gêmeo idêntico, chamado Marco Antonio, e de acordo com a passagem do tempo, principalmente os pais de Marco Aurélio ficam imaginando como estaria seu filho na atualidade, observando seu outro filho, Marco Antonio.
Os Mistérios das Luzes e o Som do Apito
Na segunda noite de buscas, os garotos que estavam com Marco Aurélio, em conjunto com o líder do grupo (Juan Bernabeu) e mais algumas outras pessoas estavam se preparando para suas acomodações e dormir, ouviram primeiro um grito na mata próxima, sendo que após o grito surgiu o som de um apito. Todos se espantaram, pois Marco Aurélio como escoteiro usava um apito, que é um instrumento de auxílio para ajudar a localização de uma pessoa perdida ou em dificuldades na mata. No momento do som do apito, todos saíram do casa onde todos estavam alojados, que era do Sr. Afonso que era um guia local, e se dirigem em direção à mata, onde havia surgido o som, e de repente se deparam com flash's de luzes azuis, as quais se acenderam e se apagaram por três vezes. Após esse incidente, o líder do grupo, Juan Bernabeu, também pega seu apito e vai em direção à mata e começa à soprá-lo, solicitando um retorno, mas nada acontece, somente silêncio. Em consulta, os estudiosos de assuntos ufológicos disseram que nesse momento foi o instante em que Marco Aurélio pode ter sido abduzido por extraterrestres, devido aos detalhes do fenômeno. O fato citado acima foi verídico, e consta no processo policial sobre o desaparecimento de Marco Aurélio.
Certos locais no planeta tem adquirido a reputação de lugares onde desaparecimentos humanos são muito comuns. Alguns deles, como o Triângulo das Bermudas e o Triângulo do Diabo, do Japão, tem formado parte dos estudos populares paranormais há décadas. Não obstante, as montanhas tem um papel maior como locais de desaparecimentos misteriosos do que qualquer outro sítio. Na antiga tradição, os viajantes que paravam perto demais das montanhas gregas dos montes Parnassos ou Olimpo frequentemente não eram mais encontrados. O El Yunque, de Porto Rico, o Mt. Glastenbury de New Hampshire, e o Mt. Inyangani da área leste de Zimbabue são também lugares não muito bem conhecidos, a despeito dos vastos casos inexplicáveis que tem ocorrido neles e ao seu redor.
O El Yunque, sempre envolvido em névoa, tem sido a fonte de fenômenos misteriosos envolvendo o paranormal e mais recentemente, o avistamento de OVNI's. Dúzias de indivíduos, turistas de fim de semana e campistas, tem desaparecido inexplicavelmente na floresta tropical. Uma criança desapareceu enquanto descia uma trilha com seus pais e mesmo as equipes de resgate enviadas para investigar tem sido engolidas por esta enganosa área selvagem. Agentes florestais rapidamente culpam areias movediças e buracos inexplorados como razões para estas evaporações, mesmo quando elas ocorrem em área muito distantes de onde são encontradas estas condições.
Os desaparecimentos de Mt. Glastenbury causaram uma sensação na rural e pacífica Vermont. Durante um período de cinco anos, de meados de 1940 ao início de 50, sete indivíduos desapareceram de seu pico perto de Bennington, Vermont. Diferentemente de El Yunque, este local não tinha história anterior de ser um daqueles nos quais as pessoas desaparecem no ar. Um número de teorias, variando de atividades de magia negra a abduções por ONNI's tem sido disseminadas para explicar esses desaparecimentos. A primeira vítima de Mt. Glastenbury, muito curiosamente, era um guia de montanha que levava caçadores em trilhas selvagens. Este guia, mais quatro caçadores, nunca foram vistos novamente. Uma outra vítima foi perdida sob condições ainda mais estranhas: Um homem entrou em um ônibus em Saint Albans, Vermont, sentou-se, sendo percebido pelo motorista e por outros passageiros, mas nunca foi visto descendo do onibus, o qual fazia uma linha direta até Bennington. Ele nunca mais foi visto.
Mount Inyangani de Zimbabue talvez seja o mais intrigante e interessante dos locais de montanha conhecidos por sua habilidade em fazer pessoas desaparecerem, precisamente porque, em alguns casos, estes desaparecidos tem voltado com histórias espetaculares para contar. A investigadora de OVNI's Cynthia Hind, em um artigo para a revista FATE, discute a experiência que aconteceu a um vice ministro do governo do Zimbabue, que se perdeu em Mount Inyangani com dois companheiros. Segundo o vice ministro, os três homens andaram sem destino em um estado de confusão, sem sentirem fome ou sede, todo tempo acenando freneticamente para as pessoas da equipe de resgate, que não conseguiam vê-los. Aparentemente, certos rituais foram realizados às divindades tutelares da montanha, sendo que devido à isto que ocasionou o retorno dos três homens ao nosso espaço-tempo normal. O artigo de Hind continua, relatando que anteriormente nos anos 80, um assistente distrital de uma localidade que inclui o Mount Inyangani esteve envolvido em uma operação de resgate realizada para encontrar um funcionário desaparecido do governo.
Os velhos da tribo Tangwena foram informados da súplica do funcionário e um ritual destinado a reassegurar seu retorno foi realizado. O funcionario desaparecido foi encontrado no dia seguinte, não estava mal por causa da experiência, mas incapaz de se recordar do que tinha feito durante os dois dias em que esteve desaparecido. Outros tem tido menos sorte e seus desaparecimentos nunca foram resolvidos. A eficácia do ritual mágico nestes casos indica que haja uma inteligência de algum tipo que pode ser persuadida, de acordo com a ocasião, para devolver aqueles que tenham tomado, ou inadivertidamente tenham invadido seu domínio. Será que os antigos Tainos de Porto Rico tinham magias para trazer seus perdidos das profundezas enevoadas de El Yunque? Nunca saberemos.
Os humanos sempre tem tido um saudável respeito por certos corpos de água, principalmente lagos de água fresca com má reputação. Alguns deles incluem os lagos escoceses e irlandeses investigados pelo falecido F.W. Holiday, e lagos e lagoas em outros lugares do mundo que abrigam monstros ou formas de vida exóticas. Ainda outros lagos são notórios e famosos com relação à desaparecimentos humanos. O pesquisador britânico de mistérios H.P. Wilkins olhou as tradições associadas aos lagos "quentes" do canto nordeste da Islândia, a terra não ocupada conhecida pelo famoso apelido de Od dharhraun. Esta vasta terra vazia hospeda o vulcão Askja, uma cratera gigantesca de 13 milhas, cercada por um panorama lunar de campos de lava e cinza negra.
Nesse canto do mundo com aparência de um pesadelo, entrou um grupo de jovens geólogos alemães realizando uma observação da surpreendente atividade vulcânica islandesa. Eles chegaram em 1905 na vila pesqueira de Husavik e contrataram um guia para levá-los a Od dharhraun, considerado pelos islandeses como um lugar malévolo e sobrenatural. Contra as advertências de seu guia, os alemães fizeram acampamento na região e dois deles usaram um bote para alcançar o centro do lago vulcânico. Quando seu companheiro, que permaneceu fora do litoral, se voltou para examinar o progresso de seus camaradas, ele ficou atônito ao notar que eles não mais estavam lá - os cientistas e o barco deles tinha desaparecido. As autoridades mais tarde empreenderam um esforço de resgate e o lago quente foi dragado, mas os cientistas tinham desaparecido completamente. Wilkins acrescenta É notável observar que qualquer investigador que passe algum tempo no interior solitário da Islândia pode facilmente coletar um bom número de histórias a respeito de desaparecimentos bizarros.
Estes lagos indutores de desaparecimentos nem sempre estão seguramente localizados em remotas regiões de países longuínquos. George Andrews, autor de Amigos e Inimigos Extraterrestres, inclui a perturbadora atividade sobrenatural que rodeia o lago Whitney na área de Dallas / Ft. Worth (EUA). Citando um artigo do "Fort Worth Star Telegram" que apareceu em 1976, Andrews nos apresenta uma massa de água no qual pessoas e veículos tem desaparecido das formas mais invulgares possíveis. Quase uma dúzia de carros tem saído da estrada para dentro da água desde a década de 1950, e aviões tem inexplicavelmente afundado em suas profundezas. Mergulhadores submarinos também tem desaparecido, embora Whitney seja um lago de contenção sem correnteza. OVNI's tem também sido relatados na vizinhança. O veredito oficial a respeito dos desaparecimentos misteriosos, na maioria dos casos, é "negligência levando ao afogamento".
Os incidentes do lago Whitney nos permitem a transição de uma razão passiva para os desaparecimentos para uma ativa, que tem recebido a maior parte da atenção durante várias décadas: OVNI's. É inegável que exista uma forte ligação entre a pesada atividade OVNI e os desaparecimentos misteriosos. O pesquisador Phil Imbrogno ressalta o agudo aumento de relatos de crianças desaparecidas pouco depois do surgimento de atividade ufológica sobre o "Hudson Valley - EUA" na década de 1980. A aproximadamente 3.000 crianças desapareceram apenas do condado de Westchester, NY. Os agentes da lei ficaram atônitos tanto pelo número de crianças desaparecidas como pelo fato de que eles nunca apareceram em casas no meio do caminho ou distritos de luz vermelha.
Patrice Gaston, cujo livro "Disparitions Mysterieuses" serve como um manual do fenômeno de desaparecimentos humanos, nota que no irromper dos ainda não explicados blecautes que mergulharam a cidade de New York City e o Nordeste na escuridão de 1965, no meio de uma pesada atividade OVNI, no ano, 4 milhões de pessoas foram relatadas como desaparecidas apenas pela Companhia Tracers nos EUA; um aumento de 2 milhões da estastística anual média de pessoas que são listadas como desaparecidas.
Acrescente-se a esta estastística o número de desaparecimentos inexplicáveis que sucederam os misteriosos blecautes que engolfaram o planeta (da Argentina ao Oriente), e lembrem-se da declaração de Charles Fort, "acredito que estamos sendo pescados". Contudo, deve-se ter reservas em colocar a origem dos desaparecimento e nos OVNI's, pois a maior parte dos desaparecimentos, como aqueles ressaltados anteriormente, ocorreram independentes de ondas de avistamento de OVNI's. A pergunta verdadeiramente difícil a respeito dos misteriosos desaparecimentos de seres humanos através das épocas são:
(a) o que causou seu desaparecimento? e (b) o que foi feito deles? Várias teorias tem sido apresentadas para responder a estas perguntas perturbadoras.
O erudito britânico F.W.H. Myers acreditava que para cair pelas fissuras que levam da nossa realidade para uma outra, completamente inimaginável, a vítima deve ter um "talento" oculto que ele nomeou de diátese psicorrágica. Esta condição mental ou habilidade causa um rompimento do tecido da mente, energia e matéria enviando a indefesa vítima pelas rachaduras da realidade, transportando-a de uma dimensão para outra. Segundo Myers, esta habilidade causaria uma passagem abrupta, não desejada e não intencional de nosso mundo tridimensional a um mundo de quatro dimensões, ou permitira a passagem de estranhas criaturas de sua própria dimensão para a nossa.
Se Myers estava na pista certa, então alguém também pode supor que pode haver aqueles que tem aperfeiçoado este talento e o utilizem para se teleportarem entre mundos ou planos de existência. Os felinos misteriosos, monstros peludos, criaturas bizarras que são avistados em todo o mundo, podem utilizar esse "portal" para atravessar de sua realidade para a nossa à vontade. Os autores D. Scott Rogo e Jerome Clark sugerem que entre as características físicas de muitas criaturas bizarras relatadas, a maioria apresentava olhos luminosos, sugerindo que a dimensão de seu mundo poderia ser de escuridão.
O parapsicólogo argentino Juan Jacobo Bajarlya oferece uma explicação diferente: a parapsicologia admite a existência de um fenômeno conhecido como hiloclastia - a penetração da matéria pela própria matéria. Este fenômeno explica como um objeto sólido pode atravessar uma parede por outra dimensão sem deixar um traço físico. Embora a teleportação seria um efeito colateral da hiloclastia, o Dr. Bajarlya nos adverte que os efeitos paranormais somente aconteceriam em um estado de transe. O indivíduo deve entrar no estado de transe que ele denomina paragnosia (o estado de consciência paranormal), que supera os cinco sentidos, ao longo da razão e da vontade livre. A energia produzida pelo indivíduo vivenciando esta condição, geralmente como resultado do medo, pode ser tão intensa que faça com que a vítima levite ou seja atirada a uma outra dimensão, ou a coloque em um lugar inalcançável. Um tratamento mais completo desta hipótese interessante aparece no trabalho do Dr. Antonio Las Heras, "Respuestas al Triângulo de las Bermudas".
Gordon Creighton, editor da prestigiada Flying Saucer Review, e o ufologista espanhol Salvador Freixedo tem expressado uma crença que seres elementais conhecidos no islamismo como djinn, jinas, ou gênios são os responsáveis por estes enigmáticos desaparecimentos. Os elementais árabes tem a sua contrapartida nas fadas européias e nos anões e espíritos nativos americanos. O djinn tem um grande prazer em se meter nos assuntos humanos, e são capazes de fazer isto porque são invisíveis aos nossos olhos. Eles tem a habilidade de aparecerem em nosso mundo sob o disfarce que escolherem e tem grande prazer em abduzir humanos. Finalmente, voltamos aos OVNI's como causa de desaparecimentos. Em um caso perturbador, ocorrido em Cajamarca, Peru (não foi dado a data), uma mulher chamada Isabel Tuct foi raptada em um piscar de olhos por um brilhante OVNI que repentinamente desceu enquanto ela estendia a roupa lavada para secar. Vários vizinhos testemunharam o evento e o caso permanece não resolvido.
O testemunho dos funcionarios de Zimbabue que desapareceram em Mt. Inyangani permanece o único meio de responder a segunda pergunta: o que acontece com aqueles que desaparecem sob estas circunstâncias. Conquanto eles não tenham sentido nem fome e nem tão pouco cansaço naquele intervalo de tempo que permaneceram desaparecidos, é altamente improvável que isto permanecesse de forma indefinida. Uma nota mais importante: é interessante saber que os esqueletos das vítimas de Mt. Glastenbury em Vermont costumam aparecer muitos e muitos anos mais tarde. Será que eles agem para espelir o corpo físico de volta para a nossa realidade?
Talvez cair em uma dobra de espaço/tempo/realidade tenha consequências devastadoras para a vítima, perturbando seus sentidos e causando danos irreparáveis. Charles Fort menciona o súbito aparecimento de "homens selvagens" aparentemente amnésicos na Inglaterra durante o inverno de 1904-1905. Eles estavam nus e falavam uma linguagem desconhecida entre os especialistas disponíveis da polícia. Poderiam eles terem sido vítimas de desaparecimentos misteriosos e terem reaparecido em outro lugar e época, sendo que suas mentes possam ter sido arruinadas pela passagem não natural? Muitas teorias e teses existem a respeito desses misteriosos desaparecimentos que ocorrem em nosso mundo até os dias atuais, mas comprovadamente nada de concreto foi descoberto, deixando as famílias e amigos dos desaparecidos com um grande vazio em conjunto com as dúvidas que assombram os que ficam:
O que aconteceu?
Para onde foi?
Onde está?
O triste é observar que estas perguntas provavelmente nunca serão respondidas.
Fonte: http://www.alemdaimaginacao.com