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Reencarnação? Conheça o bizarro caso das irmãs Pollock

reenme1Por Phelipe Kling David, 29/12/2014 - Há muitos casos bizarros no mundo, é verdade. Eventualmente, na busca de coisas estranhas que acontecem, esbarro em alguns casos que estão na fronteira entre o real e o imaginário, e muitas vezes, algumas coisas se misturam no intrincado sistema de crenças do ser humano. Este é o misterioso caso das irmãs Pollock. Em 1957, duas irmãs, uma com 11 anos de idade, chamada Joanna e outra de 6 anos de idade chamada Jacqueline Pollock foram mortas tragicamente em um acidente de carro em Northumberland, Inglaterra. A família ficou desolada. Mas a vida continuou. Somente um ...

ano depois de perder as duas filhas, sua mãe deu à luz novamente. Para espanto de todos, novamente nasciam duas meninas, só que dessa vez, gêmeas. Elas receberam os nomes de Jennifer e Gillian. A gêmea mais jovem, Jennifer, nasceu com estranhas marcas de nascença em seu corpo. O bebê parecia ter uma cicatriz, mas nunca havia sofrido qualquer acidente. Ainda mais estranho, sua irmã falecida, a Jacqueline, também tinha aquelas marcas, e exatamente no mesmo lugar. Era uma cicatriz na face, causada quando ela caíra de seu triciclo quando tinha dois anos de idade.

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Até então, parecia somente uma coincidência. Mas gradualmente, as coisas foram ficando cada vez mais gump. As gêmeas, conforme cresciam, começaram a pedir brinquedos que não eram delas, mas sim pertencentes às irmãs falecidas. Em alguns casos, perguntavam de brinquedos que já tinham sido doados, e que elas nem tinham conhecimento prévio.

Quando as meninas gêmeas receberam duas bonecas que tinham pertencido à Jacqueline e Joanna ambas disseram “Essa é a Mary e essa é a Susan”. A família, chocada se entreolhou. Aqueles eram os MESMOS nomes que as filhas mortas haviam batizado suas bonecas. Algum tempo depois, a família se mudou para outra cidade, mas num dia, ao retornar para visitar o lugar, uma das gêmeas disse: “A escola é por aqui. É aqui que nós costumávamos ir para o parquinho, que fica ali na parte de trás”.

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O parque em questão e a escola, estavam mesmo no lugar indicado, mas era um local onde elas nunca estiveram antes (mas suas irmãs falecidas tinham ido). Assustados, os pais procuraram um psicólogo e foi assim que entrou na história o respeitado Dr. Ian Stevenson, que estudou o caso em profundidade e concluiu que era provável que as gêmeas fossem a reencarnações de suas próprias irmãs falecidas.

De fato, há muitas pessoas que acreditam que esse pode ser um caso bem marcante envolvendo a reencarnação. Um dos aspectos interessantes deste caso é que ele foi documentado na Inglaterra, um local que normalmente tem poucos casos relatados de reencarnação – algo que deve ser observado, sobretudo pelos céticos que acreditam que relatos de reencarnação só são encontrados entre os países orientais que têm uma forte fé na reencarnação.

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A análise do caso, foi publicada e examinada em dois livros: Bernett MD, William. “Children Who Remember Previous Lives: A Question of Reincarnation, Revised Edition.” Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry 41.8 (2002): 1022-023. Stevenson, Ian. Children who remember previous lives a question of reincarnation. Charlottesville: University of Virginia, 1987. Evidentemente, que embora o caso seja realmente intrigante, principalmente por conta da marca de nascença compatível com as marcas físicas da irmã morta, surgindo somente numa das gêmeas idênticas, nem todos consideram este um caso legítimo de reencarnação.

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Há diversas justificativas para colocar em xeque a pesquisa de Ian Stevenson, a começar pela questão da natureza do ocorrido. Irmãs falecidas num acidente trágico são um fato que é devastador para os pais. Isso pode desencadear diversos mecanismos de negação, e a crença na reencarnação das filhas perdidas seria um mecanismo óbvio de se agarrar à memória delas. Em todo caso, não há ceticismo no mundo que consiga contradizer o fato de que é bem curioso a mãe ter conseguido uma gravidez de gêmeas idênticas logo depois. Assim, teríamos que colocar nossa fichas em algo que os céticos não gostam muito, mas admitem que acontece: A sorte/coincidência.

O fato de engravidar de meninas teria funcionado como um catalizador do desejo de dar a luz novamente às filhas mortas, e trazê-las de volta do mundo dos mortos. É algo que faz sentido do ponto de vista psicanalítico. O próprio Stevenson desconfia bastante disso no início de sua análise. O conhecimento de fatos que elas não tinham como saber é algo complexo neste caso, porque são situações anedóticas, que não podem ser efetivamente comprovadas sem ser no depoimento dos pais das meninas, principais interessados em que as filhas sejam uma “segunda chance” de Deus para suas primeiras filhas.

Assim sendo, este caso, do ponto e vista do ceticismo, estaria na borda do descrédito, uma vez que a família do ente morto teve (por razões obvias e estruturais do próprio caso) um contato direto com os supostos reencarnados, o que indiretamente, contaminaria a alegação. É claro que para os familiares das meninas, nada muda. Elas continuam a ser amadas, não só por ser quem são, mas também por para eles, tratarem-se das filhas anteriormente falecidas.

Eu pessoalmente, não tenho uma opinião formada sobre este caso e deixo o julgamento a seu critério. Para mim, as duas hipóteses são igualmente interessantes, seja a reencarnação de duas almas, seja a comprovação que os mecanismos mentais complexos que nos regem são capazes de verdadeiras acrobacias cerebrais, capazes de enxergar pessoas mortas dentro de pessoas vivas. Não sei você, mas eu gosto muito desses casos porque eles mexem com a questão metafísica da desencarnação e reencarnação.

Já fiz outros posts sobre crianças que lembram de vidas passadas, mas nunca tinha visto um em dose dupla, com gêmeos como este. Muitas vezes, a verdade pode estar nos olhos de quem vê e é fato que a máxima “alegações sensacionais exigem provas sensacionais” é bem difícil de ser aplicado em situações desse tipo. É muito difícil de provar uma coisa assim, de modo que é bem possível que ficaremos eternamente na dúvida.

Mas posso contar uma coisa curiosa que aconteceu aqui em casa, com meu próprio filho.

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Certo dia, ele ainda com poucos meses de idade, (se não me engano, ele tinha 9 meses) resolvi dar um lápis para ele desenhar. Acostumado a ver crianças desenharem desde sempre, me espantei quando meu filho pegou no lápis do jeito ceto. Crianças não pegam no lápis para desenhar como os adultos pegam para escrever, porque a posição é antinatural, e envolve um controle de musculatura fina que só vai se desenvolver bem mais tarde, e é por isso que há uma idade ideal para a criança se alfabetizar.

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Meu filho estava segurando o lápis como um adulto segura, mas nunca ninguém o havia ensinado a segurar assim, e eu sei isso porque ele passa tempo inteiro comigo. Achei tão estranho e realmente era, que até a nossa empregada percebeu. “Nossa. Olha como ele segura o lápis direitinho!” – Ela exclamou.

Há quem veja nisso a lembrança de uma existência anterior? Certamente. Era? Não posso ter certeza. Pode ser somente uma estranha coincidência. O fato é que depois de algum tempo, ele começou a pegar o lápis como o menininho da foto acima. Havia voltado ao “normal”. É como se a “memória” da forma de pegar o lápis estivesse gradualmente se apagando. Seja o que for, é curioso, e de certa forma, um pouco assustador também.

Fonte: http://www.mundogump.com.br/