Mistérios do Cosmos

Dois OVNIs em Roswell? Testemunho abala comunidade ufológica

Dois OVNIs em Roswell? Testemunho abala comunidade ufológica

"Dois UFOs em Roswell? Um Ex-Coronel da Força Aérea Abre o Jogo e Revive a Controvérsia que Nunca Saiu de Cena". Era uma noite como qualquer outra, até que um telefonema inesperado mudou tudo. O repórter do HuffPost mal sabia que estava prestes a ouvir algo que faria os teóricos da conspiração acordarem no meio da madrugada para atualizar seus arquivos.

O nome? Richard E. French — ou simplesmente Dick French, como ele mesmo gosta de ser chamado. Um ex-coronel da Força Aérea norte-americana com mais de 27 anos de serviço, piloto de combate nas guerras da Coreia e Vietnã, e figura central no famoso Projeto Blue Book, aquele que investigava (e muitas vezes desmentia) avistamentos de OVNIs.

Só que agora, décadas depois de tentar esconder ou reverter as narrativas sobre objetos voadores não identificados, French resolveu virar a mesa. E não foi só um empurrãozinho: foi uma verdadeira explosão na comunidade ufológica.

“Houve na verdade dois acidentes em Roswell. Dois!”, declarou, sem titubear, ao HuffPost.

Essa frase, solta assim do nada, soa quase como um trovão cortando o céu silencioso de New Mexico. Mas, para quem acompanha a história por trás do famoso caso de Roswell, isso é praticamente uma bomba atômica caindo no quintal da Casa Branca.

O Primeiro Acidente: Quando o Céu Desabou... Literalmente

Para quem já ouviu falar de Roswell, sabe que o caso se tornou sinônimo de mistério, encobrimento governamental e alienígenas. Tudo começou em 1947, quando um fazendeiro chamado Mac Brazel encontrou destroços misteriosos em sua propriedade perto da pequena cidade de Roswell, Novo México. Os militares chegaram rapidamente, recolheram tudo, e num primeiro momento divulgaram uma nota à imprensa dizendo terem encontrado "um disco voador". Mas, minutos depois, a mesma Força Aérea negou tudo e disse que era apenas um balão meteorológico. A partir daí, o mundo entrou em polvorosa. Teorias começaram a surgir, documentários pipocaram, e até hoje o caso é considerado uma das maiores lendas urbanas da história dos Estados Unidos.

Agora, segundo French, aquela queda não foi única.

“O primeiro objeto foi derrubado por um avião experimental dos EUA que estava voando fora de White Sands. Eles usaram uma arma de pulso eletromagnético. Bum! Foi o suficiente pra deixar o UFO sem controle nenhum”, revelou ele, com a tranquilidade de quem conta como prepara seu café da manhã. White Sands, para quem não conhece, é um campo de testes militares ultrassecreto onde os EUA fizeram alguns dos experimentos mais loucos da Guerra Fria. Se essa versão for verdadeira, estamos falando de tecnologia militar extremamente avançada – e potencialmente ilegal – sendo usada contra um objeto não identificado… e talvez extraterrestre.

O Segundo Acidente: Uma Missão de Resgate que Dá Nó na Lógica

Poucos dias após o primeiro incidente, segundo o depoimento de French, ocorreu o segundo acidente. Desta vez, também próximo a Roswell. E aqui entra uma nova camada de complexidade: ele afirma que o segundo UFO estaria ali justamente para recuperar os destroços e possíveis sobreviventes do primeiro acidente.

“Eles voltaram pra buscar o que restou. Pelo menos é o que pensamos. Seres espaciais, extraterrestres, ‘os caras do UFO’ — chame como quiser. Mas o fato é que eles estavam ali por um motivo”, afirmou o ex-coronel, com a cara mais séria do mundo. Essa parte da história parece saída de um roteiro de Hollywood. Você consegue imaginar? Uma nave alienígena retornando ao local de um acidente para resgatar tripulantes? Parece ficção científica, mas não seria a primeira vez que a realidade supera a imaginação humana.

O Contraponto: Um Coronel que Não Engole Nada

É claro que nem todo mundo engoliu a história de French. Entre os que estão duvidando está ninguém menos que o coronel John Alexander, especialista em armas de energia direcionada e com acesso a documentos ultrassecretos nos anos 80.

“Chance zero! Sem chance alguma de termos usado uma arma de pulso eletromagnético em 1947. Isso é impossível. Nós sequer tínhamos lasers operacionais naquela época. Só começamos a desenvolvê-los de forma prática na década de 60, e mesmo assim com alcance limitadíssimo.”

Alexander é uma figura importante nesse cenário porque trabalhou diretamente com sistemas de armas avançados e participou de programas ultrassecretos. Ele também liderou um grupo de estudos sobre fenômenos aéreos não identificados nos anos 80, buscando provar (ou não) a existência de um acobertamento oficial. Segundo ele, mesmo tendo acesso a arquivos que poucos viram, nunca encontrou evidências concretas de que algo extraterrestre tenha caído em Roswell.

“Se tivesse acontecido, eu saberia. E se tivesse havido um encobrimento, eu também teria visto sinais disso. Mas não há nada além de especulação e medo do desconhecido.”

Fotos Misteriosas e Inscrições que Lembram Árabe

French, porém, não pára por aí. Ele menciona ter visto fotos de partes do UFO que tinham inscrições parecidas com a escrita árabe. “Cada peça tinha um número ou código gravado. Era algo completamente estranho, que não pertencia a nenhum sistema conhecido.”

Essa parte lembra muito outro depoimento famoso: o do ex-agente da CIA Chase Brandon, que afirmou ter encontrado uma caixa rotulada como “Roswell” dentro da sede da agência, contendo fotos e documentos que sugeriam que o objeto realmente veio de outro planeta.

“A gente olha pra essas fotos e sente um frio na barriga. É como se o universo estivesse nos mandando um recado, mas a gente ainda não decifrou o código”, comentou Antonio Huneeus, jornalista investigativo e editor da revista Open Minds , que conversou recentemente com French.

Huneeus, que tem décadas de experiência em investigações ufológicas, admite que confirma parte do currículo de French, mas mantém certa cautela quanto aos detalhes.

“Ele realmente serviu na Força Aérea e participou do Projeto Blue Book. Tem credibilidade. Mas a memória dele pode estar falhando em alguns pontos. Estamos tentando separar o que ele viveu pessoalmente do que ouviu ou leu ao longo dos anos.”

Projeto Blue Book: A Máquina de Desmentir Histórias de UFOs

Falando nisso, o Projeto Blue Book é um capítulo à parte nessa história. Criado pela USAF em 1947, o projeto tinha como objetivo investigar relatos de UFOs e oferecer explicações lógicas para cada avistamento. O problema é que, muitas vezes, essas explicações eram tão absurdas que acabavam gerando mais dúvidas do que certezas. French conta que ele próprio participava dessas investigações e que, muitas vezes, era instruído a ridicularizar os relatos. “Tinha gente jurando que viu discos prateados voando baixo, e a gente ia lá e dizia que era gás de pântano ou coisa pendurada em fios elétricos. Alguns relatórios passavam até pelo nível presidencial.”

Quando perguntado por que os militares insistiam em negar tudo, French não hesitou:

“Porque aceitar que extraterrestres existem e que visitam nosso planeta abalaria religiões e enfraqueceria a imagem das forças armadas. Imagine admitir que você não tem defesa contra algo que vem do espaço?”

O Legado de Roswell: Verdade, Mentira ou Verdade Inconveniente?

Hoje, mais de setenta anos após o suposto acidente, Roswell continua fascinando o mundo. Turistas lotam a pequena cidade todos os anos para visitar museus, lojas de souvenirs alienígenas e até festivais dedicados ao tema. O caso virou cultura pop, mas também serve como espelho para nossa relação com o desconhecido. Alguns acreditam que tudo não passa de um grande mal-entendido envolvendo balões meteorológicos e medo do comunismo. Outros juram que os EUA estão escondendo uma verdade capaz de mudar para sempre nossa visão de mundo. E agora, com um novo depoimento — vindo de alguém que, ironicamente, passou anos desmentindo histórias de OVNIs — o debate volta com força total.

Seria essa a chave que faltava para abrir a caixa-preta de Roswell?

Conclusão: A Verdade Está Lá Fora… Ou Talvez Dentro de um Arquivo Secreto
No fim das contas, tudo se resume a isso: acreditar. Seja no que diz um ex-coronel que jurou servir à verdade, seja na opinião de outro oficial que duvida de tudo, ou até mesmo na fé popular que transformou Roswell numa espécie de santuário moderno do mistério.

O que não falta são pistas, contradições, testemunhas e teorias. O que falta, talvez, é coragem para enfrentar a possibilidade de que, sim, não estamos sozinhos.

E se estivermos mesmo? Que Deus nos proteja… ou que os aliens tenham piedade.

Curiosidades Rápidas:

Roswell fica a cerca de 300 km de Albuquerque, capital do Novo México.
Em 1994, o governo dos EUA liberou documentos classificados que explicavam o caso como um balão do Projeto Mogul, usado para detectar testes nucleares soviéticos.
O Projeto Blue Book investigou mais de 12 mil casos entre 1952 e 1969. Cerca de 6% permaneceram inexplicados.