História e Cultura

Piratas da Somália, a Verdade que a mídia não mostra ! - Parte 3

pirata_38As Grande Potências sugando a vida, a saúde e dignidade de um povo - As grandes potências vêem agora ameaçada a sua atividade de pesca lucrativa e veêm-se privados do seu particular e muito econômico vertedouro de resíduos tóxicos e nucleares. A ONU, que ignorou sistemativamente as reclamações somalis agora atende às reclamações dos paises afetados por essas ações. Espanha e França, paises com importantes frotas pesqueiras na região encabeçam uma petição de uma reação militar conjunta. Desta maneira nasce a Operação Atlalanta.

A missão dispõem inicialmente de 8 vasos de guerra, barcos de abastecimento e aviões de reconhecimento e vigilância. Após o fracasso inicial da operação, é ampliado o seu prazo e dotação, com mais de 20 navios e 1800 militares. O custo estimado para o governo espanhol ascende a mais de 6 milhóes de euros mensais. A segurança privada dos atuneiros galegos e bascos ascende a meio milhõa de euros mensais. O governo espanhol suporta metade desse custo por intermédio do Orçamento de Estado.

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Recordemos a definição de pirata: Roubam no mar, apropriando-se do que não lhes pertence. Realizam as suas ações fortemente armados. E em algumas ocasiões contam com a proteção de um Estado ou de uma Nação. Mas...Porque razão pescam ali estas frotas? Não poderiam por acaso fazê-lo nas suas águas territoriais? Nos seus oceanos? Não. E a causa é terrível. Jão não resta nada que pescar. DEvastaram e saquearam todas as suas reservas. Os paises ricos exterminaram a vida marinha dos seus próprios oceanos.

Os sistemas de pesca dos paises capitalistas industrializaram-se. Os ecossistemas marinhos são explorados até ao limite com o inguito de maximizar os lucros. Detrói-se a capacidade de regeneração das espécies marinhas, a cadeia alimentar é quebrada e as espécies extinguem-se. Como denuncia a Greenpeace Internacional pelo menos um quarto de todas as criaturas marinha capturadas são atiradas de volta ao mar, mortas. Baleias, golfinhos, albatrozes, tartarugas. São o que a indústria pesqueira denomina frivolamente de capturas acessórias.


A total falta de consciência sobre o meio ambiente.....o que interessa é o LUCRO !

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Desde os mares do Norte ao Golfo da Biscaia, o Cantábrico e o Mediterrâneo, esgotou-se e destruiu-se o habitat da maioria das espécies. O professor de história do Pensamento Político Jose Carlos Garcia Fajardo, afirma: "Por isso as nossas fortas européias foram a procura de ricas reservas na Africa, América Latina e Ásia. Em muitos paises serviram-se de governantes sem escrúpulos da falta de meios para defender a pesca nas suas próprias águas ou de falsas Joint ventures criadas para roubar as suas riquezas.

No ano de 2006, tendo em visa proteger os seus recursos naturais o Senegal não renovou os acordos pesqueiros com paises da União Européia. Mas parece impossível deter as frotas pesquisas capitalistas. Elas burlam as leis criando joint ventures, comprando licenças a outros paises e agitando bandeiras de conveniência. Atualmente, através da Internet pode-se comprar uma bandeira de conveniência em alguns minutos e por menos de 500 euros.

No Senegal, os barcos de pesca deixaram de ser úteis para a sua finalidade original e são agora usados para transportar imigrantes que procuram um futuro melhor em paises europeus. Ironicamente os mesmos paises que lhes arrebataram o seu futuro. Na Somália, os barcos deixaram de ser úteis para a pesca e são usados agora para a pirataria.

A Conferência Global dos Oceanos anunciou que 75% dos bancos de pesca mundiais desapareceram. A FAO também alertou que 80% ds reservas mundiais estão sobreexplorados e 30% das espécies marinhas se encontram abaixo do limite biológico de segurança. Por tudo isso, diversos estudos científicos calculam que no ano 2048 estarão esgotados todos os recursos pesqueiros do planeta.

Fonte: Documentario "Piratas", Espanha, 2011. Compilação em forma de texto e imagens, Renato, gestor de conteúdo do Arquivo.