HISTÓRIA E CULTURA

A História da Computação e da Segurança de Informação - Parte 2

seguranca34Por Adriane Vanacor. Phreaker - O termo Phreaker, corruptela do inglês "freak" que significa "maluco", essencialmente significa a mesma coisa que o original "hacker", no entanto é um decifrador aplicado à area de telefonia (móvel ou fixa). No uso atual, entende-se que um Hacker modifica computadores, e um Phreaker modifica telefones (experimente discar no seu telefone batendo sucessivas vezes no gancho ao invés de usar o teclado do aparelho, e você estará sendo um phreaker). Os Phreakers também se enquadram no conceito de White hat ou Black hat.

Cracker


O termo Cracker, do inglês "quebrador", originalmente significa alguém que "quebra" sistemas. Hoje em dia, pode tanto significar alguém que quebra sistemas de segurança na intenção de obter proveito pessoal (como por exemplo modificar um programa para que ele não precise mais ser pago), como também pode ser um termo genérico para um Black Hat.


Lamer


O termo Lamer indica uma pessoa que acredita que é um hacker (decifrador), demonstra grande arrogância, no entanto sabe pouco ou muito pouco e é geralmente malicioso. Utilizam ferramentas criadas por Crackers para demonstrar sua suposta capacidade ou poder, na intenção de competir por reputação, no entanto são extremamente inconvenientes para convívio social, mesmo com outros hackers. Algumas pessoas acreditam que essa é uma fase natural do aprendizado, principalmente quando o conhecimento vem antes da maturidade. Lamer's geralmente atacam colegas de trabalho ou colegas de estudo, sempre com menos aprendizado, e estes se aterrorizam, aumentando a arrogânica do lamer.


(fonte Wikipédia)


Conceitos de segurança


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Segurança da Informação está relacionada com proteção de um conjunto de dados, no sentido de preservar o valor que possuem para um indivíduo ou uma organização. São características básicas da segurança da informação os atributos de confidencialidade, integridade e disponibilidade, não estando esta segurança restrita somente a sistemas computacionais, informações eletrônicas ou sistemas de armazenamento. O conceito se aplica a todos os aspectos de proteção de informações e dados. O conceito de Segurança Informática ou Segurança de Computadores está intimamente relacionado com o de Segurança da Informação, incluindo não apenas a segurança dos dados/informação, mas também a dos sistemas em si. A Segurança da Informação se refere à proteção existente sobre as informações de uma determinada empresa ou pessoa, isto é, aplica-se tanto as informações corporativas quanto às pessoais. Entende-se por informação todo e qualquer conteúdo ou dado que tenha valor para alguma organização ou pessoa. Ela pode estar guardada para uso restrito ou exposta ao público para consulta ou aquisição.

Podem ser estabelecidas métricas (com o uso ou não de ferramentas) para a definição do nível de segurança existente e, com isto, serem estabelecidas as bases para análise da melhoria ou piora da situação de segurança existente. A segurança de uma determinada informação pode ser afetada por fatores comportamentais e de uso de quem se utiliza dela, pelo ambiente ou infra-estrutura que a cerca ou por pessoas mal intencionadas que têm o objetivo de furtar, destruir ou modificar tal informação.

A tríade CIA (Confidentiality, Integrity and Availability) -- Confidencialidade, Integridade e Disponibilidade -- representa os principais atributos que, atualmente, orientam a análise, o planejamento e a implementação da segurança para um determinado grupo de informações que se deseja proteger. Outros atributos importantes são a irretratabilidade e a autenticidade. Com o evoluir do comércio electrónico e da sociedade da informação, a privacidade é também uma grande preocupação.

Os atributos básicos (segundo os padrões internacionais) são os seguintes:

Confidencialidade - propriedade que limita o acesso a informação tão somente às entidades legítimas, ou seja, àquelas autorizadas pelo proprietário da informação.

Integridade - propriedade que garante que a informação manipulada mantenha todas as características originais estabelecidas pelo proprietário da informação, incluindo controle de mudanças e garantia do seu ciclo de vida (nascimento,manutenção e destruição).

Disponibilidade - propriedade que garante que a informação esteja sempre disponível para o uso legítimo, ou seja, por aqueles usuários autorizados pelo proprietário da informação.

O nível de segurança desejado, pode se consubstanciar em uma "política de segurança" que é seguida pela organização ou pessoa, para garantir que uma vez estabelecidos os princípios, aquele nível desejado seja perseguido e mantido.

Para a montagem desta política, deve-se levar em conta:

• Riscos associados à falta de segurança;

• Benefícios;

• Custos de implementação dos mecanismos.

 

Técnicas de Invasão


Invasão é a entrada em um site, servidor, computador ou serviço por alguém não autorizado. Mas antes da invasão propriamente dita, o invasor poderá fazer um teste de invasão, que é uma tentativa de invasão em partes, onde o objetivo é avaliar a segurança de uma rede e identificar seus pontos vulneráveis.

Mas não existe invasão sem um invasor, que pode ser conhecido, na maioria das vezes, como Hacker ou Cracker. Ambos usam seus conhecimentos para se dedicarem a testar os limites de um sistema, ou para estudo e busca de conhecimento ou por curiosidade, ou para encontrar formas de quebrar sua segurança ou ainda, por simples prazer.

Mas também pode ser por mérito, para promoção pessoal, pois suas descobertas e ataques são divulgados na mídia e eles se tornam conhecidos no seu universo, a diferença é que o Cracker utiliza as suas descobertas para prejudicar financeiramente alguém, em benefício próprio, ou seja, são os que utilizam seus conhecimentos para o mau.

Existem muitas ferramentas para facilitar uma invasão e a cada dia aparecem novidades a respeito. Abaixo serão descritas algumas das mais conhecidas.


Spoofing


Nesta técnica, o invasor convence alguém de que ele é algo ou alguém que não é, sem ter permissão para isso, conseguindo autenticação para acessar o que não deveria ter acesso, falsificando seu endereço de origem. É uma técnica de ataque contra a autenticidade, onde um usuário externo se faz passar por um usuário ou computador interno.


Sniffers


Sniffer é um programa de computador que monitora passivamente o tráfego de rede, ele pode ser utilizado legitimamente, pelo administrador do sistema para verificar problemas de rede ou pode ser usado ilegitimamente por um intruso, para roubar nomes de usuários e senhas. Este tipo de programa explora o fato dos pacotes das aplicações TCP/IP não serem criptografados.  Entretanto, para utilizar o sniffer, é necessário que ele esteja instalado em um ponto da rede, onde passe tráfego de pacotes de interesse para o invasor ou administrador.


Ataque do tipo DoS - Denial of Service


É um ataque de recusa de serviço, estes ataques são capazes de tirar um site do ar, indisponibilizando seus serviços. É baseado na sobrecarga da capacidade ou em uma falha não prevista.

Um dos motivos para existirem esse tipo de falha nos sistemas é um erro básico de programadores, na hora de testar um sistema, muitas vezes, eles não testam o que acontece se um sistema for forçado a dar erro, se receber muitos pacotes em pouco tempo ou se receber pacotes com erro, normalmente é testado o que o sistema deveria fazer e alguns erros básicos. O invasor parte deste princípio e fica fazendo diversos tipos de testes de falhas, até acontecer um erro e o sistema parar. Este tipo de ataque não causa perda ou roubo de informações, mas é um ataque preocupante, pois os serviços do sistema atacado ficarão indisponíveis por um tempo indeterminado, dependendo da equipe existente na empresa para disponibilizá-lo novamente e dependendo do negócio da empresa, este tempo de indisponibilidade pode trazer muitos prejuízos.

De acordo com um estudo da Universidade da Califórnia, Crackers tentam realizar em torno de 15 mil ataques do tipo DoS por semana. Os alvos mais comuns são grandes empresas.


Ataque do tipo DDoS – Distributed Denial of Service


São ataques semelhantes ao DoS, tendo como origem diversos e até milhares de pontos disparando ataques DoS para um ou mais sites determinados. Para isto, o invasor coloca agentes para dispararem o ataque em uma ou mais vítimas. As vítimas são máquinas escolhidas pelo invasor por possuírem alguma vulnerabilidade. Estes agentes, ao serem executados, se transformam em um ataque DoS de grande escala. Uma ferramenta chamada DDoS Attack, desenvolvida pelo programador brasileiro que se intitula OceanSurfer, é capaz de causar negação de serviços em computadores na Internet através de uma inundação de conexões em determinada porta.


Quebra de Senhas


Para acessar algo é necessário uma senha de acesso, muitos invasores tentam quebrar estas senhas através de técnicas de quebras de senhas, como tentar as senhas padrões de sistemas ou as senhas simples como nomes pessoais, nome da empresa, datas, entre outros. Mas para facilitar a descoberta da senha, existem diversos programas, como dicionários de senhas e programas que tentam todas as combinações possíveis de caracteres para descobrir a senha.


Vírus


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O vírus de computador é outro exemplo de programa de computador, utilizado maliciosamente ou não, que se reproduz embutindo-se em outros programas. Quando estes programas são executados, o vírus é ativado e pode se espalhar ainda mais, geralmente danificando sistemas e arquivos do computador onde ele se encontra. Um exemplo deste tipo de programa é o Worm, criado por Robert Morris. Os vírus não surgem do nada, ou seja, seu computador não tem a capacidade de criar um vírus, quem cria os vírus são programadores de computador mal intencionados. Para que o vírus faça alguma coisa, não basta você tê-lo em seu computador. Para que ele seja ativado, passando a infectar o micro, é preciso executar o programa que o contém. E isto você só faz se quiser, mesmo que não seja de propósito. Ou seja, o vírus só é ativado se você der a ordem para que o programa seja aberto, por ignorar o que ele traz de mal pra você. Se eles não forem “abertos”, “executados”, o vírus simplesmente fica alojado inativo, aguardando ser executado para infectar o computador.

Após infectar o computador, eles passam a atacar outros arquivos. Se um destes arquivos infectados for transferido para outro computador, este também vai passar a ter um vírus alojado, esperando o momento para infectá-lo, ou seja, quando for também executado. Daí o nome de vírus, devido à sua capacidade de auto-replicação, parecida com a de um ser vivo. Por que os vírus são escritos ? Esta pergunta foi feita na convenção de Hackers e fabricantes de vírus na Argentina. As respostas seguem abaixo:

• Porque é divertido;

• Para estudar as possibilidades relativas ao estudo de vida artificial (de acordo com a frase de Stephen Hawkind: “Os vírus de computador são as primeiras formas de vida feitas pelo homem)”. Esta proposta é seguida por vários cientistas.

• Para descobrir se são capazes de fazer isso, tentando seus conhecimentos de computação, ou para mostrarem aos colegas que são capazes de fazer;

• Para conseguir fama;

• Fins militares. Falou-se sobre isso na primeira Guerra do Golfo, em 1991, e os vírus para uso militar são uma possibilidade.


Dicas de Segurança


• Sempre atualize o seu sistema operacional. Nenhuma regra de segurança é páreo para um bug…

• Rode somente os serviços necessários para a operação da sua rede. Serviços que não são muito utilizados caem no esquecimento do administrador.

• Verifique se os serviços estão rodando com privilégios de root, estas permissões geralmente causam os maiores furos na segurança. Se não for necessário, desabilite esta opção.

• Verifique se os serviços estão configurados adequadamente à sua rede. Tutoriais e “How-To” geralmente indicam o caminho de como configurar, mas na sua maioria não são muito específicos.

• Estabeleça uma política de segurança para a sua rede, como por exemplo, serviços de compartilhamento disponíveis, política de senhas, etc.

• Firewall. Estabeleça um filtro de tudo que entra na sua rede. De preferência feche todas as portas que não são necessárias para o funcionamento do servidor.

• Evite serviços de comunicação p2p, como servidores de músicas, vídeos e até chats e mensagens.

• Como última dica: monitore. Diz o ditado, “O boi só engorda aos olhos do seu dono”. Se você cuida da sua rede, dificilmente terá problemas de vulnerabilidade.


Para uso doméstico


• Sempre mantenha um antivírus atualizado. Seja ele qual for. Isso diminui as chances de ser infectado ou ter seus dados roubados, pois dificulta a ação do criminoso.

• Supervisione a atividade de seus filhos no computador. Lembre-se, embora seja somente uma tela, essa criança terá acesso aos mais variados conteúdos, inclusive a influência negativa.

• Verifique sempre a atividade da webcam. Há programas maliciosos que ativam a webcam do computador, registrando todas as atividades da casa. Desplugue caso seja possível e só plugue quando for utilizá-la. E caso de notebook, desabilite através das teclas específicas presentes no teclado (e alguns casos teclas de função + Fn). Verifique com o fabricante as teclas de atalho.

• Não divulgue suas informações pessoais, principalmente dados pessoais em salas de bate-papo ou programas de conversas. Assim como na vida real não informaríamos nosso CPF, telefone ou endereço para qualquer um.

 

Adriane Vanacor

Formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul  em Técnico em Processamento de Dados e atualmente cursando Análise e Desenvolvimento de sistemas pela FATEC. Atua especialmente na área de segurança de informação e redes de computadores.

BLOG: http://santaoumessalina.blogspot.com/