06/08/2021 - As horripilantes sombras humanas de Hiroshima foram causadas pela luz ofuscante da bomba atômica nuclear ao explodir sobre a cidade em 6 de agosto de 1945. A sombra humana gravada na pedra, chamada como Hitokage no ishi (人影の石) é uma exposição no Museu do Memorial da Paz de Hiroshima. Acredita-se que seja o resíduo de uma pessoa que estava sentada na entrada da Agência do Banco Sumitomo quando a bomba atômica foi lançada sobre Hiroshima. Também é conhecida como “A sombra humana da Morte”. O calor da explosão foi tão intenso que fez com que milhares de pessoas fossem incineradas instantaneamente, destruindo tudo que estivesse ao redor. Um dos efeitos devastadores da explosão foram as sombras nucleares de objetos e também de detritos humanos.
Na verdade, por todo o centro de Hiroshima havia uma miríade de contornos assustadores de janelas, válvulas e até mesmo pessoas em seus últimos segundos. Gravadas em prédios e calçadas agora estavam as sombras nucleares de uma cidade prestes a ser destruída.
Acredita-se que havia um grande número de sombras, mas “a maioria teria sido destruída por ondas de explosão e calor subsequentes”. As sombras que restaram servem como lembretes macabros das centenas de milhares de pessoas perdidas neste ato de guerra sem precedentes.
As sombras nucleares de Hiroshima
Quando a bomba atômica “Little Boy” detonou a uma altura de 580 metros acima da cidade, um flash de luz brilhante e fervente queimou tudo o que tocou. A explosão que chegou a 5.000 graus celsius fez com uma área de 3 km fosse incinerada e reduzida a escombros instantaneamente. No caso da sombra deixada nos degraus do Banco Sumitomo, que estava localizado a apenas 250 metros de onde a bomba “Little Boy” colidiu com a cidade de Hiroshima, fazendo com que as pessoas que estivessem por ali fossem “desintegrados” em segundos.
De acordo com o Museu do Memorial da Paz de Hiroshima, as sombras de Hiroshima não se limitam somente a pessoas. Qualquer objeto que estava no caminho da explosão foi impresso em uma superfície, incluindo escadas, vidraças, válvulas principais de água e bicicletas. Mesmo que não houvesse nada no caminho, o próprio calor deixava marcas, marcando as laterais dos prédios com ondas de calor e raios de luz absurdamente intensas.
Talvez a mais famosa das sombras de Hiroshima seja a da pessoa sentada nos degraus do banco. É uma das impressões mais completas deixadas pela explosão e permaneceu no local por mais de 20 anos antes de ser removida e levada ao Museu Memorial da Paz de Hiroshima. Dependendo de onde essas marcas foram deixadas, elas duraram de vários a dezenas de anos antes de serem corroídas pela chuva e pelo vento. As sombras humanas da morte em Hiroshima acabaram se tornando uma relíquia horripilante de seus momentos finais. Agora, os visitantes podem ver as horripilantes sombras de Hiroshima de perto, assim como tantos outros memoriais que mostram os horrores causados pelas armas nucleares.
A Destruição em Hiroshima
O resultado em Hiroshima foi sem precedentes. Um quarto da população da cidade morreu na explosão e um segundo quarto morreu nos meses seguintes. Os incêndios iniciaram a quase 6,5 quilômetros do hipocentro da bomba, com vidros se estilhaçando por até 19 quilômetros. A cidade de Hiroshima estimou que mais de 200.000 pessoas foram mortas em consequência do bombardeio, e em grande parte devido a uma combinação mortal de envenenamento por radiação e falta de recursos médicos, porque a bomba detonou diretamente sobre um hospital da cidade, matando uma grande parte de seus médicos e destruindo suprimentos locais.
Os acontecimentos em Hiroshima naquele dia fatídico de agosto mudaram o mundo. Noventa por cento da cidade de Hiroshima foi arrasada, 80.000 pessoas morreram e em poucos dias o imperador do Japão anunciou uma rendição incondicional. A Segunda Guerra Mundial chegou ao fim e todo o globo foi apresentado a uma nova e aterrorizante forma de destruição.
Por que a bomba atômica de Hiroshima deixou sombras de pessoas nas calçadas?
15/12/2021 - Nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, Hiroshima e Nagasaki foram destruídas por bombas atômicas. Dias depois, sombras negras de humanos e objetos (como bicicletas) foram encontradas, espalhadas pelas calçadas e edifícios que serviram de palco para a tragédia. É muito triste imaginar que essas sombras são os ‘últimos momentos’ de muitas pessoas, mas o que fez elas surgirem?
De acordo com o curador emérito do Museu Nacional de Ciência Nuclear e História em Albuquerque, no Novo México, e professor emérito de radiologia na Escola de Medicina da Universidade do Novo México, Dr. Michael Hartshorne, “quando cada bomba explodiu, a luz intensa e o calor se espalharam fora do ponto de implosão. Objetos e pessoas em seu caminho protegiam objetos atrás deles, absorvendo a luz e a energia. A luz circundante branqueou o concreto ou a pedra ao redor da “sombra””.
Ou seja, as sombras misteriosas representavam apenas o que a calçada ou o prédio era antes da explosão destruir tudo. O restante do território que a bomba atômica atingiu ficou branqueado, com isso, os espaços regularmente coloridos dão a impressão de que são sombras escuras.
As sombras causadas pela bomba atômica estão sumindo?
Conforme a Atomic Heritage Foundation, uma organização sem fins lucrativos com sede em Washington, DC, explicou, a intensidade da energia liberada durante a explosão é o resultado da fissão nuclear. Esse evento só acontece quando o nêutron atinge o núcleo de um átomo pesado como os isótopos urânio 235 ou plutônio 239. Um isótopo é um elemento com número variável de nêutrons em seu núcleo.
Quando há um forte impacto, como no caso da bomba atômica, o núcleo do elemento se quebra, liberando, assim, uma grande quantidade de energia. “A reação em cadeia ocorre em um padrão de crescimento exponencial que dura cerca de um milissegundo”, disse Alex Wellerstein, professor assistente de estudos de ciência e tecnologia do Stevens Institute of Technology em New Jersey.
“Essa reação se divide em cerca de um trilhão, trilhão de átomos naquele período de tempo antes que a reação pare [s].” A ogiva usada nos ataques de 1945 estava alimentada de plutônio 239 e urânio 235. Por tal motivo, a bomba atômica liberou uma grande quantidade de calor e radiação, com gamas de ondas muito curtas.
Conforme os pesquisadores informaram, provavelmente, no início, havia muitas sombras, mas “a maioria teria sido destruída por ondas de explosão e calor subsequentes”, concluíram.
Fonte: https://www.japaoemfoco.com
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