HISTÓRIA E CULTURA

A Intrigante História de Freddie Oversteegen: A Sedutora que Desafiou os Nazistas na Segunda Guerra Mundial

holanseduz12018 - Freddie Oversteegen ingressou na resistência aos 14 anos e integrou a célula feminina mais renomada da Holanda.

Reconhecida como uma heroína da Segunda Guerra Mundial, a holandesa Freddie Oversteegen, famosa por atrair nazistas em bares e posteriormente eliminá-los, faleceu em 5 de setembro aos 92 anos. Convido os amigos e amigas a explorar um pouco mais sobre essa compatriota que se destacou como heroína durante a Segunda Guerra Mundial. Agradeço ao amigo Chico Izidro por compartilhar esse tema. Oversteegen, nascida em Haarlem, próxima a Amsterdã, em 6 de setembro de 1925, uniu-se à resistência holandesa aos 14 anos. Criada ao lado da irmã por uma mãe comunista, a família, em um gesto solidário, acolheu grupos de judeus na Lituânia, auxiliando crianças judias a escapar de campos de concentração. Freddie e sua irmã, Truus Oversteegen, foram criadas sob os princípios comunistas e, durante a infância, abrigaram um grupo judeu da Lituânia em seu barco.

Junto com a irmã e a amiga Hannie Schaft, Freddie sabotava pontes e ferrovias com dinamite, auxiliava na fuga de crianças judias de campos de concentração e executava soldados e oficiais nazistas utilizando uma arma de fogo discretamente escondida na cesta de sua bicicleta.

O trio, no entanto, ficou conhecido por sua estratégia de abordar nazistas em bares. Após flertar e atrair sua atenção, elas, de maneira aparentemente inocente, propunham um "passeio" na floresta, onde, conforme Freddie relatou em uma entrevista, os nazistas eram "eliminados".

"Era algo que precisávamos fazer", afirmou em uma entrevista à Vice. "Foi um mal necessário, eliminar aqueles que traiam as pessoas boas." Ao ser questionada sobre o número de pessoas que ela ou ajudou a eliminar, ela hesitou: "Não se deve indagar a um soldado sobre esse tipo de coisa".

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Freddie faleceu em 5 de setembro, um dia antes de completar 93 anos, devido a complicações cardíacas. Ela foi a última sobrevivente de uma destacada célula de resistência feminina na Holanda, cujo propósito era enfrentar os ocupantes nazistas e os colaboradores locais em torno de Amsterdã. Sua irmã, Truus, também conseguiu sobreviver ao conflito e mais tarde seguiu carreira como artista, além de escrever um livro que aborda suas lembranças dos anos de resistência.

Em contraste, a amiga de Freddie, Hannie Schaft, não teve a mesma sorte. Enquanto cursava direito, Hannie foi capturada pelos nazistas e executada algumas semanas antes do término da Segunda Guerra. No pós-conflito, Schaft ganhou reconhecimento internacional; um filme holandês intitulado "A Jovem de Cabelos Vermelhos" foi dedicado à sua biografia, e ela recebeu uma (re)enterramento cerimonial na presença da rainha Wilhelmina e do príncipe Bernhard da Holanda. Mais de 15 cidades nos Países Baixos têm ruas com o nome de Hannie Schaft em homenagem à corajosa jovem.

Truus expressou em uma entrevista ao jornal holandês IJmuider Courant que a sensação de tirar a vida de alguém foi trágica e extremamente dolorosa. Ela destacou que tal ato não é algo que se ajuste a qualquer pessoa, a menos que seja um verdadeiro criminoso. Para Truus, isso corrompe as coisas belas da vida.

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                                BBC