O mundo fala muito sobre ideologia de gênero hoje em dia, não é mesmo? Mas será que alguém já te contou sobre a figura que está por trás dessa ideia? Sim, estamos falando de John Money. O que poucos sabem é que essa pessoa estava envolvida em práticas perturbadoras e, ainda mais chocante, sua famosa teoria sobre gênero terminou em um fracasso devastador. Mas vamos mergulhar nessa história que a maioria não quer que você conheça.
Era 22 de agosto de 1965, e os Reimer, uma família canadense, deram as boas-vindas a gêmeos idênticos: Bruce e Brian. Eles nasceram saudáveis e cheios de vida em Winnipeg, no Canadá. Até então, tudo parecia perfeito. Mas, quando Bruce tinha apenas 7 meses, um erro médico mudaria a vida dele para sempre.
Os gêmeos foram diagnosticados com fimose, uma condição tratável com uma cirurgia simples. O problema é que, devido à negligência médica, o pequeno Bruce teve o pênis irremediavelmente danificado durante o procedimento de cauterização. Desesperados, os pais procuraram o Dr. John William Money, um renomado especialista em questões de gênero e considerado o pioneiro da teoria que viria a ser conhecida como "ideologia de gênero".
Solução drástica
John Money acreditava que a identidade de gênero era moldada pela cultura e pelo ambiente, e não pelo sexo biológico. Para ele, bastavam cirurgias, hormônios e uma "reeducação" social para que uma pessoa pudesse mudar de gênero. Naquela época, suas ideias eram revolucionárias, e sua fama crescia. Ele foi um dos primeiros a abrir uma clínica dedicada à "reconfiguração sexual". E é aqui que a história começa a tomar um rumo sombrio.
Quando os pais de Bruce o consultaram, o Dr. Money sugeriu uma solução drástica: transformar Bruce em Brenda. Isso mesmo, Money acreditava que, com cirurgias e tratamentos hormonais, Bruce poderia ser criado como uma menina, já que, segundo ele, gênero era apenas uma construção social. E assim começou um dos experimentos mais controversos e trágicos da história médica.
Bruce passou a ser chamado de Brenda, e todo o seu ambiente foi adaptado para que ele se tornasse uma menina. Roupas, brinquedos, o comportamento esperado – tudo era feminino. Aos dois anos, ele passou por uma cirurgia para a construção de uma vagina rudimentar. Era como se o Dr. Money estivesse tentando provar, a todo custo, que sua teoria estava certa.
Resultados e Problema
O tempo passou, e o Dr. Money, sem surpresa, começou a apresentar os "resultados" desse experimento como um sucesso. Em 1972, ele publicou o livro Man & Woman, Boy & Girl, onde relatava que a mudança de Bruce para Brenda havia confirmado sua teoria sobre a fluidez de gênero. O mundo acadêmico aplaudiu, e as ideias de Money começaram a ganhar força em movimentos progressistas e até em propostas educacionais. Ele era, naquele momento, um ícone.
Mas havia um problema que Money convenientemente omitiu: Brenda nunca se sentiu uma menina. Desde cedo, ela resistia a se comportar de forma feminina. Preferia brincar com os brinquedos do irmão, urinava de pé e sentia um desconforto profundo em ser vestida e tratada como menina. Os anos se passaram, e a pressão aumentava. Bruce, agora Brenda, começou a experimentar crises de identidade e desconforto com o corpo.
Dificil descrever o grau de canalhice do "bom" doutor
E se você acha que isso é o fim da história, prepare-se. As sessões com o Dr. Money se tornaram ainda mais invasivas. Ele introduzia temas sexualmente explícitos nas consultas, utilizava imagens pornográficas e até mesmo encorajava comportamentos profundamente perturbadores, como o nudismo familiar. Isso tudo sob o pretexto de ser "educacional". Os irmãos Reimer, ainda crianças, eram forçados a se despirem e a comparar seus corpos. O abuso emocional e psicológico que eles sofreram é difícil de descrever.
Com o passar do tempo, Bruce não aguentava mais. Mesmo recebendo altas doses de hormônios femininos, ele começou a rejeitar completamente a ideia de ser Brenda. Aos 12 anos, estava à beira do colapso, enfrentando crises de pânico e pensamentos suicidas. Em 1980, após anos de sofrimento, a verdade veio à tona: seus pais finalmente contaram que ele havia nascido menino. Bruce, então, decidiu reverter a transição e abraçar sua identidade original. Ele passou a se chamar David, casou-se e tentou reconstruir sua vida.
Danos Brutais
Mas os danos causados por esse experimento brutal eram profundos demais. Em 2002, Brian, seu irmão, morreu de overdose de antidepressivos. Dois anos depois, em 2004, David tirou a própria vida, encerrando de forma trágica uma das histórias mais sombrias da ciência moderna.
A tragédia envolvendo o Dr. John Money e os gêmeos Reimer trouxe à tona questões extremamente importantes sobre as cirurgias de mudança de sexo e o impacto dessas práticas na ciência e na vida das pessoas. A partir da década de 1990, à medida que os detalhes do caso Reimer se tornavam mais conhecidos, houve um crescente questionamento sobre a ética das cirurgias de redesignação sexual em crianças e a validade das teorias que sustentavam essas intervenções.
Declínio das Cirurgias de Redesignação Sexual
O caso de David Reimer, que foi forçado a viver como uma menina após a mutilação de seu órgão genital, revelou que a intervenção cirúrgica e hormonal não resolveu, mas sim intensificou seu sofrimento psicológico. Ao longo dos anos, Bruce/Brenda nunca se identificou com o gênero feminino, e o experimento terminou em tragédia pessoal. Quando a verdade sobre sua identidade foi finalmente revelada, David tentou recuperar sua vida, mas o trauma era profundo demais, culminando no suicídio em 2004.
Esse caso trouxe à tona a realidade de que cirurgias de redesignação sexual, especialmente em crianças, muitas vezes não são soluções definitivas e podem causar mais mal do que bem. Como resultado, a comunidade médica e científica começou a revisar suas abordagens.
Entre os anos 2000 e 2010, começaram a surgir mais estudos questionando a prática de realizar cirurgias em crianças intersexuais ou em crianças diagnosticadas com disforia de gênero sem um diagnóstico psicológico mais completo. Muitos desses estudos apontaram que decisões feitas cedo demais na vida, antes de a pessoa ter a capacidade de definir claramente sua identidade, poderiam ser catastróficas. Além disso, houve um aumento de casos de arrependimento entre adultos que passaram por cirurgias de redesignação sexual.
Diversas organizações médicas, como a WPATH (World Professional Association for Transgender Health), revisaram seus protocolos, recomendando uma abordagem mais cautelosa para as cirurgias, enfatizando a importância do consentimento informado e priorizando tratamentos não cirúrgicos como terapias psicológicas e hormonais até que o indivíduo tenha uma maior clareza sobre sua identidade.
Confusão na Comunidade Científica
O caso Reimer também lançou uma sombra sobre a credibilidade da pesquisa de John Money e sobre o conceito de que "gênero é puramente uma construção social". Embora ele tenha sido um pioneiro no estudo do gênero como algo distinto do sexo biológico, seus métodos e conclusões foram severamente questionados depois que o verdadeiro resultado de seu experimento foi revelado.
Money havia afirmado que sua intervenção no caso Reimer foi um sucesso, e por muitos anos isso foi aceito como uma verdade científica. Isso alimentou a popularização da ideia de que a identidade de gênero poderia ser moldada pela criação e pela cultura, uma perspectiva que era particularmente bem-vista por movimentos progressistas da época. No entanto, à medida que mais detalhes surgiram, ficou claro que Money havia omitido ou distorcido partes cruciais dos resultados, colocando em dúvida suas pesquisas e seus métodos.
A revelação de que o experimento foi um fracasso completo lançou a comunidade científica em um dilema. Por um lado, havia a pressão para continuar apoiando o crescente movimento de direitos de pessoas transgênero, que se beneficiava da separação entre sexo e gênero proposta por Money. Por outro, a tragédia dos Reimer e outras histórias semelhantes trouxeram à tona a necessidade de maior rigor científico e ético ao lidar com questões de gênero.
Como consequência, muitas teorias relacionadas à "neutralidade de gênero" começaram a perder força, e a comunidade científica se viu dividida entre aqueles que buscavam continuar com as ideias de Money e aqueles que queriam reformular completamente o campo à luz dos novos fatos. Essa divisão também fomentou discussões acaloradas sobre os direitos das pessoas transgênero, a autonomia corporal, o papel da medicina e os perigos da interferência cirúrgica precoce.
Impacto Atual
Hoje, a prática médica em torno das cirurgias de redesignação de gênero evoluiu, com um foco maior no consentimento informado e no tratamento individualizado. O aumento de pessoas que questionam ou se arrependem de suas transições levou a uma abordagem mais conservadora em muitas áreas da medicina. Países como a Suécia, por exemplo, revisaram suas políticas de tratamento para crianças com disforia de gênero, reduzindo drasticamente o número de cirurgias de redesignação realizadas em menores.
Além disso, o caso Reimer continua sendo um ponto central nas discussões sobre ética médica e a validade de certos estudos científicos. Ele expôs as falhas de um sistema que, por anos, aceitou uma narrativa baseada em dados incompletos e, muitas vezes, fraudulentos, sem considerar o impacto real nas vidas das pessoas envolvidas.
O declínio das cirurgias de mudança de sexo reflete essa maior cautela e uma percepção mais ampla de que questões de identidade de gênero são complexas e que não podem ser tratadas apenas com bisturis e hormônios. A tragédia dos gêmeos Reimer serviu como um alerta para que a medicina e a ciência adotem uma abordagem mais ética e centrada no paciente, reconhecendo que o bem-estar emocional e psicológico deve estar no centro de qualquer decisão médica.
Conclusão final
Mesmo com esse desfecho devastador, as teorias de John Money continuam sendo propagadas em muitos círculos acadêmicos e políticos. Ele se vendeu como o grande pioneiro da "ideologia de gênero", mas o que ele deixou para trás foi um rastro de dor e tragédia. O caso dos gêmeos Reimer é um lembrete poderoso de como a obsessão por provar uma teoria pode custar vidas.
E aí? Sabia dessa história? O que parecia ser uma "revolução" nas questões de gênero foi, na verdade, um experimento falho que destruiu uma família inteira. Uma história de mentiras, manipulação e tragédia que continua ressoando até os dias de hoje. Afinal, por mais que tentemos moldar quem somos, nossa essência sempre encontra uma maneira de vir à tona.