Dogmas e Mistérios Espirituais

O Culto de Roch Thériault: Uma História Real de Terror

O Culto de Roch Thériault: Uma História Real de Terror

Poucos cenários despertam tanto horror e fascínio quanto os cultos liderados por figuras carismáticas e implacáveis. Mas nenhum caso é tão assustador quanto o das Crianças do Monte Formiga, um culto aterrorizante comandado por Roch Thériault, no Canadá. O que aconteceu por lá desafia a compreensão humana, deixando uma marca indelével na história de crimes cometidos em nome de crenças distorcidas. Prepare-se para conhecer os detalhes deste caso sombrio — mas, aviso: os fatos são perturbadores.

Roch Thériault: O Profeta do Fim dos Tempos

Desde cedo, Roch Thériault acreditava ter uma missão divina. Abandonou os estudos e mergulhou no Antigo Testamento, convencido de que seria o salvador de um Apocalipse iminente. Sua habilidade com as palavras — uma mistura de carisma e manipulação — atraiu seguidores que, como mariposas em direção à luz, foram tragados para uma obscuridade sem volta.

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Nos primeiros anos, Thériault se uniu à Igreja Adventista do Sétimo Dia, adotando um estilo de vida rigoroso: sem tabaco, álcool ou alimentos processados. Mas sua interpretação extremista das escrituras logo o levou a fundar sua própria seita, onde o controle sobre os seguidores não era apenas ideológico, mas também físico e emocional.

Ele os convenceu de que o “Monte Formiga” seria um refúgio contra o caos divino. Os adeptos deixaram suas vidas para trás, apenas para descobrirem que estavam entrando em uma prisão disfarçada de paraíso espiritual.

A Vida no Formigueiro: Um Regime de Terror

No interior da comunidade, tudo era ditado por Moses — o nome que Thériault adotou para se equiparar ao profeta bíblico. Os membros usavam roupas simples e tinham rotinas rigorosas. Nada de risos, banhos ou questionamentos. Qualquer deslize era castigado de forma brutal: chibatadas, jaulas e até amputações com serrotes. Sim, serrotes.

O trabalho incessante era outro elemento do controle. Eles plantavam, colhiam e produziam alimentos que não podiam consumir. Tudo ia para o coletivo, mas na verdade servia para sustentar os caprichos de Moses. A fome era uma companheira constante, e o esgotamento físico transformava os adeptos em sombras de si mesmos.

Então, você pode perguntar: por que ninguém fugia? A resposta é simples e aterradora: lavagem cerebral e medo. Moses criava uma realidade onde o mundo exterior era ainda mais apavorante do que o próprio inferno que eles viviam. Espiões entre os membros garantiam que qualquer rebelião fosse reprimida com violência desmedida.

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A Escalada da Loucura

Conforme o tempo passava, a paranoia de Thériault aumentava. Ele proclamava novas “visões divinas”, justificando punições cada vez mais cruéis. Seguidores que questionavam suas profecias eram submetidos a torturas indescritíveis, incluindo amputar próprios membros ou engolir excrementos. Moses também usava seu “harém” de mulheres, abusando sexualmente de menores de idade e declarando que seus filhos seriam uma “linhagem sagrada” após o Apocalipse.

O mais macabro veio com a morte de uma de suas concubinas. Sob o pretexto de tratar dores abdominais, Thériault a submeteu a uma “operação” com golpes no estômago e cortes improvisados. Após sua morte, Moses realizou um ritual grotesco para tentar “ressuscitá-la”. Nem mesmo o horror dessa situação fez os seguidores abandonarem o culto — a doutrina os mantinha presos.

O Começo do Fim

Em 1988, Gabrielle Lavallée, uma seguidora que sofreu torturas inimagináveis, conseguiu escapar e denunciou o culto. No entanto, sua história parecia tão absurda que poucos acreditaram nela. Quando ela foi resgatada novamente, as evidências falaram por si: ferimentos, mutilações e um olhar vazio que revelava anos de sofrimento.

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Finalmente, em 1989, a polícia invadiu o Formigueiro. O que encontraram foi chocante: corpos enterrados, condições sub-humanas e seguidores ainda fiéis a Moses. Thériault foi preso e condenado à prisão perpétua, mas o trauma que ele causou continuou a assombrar tanto os sobreviventes quanto a sociedade canadense.

O Legado de Roch Thériault

A história de Thériault não é apenas um lembrete dos perigos do fanatismo, mas também um alerta sobre como carisma e manipulação podem transformar pessoas comuns em prisioneiros de ideologias destrutivas. Mesmo após sua morte, assassinado na prisão em 2011, alguns ex-seguidores ainda aguardam pelo chamado de seu “messias”.

Esses acontecimentos reforçam a importância de questionar figuras de autoridade e proteger as pessoas mais vulneráveis de charlatões que se escondem atrás da fé. Afinal, como essa história nos ensina, a verdade pode ser mais assustadora do que qualquer ficção.