Lady Gaga e o Ritual em Copacabana: Um Show que Abriu Portas para o Ocultismo ou Apenas Arte? (2025) Era uma noite quente de maio, o céu do Rio brilhava com estrelas tímidas e a areia de Copacabana pulsava como se tivesse vida própria. Mais de dois milhões de pessoas se aglomeraram naquela imensa faixa de praia para ver Lady Gaga — não só cantar, mas protagonizar algo que muitos juram ter sido muito mais do que um show.
Foi ali, sob o luar da Cidade Maravilhosa, que Stefani Joanne Angelina Germanotta, nome verdadeiro da artista, desenhou uma performance tão marcante quanto inquietante. O espetáculo foi recheado de simbolismos sombrios, referências bíblicas distorcidas e encenações que beiravam o ritualístico. E é exatamente sobre isso que vamos falar aqui: sobre as cinco cenas mais polêmicas, os significados por trás delas, e o debate que tomou conta das redes sociais e dos grupos de fé após aquela noite inesquecível.
1. Demônios Consagram o Corpo de Lady Gaga – Uma Ressurreição Macabra
A abertura do show não poderia ser mais impactante. Sob um palco montado como se fosse um altar medieval, Lady Gaga aparece envolta em um saco negro, aparentemente sem vida. Em volta dela, criaturas mascaradas, com aparência sinistra e roupas remetendo à Peste Negra, fazem movimentos rituais, como se estivessem tentando ressuscitá-la.
Essa imagem não passou despercebida. Para especialistas em simbologia religiosa, essa cena pode ser interpretada como uma inversão grotesca do batismo ou mesmo da ressurreição de Cristo. Mas ao invés de anjos, eram demônios. Ao invés de luz, havia névoa negra. E ao invés de vida, parecia haver um chamado às trevas.
Alguns teólogos ligados ao campo escatológico viram nisso uma representação visual do "falso messias" — alguém que morre e retorna, mas não para salvar, e sim para seduzir e dominar. Afinal, não é novidade que Lady Gaga sempre usou figuras religiosas em suas performances, mas dessa vez, o clima era diferente. Era como se ela estivesse dizendo: “Olhem, eu posso voltar do inferno. Eu posso ressurgir, mas não pelo caminho da redenção.”
2. A Meretriz do Apocalipse – Um Vestido que Revela Algo Além do Corpo
Em determinado momento do show, Lady Gaga surge trajando um vestido escarlate vivo, adornado com pedras preciosas e pérolas reluzentes. A inspiração é óbvia: Apocalipse 17:4. Nesse versículo, a meretriz está sentada sobre uma besta de sete cabeças e dez chifres, simbolizando o poder corrupto e a falsa religião que engana multidões.
Mas o que realmente chamou atenção foi o que aconteceu em seguida. O vestido se abre, revelando uma gaiola no seu interior. Dentro dela, criaturas deformadas, enjauladas, olhando fixamente para o público. O simbolismo é pesado: a prisão da alma, a manipulação espiritual, o aprisionamento das consciências. Alguns estudiosos sugerem que essa gaiola representa o estado espiritual de quem consome esse tipo de entretenimento sem refletir profundamente sobre seus significados.
“Ela não apenas veste a meretriz”, disse Vinícius Lana, especialista em escatologia, “ela se torna a própria personificação dela. A plateia, hipnotizada, assiste tudo como se fosse normal.” É como se o show convidasse o espectador a entrar nessa gaiola também — fisicamente não, mas espiritualmente.
3. Manifesto de Mayhem – O Diálogo Entre o Bem e o Mal
Uma nova cena entra em cena: Lady Gaga, agora vestida de branco, aparece no telão conversando com um personagem misterioso. Ele usa vermelho, tem uma máscara demoníaca e seu nome é simples: Mayhem. Traduzindo, caos. Mutilação. Destruição.
Essa interação entre o branco e o vermelho não é aleatória. É uma metáfora visual da eterna batalha entre o bem e o mal. Mas o curioso é que, ao contrário do que esperaríamos, Gaga parece ouvir com interesse o que Mayhem tem a dizer. Não há resistência. Há fascínio.
Aqui, a mensagem pode ser interpretada de várias formas. Para uns, é uma crítica social sobre como a sociedade moderna romantiza o caos. Para outros, é um convite explícito para que o público aceite o caos como forma de liberdade. O diálogo termina com um sorriso ambíguo da cantora, como se dissesse: “Eu sei o que você quer... e vou te dar isso.”
4. Profanação da Santa Ceia – Uma Última Ceia Invertida
Talvez a cena mais controversa de todas tenha sido a encenação da Santa Ceia. Com todos vestidos de vermelho, Lady Gaga e seus companheiros se sentam à mesa em uma composição visual idêntica à famosa pintura de Leonardo da Vinci. Tudo começa de forma solene. Mas logo a atmosfera muda.
Eles se levantam, sobem na mesa e começam a dançar de forma sensual, quase obscena. Em seguida, Gaga recebe um grande papel — como se fosse um contrato — e o assina com sangue. Parece um pacto. Um acordo com forças superiores. Um selo definitivo.
Para muitos cristãos, essa cena é uma blasfêmia direta. “Ela não só imita a ceia”, afirma Lana, “ela profana-a. Transforma-a em um ritual satânico de aliança com o mal.” Outros argumentam que é arte, crítica cultural ou até mesmo uma provocação política. Mas o fato é que poucas cenas geraram tantos debates nas redes sociais e nos púlpitos evangélicos.
5. Dormindo em Meio a Cadáveres – O Clímax Macabro
Na parte final do show, Lady Gaga aparece deitada em uma caixa gigante cheia de areia, cercada por esqueletos e cadáveres cenográficos. Enquanto canta, interage com os corpos de forma íntima, como se estivesse dormindo em um leito de morte.
Essa cena, além de visualmente impactante, toca fundo na psique humana. Quem nunca teve medo da morte? Quem nunca imaginou estar sozinho em um mundo de fantasmas? Aqui, a morte não é trágica. Ela é acolhedora. Familiar. Até sensual.
“É como se ela estivesse dizendo: ‘Não tenham medo da morte. Ela é nossa amiga.’” — comentou um teólogo em um podcast religioso. Mas será que essa proximidade com a morte é saudável? Ou seria apenas uma metáfora para a busca por liberdade total?
Estudiosos Alertam: Os Rituais Satânicos Chegam aos Palcos
Vinícius Lana, autor de diversos estudos sobre simbologias religiosas na cultura pop, tem observado um padrão crescente em shows internacionais no Brasil. Segundo ele, artistas como Madonna, The Weeknd e Bring Me The Horizon também já apresentaram elementos similares em suas performances no país.
“Estamos diante de uma 'engenharia espiritual' disfarçada de entretenimento. Esses shows não são apenas festivais musicais. São eventos planejados para abrir brechas espirituais na mente coletiva do público.”
Ele ainda aponta para datas e locais estratégicos escolhidos pelos artistas. O show de Lady Gaga em Copacabana, por exemplo, ocorreu em 3 de maio de 2025 — data simbólica para algumas correntes esotéricas. E o local, com sua energia histórica e espiritual, seria ideal para “rituais de invocação”.
Lana cita Efésios 6:12 como base de sua análise:
“Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais.”
Claro, ele não apresenta provas físicas ou documentos secretos, mas defende que o uso repetitivo de certos símbolos — como pentagramas, números cabalísticos e gestos ocultistas — não é coincidência. É intencional.
Reações Polêmicas – Entre o Espanto e a Defesa da Arte
O show de Lady Gaga dividiu opiniões. Nas redes sociais, enquanto alguns usuários classificaram a performance como “perturbadora e perigosa”, outros defenderam que “tudo não passa de arte performática, livre de qualquer influência real”.
Pastores evangélicos emitiram posicionamentos contundentes, pedindo que fiéis evitem shows assim. Já artistas e críticos culturais afirmam que a interpretação ocultista é forçada e que a arte deve ser vista como crítica e provocação, e não como doutrinação.
“A arte existe para questionar, chocar e transformar. Se você vê um ritual onde há apenas simbolismo, talvez o problema esteja em quem assiste, não em quem apresenta”, disse um jornalista cultural em um debate televisivo.
No meio-termo, há os que preferem ficar neutros. “Seja qual for a intenção, o importante é que as pessoas reflitam. Afinal, estamos falando de uma artista que domina o palco, mas também mexe com as emoções mais profundas do ser humano.”
Conclusão: As Sombras ou a Luz?
Lady Gaga, mais uma vez, mostrou que sabe como prender a atenção do mundo. Sua passagem por Copacabana não foi apenas um show — foi um evento global, cheio de mistério, simbolismo e polêmica. Seus gestos, figurinos e encenações foram pensados para causar impacto. E eles conseguiram.
Mas a grande questão permanece no ar: até onde a arte pode ir? Onde termina a expressão criativa e começa a manipulação espiritual? Será que esses shows são apenas entretenimento ou carregam mensagens subliminares mais profundas?
Como diria um velho ditado brasileiro: “Cada um vê o que quer ver.” Uns viram arte. Outros, ritual. Uns viram show. Outros, sacrifício simbólico. E o resto? Bem, o resto prefere deixar a dúvida pairar no ar, como a fumaça negra que cobriu o palco naquela noite quente de maio.
Se você esteve lá, ou assistiu online, pense bem: quando Lady Gaga abriu aquele vestido e revelou a gaiola, você viu apenas uma performance ousada... ou sentiu, por um instante, que estava sendo convidado a entrar nela?