VERDADES INCONVENIENTES

A Indústria da Doença do Coração

doencacoraAcotovelados numa úmida caverna em algum lugar no norte da Europa, uma família pré-histórica reuniu-se em torno de uma fogueira e assistia enquanto um dos homens com chagas infectadas por todo seu corpo e sangue correndo de seu nariz, aspirou penosamente o ar algumas vezes e tombou.Em questão de minutos, sua respiração parou.A família, que já tinha visto isso antes, arrastou seu corpo devastado para fora e o preparou para o enterro. Amanhã outro membro da tribo morreria de uma morte semelhante e teria um enterro semelhante.Nos dois casos, ocorrera uma destruição gradual dos vasos sanguineos que levaram cada homem literalmente sangrar até a morte. O tempo passou lentamente para a tribo, cuja existência ...

dependia de colher alimento, caçar e reproduzir – e não muito mais que isso.Um por um, geração por geração, os fracos morreram e os fortes sobreviveram, passando pra frente os genes aos seus descendentes até que, um dia, os estranhos sangramentos pararam e uma nova doença tomou seu lugar.A nova doença era a ATEROSCLEROSE e, agora, graças a algumas pesquisas e estudos assombrosos, é possível que saibamos o que as duas tinham em comum.Cientistas também sabem mas não parecem muito ansiosos para espalhar a notícia sobre uma possível cura para aquilo que se tornou a principal causa de morte nos Estados Unidos e outros países mais.

No exemplo da família pré-histórica, os indivíduos morreram de escorbuto (causado por deficiência de vitamina C).Bem no início da evolução, o escorbuto era uma doença bem mais sinistra, causando uma acentuada degradação do colágeno, a principal proteína estrutural do corpo e um componente muito importante dos vasos sanguíneos, e levando à deterioração cardiovascular e sangramento intensos pelos orifícios nas artérias.À medida que mais desses indivíduos morriam, os sobreviventes que tinham a capacidade de reparar seus vasos sanguíneos na ausência do àcido ascórbico (vitamina C) ficaram pra herdar a a Terra.Portanto, nossos anscestrais, através das mutações e adaptações, nos transmitiram um mecanismo de defesa molecular que compensa a nossa deficiência de vitamina C e repara os vasos sanguíneos rachados.Essa defesa molecular é a lipoproteína de baixa densidade, ou LDL (Low-Density Lipoprotein), a lipoproteína em grande parte responsável pela doença cardíaca em todo o mundo.

O que exatamente os cientistas sabem que muitos do meio médico e da industria farmacêutica não querem que o resto de nós saibamos? E por que o índice de mortalidade por doença cardíaca coronariana dá a impressionante guinada para baixo de 30 a 40% durante os anos 70? Foram melhores medicamentos e tratamento, como nos disseram, ou aconteceu alguma coisa mais em 1970 que desencadeou uma súbita queda?

De acordo com o Dr. Paul Wand, um neurologista que fez uma análise em profundidade dos estudos publicados sobre a vitamina C e a doença cardiovascular, existem evidências conclusivas de que homens que tinham tomado pelo menos 500mg de vitamina C por dia tiveram uma redução significativa em doença cardíaca, ataques cardíacos e derrame cerebral. Acontece que a redução mencionada acima coincide com um aumento de 300% no consumo de vitamina C depois das declarações do ganhador do prêmio Nobel de 1970, Linus Pauling, sobre os benefícios da vitamina C. Esse aumento ocorreu somente nos EUA, onde a mania de vitamina C se disseminou. Entretanto poderíamos voltar ainda mais no tempo e examinar os estudos feitos nos anos 50 para verificar o que não está mais sendo contado.

Vejamos por exemplo, as cobaias usadas há décadas em pesquisas cardiovascular porque não produzem ácido ascórbico (vitamina C) e morrem uma morte terrível sem ele.Quando privadas de vitamina C, as cobaias morrem de escorbuto em poucas semanas.Quando recebem doses baixas, equivalentes à ingestão diária recomendada, vivem, mas desenvolvem aterosclerose semelhante àquela em seres humanos.Finalmente quando são alimentadas com doses maiores – equivalente a grande quantidade que consumiriam, vivem sem sinal algum de aterosclerose.Voltando aos anos 40, as empresas farmacêuticas promoveram ativamente a vitamina C porque sabiam o quanto era benéfica até, é claro, que perceberam o quanto o uso dissiminado dela na verdade promoveria um corte profundo no lucrativo mercado de medicamentos vendidos com receita médica.

Juntamente com o Dr. Matthias Rath, cardiologista mundialmente famoso e pioneiro na medicina celular, o dr. Pauling propôs que a principal causa da doença cardíaca no homem é sua incapacidade de fabricar Vitamina C e que é essa provavelmente a razão por que somos o único animal do planeta que tem ataques cardíacos e derrames cerebrais.Com a pequena quantidade de vitamina C que obtemos de nossas dietas, geralmente começamos o processo da aterosclerose cedo nas nossas vidas e continuamos esse processo até finalmente desenvolvermos a doença cardíaca coronariana. Mais especificamente, a molécula MDL mais lesiva é a lipoproteína (a) (Lp(a)), um pacote de gordura e colesterol recoberto por uma proteína que literalmente se gruda nos nossos vasos sanguíneos e obstrui tudo que tiver no seu caminho.

É o que solda as rachaduras, ma funciona tão bem que, com o decorrer do tempo, torna-se uma espécie de cola que atrai outras gorduras e outras moléculas e acaba entupindo todo o vaso sanguíneo.A Lp(a) é raramente encontrada no sangue de animais que produzem vitamina C. Mas isso não é tudo que sabemos.O que aqueles que tiram proveito da industria da doença cardíaca, avaliada em 100 BILHOES DE DOLARES, querem esconder do público geral é o fato de que a vitamina C aumenta a lipoproteína de alta densidade HDL, a outra lipropoteina que se livra das gorduras más, reduz a produção de Lp(a) e colesterol pelo corpo, diminui os níveis de glicose e ajuda a prevenir a formação de coágulos, que podem levar a ataques cardíacos e derrames cerebrais. Isso pareceria uma dádiva divina, não fosse a ameaça que representa para uma economia de vários bilhões de dólares dependente de cirurgias de ponte de safenas, angioplastias, remédios para o coração, instrumentos médicos e outros incontáveis serviços dependentes de mais e mais pessoas contraindo doença cardíaca.

Através da classificação dos suplementos e ervas como fármacos e da redução das potências das vitaminas a níveis basicamente inúteis, a industria farmacêutica e a classe médica esperam atingir duas metas: 1)Obter controle do mercado de suplementos de saúde e ao mesmo tempo compelir as empresas menores a sair do setor; 2)Manter o status quo dos medicamentos cardiovasculares e procedimentos médicos para evitar o colapso econômico de uma industria de depende unicamente de pessoas sendo tratadas, mas não necessariamente curadas.Entre 1995 e 2002 mais de 100 medicamentos cardiovasculares foram aprovados, injetando bilhões na economia e tornando muito mais difícil algum dia retroceder.O Setor das doenças cardíacas está florescendo num ritmo sem precedentes, e sempre que os ventos da mudança começam a ganhar força e soprar, eles são geralmente sufocados antes que consigam se juntar para formar tempestades de protestos.

“Cobaias Humanas” – Andrew Goliszek – Editora Singular.