CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Tv Plasma e LCD

lcd1A televisão comum recebe o sinal analógico das transmissoras e a imagem é escalonada no chamado formato padrão 4:3, que significa 4 de largura por 3 de altura. A televisão de plasma é digital e trabalha com o formato usado no cinema e em filmes de DVD. É o chamado widescreen, de medida 16:9 ou 16:10, um retângulo. Se você assistir canais abertos, como novelas ou os programas locais, a imagem será 4:3 que, se for esticada para os 16:9 da sua tela de plasma, irá gerar uma distorção perceptível na imagem. Mesmo na TV por assinatura, a maioria dos canais são exibidos em 4:3. E qual seria a solução? O jeito é assistir em 4:3 na tela de plasma, o que irá gerar duas tarjas pretas, grandes, nas laterais da tela - justamente a porção de imagem que não está sendo utilizada.

Ocorre que a solução é um problema ainda maior, porque se as tarjas pretas ficarem por horas seguidas, elas irão manchar o plasma, causando o efeito burn-in. Para 100% de satisfação, só mesmo os filmes em DVD em widescreen, que encham a tela. Segundo a gerente de produtos da LG, Fernanda Summa, o recomendado pela empresa é que ninguém assista nada com tarjas pretas por mais de uma hora na TV de plasma, pois além desse tempo a tela pode realmente ficar marcada pelo burn-in. Ou seja, nada de três novelas seguidas para os noveleiros de plantão. (Veja mais ao lado: Vai comprar TV de plasma? Cuidado com o burn-in)

O comerciante Marco Antônio de Sousa foi um dos que quase viram o investimento na TV de plasma ir pelo ralo. “Como eu estava acostumado com a imagem 4:3, optei por assistir programas com as tarjas pretas, mas não sabia dos problemas de burn–in. Depois de um tempo, a tela estava praticamente toda manchada, uma coloração diferente que tornou–se gritante até quando fui assistir filmes em DVD”, explica Sousa, que depois de meses entre assistência técnica e fabricantes, conseguiu trocar a TV.

Sousa complementa: “é engraçado, porque o próprio manual indicava que poderia ocorrer manchas permanentes na tela em caso de imagens paradas (estáticas), mas era completamente omisso em relação às tarjas pretas, que é um recurso oferecido pela própria TV. Ou seja, um recurso da própria TV danifica a tela”, lamenta. O modelo em questão era um Philips e, de acordo com Sousa, a fabricante trocou o televisor em pouco tempo e o atendeu muito bem. Procurada pela reportagem para comentar sobre os efeitos de burn–in, a Philips informou que nenhum porta–voz da empresa estava disponível.


Games na tela grande também prejudicam


Jogar videogame em uma TV de plasma é outra tentação, sobretudo com os consoles novos como Xbox e Playstation 2. Com a celeuma gerada pelas manchas na tela, as desenvolvedoras de jogos começam a repensar o costume de exibir marcas estáticas. Por exemplo, em jogos de tiro, a interface (chamada de HUD) com os detalhes sobre energia, munições e mapas, fica parada o tempo todo. Resultado: após algumas horas de tiros e explosões, a TV de plasma corre o sério risco de ficar marcada.

De acordo com o ex-designer de conceitos da Acclaim Studios, Greg Wilson, os HUDs são uma verdadeira praga nas TVs de plasma. “Cientes da situação, os desenvolvedores tentam reverter o quadro melhorando a jogabilidade, de uma forma tal que o jogador não precisa de imagens estáticas com informações sobre o jogo”, antecipa. Wilson enumera o exemplo do game King Kong, baseado no filme de 2005 de Peter Jackson, onde não há qualquer imagem estática.

“No Call of Duty 2, a situação não é 100% boa, mas os produtores melhoraram bastante e diminuíram a quantidade de informações no HUD”, explica. Ele ainda deixa a dica: em vários jogos de tiro, como Doom 3, Quake 4 e outros, existe a opção de eliminar o HUD por conta própria, indo nas configurações. Apenas não é o padrão, o usuário tem que configurar”.


LCD ou plasma, o que é melhor?


Uma outra opção disponível no mercado são as telas de cristal líquido, o LCD. O especialista em tecnologia da informação e criador do iBuscas, Eduardo Favaretto, explica a diferença entre as duas: “a principal diferença é formação da imagem e a resolução, que no LCD varia de 1024×768 a 1920×1080 pixels, associada a um baixo consumo de energia.

A tela de LCD é mais usada atualmente para dispositivos pequenos, como displays de celulares, equipamentos de som para carros e monitores de computador, além de TVs abaixo de 42 polegadas”, explica.

O LCD também apresenta problemas, que são menos graves. Em imagens muito rápidas, às vezes é possível identificar rastros na tela, o chamado efeito fantasma ou ghost. Esses rastros são instantâneos, não mancham e não queimam a tela, mas incomodam bastante. Isso ocorre, também, porque o sinal é analógico.

Para uso em computador, o problema é facilmente solucionado ao comprar um cabo digital de conexão entre o monitor o PC, chamado de cabo DVI, o que acaba com o efeito fantasma e melhora consideravelmente a qualidade da imagem. Mas não funciona em televisão. Entre as desvantagens do LCD, é que a relação brilho/contraste não é tão vibrante quanto o plasma.


Prós e contras da TV de plasma


Prós:
– cores mais vibrantes
– ângulo de visão mais amplo
– contraste aprimorado, melhor do que telas LCD
– tamanhos de tela a partir de 42 polegadas, modelos de até 103 polegadas
– ideal para DVDs e sinal digital em widescreen 16:9

Contras:
– alto consumo de energia
– ao ficar muito próximo da tela, é gerado um efeito flicker que cansa a vista mais rápido
– imagens estáticas e tarjas pretas nas laterais queimam a tela
– para ser usado como monitor no PC, é inferior ao LCD por conta da resolução em pixels.
– possui mais reflexo do que o LCD, deixando a tela “espelhada” se houver incidência de luz direta (janela aberta, por exemplo), fenômeno também conhecido em monitores CRT.

 

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ALERTA  - Objeto de desejo dos consumidores, as TVs de Plasma e LCD podem levar o comprador, de uma hora para outra, do sonho ao pesadelo. O encantamento que começa diante da vitrine da loja de eletrônicos pode se perder quando o consumidor descobre que adquiriu um produto que, além de fugir ao seu perfil, oferece “falhas”, algumas peculiares a tecnologia. Os fabricantes e vendedores, acostumados a enumerar as vantagens da tecnologia, deixam de esclarecer “detalhes” que podem render uma grande dor de cabeça. Antes de agir por impulso e investir uma quantia elevada em uma TV de Plasma ou LCD, o consumidor precisa entender o que é a tecnologia que promete o mundo maravilhoso do cinema em casa e quais são as vantagens e desvantagens de cada sistema. Por exemplo: levando em consideração que as TVs de Plasma e LCD tem o formato widescreen (retangular, 16:9) e o formato da programação no Brasil é quadrado (4:3) , para conseguir uma imagem mais ajustada o consumidor verá duas tarjas pretas nas laterais da tela. Cabe o alerta: muita gente não sabe, mas essas tarjas laterais – ou imagens prolongadamente estáticas na tela – podem manchar o visor de alguns modelos definitivamente, efeito conhecido como “burn-in”.

O efeito “burn-in” acontece também quando o consumidor desavisado assiste por mais de uma hora um canal que exiba fixamente sua logomarca em algum canto da tela. Outro vilão é o mapa de estratégia exibido por longo período nos games de tiro, por exemplo. Para evitar as temidas manchas, o jeito é encarar o formato widescreen, que achata a imagem e cansa a vista.

Estamos numa fase de transição da tecnologia analógica para a digital. Certas TVs são fabricadas para exibir imagens fantásticas a partir de um sinal digital. No Brasil, porém, a programação ainda chega em sinal analógico, o que gera uma imagem inferior, com riscos e granulados. Apenas em filmes de DVD a qualidade é boa. Toda mudança causa pequenos transtornos.
 

DIFERENÇAS

Tamanho da tela

 PLASMA: Vão de 32" a 63", e já possuem modelos de até 103" em produção. Ganham dos LCDs neste ponto.


 LCD: De 13" a 45", também tem modelos protótipos de até 100", mas ainda não estão disponíveis para compra. Podem ultrapassar as Plasmas daqui a um tempo, tendo em vista a dificuldade de se produzir vidros tão grandes quanto os tamanhos de tela que as Plasmas devem atingir.

Ângulo de Visão

PLASMA: Até 160º.

LCD: Até 175º. A diferença favorável às LCDs é pequena, mas independente disso, ambas as tecnologias não oferecem qualidade tão boa quando vistas destes ângulos, ou mesmo próximo deles.

Efeito Burn-in e Stuck Pixels

PLASMA: A tecnologia Plasma (não um modelo ou outro, mas no geral) sofre deste mal, onde uma imagem estática impressa por muito tempo na tela pode "marcar" o televisor, dando aquele efeito de ghost. O pior de tudo é que ele não desaparece com o tempo, as fabricantes não dão garantia, e muitos consumidores não sabem sobre isso. Alguns modelos já estão evoluindo e trazem agora novidades como "pixel orbitor", que eles dizem resolver consideravelmente o defeito. Mas ainda não chegaram lá, realmente.

LCD: LCDs não sofrem de burn-in, mas podem guardar a "carga do pixel retida" — ou algo assim –, que dá também o efeito fantasma na tela dependendo do que se está assistindo, porém ele é temporário. O que pode acontecer, e não é incomum, são os Stuck Pixels: similares aos dead pixels, eles normalmente ocorrem em grupos de 2 ou 3 (raramente chegam a 10 ou 20) e mostram continuamente uma das cores RGB — vermelho, verde ou azul, que formam as imagens na tela. São mais visíveis em imagens com fundos pretos ou brancos chapados e são motivos de muitas reclamações por parte de gamers, principalmente.

Tempo de Vida

 PLASMA: Meia-vida de 30 a 60 mil horas. Meia-vida é o tempo que demora para uma lâmpada chegar à metade do brilho que tinha originalmente. Como vias de comparação, os tradicionais televisores CRT, que temos em nossas casas, possuem meias-vidas de aproximadamente 25 mil horas.

 LCD: O custo de troca dos backlights de TVs LCD é alto demais, não compensa. Melhor comprar um aparelho novo.

Peso

 PLASMA: TVs de Plasma são bem pesadas, e normalmente necessita de suportes adicionais para poder ser pendurada na parede sem problemas.

 LCD: TVs LCDs são geralmente bem mais leves que as de Plasma, mais portáteis e, obviamente, mais baratas para despachar

Durabilidade

 PLASMA: São bem frágeis e devem ser instaladas por profissionais. Além disso, a parede na qual forem penduradas deve ser bem resistente, já que são bem pesadas.

 LCD: É mais durável que as de Plasma e qualquer um pode fazer a instalação de suas TVs LCD em casa.
Brilho e Contraste

 PLASMA: As TVs de Plasma geralmente têm melhor brilho e contraste que telas LCD. Em condições ideais (sem luz ambiente), produzem pretos muito mais profundos e um contraste muito superior.

 LCD: As TVs LCD aparentam ter melhor brilho e contraste porque não refletem tanta luz quanto as TVs de Plasma em ambientes muito iluminados.

Espessura

 PLASMA: A partir de 7,5cm.


 LCD: A partir de 5cm.


DÚVIDAS...AINDA?

A maioria das pessoas acha que as telas de plasma são mais modernas. De fato, mas a diferença é bem menor do que se imagina, e ambas as tecnologias são conhecidas há tempos. Segundo a Wikipédia, o primeiro LCD operacional data de 1963, enquanto o plasma foi inventado um ano depois, em 1964 – mas a primeira TV baseada na tecnologia é bem mais recente, de 1997.

Qual é a diferença?

Tecnicamente, a diferença fundamental entre os dois tipos de tela é que as de plasma emitem luz individualmente em cada ponto da tela, graças a “células” de gás neon e xenônio, enquanto o brilho de uma TV de LCD depende do famoso “backlight”, uma fonte de iluminação posicionada atrás da tela e que consome mais energia que o próprio painel. Quem tem um Palm ou equivalente sabe o que é isso: sem o backlight, o LCD torna-se bem difícil de enxergar.

Em ambos os casos, cada pontinho da tela, ou pixel (contração de picture element, como nas fotos digitais), é composto por três “subpixels” agrupados: um vermelho, um verde e um azul, as componentes do sistema RGB (red, green, blue). Nos LCDs, o cristal líquido que lhe dá o nome (LCD=Liquid Crystal Display) controla a passagem de luz – ambiente, nos reflexivos, do backlight, nos transmissivos, e ambas, nos transflectivos – em cada um dos subpixels.

Tá, entendi, mas em qual eu coloco meu dinheiro?

Depende. No estado atual de desenvolvimento, cada tecnologia tem prós e contras bem definidos. O LCD pode ser mais econômico no longo prazo. Primeiro, porque consome menos energia do que o plasma – a diferença entre um LCD de 40 polegadas e um plasma de 42 pode chegar a 26%, segundo testes realizados pelo site especializado Call for Help. O curioso é que a diferença varia de acordo com a imagem, pois o LCD tem consumo constante enquanto o plasma gasta mais para exibir cenas claras do que para as escuras.

Mas o mais grave nem é isso: o plasma tem manutenção mais cara e está sujeito ao temido efeito “burn-in”, que pode “queimar” na tela imagens estáticas exibidas por muito tempo, como as logomarcas das emissoras de TV ou a interface gráfica dos games, para quem joga na TV. Os plasmas mais novos têm recursos para reduzir o problema, seja deslocando levemente essas imagens de tempos em tempos ou acionando freqüentemente um protetor de tela, seja por meio de um comando que pinta a tela toda de cores sólidas para “limpar” as sujeiras deixadas pela programação normal.

Qualidade da imagem também divide opiniões

O plasma recupera a vantagem no quesito ângulo de visão. Como sabe qualquer um que já tenha tentado bisbilhotar o trabalho de um companheiro de viagem de avião no notebook dele, olhar para uma tela de LCD em diagonal não dá resultados muito bons. Para um monitor de computador isso não importa tanto, pois costumamos estar diretamente à frente dele. Já numa TV, que deve ser vista por gente nas duas pontas do sofá, isso pode se tornar um problema. Os LCDs modernos melhoraram muito, mas é bom conferir o ângulo de visão nas especificações ou numa loja antes de comprar.

Os plasmas também saem na frente no contraste (apesar de os números divulgados por alguns fabricantes serem altamente questionáveis, às vezes medidos sem a camada frontal de vidro da televisão) e produzem pretos mais pretos que os do LCD, meio acinzentados. Os LCDs costumam ter mais brilho que os plasmas, tornando-se mais adequados para ambientes muito claros, mas de modo geral, a reprodução de cores dos plasmas é mais ampla e precisa.

Já quando o assunto é resolução, a definição das imagens na tela, a vantagem passa para os LCDs. Sua tecnologia, a mesma dos monitores de computador (os fininhos, claro), é capaz de exibir muito mais pontinhos e com maior precisão. Em parte por conta disso, as TVs de LCD atualmente disponíveis são quase todas prontas para a televisão de alta-definição (HDTV), enquanto os plasmas mais baratos, por mais que se digam “preparados para HDTV” não são capazes de atingir a resolução que as transmissões do futuro prevêem. Em muitos casos, “preparados” significa apenas que conseguirão converter os sinais de HDTV para a resolução (inferior) que conseguem exibir. E você não vai querer trocar de TV de novo antes da próxima Copa, vai?

E os projetores, valem a pena?

Estes correm por fora da briga entre plasma e LCD e, de um componente caro de hometheaters de luxo, tornaram-se a opção mais barata para quem quer uma imagem gigante na parede da sala. Com preços abaixo de R$ 3 mil para os modelos mais simples, ganham disparado das TVs de pendurar na parede e são capazes de projetar imagens de mais de cem polegadas.

O problema é que, à exceção do modelos mais caros, sua luminosidade é insuficiente para produzir uma boa imagem em uma sala iluminada. Com jogos no meio do dia e à tarde, o projetor só fará sentido se você puder bloquear totalmente a entrada de luz por janelas e portas e tiver um sistema de refrigeração que não faça a torcida (ou o projetor, que esquenta bastante) morrer de calor.

Um projetor também não funciona como TV sem ajuda externa, pois não possui sintonizador e raramente tem alto-falantes decentes. Assim, ele deve, obrigatoriamente, ser ligado ao receptor de TV por assinatura (ou ao aparelho de DVD, caso você odeie futebol e vá passar a Copa inteira vendo filmes) e a um receiver de hometheater com suas próprias caixas de som.

Por fim, a durabilidade de um projetor é bem menor que a de uma TV. Plasmas e LCDs têm vida útil estimada em 50 a 60 mil horas (décadas, para quem usa a TV por algumas horas por dia), sendo que o plasma já terá perdido metade da luminosidade quando chegar a esse ponto. No projetor, a lâmpada deve ser substituída geralmente a cada 3 mil horas – como ela custa um terço do preço do aparelho, não é uma boa escolha para quem deixa a “TV” ligada o dia inteiro.


Fontes: http://webinsider.uol.com.br/
                http://oglobo.globo.com/tecnologia
                http://macmagazine.com.br/blog/2006/07/26/a-briga-da-decada-plasma-vs-lcd/
                http://www.htmlstaff.org/ver.php?id=14554