08/07/2021 - Três indivíduos foram indenizados devido a sérios efeitos colaterais experimentados após a vacina da AstraZeneca. Três noruegueses que sofreram graves danos colaterais, após terem recebidos doses da vacina AstraZeneca já foram indenizados. Um dos casos é de uma mulher, profissional da área de saúde que teve prioridade na vacinação e acabou falecendo em março deste ano, deixando marido e filhos. Nos dois outros casos, os pacientes sobreviveram. Uma profissional da área de saúde e um homem, ambos na faixa dos 30 anos de idade.
Estes são os três primeiros casos de indenização decorrente de danos pelo pandemia do COVID-19, após a vacinação. Todos os três haviam tomado a vacina AstraZeneca, que foi suspensa na Noruega em 11 de março devido a graves efeitos colaterais de coágulos sanguíneos, sangramentos e baixos níveis de plaquetas. Médicos noruegueses foram os primeiros do mundo a estabelecer que havia uma conexão entre esses efeitos colaterais e a vacina AstraZeneca.
Incentivam os demais a se vacinarem
Os dois pacientes que sobreviveram deram declarações anônimas através de um comunicado de imprensa do Sistema Norueguês de Compensação de Danos ao Paciente (NPE).
"Fui internado com grandes dores. Foi assustador acompanhar as notícias de outros que morreram recentemente da mesma vacina que eu tinha recebido", diz o homem ao telefone do Hospital Universitário de Oslo, Rikshospitalet.
"Tive uma hemorragia cerebral grave e coágulo de sangue. No hospital recebi telefonemas de amigos e familiares que queriam saber se eu ainda estava viva", conta a mulher.
Tanto o homem quanto a mulher ainda estão de licença médica e sofrendo com os efeitos da doença. Eles não sabem quanto tempo essas doenças vão durar, escreve a NPE no comunicado à imprensa. Os dois, no entanto, ressaltam que acreditam que as pessoas devem continuar a se vacinar e seguir as recomendações das autoridades de saúde.
A vacina foi a causa
O diretor do Sistema Norueguês de Compensação de Danos ao Paciente, Rolf Gunnar Jørstad, afirmou no comunicado à imprensa que a razão pela qual esses três foram indenizados é que a vacina foi a causa dos graves efeitos colaterais.
"Temos informações médicas sólidas nesses três casos, entre outros do material de pesquisa que o Rikshospitalet (Hospital Universitário de Oslo) coletou sobre essas reações imunológicas muito especiais", diz Jørstad no comunicado à imprensa.
O valor que será pago em indenização ainda não foi decidido.
77 pedidos de indenização até agora
O Sistema de Compensação de Danos ao Paciente recebeu 77 pedidos de indenização por danos causados por várias vacinas da COVID-19:
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AstraZeneca - 53 pedidos
Pfizer - 11 pedidos
Moderna - 6 pedidos
Os efeitos colaterais mais comuns descritos nas queixas são tontura, fadiga, dor de cabeça e dor. Outros falam de úlceras, cólicas, erupções cutâneas, espasmos, ficando paralisados, reações anafiláticas, coágulos sanguíneos e baixos níveis de plaquetas. Oito dos 77 casos foram de óbitos. Quatro deles receberam AstraZeneca, um recebeu a vacina Moderna, dois receberam Pfizer e um caso não está claro.
Forte proteção legal
Quatro pessoas morreram na Noruega após a vacinação com a AstraZeneca. O Sciencenorway.no também já relatou anteriormente sobre alguns idosos muito frágeis que podem ter morrido antes do esperado como consequência dos efeitos colaterais comuns da vacinação.
A NRK falou com um advogado que representa vários dos pacientes, entre outros a família da mulher que morreu. Therese Lohne Boehlke, do escritório de advocacia Ness Lundin, diz à NRK que as exigências de indenização são uma questão de segurança financeira para a família. Ela também diz que o escritório de advocacia é contatado por algumas pessoas que se perguntam como devem proceder para exigir indenização.
De acordo com Boehlke, o limiar deve ser bastante baixo quando se trata de evidências de que há uma conexão entre a vacina e os efeitos colaterais.
"Por querermos uma alta adesão às vacinas, diz-se que aqueles que experimentam um efeito colateral ou doenças após uma vacinação têm forte proteção legal", diz ela à NRK. Jørstad, do Sistema de Compensação de Danos ao Paciente, assegura que eles estão trabalhando o mais rápido possível para resolver e responder a todos os pedidos de danos.
Fonte: Sciencenorway.no