CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Mini cérebros humanos implantados em camundongos respondem à luz que os animais veem

minicere1Janeiro, 2023 - Cientistas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, implantaram "minicérebros" humanos em camundongos para estudar como o cérebro humano responde à luz. Esses minicérebros são cultivados em laboratório e são feitos a partir de células-tronco humanas, que se desenvolvem em pequenas estruturas que imitam o tecido cerebral. Os pesquisadores implantaram esses minicérebros em ratos e, em seguida, usaram uma técnica de optogenética para estimular células específicas com luz.

Eles descobriram que as células cerebrais humanas transplantadas eram capazes de responder à luz e, em alguns casos, até mesmo produzir sinais elétricos semelhantes aos encontrados no cérebro humano. Essa pesquisa pode ser útil para ajudar a entender melhor como o cérebro humano funciona e como ele pode ser afetado por diferentes estímulos, como luz e som. Além disso, essa técnica pode ajudar a desenvolver novos tratamentos para doenças cerebrais, como o Alzheimer e o Parkinson, que são causadas por danos nas células cerebrais.

A optogenética é uma técnica que usa a luz para controlar células nervosas ativadas geneticamente. Ela permite que os cientistas ativem ou desativem células específicas em um tecido vivo com alta precisão temporal e espacial. Neste estudo, os cientistas usaram a optogenética para estimular as células cerebrais humanas transplantadas nos camundongos com luz. Os pesquisadores descobriram que as células cerebrais humanas transplantadas eram capazes de responder à luz, produzindo sinais elétricos semelhantes aos encontrados no cérebro humano. Alguns dos minicérebros transplantados também foram capazes de produzir ondas cerebrais que eram semelhantes às encontradas em humanos.

Leia também - Aeroporto dos EUA está alterando as pistas por causa de mudanças no Pólo Magnético da Terra

Esses resultados sugerem que os minicérebros humanos transplantados são capazes de integrar-se com o cérebro dos camundongos e funcionar como parte do sistema nervoso. Isso pode ser útil para ajudar a entender melhor como o cérebro humano funciona e como ele pode ser afetado por diferentes estímulos, como a luz.

No entanto, os cientistas destacam que ainda há muitos desafios a serem superados antes que essa técnica possa ser usada em seres humanos. É necessário entender melhor como esses minicérebros se integram ao cérebro dos camundongos e como eles podem afetar o comportamento dos animais. Além disso, há preocupações éticas em relação ao uso de células humanas em animais. Apesar dessas limitações, essa pesquisa é um passo importante na compreensão do cérebro humano e pode ter implicações significativas para o desenvolvimento de novos tratamentos para doenças cerebrais no futuro.

Fonte: O Arquivo
           https://newatlas.com