CURIOSIDADES

O retorno da moça sem cabeça - Lenda Urbana Teotônia / RS

teocabe9Por; Dara Emanuelle Parisotto Allebrandt - Todos sabem da lenda urbana que existe na pequena cidade de Teutônia(Estado do Rio Grande do sul / Brasil), mais precisamente no bairro Teutônia. A lenda da moça que tentou matar sua melhor amiga por inveja do namorado dela. Tentou matar com um facão e num tropeço caiu e decapitou a própria cabeça. Isso foi por volta de mil novecentos e sessenta... Isso aconteceu no Hospital, onde ambas trabalhavam no Hospital Teutônia Norte. E por anos Neuza, a moça sem cabeça, assombrou aquele hospital, até enfermeiras se enforcaram lá.

Coisas horríveis aconteciam a quem ia lá. Então o hospital foi abandonado. E em noites de lua cheia via-se Neuza carregando sua cabeça e lamentando seu destino ao redor do hospital. Ela estava triste, as pessoas tinham pavor dela. E ela não sabia de onde viera tanto ódio por sua melhor amiga para tentar matá-la. Às vezes alguns vizinhos do hospital escutavam um lamento que clamava por Patrícia, sua melhor amiga: - Patríciaaaaaaaaaa, ondeeeeeeee, você estáaaa? De tanto o fantasma clamar a vizinhança, localizou Patrícia, que agora era uma senhora. E em uma noite de lua cheia ela veio ver Neuza. - Patríciaaaaaaaaa, me desculpeeeeeeeeeeeeeee, eu não queria fazer aquilo com você. Eu amo você. Sempre fomos amigas. Esse solo é amaldiçoado. Foi construído sobre um cemitério indígena. Os corpos ainda estão aqui embaixo, precisam ir para uma aldeia indígena. Senão, só coisas ruins acontecerão: - Me desculpeeeeeeeeee, porrrrr favorrrrr?

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- Neuza, minha amiga, eu sempre soube que não era você, eu te perdoo, sim. Senti muito sua falta. - Com seu perdão, um dia podemos nos reencontrar... Nesse momento a cabeça de Neuza voltou para o lugar e ela voltou a ser linda e as duas amigas se abraçaram.

O tempo passou e o poder público tomou posse do antigo hospital, dizendo que faria algo melhor no lugar abandonado. Derrubaram as antigas araucárias, que Neuza havia plantado, puseram faixas de contenção para as pessoas não entrarem. Destruíram um telhado de uma das partes do antigo hospital, que estava em condições precárias. Ouvi dizer que tem técnicos mandando derrubar tudo.

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O que estava quieto, piorou, a moça sem cabeça voltou e agora com raiva. - Quem estava mexendo em solo sagrado e o que faria? Vetores como ratos e baratas começaram a sair pelas bocas de lobos da cidade. Pessoas do nada começaram a se enforcar. Tudo começou a dar errado.

Nas noites de lua cheia e de bruma, ela e os índios apareciam num protesto de quem requer o que realmente lhes pertence.

O hospital jamais viraria área de lazer, destruir algo que salvou vidas, ela e os índios não queriam, já que os ossos deles já tinham virado pó. Então Neuza clamou por Patrícia e mais uma vez a boa e velha senhora veio: - Olá, Neuza e amiguinhos dela. O que vocês precisam de mim? - Nós queremos, que você avise a todos para não destruir o hospital, pois ele salvou muitas vidas. Façam qualquer coisa, ativem-no novamente, façam uma biblioteca, um museu, uma casa mal assombrada, tanto faz. Podem por efeitos ou nós assombramos. Mas não façam em hipótese nenhuma uma área de lazer como é feito em outros lugares com alguns antigos lixões...

Aqui era o Hospital Teutônia Norte e sempre será. - Dá para dar esse recadinho para nós? Ou será que teremos que invadir outros lugares. - Calma Neuza, ponha essa cabeça no lugar. Ela pôs. Assim é melhor. Vou tentar. E Patrícia tentou e continua tentando. Enquanto isso, a moça sem cabeça anda aprontando e muito junto com a gangue de índios e os últimos enforcados da região, que estão de muito mau humor aguardando a decisão final.

- Se vocês não tomarem uma atitude coerente, eu Neuza, a Moça-sem-cabeça, farei uma visitinha todas as noites e demonstrarei como fiquei sem cabeça, e meus amigos índios demonstrarão como se faz um escalpe.


Prefeitura toma posse da área do antigo Hospital Teutônia Norte

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Área de quase meio hectare estava abandonada e prédio há quase 30 anos sem uso

Com liminar expedida pela 1ª Vara da Comarca de Teutônia no fim da tarde desta terça-feira, dia 1º de abril, a Administração Municipal de Teutônia tomou posse da área de quase meio hectare onde se localiza o antigo Hospital Teutônia Norte, no Bairro Teutônia. “É mais uma ação histórica e muito aguardada pela comunidade”, destaca o prefeito Renato Airton Altmann. O prédio de 510,34 metros quadrados fica de frente para a Rua Maurício Cardoso, na esquina com Rua Asido Dreyer. O total da área estende-se até a Rua Pedro Schaeffer, também esquina com a Asido Dreyer.

Para tomar posse, a Prefeitura depositou em juízo o valor venal do imóvel, aproximadamente R$ 150,4 mil (R$ 150.440,19), como ressarcimento ao proprietário. Embora procurado pelos funcionários e fiscais da Prefeitura de Teutônia, nos Registros de Imóveis de Teutônia e Estrela não foi encontrado o registro de propriedade do imóvel (terreno e prédio); isto é, não foi encontrado o registro de quem é o proprietário do imóvel. Apenas uma pessoa pagava o IPTU da área. A procuradora do Município, Aline Luiza Krüger, estudou o caso com profundidade e conseguiu jurisprudência que embasasse a ação nestes moldes.

Segundo moradores, o prédio está abandonado ou sem uso há cerca de 30 anos e a preocupação mais recente era com o crescimento do inço e do mato no entorno, atraindo animais peçonhentos. Além disso, há relatos de que o prédio foi arrombado e era frequentado por usuários de drogas e utilizado para outros fins. No interior do prédio, os fiscais da Prefeitura encontraram camas de ferro antigas e enferrujadas, colchões e travesseiros de palha, alguns armários, remédios vencidos, ampolas, seringas, além de papéis, jornais e revistas.

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Na manhã desta quarta-feira, dia 2 de abril, o prefeito Renato Airton Altmann, o vice-prefeito Evandro Biondo, o chefe de Gabinete Délcio José Barbosa e o secretário de Obras João Carlos Eidelwein estiveram no local para fazer uma primeira vistoria do local. Na parte da tarde, as equipes de Fiscalização e do Meio Ambiente da Prefeitura realizaram os levantamentos.

Na manhã desta quinta-feira, dia 3, as equipes de Fiscalização e Meio Ambiente voltaram ao local, fizeram vistoria detalhada e levantamento de materiais no interior do prédio. Na tarde desta quinta-feira, o engenheiro civil, professor da Univates e perito Edson Diel Lopes fez uma vistoria para emitir um laudo técnico sobre as condições estruturais do prédio. Como análise inicial, “será preciso investir um bom valor para recuperar o prédio. O interessante é conservar, ao menos a fachada original, até pelo valor histórico que existe”, sugeriu.

Nos próximos dias deve ter sequência a limpeza da área externa. Para isso, o Município vai fazer o devido levantamento e licenciamento ambiental. Quanto ao interior do prédio, a retirada de materiais e limpeza também deve iniciar nos próximos dias. A equipe de Fiscalização já passou fita de isolamento no local, trancou as entradas com cadeados e ainda colocou placas de proibido acesso como forma preventiva para evitar invasões até o efetivo início das obras de restauração.

Breve histórico do prédio

Como não há registros precisos, o histórico baseia-se no relato de pessoas da comunidade que vivenciaram alguns momentos.
1936 – Início das atividades do Hospital Teutônia Norte, ainda com uma parte do prédio (onde está o letreiro). Construído por Adolfo Horst.
1946 – Construção da ampliação (anexo), que fica à direita do prédio. Inclusão de novo acesso e uma nova ala com dois pisos. Construído por Arnildo Schneider (pai do médico Silvério Schneider), que era genro de Adolfo Horst.
1964 – Golpe Militar enfraqueceu o funcionamento do hospital. Médico da época foi preso.
Década de 70 – Arnildo Schneider vendeu o hospital. Há controvérsias até hoje sobre valores da negociação e o pagamento pela área. Não se encontrou registros de propriedade.
1972/1973 – Encerramento das atividades como hospital.
1975 – Pintura do prédio. Já não funcionavam as internações. Só consultas médicas.


Matéria publicada no informativo do vale 13/04/2014

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“Teutônia - Por volta de 1950, dezenas de pessoas circulavam pelas salas do Hospital Teutônia Norte, no Bairro Teutônia. Atendimentos médicos e odontológicos eram realizados no local. Hoje, anos depois do fechamento da casa de saúde, o cenário é outro. Apenas um frágil arame separa o matagal, os medicamentos mais que vencidos, seringas e até documentos da visita de vândalos e até de crianças tomadas pela curiosidade.

Em uma das salas, centenas são as ampolas quebradas e até intactas, empilhadas sobre a mesa. O abandono inclusive causa a preocupação de quem mora próximo da edificação. “Tem muito remédio atirado e até agulhas. Por qualquer um poder entrar, crianças podem se machucar”, cita um morador, que não quis se identificar. Já outra pessoa comenta que, durante a noite, é comum ver animais maiores saírem do meio do mato. “Até raposa eu já vi”, fala.

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O prefeito Renato Airton Altmann informa que foi feita uma pesquisa no Registro de Imóveis para saber o nome do proprietário do antigo hospital. “Não sei dizer a época do funcionamento nem quando foi fechado. Só sei que foi há muitos anos”, comenta. A fiscalização já esteve lá para avaliar a situação. “Já faz muito tempo que o local está assim, abandonado. Iremos enviar uma notificação ao proprietário para que sejam feitos a limpeza e o fechamento correto do prédio. Caso isso não ocorra, a prefeitura vai tomar as providências para levar mais segurança à comunidade”, aponta.

Cenário

Entrar nos cômodos causa arrepios. Em meio aos medicamentos e muita sujeira, há uma pichação com os seguintes dizeres: “Não entre a morte ta a sua espera (sic)”. É possível ver ainda documentos largados com datas por volta de 1950, incluindo da Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs). Também abandonadas, correspondências de hospitais, como uma de São Paulo, enviadas à casa de saúde quando Teutônia ainda pertencia a Estrela. Além disso, existem colchões em bom estado nas camas da antiga instituição, cobertores e diversas garrafas vazias, concluindo que pessoas possam estar utilizando o espaço para passar a noite.

Os medicamentos e suas indicações

Circulando no interior do prédio é possível ver caixas de diversos medicamentos. A farmacêutica Carla Guerra fala que os remédios são considerados simples, baratos, sem nenhum controle especial, mas que, em caso de ingestão em excesso, podem causar intoxicação. “Ainda mais por estarem vencidos”, aponta. Entre as embalagens encontradas e com leitura ainda possível estão Celeston, um corticoide usado para inflamação e alergias de pele; Alcamag, utilizado para azia; ampolas de Aminofilina Sandoz, usadas para falta de ar, asma; Neomicina, pomada contra infecções causadas por cortes, queimaduras, entre outros.”


Município aguarda decisão judicial para demolir prédio

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02/04/2015 - Nesta quarta-feira, dia 1º de abril, completou um ano que o Município de Teutônia desapropriou e tomou posse da área onde fica localizado o antigo Hospital Teutônia Norte, no Bairro Teutônia. Para não ficar como conversa do Dia da Mentira, como é conhecida a data, a Administração Municipal aguarda decisão da Justiça para poder realizar benfeitorias no local. A intenção do Executivo é demolir o prédio e decidir com a comunidade o que será feito. A desapropriação ocorreu de forma legal e não foram encontrados registros do proprietário no Registro de Imóveis de Teutônia e de Estrela. Mas, agora, uma família questiona o valor do depósito judicial feito pela Administração de aproximadamente R$ 150 mil.

O assunto voltou à pauta após o vereador Marcelo Brentano (PSDB) perguntar na tribuna do Legislativo sobre a utilização do espaço. Brentano destacou que não há mais perigo da queda de árvores sobre as residências, mas ainda existem animais e mau cheiro. “Precisamos resolver, ainda mais que está como um cartão postal do Bairro Teutônia”, ponderou. Para o prefeito de Teutônia, Renato Airton Altmann, esta atitude já poderia ter sido tomada por administrações anteriores. “Passaram-se 33 anos de Município e até então nenhuma Administração Municipal, inclusive ligada ao vereador Brentano, tomou uma atitude com o cartão postal do bairro. Tomamos a atitude de desapropriar e estamos seguindo os passos dentro da legalidade”, disse Altmann. Um engenheiro perito foi contratado pelo Município e concluiu que o prédio está com a estrutura bastante comprometida e não seria viável a reforma do local.

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“Quando e se a Justiça autorizar, vamos demolir o prédio e aí decidir o que fazer junto com a população”, assegura o prefeito. Sobre o que fazer no local, o prefeito Renato Altmann adianta que não há um projeto fechado ou definitivo. “Vamos nos reunir com a comunidade e discutir o que é mais importante para os moradores. Não adianta discutir isso agora, sem antes ter a decisão judicial sobre o destino do prédio”. Após tomar posse, o Município também fez a limpeza da parte frontal em maio e dos fundos no mês de setembro, com a devida licença ambiental.


Fonte: http://www.teutonia.com.br/
Informativo do Vale
http://www.finger.com.br/