DICA DE CINEMA

O NOME DA ROSA

1986 - "O Nome da Rosa" é um filme de mistério e drama histórico lançado em 1986, dirigido por Jean-Jacques Annaud, baseado no romance homônimo de Umberto Eco. Ambientado no século XIV, o filme gira em torno de William de Baskerville (interpretado por Sean Connery), um monge franciscano inteligente e de mente aberta, ...

e seu noviço, Adso de Melk (interpretado por Christian Slater), que chegam a um remoto mosteiro beneditino nos Alpes italianos para participar de um debate sobre a pobreza de Cristo. No entanto, sua chegada coincide com uma série de misteriosas e macabras mortes. William é solicitado pelo abade do mosteiro (interpretado por Michael Lonsdale) a investigar as mortes, vistas inicialmente como sinais do Apocalipse pelos monges supersticiosos. Utilizando sua perspicácia e conhecimentos em lógica e filosofia, William começa a desvendar os segredos do mosteiro, que incluem heresias, a inquisição, e um labirinto de biblioteca proibida que guarda livros considerados perigosos e hereges pela Igreja Católica.

O mosteiro abriga uma vasta biblioteca, acessível apenas ao bibliotecário e ao assistente deste, e é protegida por um labirinto complexo, concebido para confundir e desorientar qualquer um que tente entrar sem permissão. A investigação de William revela que as mortes estão ligadas a um livro desconhecido da poética de Aristóteles sobre a comédia, supostamente capaz de provocar riso irrestrito, considerado uma ameaça à ordem social e religiosa da época. Enquanto William e Adso desvendam o mistério, eles enfrentam vários obstáculos, incluindo a chegada do inquisidor Bernardo Gui (interpretado por F. Murray Abraham), um fervoroso defensor da ortodoxia católica, que não hesita em acusar de heresia e condenar à morte aqueles que considera culpados, inclusive com base em evidências circunstanciais ou confissões obtidas sob tortura.

"O Nome da Rosa" é não só uma trama de mistério envolvente, mas também um profundo exame das tensões entre razão e fé, conhecimento e ignorância, poder e opressão, num período marcado pela censura e pelo controle rigoroso do saber. O filme destaca-se pela sua atmosfera densa e sombria, caracterizações convincentes, e um olhar crítico sobre a história da Igreja e a luta pelo poder e controle sobre o conhecimento. A performance de Connery como William de Baskerville é particularmente notável, trazendo um misto de sagacidade, humanidade e humor seco ao papel.

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